War of the Worlds (2005) - Steven Spielberg
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Então eu vou-vos fazer um favor... para pelo menos não chorarem o dinheiro..... o filme SUCKA!!!!
Agora q vos desci as expectativas.... vão vão...
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Um gnomo por dia, dá saúde e alegria!
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Bem, para destoar um pouco, pelos vistos, da maioria dos que daqui já viram o filme, cá estou eu para dizer que ja fui ver... e gostei. Gostei. As primeiras más impressões que li aqui acabou por retirar algum excesso de expectativas, o que também ajudou.
Ok, acho que estamos e no geral vamos estar de acordo que este não é o melhor Spielberg, mas o filme não é assim tão mau. Alguns planos (e movimentos de câmara) caracteristicos e de qualidade de Spielberg estão lá, o que para mim destingue logo para melhor este filme em relação a caca como o ID4 com que alguns «comparam». Como era esperado os efeitos especiais são muito bons, Cruise vai bem e a miúdita é um talento extraordinário.
Apesar de considerar o grande ponto fraco estar no argumento (algumas partes do filme gritavam por maior desenvolvimento e explicação), ao contrário do que alguns desaprovaram, eu gostei do facto de a acção ser quase toda centrada na odisseia de Cruise e da sua familia, porque sempre achei que num filme deste tipo, por vezes perde-se alguma emoção optando pelas habituais histórias paralelas etc. Nesse aspecto (e apesar de não ter achado especial piada ao «minimalismo» de Shyamalan em Sinais) este é o tipo de FC, com invasões alienígenas, que aprecio.
7/10
Ok, acho que estamos e no geral vamos estar de acordo que este não é o melhor Spielberg, mas o filme não é assim tão mau. Alguns planos (e movimentos de câmara) caracteristicos e de qualidade de Spielberg estão lá, o que para mim destingue logo para melhor este filme em relação a caca como o ID4 com que alguns «comparam». Como era esperado os efeitos especiais são muito bons, Cruise vai bem e a miúdita é um talento extraordinário.
Apesar de considerar o grande ponto fraco estar no argumento (algumas partes do filme gritavam por maior desenvolvimento e explicação), ao contrário do que alguns desaprovaram, eu gostei do facto de a acção ser quase toda centrada na odisseia de Cruise e da sua familia, porque sempre achei que num filme deste tipo, por vezes perde-se alguma emoção optando pelas habituais histórias paralelas etc. Nesse aspecto (e apesar de não ter achado especial piada ao «minimalismo» de Shyamalan em Sinais) este é o tipo de FC, com invasões alienígenas, que aprecio.
7/10
Enigma Files
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Antes de mais eu sou um fan do cinema de Spielberg mas, e na minha opinião ressalvo, este filme pertence ao lote de filmes menores (menores não sinifica maus) do Sr. Maravilha de Hollywood, tais como 1941, Always, Hook, Jurassic Park 2 (bem, este é mauzito), Amistad, Apanha-me se Puderes e Terminal. Quer-me parecer que será impossivel sair da sala de cinema sem um sentimento de desilusão.
Não comento os "buracos" na trama pois haverá sempre alguem que os tentará justificar com algum tipo de argumento pseudo-cientifico. O filme não me agradou e sinceramente fico com pena por isso pois os intervalos entre 2 bons filmes que vou vendo começam cada vez a ser maiores. O ultimo que gostei a serio foi o Sideways.
Agora em relação ao Tom Cruise confesso que não aprecio o seu trabalho. Para além do Minority Report, Magnolia e vá lá, o Colateral, apesar de achar que qq um de nós faria aquele papel de assassino frio sem sentimentos (se tivessem visto a discussão que armei hoje nos correios com certeza me davam o papel do filme do Michael Mann) considero que este é um dos melhores trabalhos dele. O tipo pareceu-me mais versatil. Menos estrela pop. E acreditem, para eu vos estar a dizer isto, depois de ter achado o Ultimo Samurai um dos filmes mais execraveis dos ultimos anos, é porque é mesmo do fundo do coração.
Em relação à miudita Dakota, por amor da santa, eu jurei ir a Fatima a pé se ela fosse assassinada barbara e explicitamente por algum tripod mas
Spoiler............................................................................................................................................Spoiler............................................................................................................................................Spoiler............................................................................................................................................
infelizmente isso não sucedeu!
5 em 10
Não comento os "buracos" na trama pois haverá sempre alguem que os tentará justificar com algum tipo de argumento pseudo-cientifico. O filme não me agradou e sinceramente fico com pena por isso pois os intervalos entre 2 bons filmes que vou vendo começam cada vez a ser maiores. O ultimo que gostei a serio foi o Sideways.
Agora em relação ao Tom Cruise confesso que não aprecio o seu trabalho. Para além do Minority Report, Magnolia e vá lá, o Colateral, apesar de achar que qq um de nós faria aquele papel de assassino frio sem sentimentos (se tivessem visto a discussão que armei hoje nos correios com certeza me davam o papel do filme do Michael Mann) considero que este é um dos melhores trabalhos dele. O tipo pareceu-me mais versatil. Menos estrela pop. E acreditem, para eu vos estar a dizer isto, depois de ter achado o Ultimo Samurai um dos filmes mais execraveis dos ultimos anos, é porque é mesmo do fundo do coração.
Em relação à miudita Dakota, por amor da santa, eu jurei ir a Fatima a pé se ela fosse assassinada barbara e explicitamente por algum tripod mas
Spoiler............................................................................................................................................Spoiler............................................................................................................................................Spoiler............................................................................................................................................
infelizmente isso não sucedeu!
5 em 10
Ok, realmente tenho de concordar convosco:
Mas que desilusão! Infelizmente o filme nasce (mas já nasce mal), cresce e depois morre por completo... Não existe uma unica cena de 'suspense/terror' como foi indicado por muitos que o filme tinha a mesma carga 'emocional' que o 'Jaws', devem ter sonhado...
Não é de facto a melhor e mais bonita 'visão' sobre os aliens que Spielberg já nos habituou, mas parece faltar ali no decorrer do filme (quase inteiro) aquele 'toque' que o realizador acostumou-nos a mostrar em muitas das suas obras.
O melhor do filme só mesmo a Dakota, já no Taken ela tinha surpreendido mas agora cada vez mais, tem de certo um futuro promissor á frente dela. A cena da fuga no inicio está extremamente bem filmada, alguns pormenores novos com a camara filmados dentro de casa também foi um 'nice touch' por parte de Spielberg, que até teve bons pormenores atrás da camara. E depois disto não me estou a lembrar de mais nada, mas amanha (talvez) falo mais sobre filme.
Não percebi o motivo de tanto alarido sobre este filme, tanto na critica como nos espectadores... E sobre o orçamento do filme não sei para onde foi, não vejo diferença em termos de efeitos especiais entre este e outros filmes feitos actualmente.
War of the Worlds: 7/10 (Bom) Com algum esforço meu...
Após o A.I. e o Minority Report tinhamos esperanças que o Steven tivesse voltado em grande para a Ficção Científica, mas após isto acho que enganamo-nos completamente...
O filme é 'bom' mas é apenas isso, está longe do que o Spielberg já nos habituou, principalmente na area de Ficção Científica.

Mas que desilusão! Infelizmente o filme nasce (mas já nasce mal), cresce e depois morre por completo... Não existe uma unica cena de 'suspense/terror' como foi indicado por muitos que o filme tinha a mesma carga 'emocional' que o 'Jaws', devem ter sonhado...
Não é de facto a melhor e mais bonita 'visão' sobre os aliens que Spielberg já nos habituou, mas parece faltar ali no decorrer do filme (quase inteiro) aquele 'toque' que o realizador acostumou-nos a mostrar em muitas das suas obras.
O melhor do filme só mesmo a Dakota, já no Taken ela tinha surpreendido mas agora cada vez mais, tem de certo um futuro promissor á frente dela. A cena da fuga no inicio está extremamente bem filmada, alguns pormenores novos com a camara filmados dentro de casa também foi um 'nice touch' por parte de Spielberg, que até teve bons pormenores atrás da camara. E depois disto não me estou a lembrar de mais nada, mas amanha (talvez) falo mais sobre filme.
Não percebi o motivo de tanto alarido sobre este filme, tanto na critica como nos espectadores... E sobre o orçamento do filme não sei para onde foi, não vejo diferença em termos de efeitos especiais entre este e outros filmes feitos actualmente.
War of the Worlds: 7/10 (Bom) Com algum esforço meu...

Após o A.I. e o Minority Report tinhamos esperanças que o Steven tivesse voltado em grande para a Ficção Científica, mas após isto acho que enganamo-nos completamente...

Last edited by Shivers on July 8th, 2005, 10:21 am, edited 1 time in total.
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Vi hoje e achei surpreendentemente bom..... Já vi que há muita opinião contrária!!!! Eu gostei bastante!!!
Nota alta para o publico!!! Vi no Freeport com a sala a abarrotar e fiquei no meio de miudos de 16/17 anos que se portaram muy bien!!! Mas como no outro dia levei com uma pipoca em cima qd só estava um parvalhão atrás de mim (é preciso ser burro!!!) terá sido mesmo a futura geração do dvdmania.... LOL
Spoilers.....
Acho que mau mesmo, nem é tanto isso das máquinas digitais.... Então qd lhe roubam o carro no meio de tanto caramelo só há 2 com armas???????
End of spoilers!!!
Nota alta para o publico!!! Vi no Freeport com a sala a abarrotar e fiquei no meio de miudos de 16/17 anos que se portaram muy bien!!! Mas como no outro dia levei com uma pipoca em cima qd só estava um parvalhão atrás de mim (é preciso ser burro!!!) terá sido mesmo a futura geração do dvdmania.... LOL
Spoilers.....
Acho que mau mesmo, nem é tanto isso das máquinas digitais.... Então qd lhe roubam o carro no meio de tanto caramelo só há 2 com armas???????
End of spoilers!!!
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Eu gostei e bastante.
Felizmente o filme não é “O dia da Independência 2”. É um filme diferente, mais forte, mais cruel, mais impiedoso – uma filme totalmente superior.
O filme começa com uma exposição das personagens que dura apenas cerca de 10 ou 12 minutos em que somo apresentados a Ray Ferrier (Tom Cruise), o herói que não é herói, e os seus dois filhos. De repente surge o inesperado, o inexplicável. É preciso fugir para algum lugar seguro, enquanto se tenta resistir. Mas quando as forças contrárias estão além da simples compreensão, não obedecem a qualquer lógica e ainda se revelam de outro mundo, as coisas ficam infinitamente mais complicadas. Muito mais ainda quando não há (ao contrário dos outros filmes do género) por perto cientistas com doutoramentos em ovninolgia ou militares presunçosos e de grande precisão tática. Aqui todos os sobreviventes se equiparam na impotência para lidar com a ameaça que vem do espaço. Aqui o medo tem a escala humana do anti-heroísmo.
Os trípodes alienígenas são realmente assustadores, porém, ainda mais dramáticas que a invasão são as cenas em que os humanos refugiados se enfrentam numa tentativa de sobrevivência. O desespero da população é mostrado de uma forma realista e angustiante, algo semelhante ao que seria se estivéssemos realmente perante do fim do mundo. Estas sequências as melhores e mais tensas do filme, têm muito mais impacto que qualquer arma letal alien. Sem ET’s à vista, mostram o Homem como a maior ameaça para si mesmo. Mais tarde, a apresentação de um enlouquecido refugiado (Tim Robbins) no porão de uma casa reforça a ideia com extrema competência. Os fins justificam os meios... principalmente se o fim for a sua própria sobrevivência.
Por outro lado a Guerra dos Mundos tem outra virtude digna de realce, que esta no facto de vermos a invasão alienígena pelos olhos da família atrás mencionada. Diferente de Independence Day e como no livro de Wells, a guerra é mostrada apenas do ponto de vista da família e a câmara está sempre no nível das pessoas o que torna a acção muito mais pessoal e os gigantescos tripods muito mais ameaçadores. Estamos o tempo inteiro com a família Ferrier, ou seja os efeitos especiais que nos são dados, nunca chegam a sufocar o argumento nem as personagens. Mesmo nas cenas “mais espectaculares” as personagens são sempre foco central da trama. Sentimos medo porque as personagens principais sentem medo. Não são os efeitos especiais mas sim o storytelling, a grande estrela do filme.
Desta forma a dimensão humana da história, o modo com as mesmas reagem à invasão, e como a natureza humana se revela na busca pela sobrevivência e o “motor” do filme. Os aliens são apenas figurantes. E neste aspecto o filme é brilhante.
Tudo o que vemos é pelos olhos dos protagonistas, talvez não vejamos muito do que se está a passar, mas como alguém disse um dia a arte é bela não por revelar mas por esconder. Por não vermos muito do que se está a passar, o filme que deixa a nossa imaginação flutuar, e não há muitos filmes nos dias de hoje que nos dêem esse privilégio.
A Guerra dos Mundos torna-se no fundo a história de uma célula familiar que tenta, de todas as maneiras, sobreviver à um invasor estranho. E na visão de Spielberg isto é mais importante, do que analisar este verdadeiro extermínio da raça humana a partir de uma visão mais global.
Uma história é 90% o modo como é contada, e como sempre com Spielberg ela é muito bem contada
Tecnicamente, como também é costume nos filmes do Spielberg, a “Guerra dos Mundos” é perfeita.
Não posso deixar de mencionar 4 cenas:
Spoilers
Existe um momento que nas mãos de um outro realizador seria banal mas que se torna brilhante nas mãos de Spielberg. Estou a falar da cena em que vemos Ray discutir com os filhos enquanto conduz em alta velocidade: a câmara aproxima-se e afasta-se das janelas, cruza a frente do carro e volta a focar os personagens em um plano contínuo, demonstrando o uso inteligente dos efeitos visuais (a falta de cortes e a movimentação nervosa do quadro salientam o nervosismo da situação).
A seqüência em que é revelado o primeiro Tripod é a perfeição em si mesma – um daqueles momentos em que o espectador precisa de se lembrar de respirar, tão absorvido que está com o desenrolar da história.
O comboio que passa, já transcorrida cerca de uma hora de filme. O caos é ilimitado, a destruição já está em toda parte, o horror é inarrável. A multidão em pânico entre cadáveres e destruição pára impaciente diante da linha do trem. O comboio então cruza diante daquelas pessoas, em chamas, quase destruído, veloz. É um ataúde móvel, repleto de passageiros sentados, e agora indiferentes à morte.
Um estranho (Tim Robbins) convida Ray e Rachel para se abrigar em sua fazenda. Mais tarde Ray percebe que o homem representa uma ameaça real à sobrevivência de sua família e decide que deve eliminar essa ameaça.
É uma sequência bizarra e incômoda, mas é provavelmente um dos momentos mais humanos do filme.
E nem falei das roupas dos humanos mortos flutuando pelos ares ou de um rio de cadáveres observado por Rachel...
Fim de Spoilers
Esqueçam 'Independence Day', desta vez não vemos os EUA a salvar o mundo nem naves espaciais vindo do espaço. Veremos isso sim, a dor, a luta e o sentimento de uma família para salvar-se em meio a uma invasão.
Um pequeno pormenor, a narração de Morgan Freeman, que abre e fecha o filme, é reminescente dos filmes de série B que povoavam as matinés americanas na década de 50 (época em que estreou o filme “original)
Sem ser uma obra de arte, A Guerra dos Mundos é um filme muito bom, de um cineasta que eu considero sem margens para grandes dúvidas, um dos 5 melhores realizadores da actualidade.

Felizmente o filme não é “O dia da Independência 2”. É um filme diferente, mais forte, mais cruel, mais impiedoso – uma filme totalmente superior.
O filme começa com uma exposição das personagens que dura apenas cerca de 10 ou 12 minutos em que somo apresentados a Ray Ferrier (Tom Cruise), o herói que não é herói, e os seus dois filhos. De repente surge o inesperado, o inexplicável. É preciso fugir para algum lugar seguro, enquanto se tenta resistir. Mas quando as forças contrárias estão além da simples compreensão, não obedecem a qualquer lógica e ainda se revelam de outro mundo, as coisas ficam infinitamente mais complicadas. Muito mais ainda quando não há (ao contrário dos outros filmes do género) por perto cientistas com doutoramentos em ovninolgia ou militares presunçosos e de grande precisão tática. Aqui todos os sobreviventes se equiparam na impotência para lidar com a ameaça que vem do espaço. Aqui o medo tem a escala humana do anti-heroísmo.
Os trípodes alienígenas são realmente assustadores, porém, ainda mais dramáticas que a invasão são as cenas em que os humanos refugiados se enfrentam numa tentativa de sobrevivência. O desespero da população é mostrado de uma forma realista e angustiante, algo semelhante ao que seria se estivéssemos realmente perante do fim do mundo. Estas sequências as melhores e mais tensas do filme, têm muito mais impacto que qualquer arma letal alien. Sem ET’s à vista, mostram o Homem como a maior ameaça para si mesmo. Mais tarde, a apresentação de um enlouquecido refugiado (Tim Robbins) no porão de uma casa reforça a ideia com extrema competência. Os fins justificam os meios... principalmente se o fim for a sua própria sobrevivência.
Por outro lado a Guerra dos Mundos tem outra virtude digna de realce, que esta no facto de vermos a invasão alienígena pelos olhos da família atrás mencionada. Diferente de Independence Day e como no livro de Wells, a guerra é mostrada apenas do ponto de vista da família e a câmara está sempre no nível das pessoas o que torna a acção muito mais pessoal e os gigantescos tripods muito mais ameaçadores. Estamos o tempo inteiro com a família Ferrier, ou seja os efeitos especiais que nos são dados, nunca chegam a sufocar o argumento nem as personagens. Mesmo nas cenas “mais espectaculares” as personagens são sempre foco central da trama. Sentimos medo porque as personagens principais sentem medo. Não são os efeitos especiais mas sim o storytelling, a grande estrela do filme.
Desta forma a dimensão humana da história, o modo com as mesmas reagem à invasão, e como a natureza humana se revela na busca pela sobrevivência e o “motor” do filme. Os aliens são apenas figurantes. E neste aspecto o filme é brilhante.
Tudo o que vemos é pelos olhos dos protagonistas, talvez não vejamos muito do que se está a passar, mas como alguém disse um dia a arte é bela não por revelar mas por esconder. Por não vermos muito do que se está a passar, o filme que deixa a nossa imaginação flutuar, e não há muitos filmes nos dias de hoje que nos dêem esse privilégio.
A Guerra dos Mundos torna-se no fundo a história de uma célula familiar que tenta, de todas as maneiras, sobreviver à um invasor estranho. E na visão de Spielberg isto é mais importante, do que analisar este verdadeiro extermínio da raça humana a partir de uma visão mais global.
Uma história é 90% o modo como é contada, e como sempre com Spielberg ela é muito bem contada
Tecnicamente, como também é costume nos filmes do Spielberg, a “Guerra dos Mundos” é perfeita.
Não posso deixar de mencionar 4 cenas:
Spoilers
Existe um momento que nas mãos de um outro realizador seria banal mas que se torna brilhante nas mãos de Spielberg. Estou a falar da cena em que vemos Ray discutir com os filhos enquanto conduz em alta velocidade: a câmara aproxima-se e afasta-se das janelas, cruza a frente do carro e volta a focar os personagens em um plano contínuo, demonstrando o uso inteligente dos efeitos visuais (a falta de cortes e a movimentação nervosa do quadro salientam o nervosismo da situação).
A seqüência em que é revelado o primeiro Tripod é a perfeição em si mesma – um daqueles momentos em que o espectador precisa de se lembrar de respirar, tão absorvido que está com o desenrolar da história.
O comboio que passa, já transcorrida cerca de uma hora de filme. O caos é ilimitado, a destruição já está em toda parte, o horror é inarrável. A multidão em pânico entre cadáveres e destruição pára impaciente diante da linha do trem. O comboio então cruza diante daquelas pessoas, em chamas, quase destruído, veloz. É um ataúde móvel, repleto de passageiros sentados, e agora indiferentes à morte.
Um estranho (Tim Robbins) convida Ray e Rachel para se abrigar em sua fazenda. Mais tarde Ray percebe que o homem representa uma ameaça real à sobrevivência de sua família e decide que deve eliminar essa ameaça.
É uma sequência bizarra e incômoda, mas é provavelmente um dos momentos mais humanos do filme.
E nem falei das roupas dos humanos mortos flutuando pelos ares ou de um rio de cadáveres observado por Rachel...
Fim de Spoilers
Esqueçam 'Independence Day', desta vez não vemos os EUA a salvar o mundo nem naves espaciais vindo do espaço. Veremos isso sim, a dor, a luta e o sentimento de uma família para salvar-se em meio a uma invasão.
Um pequeno pormenor, a narração de Morgan Freeman, que abre e fecha o filme, é reminescente dos filmes de série B que povoavam as matinés americanas na década de 50 (época em que estreou o filme “original)
Sem ser uma obra de arte, A Guerra dos Mundos é um filme muito bom, de um cineasta que eu considero sem margens para grandes dúvidas, um dos 5 melhores realizadores da actualidade.
Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos. Millor Fernandes
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Guerra dos Mundos
Como sabem sou e sempre fui um grande fã de obras de Spielberg como Encontros Imediatos de 3ºGrau, ET, Tubarão, os três Indiana Jones e Jurassic Park, falando só nos menos “sérios”. E por isso foi com grande ansiedade que esperei por este projecto de transpor uma obra como “Guerra dos Mundos”, de H.G. Wells para o cinema. E querem que eu vos diga uma coisa: Spielber voltou! Não, não estou dizendo que desde Jurassic Park ele não faz uma grande obra, fez A Lista de Schindler que é brilhante tal como O Resgate do Soladado Ryan, Apanha-me se Puderes e também gostei muito de Minority Repot. Mas quando eu digo que Spielberg está de volta, falo daquele Spielberg que faz obras com premissas simples mas que nos emocionam no cinema. A minha ansiedade em relação a este projecto era semelhante á que tive em relação a Inteligência Artificial, mas aí infelizmente desiludi-me. Mas Guerra dos Mundos não é assim, conseguiu superar as minhas maiores expectativas e agora vão ficar a perceber porquê.
A história do filme não é muito complicada, longe disso, o filme fala-nos de uma invasão extraterrestre ao nosso planeta vista pelos olhos de uma pai que recebe os seus filhos para passarem o fim-de-semana consigo. No entanto, Cruise interpreta Ray Ferrier um pai de família arrogante e desorganizado que ainda não conseguiu encarar o facto de a mulher o ter deixado e esperar por um filho de outro homem. Mas essa história de pai desorganizado e tudo o mais não dura muito. Passados poucos minutos estamos na acção total do filme, logo com uma cena marcante como o romper das Tripods do chão. A explicação do porquê de virem do chão é nos dada depois e de um modo bastante convincente, elas já estavam cá antes da humanidade existir só faltava o mecanismo para as pôr a funcionar. A partir daqui o clima do filme não pára, mas através de determinadas situações ele demonstra que não é um simples filme-catástrofe, é um filme que tal como a grande maioria das obras de Spielberg fala-nos dos problemas familiares, essas cenas normalmente são interpretadas pelo filho irritante de Cruise (Robbie interpretado por Justin Chatwin) que por várias situações quer se armar em herói e ser o salvador do mundo (só tenho pena que ele não tenha morrido…). Apesar de tudo este mesmo rapaz irritante dá uma das melhores cenas a nível familiar do filme quando Ray tem que decidir entre um dos filhos. Mas este é um filme que tem tantos momentos marcantes que se torna difícil decidir qual “O” momento do filme. Uma dessas cenas e que demonstra o clima de paranóia e pânico que o povo sente nesses momentos (claro instinto de sobrevivência) é nos dada quando Ray e os filhos são obrigados a largar o carro. É uma cena marcante e que faz lembrar aqueles filmes de “zombies” em que os personagens se vêm rodeados de todos os lados por “mortos-vivos” nesses casos, só que aqui são pessoas como nós. Uma cena profunda e que chaega a chocar o público! Outra cena que marca é quando a filha de Ray (Rachel interpretada por Dakota Fanning) vê os corpos das pessoas no rio e percebe a real dimensão da tragédia, mais uma cena que mostra na perfeição a relação de pai-filho. Falando em Rachel, Dakota Fanning faz um trabalho impressionante e arrisco-me a dizer que já é uma das actrizes mais talentosas actualmente em Hollywood, pode parecer exagerado mas é apenas uma opinião. É uma actriz que nos transmite tudo desde medo, pânico ou impaciência. A cena é toda dela! Mas claro, não esquecer Tom Cruise que tem mais uma grande interpretação e dá para perceber que evoluiu bastante ao longo da carreira, ele consegue que Ray seja uma personagem que demonstre arrogância, medo e até insegurança, algo nada normal em Hollywood já que por exemplo numa situação em que Rachel lhe pergunta “Vamos ficar bem?”, a resposta é um simples “Não sei”. Noutro filme semelhante o pai seria quem confortaria a família e parecia alguém intransponível, mas aqui para variar Spielberg sabe como dar a profundidade certa á personagem e comanda os actores de forma fantástica. Já que estou numa onda de falar de actores porque não falar de Tim Robbins que fazendo o papel de alguém que diz ter perdido toda a gente no ataque fica completamente “possuído” e só pensa em como destruir as trípods ao contrário da maioria das pessoas. É uma interpretação poderosa e os momentos que Ray e Rachel passam naquela cave são sem dúvida os que contém a maior acalmia no filme mas também os que têm maior suspense. É aqui que nós é dado a conhecer algumas partes mais profundas das tripods e a parte em que faz o reconhecimento para ver se o terreno está livre é de uma intensidade tremenda. Aqui também nos é dado a conhecer o visual dos et´s que satisfazem, apesar de nessa cena Dakota roubar outra vez a acção…Toda essa estadia de Ray e a sua filha naquela cave acaba de uma maneira poderosa e marcante, falo naqueles momentos que antecederam o confronto e a morte do personagem interpretado por Tim Robbins. Mais um momento marcante. Esta fase passada naquela cave, considero-a muito interessante porque ao mesmo tempo que nos mostra um período de maior acalmia é onde nos são dados também os momentos mais tensos em termos de suspense do filme. Eu sei que já estão fartos de me ouvir mas ainda há uma cena no filme que eu tenho que referir, é o momento em que o ferry vira, antes dessa cena vemos o pânico das pessoas em busca de um simples lugar (mais uma vez impressionante, outro momento que nos toca profundamente…), mas depois vê-mos que eles já estão lá também no mar e o pânico é total fazendo lembrar por momentos os instantes de tensão de Titanic, espectacular a forma como nos são mostrados os tripods no alto da montanha, fantástico! Não há cena que mostre melhor a grandiosidade das máquinas! E eu sei que estou a contar o filme todo, mas quem está a ler isto espero que já tenha visto o filme.
Vou passar para outro factor importante no filme, os efeitos especiais. Este são, quanto a mim, os melhores de sempre e não acredito que a academia premeie outro filme que não Guerra dos Mundos. Aqui tudo parece incrivelmente real e tudo, mas mesmo tudo funciona desde as tripods, passando por aquele efeito fabuloso que acontece quando os raios passam pelo corpo humano, os aliens, os momentos de destruição, quando o barca vira, TUDO! Tudo está fantástico e mesmo quando os tripods pegam nos humanos ou os viram como naquela cena para extrair o sangue, os humanos não parecem humanos ao contrário do que acontece em alguns filmes. É óbvio que aqui a cena em que eles saem do chão ressalta, mas há outras magnificas como quando há aquele bombardeamento onde Ray tem que escolher entre os dois filhos. Mas o que é mais impressionante neste filme que deve ser dos que tem mais efeitos dos últimos tempos é que nós sabemos que eles estão lá, mas não há uma cena em que digamos “Ganda mentira!”, não há, tudo é real!
A música de John Williams cumpre na perfeição o seu trabalho e da forma mais simples possível, sem ter um grande tema ou nada parecido, a banda sonora dá-nos nos momentos certos aquilo que precisamos e dá também aquele tom sombrio á trama e nos momentos de maior suspense ela é muito importante para o clima. Os efeitos sonoros são do melhor que se tem visto no cinema, penso que por aqui a academia também pode pegar para premiar este filme!
O roteiro de David Koepp pode ter falhas, é óbvio que tem, mas no género de filme que é (um blockbuster de verão), é dos que tem menos falhas e não comprometem, para além da história correr com evidente naturalidade e cativa o espectador. Prova disso é que há muito tempo não via uma audiência (sala completamente cheia com cerca de 900 pessoas…) tão entusiasmada com o filme que se manteve calada e quase colada ao ecrã os 120 minutos de filme! E quanto ao final…bem…é certo que ele poderia ser melhor mas dou-me por satisfeito pelo final escolhido, afinal acho que era mesmo o único possível e depois do filmaço que Spielberg nos dá nos restantes minutos aí poderia fazer o que quisesse, ele já estava perdoado de todos os seus pecados, mas atenção acho que até foi um final inteligente e consistente.
Resumindo, é O filme deste verão e muito provavelmente será O filme do ano! Spielberg mostra outra vez porque é considerado um dos melhores de sempre e sabe perfeitamente o que o público gosta, o que alguns parecem considerar negativo, mas para mim é muito positivo. Guerra dos Mundos é o melhor filme de invasões alienígenas de sempre e muito provavelmente tornar-se-á um filme de culto e que certamente tentará ser copiado nos anos que se seguem. Mas uma coisa é certa e congratulem-se os verdadeiros fãs de Spielberg…ele voltou! E para os outros que gostam mais dos filmes sérios dele, esperem por Vengeance, um projecto que a mim não me entusiasma tanto mas que irei conferir. Para já, resta dar os parabéns a Spielberg que realiza aqui uma obra fantástica e a mais marcante de ficção científica que me lembre. Tem tudo o que um blockbuster tem que ter, ou melhor é um filme que tem o que todo o bom filme deve ter, acabamos de o ver e ficamos a pensar quanto falta para o lançamento do dvd. Guerra dos Mundos é sem dúvida um dos filmes mais marcantes de sempre!
10/10
Como sabem sou e sempre fui um grande fã de obras de Spielberg como Encontros Imediatos de 3ºGrau, ET, Tubarão, os três Indiana Jones e Jurassic Park, falando só nos menos “sérios”. E por isso foi com grande ansiedade que esperei por este projecto de transpor uma obra como “Guerra dos Mundos”, de H.G. Wells para o cinema. E querem que eu vos diga uma coisa: Spielber voltou! Não, não estou dizendo que desde Jurassic Park ele não faz uma grande obra, fez A Lista de Schindler que é brilhante tal como O Resgate do Soladado Ryan, Apanha-me se Puderes e também gostei muito de Minority Repot. Mas quando eu digo que Spielberg está de volta, falo daquele Spielberg que faz obras com premissas simples mas que nos emocionam no cinema. A minha ansiedade em relação a este projecto era semelhante á que tive em relação a Inteligência Artificial, mas aí infelizmente desiludi-me. Mas Guerra dos Mundos não é assim, conseguiu superar as minhas maiores expectativas e agora vão ficar a perceber porquê.
A história do filme não é muito complicada, longe disso, o filme fala-nos de uma invasão extraterrestre ao nosso planeta vista pelos olhos de uma pai que recebe os seus filhos para passarem o fim-de-semana consigo. No entanto, Cruise interpreta Ray Ferrier um pai de família arrogante e desorganizado que ainda não conseguiu encarar o facto de a mulher o ter deixado e esperar por um filho de outro homem. Mas essa história de pai desorganizado e tudo o mais não dura muito. Passados poucos minutos estamos na acção total do filme, logo com uma cena marcante como o romper das Tripods do chão. A explicação do porquê de virem do chão é nos dada depois e de um modo bastante convincente, elas já estavam cá antes da humanidade existir só faltava o mecanismo para as pôr a funcionar. A partir daqui o clima do filme não pára, mas através de determinadas situações ele demonstra que não é um simples filme-catástrofe, é um filme que tal como a grande maioria das obras de Spielberg fala-nos dos problemas familiares, essas cenas normalmente são interpretadas pelo filho irritante de Cruise (Robbie interpretado por Justin Chatwin) que por várias situações quer se armar em herói e ser o salvador do mundo (só tenho pena que ele não tenha morrido…). Apesar de tudo este mesmo rapaz irritante dá uma das melhores cenas a nível familiar do filme quando Ray tem que decidir entre um dos filhos. Mas este é um filme que tem tantos momentos marcantes que se torna difícil decidir qual “O” momento do filme. Uma dessas cenas e que demonstra o clima de paranóia e pânico que o povo sente nesses momentos (claro instinto de sobrevivência) é nos dada quando Ray e os filhos são obrigados a largar o carro. É uma cena marcante e que faz lembrar aqueles filmes de “zombies” em que os personagens se vêm rodeados de todos os lados por “mortos-vivos” nesses casos, só que aqui são pessoas como nós. Uma cena profunda e que chaega a chocar o público! Outra cena que marca é quando a filha de Ray (Rachel interpretada por Dakota Fanning) vê os corpos das pessoas no rio e percebe a real dimensão da tragédia, mais uma cena que mostra na perfeição a relação de pai-filho. Falando em Rachel, Dakota Fanning faz um trabalho impressionante e arrisco-me a dizer que já é uma das actrizes mais talentosas actualmente em Hollywood, pode parecer exagerado mas é apenas uma opinião. É uma actriz que nos transmite tudo desde medo, pânico ou impaciência. A cena é toda dela! Mas claro, não esquecer Tom Cruise que tem mais uma grande interpretação e dá para perceber que evoluiu bastante ao longo da carreira, ele consegue que Ray seja uma personagem que demonstre arrogância, medo e até insegurança, algo nada normal em Hollywood já que por exemplo numa situação em que Rachel lhe pergunta “Vamos ficar bem?”, a resposta é um simples “Não sei”. Noutro filme semelhante o pai seria quem confortaria a família e parecia alguém intransponível, mas aqui para variar Spielberg sabe como dar a profundidade certa á personagem e comanda os actores de forma fantástica. Já que estou numa onda de falar de actores porque não falar de Tim Robbins que fazendo o papel de alguém que diz ter perdido toda a gente no ataque fica completamente “possuído” e só pensa em como destruir as trípods ao contrário da maioria das pessoas. É uma interpretação poderosa e os momentos que Ray e Rachel passam naquela cave são sem dúvida os que contém a maior acalmia no filme mas também os que têm maior suspense. É aqui que nós é dado a conhecer algumas partes mais profundas das tripods e a parte em que faz o reconhecimento para ver se o terreno está livre é de uma intensidade tremenda. Aqui também nos é dado a conhecer o visual dos et´s que satisfazem, apesar de nessa cena Dakota roubar outra vez a acção…Toda essa estadia de Ray e a sua filha naquela cave acaba de uma maneira poderosa e marcante, falo naqueles momentos que antecederam o confronto e a morte do personagem interpretado por Tim Robbins. Mais um momento marcante. Esta fase passada naquela cave, considero-a muito interessante porque ao mesmo tempo que nos mostra um período de maior acalmia é onde nos são dados também os momentos mais tensos em termos de suspense do filme. Eu sei que já estão fartos de me ouvir mas ainda há uma cena no filme que eu tenho que referir, é o momento em que o ferry vira, antes dessa cena vemos o pânico das pessoas em busca de um simples lugar (mais uma vez impressionante, outro momento que nos toca profundamente…), mas depois vê-mos que eles já estão lá também no mar e o pânico é total fazendo lembrar por momentos os instantes de tensão de Titanic, espectacular a forma como nos são mostrados os tripods no alto da montanha, fantástico! Não há cena que mostre melhor a grandiosidade das máquinas! E eu sei que estou a contar o filme todo, mas quem está a ler isto espero que já tenha visto o filme.
Vou passar para outro factor importante no filme, os efeitos especiais. Este são, quanto a mim, os melhores de sempre e não acredito que a academia premeie outro filme que não Guerra dos Mundos. Aqui tudo parece incrivelmente real e tudo, mas mesmo tudo funciona desde as tripods, passando por aquele efeito fabuloso que acontece quando os raios passam pelo corpo humano, os aliens, os momentos de destruição, quando o barca vira, TUDO! Tudo está fantástico e mesmo quando os tripods pegam nos humanos ou os viram como naquela cena para extrair o sangue, os humanos não parecem humanos ao contrário do que acontece em alguns filmes. É óbvio que aqui a cena em que eles saem do chão ressalta, mas há outras magnificas como quando há aquele bombardeamento onde Ray tem que escolher entre os dois filhos. Mas o que é mais impressionante neste filme que deve ser dos que tem mais efeitos dos últimos tempos é que nós sabemos que eles estão lá, mas não há uma cena em que digamos “Ganda mentira!”, não há, tudo é real!
A música de John Williams cumpre na perfeição o seu trabalho e da forma mais simples possível, sem ter um grande tema ou nada parecido, a banda sonora dá-nos nos momentos certos aquilo que precisamos e dá também aquele tom sombrio á trama e nos momentos de maior suspense ela é muito importante para o clima. Os efeitos sonoros são do melhor que se tem visto no cinema, penso que por aqui a academia também pode pegar para premiar este filme!
O roteiro de David Koepp pode ter falhas, é óbvio que tem, mas no género de filme que é (um blockbuster de verão), é dos que tem menos falhas e não comprometem, para além da história correr com evidente naturalidade e cativa o espectador. Prova disso é que há muito tempo não via uma audiência (sala completamente cheia com cerca de 900 pessoas…) tão entusiasmada com o filme que se manteve calada e quase colada ao ecrã os 120 minutos de filme! E quanto ao final…bem…é certo que ele poderia ser melhor mas dou-me por satisfeito pelo final escolhido, afinal acho que era mesmo o único possível e depois do filmaço que Spielberg nos dá nos restantes minutos aí poderia fazer o que quisesse, ele já estava perdoado de todos os seus pecados, mas atenção acho que até foi um final inteligente e consistente.
Resumindo, é O filme deste verão e muito provavelmente será O filme do ano! Spielberg mostra outra vez porque é considerado um dos melhores de sempre e sabe perfeitamente o que o público gosta, o que alguns parecem considerar negativo, mas para mim é muito positivo. Guerra dos Mundos é o melhor filme de invasões alienígenas de sempre e muito provavelmente tornar-se-á um filme de culto e que certamente tentará ser copiado nos anos que se seguem. Mas uma coisa é certa e congratulem-se os verdadeiros fãs de Spielberg…ele voltou! E para os outros que gostam mais dos filmes sérios dele, esperem por Vengeance, um projecto que a mim não me entusiasma tanto mas que irei conferir. Para já, resta dar os parabéns a Spielberg que realiza aqui uma obra fantástica e a mais marcante de ficção científica que me lembre. Tem tudo o que um blockbuster tem que ter, ou melhor é um filme que tem o que todo o bom filme deve ter, acabamos de o ver e ficamos a pensar quanto falta para o lançamento do dvd. Guerra dos Mundos é sem dúvida um dos filmes mais marcantes de sempre!
10/10
Já vi e gostei bastante.
Apenas não gostei dos momentos finais. O toque de spielberg nesses momentos não resultou tão bem como noutros filmes, mas não tira o crédito ao filme.
O filme está recheado de momentos impressionantes, como o alan smithee tão bem referiu.
Spoilers
Principalmente os raios de calor a pulverizar o pessoal, que tá demais e muito fiel à imagem do livro.
Gouveia, tens razão nesa cena das armas. Tb eu achei muito pouco credível uma sociedade como a americana, num momento de pânico, não se lembrarem de trazer os canhões todos em casa...
End of spoilers
Aliás, o filme é muito fiel ao livro, sendo o ponto alto a cena da sonda que julgo estar muito bem conseguida.
Ainda não consegui encaixar muito bem a personagem do tim robbins... Não percebi bem a sua relevância para a história. Mas tb serve pa descentrar um pouco a história da personagem de tom cruise, o que não é mau.
Não é o melhor do spielberg ( mas tb nao é o pior ), já que quando o filme cativa uma pessoaq, cativa de uma forma, que julgo que este ano só foi equiparada no swIII e no sin city.
Spoilers
refiro-me às cenas com roupas, ao rio e ao comboio...ouviram alguém a respirar aí? Eu não!
Quanto à questão do ecrã, também na minha sessão não o ocupoui na sua totalidade. parecia um "10:9". Faltava uma franja à esquerda e à direita. Esquisito, já que o trailer do king ocupou todo o ecrã... Enfim...
Apenas não gostei dos momentos finais. O toque de spielberg nesses momentos não resultou tão bem como noutros filmes, mas não tira o crédito ao filme.
O filme está recheado de momentos impressionantes, como o alan smithee tão bem referiu.
Spoilers
Principalmente os raios de calor a pulverizar o pessoal, que tá demais e muito fiel à imagem do livro.
Gouveia, tens razão nesa cena das armas. Tb eu achei muito pouco credível uma sociedade como a americana, num momento de pânico, não se lembrarem de trazer os canhões todos em casa...
End of spoilers
Aliás, o filme é muito fiel ao livro, sendo o ponto alto a cena da sonda que julgo estar muito bem conseguida.
Ainda não consegui encaixar muito bem a personagem do tim robbins... Não percebi bem a sua relevância para a história. Mas tb serve pa descentrar um pouco a história da personagem de tom cruise, o que não é mau.
Não é o melhor do spielberg ( mas tb nao é o pior ), já que quando o filme cativa uma pessoaq, cativa de uma forma, que julgo que este ano só foi equiparada no swIII e no sin city.
Spoilers
refiro-me às cenas com roupas, ao rio e ao comboio...ouviram alguém a respirar aí? Eu não!
Quanto à questão do ecrã, também na minha sessão não o ocupoui na sua totalidade. parecia um "10:9". Faltava uma franja à esquerda e à direita. Esquisito, já que o trailer do king ocupou todo o ecrã... Enfim...
CC - 174 MoC - 73 BFI - 21