Pink Floyd "The Wall" (1982) Alan Parker

[Luis.Manuel]

Os Pink Floyd (1965-2014) foram um dos "ícones" da minha geração (e ainda hoje são uma das minhas bandas preferidas).
Em 1982 juntaram-se os talentos do cineasta Alan Parker (grande fã dos PF) então com 38 anos e no apogeu da sua criatividade, do brilhante designer/animador Gerald Scarfe e dos Floyd com o seu extremamente bem sucedido "rock progressivo" e daí nasceu este extraordinário filme, misto de imagem real e de animação e excelente música.



A história/argumento da autoria de Roger Waters é plena de alegorias...

O jovem Pink é um roqueiro, uma das causas para seu comportamento depressivo. Começa o filme num quarto de hotel que acabou de arrasar, ao som de Vera Lynn cantando "The Little Boy that Santa Claus Forgot".

Na cena seguinte revela-se que o pai de Pink morreu na Segunda Guerra Mundial ("When the Tigers Broke Free", Parte 1) - referência a Eric Fletcher Waters, o pai de Roger Waters, que morreu na Itália, durante a Batalha de Anzio em 1944. Pink começa a ver-se como um ditador, cenas de tumulto e da Segunda Guerra. ("In The Flesh?") Continua a infância de Pink nos anos 50, ("The Thin Ice") com ele a questionar-se sobre a ausência do pai ("Another Brick In The Wall (Part I)") até perceber que ele morreu na guerra ("When the Tigers Broke Free", Parte 2) ("Goodbye Blue Sky"). Na escola, é humilhado por compor poemas ("The Happiest Days of Our Lives") - as letras de "Money", de The Dark Side of the Moon - e começa a sentir revolta ("Another Brick In The Wall (Part II)"). Pink sofre com a superprotetora mãe que tem ("Mother"). Cresce, torna-se numa estrela de rock mas não consegue suportar a pressão, cai em depressão. Passa então a negligenciar a sua mulher, que se envolve com outro e Pink sente-se sinda mais deprimido com isso e preenche este sentimento comprando bens materias. ("Empty Spaces"), e levando uma groupie para o quarto. ("Young Lust") Eventualmente esta vai embora após Pink sofrer um surto psicótico e destruir o quarto. ("One Of My Turns")
Pink começa a enlouquecer ("Don’t Leave Me Now") ("Another Brick In The Wall (Part III)") ("Goodbye Cruel World"), rapando todos os pelos do seu corpo ("Is There Anybody Out There?") - referência a Syd Barrett, ex-membro da banda que apareceu nas gravações de Wish You Were Here sem sobrancelhas e pelos - e após tentar recuperar a ligação ao seu passado ("Nobody Home") começa a ver-se como um ditador Neo-nazi ao assistir "The Dam Busters" ("Vera") ("Bring the Boys Back Home"). O empresário de Pink, junto e o gerente do hotel mais alguns paramédicos, injetam drogas a Pink para que este possa se actuar. ("Comfortably Numb") As drogas fazem Pink alucinar. É arrastado para a sua limousine, gritando, vendo o seu corpo a mudar de forma, imaginando-se um ditador neo-nazi e o seu espectáculo transformado numa manifestação. ("In The Flesh") Pink domina a multidão e usa o seu poder para que o sigam e “limpem o mundo dos males das sociedades”. Os seus seguidores atacam minorias étnicas e estupram a namorada branca de um negro. ("Run Like Hell") Pink faz uma apresentação cantando enquanto martelos em passo de ganso andam sobre Londres. ("Waiting for the Worms")
Então Pink tem um colapso ("Stop") e vai para um wc onde recita poemas (que mais tarde se tornaram as canções "Your Possible Pasts" de The Final Cut e "5:11 AM (The Moment Of Clarity)" do álbum de Roger Waters The Pros and Cons of Hitch Hiking). Pink sente-se cansado de viver assim e pede para voltar a ser quem era. Segue-se então um julgamento na sua própria cabeça, onde ele encara seu passado. Pink é uma pequena boneca que mal se move, o juiz é um gigantesco par de nádegas, o advogado é uma figura alta e ameaçadora. A mãe, esposa e professor (este último, uma marionete) depõem contra ele, e a sentença do juiz é que cesse seu isolamento do mundo externo. ("The Trial") O muro desmorona-se, e crianças caminham na rua entre os seus destroços ("Outside the Wall") .O filme aborda a construção de um "muro" imaginário e advoga que qualquer pessoa consegue superar qualquer obstáculo na sua vida. Numa visão geral, a queda de um músico, unindo a depressão e o abuso de alucinógenos são o tema central podendo ser causada pela infância sofrida de Pink, uma vez que este viveu durante regimes autoritários e guerras.

De destacar ainda o notável desempenho de Bob Geldof (quase mudo) no papel de Pink .
https://m.imdb.com/title/tt0084503/

Estreado em 14 de Julho de 1982, alcançou o terceiro lugar desse ano em receitas no box office em Inglaterra, logo após os grandes sucessos, "E.T. The Extra-Terrestrial" de Spielberg e "An Officer and Gentleman" de Taylor Hackford.

O que pensa Alan Parker deste seu filme (no link, em inglês)
http://alanparker.com/film/pink-floyd-the-wall/making/

E porque raio me terei lembrado hoje deste genial filme?

[Samwise]

Para mim foi o último grande álbum dos Pink Floyd (acho que desde dele, não há um único que aprecie verdadeiramente) e um filme que não me cativou por aí além - talvez porque a interpretação visual da música me pareça demasiado opressiva, agressiva e negra para aquilo que as melodias, por seu turno, me proporcionam, mesmo que as lyrics possam ter essas dimensões. Funciona quase como terapia de choque na minha mente, ao bom estilo da "Laranja Mecânica", ao associarem as imagens e os sons que me levam para sentidos contrários.

[Luis.Manuel]

Para mim foi o último grande álbum dos Pink Floyd (acho que desde dele, não há um único que aprecie verdadeiramente) e um filme que não me cativou por aí além - talvez porque a interpretação visual da música me pareça demasiado opressiva, agressiva e negra para aquilo que as melodias, por seu turno, me proporcionam, mesmo que as lyrics possam ter essas dimensões. Funciona quase como terapia de choque na minha mente, ao bom estilo da "Laranja Mecânica", ao associarem as imagens e os sons que me levam para sentidos contrários.

Em parte concordo com o que referes relativamente ao facto de o "The Wall" ser o último grande álbum dos Floyd e também ao facto de o filme ser um pouco "desconfortável" de se ver. Mas apesar disso considero-o um filme "fascinante".
Mal comparado, o "Apocalypse Now" também não é (será?) propriamente muito "agradável" mas não deixa de ser genial. Nesse aspecto (de gostar do The Wall) digamos que me me identifico com a opinião do "polémico" Roger Ebert que o descreve como sendo...

"a stunning vision of self-destruction" and "one of the most horrifying musicals of all time ...

.
Admito todavia que não será propriamente um filme muito consensual... (mesmo entre alguns dos principais nomes que estiveram envolvidos directamente na sua feitura).

Vi-o em estreia no desaparecido Alfas Triplex (Lisboa) em Novembro de 1982 numa sala que não era muito (nada?) grande, mas apesar disso reconheço que teve um enorme impacto sobre o jovem Luís que frequentava então o curso de Design Gráfico do AR.CO e onde (principalmente) sob influência do designer inglês Robin Fior, que foi lá professor (desde 1973?), a estética e a temática do filme foram motivo de amplo debate.

Sobre a discografia da banda eu ainda avanço mais um álbum até ao "The Final Cut". Depois disso começará efectivamente declínio da sua pujança criativa (?) com uma excepção: " The Division Bell" em 1994.

Inesquecível mesmo foi a "malta" do secundário a cantar (nas escolas, nos autocarros, etc) a música "Another Brick in the Wall"

We don't need no education
We don't need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teacher, leave them kids alone
Hey, teacher, leave them kids alone

All in all, it's just another brick in the wall
All in all, you're just another brick in the wall

Espero que mais alguém ainda se recorde disto mesmo depois de passados 40 anos.



https://en.m.wikipedia.org/wiki/Pink_Fl ... 3_The_Wall

[Samwise]

Em parte concordo com o que referes relativamente ao facto de o "The Wall" ser o último grande álbum dos Floyd e também ao facto de o filme ser um pouco "desconfortável" de se ver. Mas apesar disso considero-o um filme "fascinante".
Mal comparado, o "Apocalypse Now" também não é (será?) propriamente muito "agradável" mas não deixa de ser genial. Nesse aspecto (de gostar do The Wall) digamos que me me identifico com a opinião do "polémico" Roger Ebert que o descreve como sendo...

"a stunning vision of self-destruction" and "one of the most horrifying musicals of all time ...

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Admito todavia que não será propriamente um filme muito consensual... (mesmo entre alguns dos principais nomes que estiveram envolvidos directamente na sua feitura).

Colocas uma "comparação" interessante com Apocalypse Now. Retirando a questão do "gosto" da equação (é uma saída fácil para justificar qualquer "dissonância" ), diria que há vários factores que para mim fazem distanciar a qualidade entre os "produtos". Um deles, talvez mais evidente, será a "formulação artística", a camada de artifício estilístico. Ambas as fitas se debruçam sobre temáticas "difícies", mas uma delas martela, assalta e bombardeia a cada instante a mente do (infeliz?) espectador com a sordidez do contexto - e insiste, insiste, insiste, até esgotamento que mais cedo ou mais tarde acaba por fazer desfalecer (o infeliz) . Outro factor importante é o conteúdo. Mesmo quando não há conteúdo definido e um dos actores decide inventá-lo à medida que a câmara rola sob o olhar guloso do realizador( ). O The Wall tem a seu favor fazer depender quase tudo das imagens e dos sons (há pouco "texto"), mas no Apocalypse o texto também joga a seu favor - e para mim, com essa definição, ganha de longe uma hipotética (má) comparação entre os produtos. Finalmente (aqui, admito, é pessoal), não me dou muito bem com impressões artísticas formuladas a partir de uma mente "malsã", deprimida e doente. A distorção natural que daí advém logo à partida impede-me de apreciar tudo devidamente - e pensar que a intenção do realizador é fazer-nos deliberadamente passar por esse olhar distorcido e angustiado não ajuda.

Vi-o em estreia no desaparecido Alfas Triplex (Lisboa) em Novembro de 1982 numa sala que não era muito (nada?) grande, mas apesar disso reconheço que teve um enorme impacto sobre o jovem Luís que frequentava então o curso de Design Gráfico do AR.CO e onde (principalmente) sob influência do designer inglês Robin Fior, que foi lá professor (desde 1973?), a estética e a temática do filme foram motivo de amplo debate.

Dos Alfas lembro-me bem (morava relativamente perto), mas por essa altura ainda só via filmes da Disney no cinema...

[Samwise]

Sobre a discografia da banda eu ainda avanço mais um álbum até ao "The Final Cut". Depois disso começará efectivamente declínio da sua pujança criativa (?) com uma excepção: " The Division Bell" em 1994.

Tirando um ou outro tema (que ouço separadamente), nenhum desses álbuns me puxa para audições autónomas e continuadas. Para os ouvir, teria de forçar a atenção e desligar ou atenuar, durante esses momentos, a resistência ao que não é imediatamente agradável. Sei que às vezes essa insistência traz dividendos, mas por esta altura prefiro tirar dividendos de outros lados - o tempo é curto.

Fica uma pequena expiação para a heresia: no período entre o Atom Heart Mother e o The Wall (inclusive) os Pink Floyd produziram talvez a melhor música que o sec. XX viu nascer.

[Luis.Manuel]

O filme chegou-me há dias em blu-ray mas ainda não tive tempo de o rever, e até já estou com algum receio de que este meu "entusiasmo" não passe de pura nostalgia dos meus tempos de juventude. Quando à superioridade do Apocalypse Now isso nunca esteve em questão até porque escrevi logo no início que era uma "má comparação". Na verdade o(s) meu(s) filme(s) preferido(s) do Alan Parker são mesmo o Midnight Express (1978) seguido do Mississippi Burning (1988) e só depois virá este The Wall (?)

Fica uma pequena expiação para a heresia: no período entre o Atom Heart Mother e o The Wall (inclusive) os Pink Floyd produziram talvez a melhor música que o sec. XX viu nascer.

Absolutamente

[Samwise]

Continuo a reflectir sobre o assunto (e gosto de reflectir sobre estas questões quando o contexto é a arte): pode um objecto artístico ser ao mesmo tempo horroroso, disforme, doloroso de assistir quase ao ponto da náusea e também genial?

Parece-me que a intenção do Parker é plenamente conseguida -- fazer o espectador "sentir na pele" a privação de liberdade em diversas formulações, a mais intensa das quais o pesadelo e a opressão debaixo de um regime ditatorial, sendo que para isso tem de recriar, artisticamente, algo semelhante à experiência (quer dizer, como se faz isso?). Não andará longe do que é proposto no Saló de Pasolini (outro filme que para mim é indigerível e terrivelmente doloroso de assistir).

Ou seja, o que desagrada no filme foi lá colocado deliberadamente para me fazer "sentir mal" (eufemismo) enquanto o estou a ver.

Agora, ligar isso aos The Wall ... (e ao "Teachers, leave the kids alone...")? Hmmm... não sei.

(bom, fiquei foi com vontade de revisitar o álbum. e os outros deles )

[Luis.Manuel]

Parece-me que a intenção do Parker é plenamente conseguida -- fazer o espectador "sentir na pele" a privação de liberdade em diversas formulações, a mais intensa das quais o pesadelo e a opressão debaixo de um regime ditatorial, sendo que para isso tem de recriar, artisticamente, algo semelhante à experiência

Pois deve ser essa a resposta à pergunta que coloquei no fim do primeiro post, atendendo a situação "geoestratégica" que se vive no leste da Europa. Este fim de semana vou rever o filme.

[Samwise]

Este fim de semana vou rever o filme.

Se calhar vou aproveitar para "embarcar" também.
Não me recordo também já dele o suficiente para poder esticar a argumentação.
Antes, contudo, quero ouvir o álbum de fio-a-pavio no sossego dos deuses.

[Luis.Manuel]

"Pink Floyd, The Other Side Of The Wall"
[doc. sobre a produção do filme]

Parte 1



Parte 2



Parte 3




A crítica de Derek Malcom no "The Gardian"
https://www.google.com/amp/s/amp.thegua ... eview-1982

[Lorde X]

Sobre a discografia da banda eu ainda avanço mais um álbum até ao "The Final Cut". Depois disso começará efectivamente declínio da sua pujança criativa (?) com uma excepção: " The Division Bell" em 1994.

Aqui, também um fã dos Pink Floyd , a qual continua, estes anos todos, a ser a minha banda preferida, sendo deles também a minha música preferida de todos os tempos: The Great Gig in the Sky!

Guardo num lugar bem precioso da minha memória, o concerto que assisti em 1994 no estádio de Alvalade, tendo eu ido de comboio para Lisboa (já que morava e ainda moro no distrito do Porto) e ficado alojado em casa de um amigo. Entretanto, nos últimos anos, já assisti por várias vezes a concertos de bandas homenagem dos Pink Floyd, as quais me surpreenderam pelo rigor técnico na execução, aliado a uma cenografia muito próxima da dos Pink Floyd, evidentemente numa escala mais pequena.

Depreendo do comentário, que não aprecias o Momentary Lapse of Reason. Embora já conhecesse a música "Another Brick in the Wal", a minha porta de entrada para a descoberta do som dos Pink Floyd e do rock psicadélico e progressivo em geral, foi através desse álbum, pelo que continuo a deleitar-me sempre que o ouço. Foi quando adolescente e estive acampado em Mira, tendo ido com uns amigos a uma discoteca que se chamava Pink House (não era por acaso o nome) e onde fui surpreendido com várias músicas deles e da projeção numa tela de alguns dos seus videoclips, entre os quais, da Dogs of War, que muito me impressionou. Lemnbro-me de, anos mais tarde, ver e ouvir repetidamente o concerto Delicate Sound of Thunder, que gravei numa VHS quando foi emitido na RTP. Continuo a gostar muito da Sorrow!

A propósito, saiu em cd uma edição remisturada do "Momentary Lapse of Reason", em que as músicas estarão numa versão mais amadurecida e mais próxima das suas versões ao vivo, tendo sido atenuada alguma da tónica anos 80 da produção e sendo inseridas gravações do Rick Wright que na altura não foram aproveitadas. Já o comprei mas ainda não lhe dediquei a devida atenção...

Inesquecível mesmo foi a "malta" do secundário a cantar (nas escolas, nos autocarros, etc) a música "Another Brick in the Wall"

We don't need no education
We don't need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teacher, leave them kids alone
Hey, teacher, leave them kids alone

All in all, it's just another brick in the wall
All in all, you're just another brick in the wall

Espero que mais alguém ainda se recorde disto mesmo depois de passados 40 anos.

Quanto ao filme do Alan Parker, partilho da opinião do Samwise. Quando o vi não me cativou. Tive-o em DVD mas não o conservei na coleção...

[Luis.Manuel]

Sobre a discografia da banda eu ainda avanço mais um álbum até ao "The Final Cut". Depois disso começará efectivamente declínio da sua pujança criativa (?) com uma excepção: " The Division Bell" em 1994.

Aqui, também um fã dos Pink Floyd , a qual continua, estes anos todos, a ser a minha banda preferida, sendo deles também a minha música preferida de todos os tempos: The Great Gig in the Sky!

Guardo num lugar bem precioso da minha memória, o concerto que assisti em 1994 no estádio de Alvalade, tendo eu ido de comboio para Lisboa (já que morava e ainda moro no distrito do Porto) e ficado alojado em casa de um amigo. Entretanto, nos últimos anos, já assisti por várias vezes a concertos de bandas homenagem dos Pink Floyd, as quais me surpreenderam pelo rigor técnico na execução, aliado a uma cenografia muito próxima da dos Pink Floyd, evidentemente numa escala mais pequena.

Depreendo do comentário, que não aprecias o Momentary Lapse of Reason. Embora já conhecesse a música "Another Brick in the Wal", a minha porta de entrada para a descoberta do som dos Pink Floyd e do rock psicadélico e progressivo em geral, foi através desse álbum, pelo que continuo a deleitar-me sempre que o ouço. Foi quando adolescente e estive acampado em Mira, tendo ido com uns amigos a uma discoteca que se chamava Pink House (não era por acaso o nome) e onde fui surpreendido com várias músicas deles e da projeção numa tela de alguns dos seus videoclips, entre os quais, da Dogs of War, que muito me impressionou. Lemnbro-me de, anos mais tarde, ver e ouvir repetidamente o concerto Delicate Sound of Thunder, que gravei numa VHS quando foi emitido na RTP. Continuo a gostar muito da Sorrow!

A propósito, saiu em cd uma edição remisturada do "Momentary Lapse of Reason", em que as músicas estarão numa versão mais amadurecida e mais próxima das suas versões ao vivo, tendo sido atenuada alguma da tónica anos 80 da produção e sendo inseridas gravações do Rick Wright que na altura não foram aproveitadas. Já o comprei mas ainda não lhe dediquei a devida atenção...

Inesquecível mesmo foi a "malta" do secundário a cantar (nas escolas, nos autocarros, etc) a música "Another Brick in the Wall"

We don't need no education
We don't need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teacher, leave them kids alone
Hey, teacher, leave them kids alone

All in all, it's just another brick in the wall
All in all, you're just another brick in the wall

Espero que mais alguém ainda se recorde disto mesmo depois de passados 40 anos.

Quanto ao filme do Alan Parker, partilho da opinião do Samwise. Quando o vi não me cativou. Tive-o em DVD mas não o conservei na coleção...

Viva Lord X, bem-vindo de volta ao fórum.
(Sim, lembro bem de ti pois fui eu quem te comprou aquela bela caixa da Disney com os 2 filmes do "Fantasia" em blu-ray há já uns 10 anos?).

E óbvio que também eu estive em Alvalade em 13 de julho de 1994 . Verdadeiramente memoráveeelll.

Eu gosto do Momentary Lapse of Reason, só que não tanto quanto gosto de outros álbuns anteriores.

The Great Gig in the Sky! do "The Dark Side of the Moon" é uma música fantástica (com aquela voz incrível da Clare Torry) e vou dar um lamiré a essa versão que referes.

Espero apareças com mais frequência, sempre a que a tua vida te pe permita, claro, pois desde que criaram aquele malfadado grupo do Face muita gente se mudou para lá e isto tem andado um pouco "mortiço". Já nem o Pedro Gaspar tem aparecido

Quanto ao "Cold Skin" do Xavier Gens vou espreitar pois sou um grande fã do cinema espanhol, em especial do Álex de la Iglesia que também já fez algumas coisas mais ou menos deste género (Ação Mutante).

[Lorde X]

Viva Lord X, bem-vindo de volta ao fórum.
(Sim, lembro bem de ti pois fui eu quem te comprou aquela bela caixa da Disney com os 2 filmes do "Fantasia" em blu-ray há já uns 10 anos?).

Já não me recordava! Na altura tinhas um user name diferente aqui no fórum?

E óbvio que também eu estive em Alvalade em 13 de julho de 1994 . Verdadeiramente memoráveeelll.

Eu apenas fui ao segundo concerto pois por incúria deixei esgotar os bilhetes para o primeiro concerto... Felizmente depois lançaram essa segunda data (que foi logo no dia a seguir á do primeiro concerto!

Espero apareças com mais frequência, sempre a que a tua vida te pe permita, claro, pois desde que criaram aquele malfadado grupo do Face muita gente se mudou para lá e isto tem andado um pouco "mortiço". Já nem o Pedro Gaspar tem aparecido

Eu continuo a visitar o DVDMania com frequência, mas realmente tenho andado muito preguiçoso para publicar...

Quanto ao "Cold Skin" do Xavier Gens vou espreitar pois sou um grande fã do cinema espanhol, em especial do Álex de la Iglesia que também já fez algumas coisas mais ou menos deste género (Ação Mutante).

Também gosto muito do cinema espanhol, principalmente do fantástico! São muitos os filmes que me impressionaram ao ponto de os conservar na colecção. Recentemente, mais uma pérola desconhecida descoberta, Tempus Fugit, o qual irei comentar no tópico dos filmes sobre viagens no tempo.

[Luis.Manuel]

Já não me recordava! Na altura tinhas um user name diferente aqui no fórum?

Também gosto muito do cinema espanhol, principalmente do fantástico! São muitos os filmes que me impressionaram ao ponto de os conservar na colecção. Recentemente, mais uma pérola desconhecida descoberta, Tempus Fugit, o qual irei comentar no tópico dos filmes sobre viagens no tempo.

Sim, efectivamente nessa altura tinha um outro user name. Mas se não apagas as tuas MPs devem lá estar as da conversa relativa à essa venda (pela qual te estou grato).

Quanto ao teu o gosto por cinema espanhol, que partilho inteiramente, actualmente fala-se raramente de "cine español" (Almodóvar e pouco mais) por isso fico então a aguardar por esse teu post sobre esse filme, "Tempo Fugit" com curiosidade, isso obviamente quando tiveres disponibilidade e disposição para tal.

[Lorde X]

Vem mesmo a propósito deste tópico, esta nova versao do Roger waters de uma das músicas mais emblemáticas do The Wall.

Embora tenha sempre considerado o Roger Waters um gênio musical, não limitado à letra das músicas ou ao conceito dos álbuns, como por vezes redutoramente foi considerado, não deixei de ficar estarrecido com esta nova versão que, suprimindo a presença da guitarra, consegue adquirir tons mais sombrios mas tocantes, muito fruto da presença vocal feminina, que deslumbra no final.

https://youtu.be/9JLN581QWxc

O videoclipe está igualmente belíssimo!

Espero que signifique uma nova vaga criativa que resulte num novo álbum!