War of the Worlds (2005) - Steven Spielberg
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Alguém me explica porque carga de água saí da sala com a sensação que acaba tudo muito depressa?!
Não quero alongar-me em discussões de gosto, pois vai de cada um, mas parece-me estranho que a história principal recaia num pai que se está pura e simplesmente nas tintas para os filhos, e que de um momento para o outro age como se não houvesse nada mais precioso!!
Não critico esta opção, apenas acho que devia ter havido menos atritos entre pai e filhos no início para que a mudança de atitude não fosse tão súbita...
Bem sei que situações extremas requerem medidas extremas, mas fazer estas mudanças de sentimentos em tão pouco tempo parece-me pouco credível.
Por fim, menção honrosa:
SPOILERS!! SPOILERS!! SPOILERS!! SPOILERS!! SPOILERS!!
- à cena dos cadáveres a flutuarem no rio;
- à cena da roupa a cair da nave;
- e à parte passada na cave, com o Tim Robbins (apesar da frase estranhamente pedófila...
).
Não quero alongar-me em discussões de gosto, pois vai de cada um, mas parece-me estranho que a história principal recaia num pai que se está pura e simplesmente nas tintas para os filhos, e que de um momento para o outro age como se não houvesse nada mais precioso!!
Não critico esta opção, apenas acho que devia ter havido menos atritos entre pai e filhos no início para que a mudança de atitude não fosse tão súbita...
Bem sei que situações extremas requerem medidas extremas, mas fazer estas mudanças de sentimentos em tão pouco tempo parece-me pouco credível.
Por fim, menção honrosa:
SPOILERS!! SPOILERS!! SPOILERS!! SPOILERS!! SPOILERS!!
- à cena dos cadáveres a flutuarem no rio;
- à cena da roupa a cair da nave;
- e à parte passada na cave, com o Tim Robbins (apesar da frase estranhamente pedófila...

- DarkPhoenix
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Fui vê-lo hoje.
A primeira hora é fabulosa, digna do melhor Spielberg de outros tempos.
Grande ritmo, boas cenas de acção, directo ao assunto sem moralidades ou floreados, comic-relief a conta-gotas, e algumas das sequências técnicas mais impressionantes dos últimos anos.
O problema surge no momento em que surge a personagem do Tim Robbins.
A partir desse momento, o filme que eu estava a adorar desapareceu, para dar lugar a uma tentativa ( falhada ) de envereredar por caminhos de suspense claustrofóbico e análises primárias do medo humano.
Tudo muito aborrecido e sem génio por trás das câmaras.
Spielberg não é Shyamalan ( eu sei, que comparação excusada!!! ) e este filme estava bem encaminhado para se tornar um clássico do género, sem precisar de enveredar por caminhos duvidosos.
Com esta decisão e um final abrupto, pouco trabalhado e sensaborão, confuso para quem não conhece a obra, e um happy-ending completamente excusado e que danifica a história e o tom, Spielberg volta a falhar o objectivo, quando tem todos os trunfos na mão...
Apenas porque parece "baldar-se"!
O que me parece é que a paixão dele se extinguiu, e o homem outrora capaz de retratar emoções, já só aparece em raras cenas desde "Parque Jurássico".
Embora no seu todo seja inferior a este, até em "Hook" se nota mais esforço do realizador do que em "War of the Worlds".
Seja como for, achei o filme bem conseguido.
Como não tenho gostado do Spielberg actual, domesticado e adormecido, fui com expectactivas cautelosas.
No entanto, após a primeira hora, começara a crer que podia ser este o regresso, mas infelizmente enganei-me...
Seja como for, é bem melhor do que "The Terminal".
7.5/10
A primeira hora é fabulosa, digna do melhor Spielberg de outros tempos.
Grande ritmo, boas cenas de acção, directo ao assunto sem moralidades ou floreados, comic-relief a conta-gotas, e algumas das sequências técnicas mais impressionantes dos últimos anos.
O problema surge no momento em que surge a personagem do Tim Robbins.
A partir desse momento, o filme que eu estava a adorar desapareceu, para dar lugar a uma tentativa ( falhada ) de envereredar por caminhos de suspense claustrofóbico e análises primárias do medo humano.
Tudo muito aborrecido e sem génio por trás das câmaras.
Spielberg não é Shyamalan ( eu sei, que comparação excusada!!! ) e este filme estava bem encaminhado para se tornar um clássico do género, sem precisar de enveredar por caminhos duvidosos.
Com esta decisão e um final abrupto, pouco trabalhado e sensaborão, confuso para quem não conhece a obra, e um happy-ending completamente excusado e que danifica a história e o tom, Spielberg volta a falhar o objectivo, quando tem todos os trunfos na mão...
Apenas porque parece "baldar-se"!
O que me parece é que a paixão dele se extinguiu, e o homem outrora capaz de retratar emoções, já só aparece em raras cenas desde "Parque Jurássico".
Embora no seu todo seja inferior a este, até em "Hook" se nota mais esforço do realizador do que em "War of the Worlds".
Seja como for, achei o filme bem conseguido.
Como não tenho gostado do Spielberg actual, domesticado e adormecido, fui com expectactivas cautelosas.
No entanto, após a primeira hora, começara a crer que podia ser este o regresso, mas infelizmente enganei-me...
Seja como for, é bem melhor do que "The Terminal".
7.5/10
"I WAS fire and life incarnate!"
https://www.youtube.com/user/darkphoenixPT
http://ultrawideangle.blogspot.com/

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Bom... gostei, mas não fiquei maravilhado.
Grande interpretação da Dakota! O Tom pelo seu lado, está nitidamente a ficar velhote.
Grandes efeitos especiais.
A sensação que tenho relativamente aos filmes do Spielberg ultimamente (AI, MR, este) é que falta qualquer coisa, embora não saiba explicar bem o quê. Como se os filmes tivessem tudo para ser extraordinários, mas depois... não são.
SPOILERS
Penso que seguir o argumento (já datado) foi mau nalguns aspectos. Se alteraram o tempo para o actual, podiam também ter tido mais cuidado nalguns aspectos que achei francamente maus:
Primeiro, o facto dos aliens só terem um pé não tem qualquer sentido, não é lógico. Tudo o que anda tem 2 apoios e não um, os tipos ao que parece respiravam oxigénio e tudo... formas baseadas em carbono, pareciam mamíferos e tudo... porquê só um pé? Parece mesmo que era mesmo só para parecerem mais estranhos...
Depois, se os artefactos estavam como disseram enterrados "há milhões de anos" qual é o sentido disso? Se queriam a Terra, porque razão não a ocuparam quando o Homem não existia, ou existia apenas na forma primitiva? Estiveram à espera que poluíssem o planeta e pudessem lutar?
O ruído tipo sirene dos veículos exterminadores não me pareceu nada "extraterrestre". Pareciam sirenes bem terrenas. Também não gostei nada do barulho "mecânico" que se ouvia quando caminhavam, parecia mesmo que aquilo trabalhava a vapor!
Grande interpretação da Dakota! O Tom pelo seu lado, está nitidamente a ficar velhote.
Grandes efeitos especiais.
A sensação que tenho relativamente aos filmes do Spielberg ultimamente (AI, MR, este) é que falta qualquer coisa, embora não saiba explicar bem o quê. Como se os filmes tivessem tudo para ser extraordinários, mas depois... não são.
SPOILERS
Penso que seguir o argumento (já datado) foi mau nalguns aspectos. Se alteraram o tempo para o actual, podiam também ter tido mais cuidado nalguns aspectos que achei francamente maus:
Primeiro, o facto dos aliens só terem um pé não tem qualquer sentido, não é lógico. Tudo o que anda tem 2 apoios e não um, os tipos ao que parece respiravam oxigénio e tudo... formas baseadas em carbono, pareciam mamíferos e tudo... porquê só um pé? Parece mesmo que era mesmo só para parecerem mais estranhos...
Depois, se os artefactos estavam como disseram enterrados "há milhões de anos" qual é o sentido disso? Se queriam a Terra, porque razão não a ocuparam quando o Homem não existia, ou existia apenas na forma primitiva? Estiveram à espera que poluíssem o planeta e pudessem lutar?
O ruído tipo sirene dos veículos exterminadores não me pareceu nada "extraterrestre". Pareciam sirenes bem terrenas. Também não gostei nada do barulho "mecânico" que se ouvia quando caminhavam, parecia mesmo que aquilo trabalhava a vapor!
Cabeças


Bem, acho estranho que desta vez tanta gente ande a achar o novo filme do Spielberg medíocre, uma desilusão e essas coisas todas, e eu, que há duas páginas atrás disse que deste War of the Worlds não esperava nada, que o Spielberg há muitos anos que não me impressionava e que era apenas mais um realizador que faz uns filmes, adorei o filme! Em War of the Worlds podemos ver o Spielberg dos anos 70 de volta! Puro suspense neste filme e como saberão, Spielberg fez nome à custa do suspense (Duel e Jaws puseram-no no mapa). Ele ainda mostrou a sua veia de suspense puro e duro na magnífica sequência de 10 minutos da caravana pendurada do precipício em The Lost World, mas agora com War of the Worlds, foi ao seu saco de truques dos anos 70 e fez um filme completo baseado neles! 
Não compreendo quem diz que a história não se adapta aos tempos de hoje, sinceramente não compreendo...
Acham o final algo abrupto, anti-climático ou fraco? Leiam mais livros! Leiam por exemplo Rendez Vous With Rama e depois venham dizer qualquer coisa sobre o final. 
Eu achei o filme perfeitamente actual (tão actual quanto um filme sobre ETs que vêm exterminar a humanidade pode ser
) e nada fora do sítio. Muito bem realizado, excelente gestão do suspense (mais uma vez
) e muito bem fotografado e escrito também. A música de John Williams também é refrescante, ainda que bastante retro.
Eu adoro o Shyamalan, como todos sabem, mas ainda o Shymalan andava a chupar nas tetas da mãe com 1 ano de idade, já o Spielberg tinha realizado um pequeno filme chamado Duel, um dos melhores exercícios de suspense claustrofóbico que há em cinema! Essa tua infeliz comparação foi totalmente desnecessária.
Aliás, Duel é mesmo o filme de Spielberg mais parecido com este War of the Worlds, na minha opinião. Nunca pensei, dada a história dos últimos 10 ou 15 anos da carreira do Spiekberg, voltar a ver um filme tão parecido com Duel. War of the Worlds e Duel são praticamente gémeos, mas nascidos com 34 anos de diferença.
Filme altamente recomendado, venha o DVD.
Mais uma coisa, anda por aí muita gente a dizer que o Tom Cruise passa de pai que se está nas tintas para os filhos para depois fazer das tripas coração por eles... Err... Tom Cruise nunca se esteve nas tintas para os filhos! Não foi isso que eu vi no filme. O que eu vi no filme foi que a mulher se divorciou dele e ficou com a custódia dos filhos e que quando os vai levar à casa dele para passarem uma semana ou menos com ele, ela é que o enxovalha e é tipo mãe galinha (a cena dela levar a mala da Rachel é o exemplo perfeito, Ray não a levaria porque Rachel disse que podia, a mãe não quer saber e trata ela do assunto. quem é que se está nas tintas aqui?). Os filhos naturalmente criaram um certo distanciamento do pai, por morarem com Tim, mas vê-se que ele não se está nas tintas para eles.

Não compreendo quem diz que a história não se adapta aos tempos de hoje, sinceramente não compreendo...


Eu achei o filme perfeitamente actual (tão actual quanto um filme sobre ETs que vêm exterminar a humanidade pode ser


DarkPhoenix wrote: O problema surge no momento em que surge a personagem do Tim Robbins.
A partir desse momento, o filme que eu estava a adorar desapareceu, para dar lugar a uma tentativa ( falhada ) de envereredar por caminhos de suspense claustrofóbico e análises primárias do medo humano.
Tudo muito aborrecido e sem génio por trás das câmaras.
Spielberg não é Shyamalan ( eu sei, que comparação excusada!!! )
Eu adoro o Shyamalan, como todos sabem, mas ainda o Shymalan andava a chupar nas tetas da mãe com 1 ano de idade, já o Spielberg tinha realizado um pequeno filme chamado Duel, um dos melhores exercícios de suspense claustrofóbico que há em cinema! Essa tua infeliz comparação foi totalmente desnecessária.
Aliás, Duel é mesmo o filme de Spielberg mais parecido com este War of the Worlds, na minha opinião. Nunca pensei, dada a história dos últimos 10 ou 15 anos da carreira do Spiekberg, voltar a ver um filme tão parecido com Duel. War of the Worlds e Duel são praticamente gémeos, mas nascidos com 34 anos de diferença.

Filme altamente recomendado, venha o DVD.

Mais uma coisa, anda por aí muita gente a dizer que o Tom Cruise passa de pai que se está nas tintas para os filhos para depois fazer das tripas coração por eles... Err... Tom Cruise nunca se esteve nas tintas para os filhos! Não foi isso que eu vi no filme. O que eu vi no filme foi que a mulher se divorciou dele e ficou com a custódia dos filhos e que quando os vai levar à casa dele para passarem uma semana ou menos com ele, ela é que o enxovalha e é tipo mãe galinha (a cena dela levar a mala da Rachel é o exemplo perfeito, Ray não a levaria porque Rachel disse que podia, a mãe não quer saber e trata ela do assunto. quem é que se está nas tintas aqui?). Os filhos naturalmente criaram um certo distanciamento do pai, por morarem com Tim, mas vê-se que ele não se está nas tintas para eles.
Eu não caí em crítica fácil nenhuma, disse a pura das verdades e sem más intenções nenhumas. Tu é que caíste. Vai ler mais comentários meus (ou não) e vê lá se me enquadro no que tu criticas. É só que parece que nos filmes há uma regra não escrita que devem acabar com um bang, com uma batalha toda pipi, com um climax todo poderoso. Nos livros isso não acontece. E não deixa de ser engraçado como qualquer pessoa que mencione livros passa imediatamente à categoria de intelectual ou pseudo-intelectual.
Não tenho culpa que consideres a leitura uma actividade intelectual. Eu não considero. Acho que ler um livro é tão natural como ver um filme ou ouvir música. Sobre a última frase, aguarda deitado. 


- DarkPhoenix
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Lud, o cinema nem sempre é compatível com a escrita.
São mundos diferentes, com necessidades diversas.
E o cinema perde, quando num filme que começa e que se mantém a alta velocidade durante a primeira parte, subitamente abranda, frustrando as expectactivas criadas.
Ainda se fosse ao contrário...
Pessoalmente, já estou cheio de ver gente a comparar ambas as formas de expressão e sempre que possível, aproveitar para enxovalhar o cinema.
Não que tu o tenhas feito.
São mundos diferentes, com necessidades diversas.
E o cinema perde, quando num filme que começa e que se mantém a alta velocidade durante a primeira parte, subitamente abranda, frustrando as expectactivas criadas.
Ainda se fosse ao contrário...
Pessoalmente, já estou cheio de ver gente a comparar ambas as formas de expressão e sempre que possível, aproveitar para enxovalhar o cinema.
Não que tu o tenhas feito.
"I WAS fire and life incarnate!"
https://www.youtube.com/user/darkphoenixPT
http://ultrawideangle.blogspot.com/

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lud81 wrote: Acham o final algo abrupto, anti-climático ou fraco?
Concordo com o que disse o lud81.lud81 wrote: É só que parece que nos filmes há uma regra não escrita que devem acabar com um bang, com uma batalha toda pipi, com um climax todo poderoso.
Duas “palavras" em relação ao final:
- é fiel ao livro
- numa altura em que toda a gente se queixa da falta de ideias, da falta de imaginação do cinema americano, aparece um filme que subverte as regras dos blockbusters, apresentando um final anti-climático (e até algo “perigoso” em termos de box office) e o pessoal vem protestar porque queriam um final clássico.

Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos. Millor Fernandes
É da natureza humana. Nunca se está satisfeito. Se não fosse assim não haviam divórcios nem progresso.alan_smithee wrote:- numa altura em que toda a gente se queixa da falta de ideias, da falta de imaginação do cinema americano, aparece um filme que subverte as regras dos blockbusters, apresentando um final anti-climático (e até algo “perigoso” em termos de box office) e o pessoal vem protestar porque queriam um final clássico.

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Eu estava a ficar preocupado.... tanta a gente a gostar do filme e eu completamente contra a corrente.... dei por mim, será q n estava "in the mood"... mas até foi de borla, logo n tinha q chorar o €€... até q comecei a ver a "critíca" nacional a dar 3 a 5 estrelas......... ah boooom, estou normal, estou pela escala inversa do Público, Expresso e afins.... estou bem...
BTW, o Spielberg é um dos meus realizadores preferidos.... comparações com "Duel".... weird.. whatever.


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Um gnomo por dia, dá saúde e alegria!
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Pois eu acho precisamente o contrário. Creio que se fosse um desconhecido o realizador, toda a gente caía em cima do filme. É que se há muita gente que não suporta o homem, também há aqueles que comem tudo aquilo que ele faz, só porque o nome Spielberg aparece associado. Há malucos para tudo, mas ainda estou para ser impressionado por um filme dele que seja melhor que "A.I.".Leão de Ouro wrote:Se este filme fosse realizado por um desconhecido qualquer não tenho a menor dúvida que hoje era considerado um dos melhores filmes do género de sempre, mas como é do Spielberg espera-se que venha algo que venha a parar o mundo e tudo o mais ou então simplesmente é fácil criticar Spielberg.
E não me agrada muito o tema do novo filme dele, "Vengeance", para alguém tão maniqueísta e perante o estado das coisas, não sei se será muito apropriado. O homem que se despache com "Indiana Jones IV".
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Ainda não vi o filme, mas sei como é o final e pareceu-me ser clássico (à Spielberg). Creio que o filme é possivelmente tão subversivo como foi "Sinais". Diria que é mais, tal como "Signs", um blockbuster intimista. Desde o inicio, pela forma como se mostrava o personagem de Cruise (o pai descuidado e imaturo) deduzi logo que o filme ia focar a transformação de Ray Ferrier de pai para Pai. E creio que o encanto do filme, apesar de ainda não o ter visto, reside nessa base mitica. O filme acaba não por ser tanto sobre o trauma do 9/11 (não esquecer que também pode ser isso que pode fazer alguns críticos mais puritanos torcer o nariz), mas sobre a transformação interior do personagem de Cruise. Aliás, posso mesmo crer que este é provavelmente o filme mais mitológico de Spielberg (mitológico na forma como o é a saga de "A Guerra das Estrelas").alan_smithee wrote:- numa altura em que toda a gente se queixa da falta de ideias, da falta de imaginação do cinema americano, aparece um filme que subverte as regras dos blockbusters, apresentando um final anti-climático (e até algo “perigoso” em termos de box office) e o pessoal vem protestar porque queriam um final clássico.
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Spielberg um cineasta tão maniqueísta?Argaroth01 wrote:E não me agrada muito o tema do novo filme dele, "Vengeance", para alguém tão maniqueísta (...)


Spielberg é isso sim, um cineasta profundamente humanista (e infelizmente, um dos poucos humanistas que ainda resistem). Não quer dizer que num ou noutro filme deste cineasta (como em qualquer outro cineasta), não existem cenas maniqueístas, mas não é uma das características de Spielberg.
Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos. Millor Fernandes
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Damn! Estavas tão bem e depois estragas tudo!!!lud81 wrote:É só que parece que nos filmes há uma regra não escrita que devem acabar com um bang, com uma batalha toda pipi, com um climax todo poderoso.
Diz lá se não tinha sido muito melhor o Ray Ferrier revelar-se um computer-whiz, inserir um vírus nos tripods que desactivasse o escudo e surgisse o Tim Robbins a pilotar um caça cujo último míssil encravou a embater contra os mesmos tripods!! Isso é que era um grande filme!!!!

