Babel (2006) - Alejandro Gonzalez Iñárritu
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Babel (2006) - Alejandro Gonzalez Iñárritu
Gentleman you can't fight in here! This is the war room.
Em Toronto:


"Babel" is a work of remarkable craft, a masterpiece of sensorial and emotional intensity. The film, which screened at the Toronto International Film Festival, is a bleak, disquieting film for our troubled times, and a palpable sense of tension permeates throughout.
Director Alejandro González Inarritu is at the height of his powers here; in presenting multiple plotlines set around the globe, he never shortchanges the drama of any individual sequence, nor is there any confusion about where we are at a given point. And while "Babel" puts the audience through the wringer, the end result is strangely hopeful and comforting; it's a movie about the interconnectedness of humanity, in which people struggle mightily to find a way out of emotional and cultural seclusion.
Richard (Brad Pitt) and Susan (Cate Blanchette) are a married couple touring Morocco by bus, when tragedy strikes, courtesy of a silly dare by two children firing rifles in the desert. Susan is mortally wounded, so Richard calls the couple's nanny Isobel (Lynsay Beauchamp) and tells her to continue taking care of their children for a few more days. But it's the day of her son's wedding, so she brings the children with her and her decent but unruly nephew (Gael Garcia Bernal) across the boarder into Mexico. Meanwhile in Japan, Chieko, a deaf teenager (Rinko Kikuchi) is bursting at the seams with teen angst as she tries to connect with her peers; she also warms to a police officer who's looking for information about a gun her father once owned.
It feels wrong to say much more, since each of these scenarios builds to moments of incredible anxiety. There's an organic feel to the way the three stories are linked; the events don't feel contrived to fit an overarching message. This is sort of a "The World Is Flat" of the soul. The performances are uniformly excellent; Pitt, Blanchette and Bernal may be the biggest names here, but the international cast (especially Kikuchi), which includes many non-professionals, is more than up to the task.
There's a passage in the middle of the film that's as virtuoso as anything you're likely to see all year. Chieko enters a pulsing dance club with some friends and a couple of guys they met earlier in the day. As Earth Wind and Fire's "September" plays on the soundtrack, we get both the scene surrounding Chieko and her perspective. The combination of the flickering strobe light, the flurry of bodies in motion, and the intermittent blast of the music mixed with silence create a hypnotic sequence of disquieting power. It's the greatest sequence in a film filled with remarkable moments, and it typifies the cinematic daring that makes Inarritu's film such a joy to behold.
- Rui Santos
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Richard (Brad Pitt) and Susan (Cate Blanchette)

Quem é???
Mais a sério, muito curioso de ver este filme. Possivelmente o próximo que me levará ao cinema.

Já se sabe alguma coisa da data de estreia em Pt?
Rui Santos - 54 Anos | 23 Anos DVDMania
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Rui Santos wrote:Richard (Brad Pitt) and Susan (Cate Blanchette)![]()
Quem é???
Mais a sério, muito curioso de ver este filme. Possivelmente o próximo que me levará ao cinema.![]()
Já se sabe alguma coisa da data de estreia em Pt?
Datas de estreia? Cá estou eu outra vez...

Sobre este ainda não consta nada. Porém, o filme vai fazer ante-estreia europeia no encerramento do Festival de Cinema de Londres (início de Novembro), por isso não é de excluir que não vamos ter de esperar até Fevereiro para o ver.
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Bem la fui hoje ao cinema e de entre as opçoes destacou-se obviamente este.
Tinha expectativas talvez demasiado altas e por isso nao consegui deixar de me sentir um pouco desiludido.
Mas gostei bastante. De tudo no global não conseguindo destacar nada em particular.
Apenas achei que havia alguns choques cronológicos estranhos que às vezes eram um pouco confusos...
Tinha expectativas talvez demasiado altas e por isso nao consegui deixar de me sentir um pouco desiludido.
Mas gostei bastante. De tudo no global não conseguindo destacar nada em particular.
Apenas achei que havia alguns choques cronológicos estranhos que às vezes eram um pouco confusos...
Life's the shit that happens while you're waiting for moments that never come...
"Um puzzle sobre o nosso mundo
Estreado entre nós na última semana do ano, "Babel" arrisca-se a ser considerado como o melhor de 2006. Um facto é inequívoco não se viu nada assim durante todo o ano. E mais: seguramente, quem vir "Babel" nunca mais vai esquecer a experiência. Porque é isso o que se trata. Mais do que um filme, "Babel" é uma experiência de vida.
Conhecendo a estrutura narrativa dos filmes anteriores de Alejandro González Iñárritu, escritos por Guillermo Arriaga, o título "Babel" prenunciava desde logo uma alteração de escala, em relação aos seus dois filmes já conhecidos, e que colocaram o realizador e o cinema mexicano contemporâneo, um pouco por arrasto, na primeira linha do melhor cinema que se faz em todo o mundo. Na realidade, às histórias cruzadas de várias personagens que viviam na mesma metrópole, a Cidade do México em "Amor Cão" e Los Angeles em "21 Gramas", o realizador aposta agora numa dimensão planetária, interligando três histórias que têm lugar em Marrocos, em Tóquio e na fronteira entre os Estados Unidos e o México.
Caberá ao espectador ir estabelecendo as ligações entre estes diversos segmentos, num jogo intelectual e sensorial que será tanto mais lúdico, fascinante e enriquecedor quanto mais o espectador se entregar à fruição do filme convocando ao máximo as suas próprias experiências e convicções. De início, o espectador poderá sentir-se um pouco perdido. Quando conseguir "atar" dois dos episódios, poderá haver alguma frustração por não conseguir encaixar o outro. Mas as peças vão-se ligando, de forma sublime, numa estrutura narrativa brilhante e que potencia, a cada passo, a imensa importância do filme para os dias de hoje "Babel" é um dos filmes que melhor reflecte, em todas as suas contradições, o mundo em que vivemos e um dos que mais nos poderá ajudar a compreendê-lo e a nele viver pacificamente, uns com os outros.
Não são poucas, na verdade, as questões que o filme (nos) coloca. A fragilidade das relações familiares, o deserto de afectos em que vivemos, a necessidade de compreender e respeitar os outros, na sua diversidade cultural, religiosa, física e sexual, o impacto das armas na vida de todos nós, e que poderá surgir quando menos se espera. A relação com o mundo árabe ou o infame muro entre os Estados Unidos e o México são apenas alguns macro-temas que o filme deliberadamente ou por reflexo aborda. Com uma riqueza humanista que não se esgota na sua visão, única ou múltipla, devendo escorrer para o nosso mundo, para lá da sala escura, "Babel" confirma, em tudo, o que de melhor se pensava do seu realizador.
Para Alejandro González Iñárritu e Guillermo Arriaga, "Babel" completa uma trilogia sobre a morte formada por "Amor Cão" e "21 Gramas".
Provando o impacto internacional do seu cinema, Alejandro González Iñárritu teve ao seu dispor actores com a dimensão de Brad Pitt e Cate Blanchett. Mas enquanto esta se dispõe a ter um exigente e eventualmente frustrante papel de quase morta na maior parte das suas aparições, Brad Pitt consente em acentuar os sinais de envelhecimento, apelando para a dimensão psicológica, embora também física, do seu trabalho de actor. E a esse nível, terão sido estes dois nomes conhecidos os primeiros a compreender que estariam aqui ao mesmo nível dos portentosos Adriana Barraza, que não nos surpreenderia se estivesse nos nomeados para o Oscar de melhor actriz secundária, ou os japoneses Rinko Kikuchi ou Koji Yakushi. Será que depois de "Crash", um outro puzzle sobre o mundo contemporâneo irá dominar a corrida para os Oscares?"
fonte: http://jn.sapo.pt/2006/12/28/primeiro_p ... mundo.html
bem, tava a pensar ir ver o 20.13 mas acho que vou ver este já amanhã
Estreado entre nós na última semana do ano, "Babel" arrisca-se a ser considerado como o melhor de 2006. Um facto é inequívoco não se viu nada assim durante todo o ano. E mais: seguramente, quem vir "Babel" nunca mais vai esquecer a experiência. Porque é isso o que se trata. Mais do que um filme, "Babel" é uma experiência de vida.
Conhecendo a estrutura narrativa dos filmes anteriores de Alejandro González Iñárritu, escritos por Guillermo Arriaga, o título "Babel" prenunciava desde logo uma alteração de escala, em relação aos seus dois filmes já conhecidos, e que colocaram o realizador e o cinema mexicano contemporâneo, um pouco por arrasto, na primeira linha do melhor cinema que se faz em todo o mundo. Na realidade, às histórias cruzadas de várias personagens que viviam na mesma metrópole, a Cidade do México em "Amor Cão" e Los Angeles em "21 Gramas", o realizador aposta agora numa dimensão planetária, interligando três histórias que têm lugar em Marrocos, em Tóquio e na fronteira entre os Estados Unidos e o México.
Caberá ao espectador ir estabelecendo as ligações entre estes diversos segmentos, num jogo intelectual e sensorial que será tanto mais lúdico, fascinante e enriquecedor quanto mais o espectador se entregar à fruição do filme convocando ao máximo as suas próprias experiências e convicções. De início, o espectador poderá sentir-se um pouco perdido. Quando conseguir "atar" dois dos episódios, poderá haver alguma frustração por não conseguir encaixar o outro. Mas as peças vão-se ligando, de forma sublime, numa estrutura narrativa brilhante e que potencia, a cada passo, a imensa importância do filme para os dias de hoje "Babel" é um dos filmes que melhor reflecte, em todas as suas contradições, o mundo em que vivemos e um dos que mais nos poderá ajudar a compreendê-lo e a nele viver pacificamente, uns com os outros.
Não são poucas, na verdade, as questões que o filme (nos) coloca. A fragilidade das relações familiares, o deserto de afectos em que vivemos, a necessidade de compreender e respeitar os outros, na sua diversidade cultural, religiosa, física e sexual, o impacto das armas na vida de todos nós, e que poderá surgir quando menos se espera. A relação com o mundo árabe ou o infame muro entre os Estados Unidos e o México são apenas alguns macro-temas que o filme deliberadamente ou por reflexo aborda. Com uma riqueza humanista que não se esgota na sua visão, única ou múltipla, devendo escorrer para o nosso mundo, para lá da sala escura, "Babel" confirma, em tudo, o que de melhor se pensava do seu realizador.
Para Alejandro González Iñárritu e Guillermo Arriaga, "Babel" completa uma trilogia sobre a morte formada por "Amor Cão" e "21 Gramas".
Provando o impacto internacional do seu cinema, Alejandro González Iñárritu teve ao seu dispor actores com a dimensão de Brad Pitt e Cate Blanchett. Mas enquanto esta se dispõe a ter um exigente e eventualmente frustrante papel de quase morta na maior parte das suas aparições, Brad Pitt consente em acentuar os sinais de envelhecimento, apelando para a dimensão psicológica, embora também física, do seu trabalho de actor. E a esse nível, terão sido estes dois nomes conhecidos os primeiros a compreender que estariam aqui ao mesmo nível dos portentosos Adriana Barraza, que não nos surpreenderia se estivesse nos nomeados para o Oscar de melhor actriz secundária, ou os japoneses Rinko Kikuchi ou Koji Yakushi. Será que depois de "Crash", um outro puzzle sobre o mundo contemporâneo irá dominar a corrida para os Oscares?"
fonte: http://jn.sapo.pt/2006/12/28/primeiro_p ... mundo.html
bem, tava a pensar ir ver o 20.13 mas acho que vou ver este já amanhã
Realmente foi uma pena ter-mos esperado até ao fim do ano para ver-mos um dos melhores filmes do ano.
Um filme a não perder, e já não falo em termos de obrigatório para os fãs da dupla ou para quem gostou dos trabalhos anteriores (Amores Perros e 21 Grams) ambos formidáveis é um facto a relembrar, mas apenas para referir que este Babel é sem sombras de dúvida a obra prima deles. Apesar de seguir a mesma formula dos filmes anteriores este eleva mais o patamar, tipo um blockbuster (falo em termos de orçamento) dos filmes independentes. A não perder!
Depois escrevo mais...
Um filme a não perder, e já não falo em termos de obrigatório para os fãs da dupla ou para quem gostou dos trabalhos anteriores (Amores Perros e 21 Grams) ambos formidáveis é um facto a relembrar, mas apenas para referir que este Babel é sem sombras de dúvida a obra prima deles. Apesar de seguir a mesma formula dos filmes anteriores este eleva mais o patamar, tipo um blockbuster (falo em termos de orçamento) dos filmes independentes. A não perder!
Depois escrevo mais...

quem acha isto banal não deve ter visto o mesmo filme que eu.
nunca na vida e sublinho, nunca na vida vi um filme tão belo como este.
a fotografia, a maneira como ele filme, a banda sonora tudo isso se conjuga num filme apaixonante e visualmente arrebatador.
só 1 filme se aproxima desta patamar de beleza, que foi o Koyanisqatsi, que mesmo assim não chega ao nivel deste.
tmb eu tinha grandes expectativas, diria mesmo enormes, e não sai minimamente desiludido.
juntamente com o Children Of Men o melhor filme do ano, se bem que este é ainda melhor
um filme que mudou para sempre a minha vida e quye nunca vou esquecer até ir para a cova
nunca na vida e sublinho, nunca na vida vi um filme tão belo como este.
a fotografia, a maneira como ele filme, a banda sonora tudo isso se conjuga num filme apaixonante e visualmente arrebatador.
só 1 filme se aproxima desta patamar de beleza, que foi o Koyanisqatsi, que mesmo assim não chega ao nivel deste.
tmb eu tinha grandes expectativas, diria mesmo enormes, e não sai minimamente desiludido.
juntamente com o Children Of Men o melhor filme do ano, se bem que este é ainda melhor
um filme que mudou para sempre a minha vida e quye nunca vou esquecer até ir para a cova
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- Location: algures neste fim de mundo
Eu não achei o filme banal. Simplesmente não me tocou and that's it. Vi, gostei muito do trabalho de toda a gente, admirei a intensidade emocional brutal assim como os bastantes momentos belos. Mas simplesmente não me tocou a mim por algum motivo. E isso foi suficiente para ficar um pouco abaixo daquilo que esperava...se bem que este é ainda melhor
um filme que mudou para sempre a minha vida e quye nunca vou esquecer até ir para a cova
Não vi o Amores Perros mas vi o 21 Grams que me abalou e tocou mais do que este...
Enquanto obra em si dou sem problema um 8 ou 9 em 10. O extra-mile, para mim, está dependente daquilo que o filme te disse e eu não senti muito.
Life's the shit that happens while you're waiting for moments that never come...
Este tipo de afirmações pomposas são daquelas que se prestam a ser puxadas vai daqui a um ano ou dois quando a poeira tiver assentado e vieres para aqui dizer algo semelhante em relação a outro qualquer filme.jgeiras wrote:quem acha isto banal não deve ter visto o mesmo filme que eu.
nunca na vida e sublinho, nunca na vida vi um filme tão belo como este.
Mas o pessoal compreende a tua posição

Quando éramos mais novos também vivíamos no deslumbramento permanente. Todos os álbuns que ouvíamos eram os melhores do mundo, todos os livros que líamos eram os melhores do mundo e todos os filmes que visionávamos eram os melhores do mundo... até à semana a seguir. É uma faceta natural do desenvolvimento adulto e com o tempo verás que adoptas uma atitude mais crítica e menos dada a enamoramentos destes. Há quem lhe chame cinismo, há quem lhe chame maturidade. Eu chamo-lhe vivência continuada!

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- DVD Maníaco
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