«Capote» eleito Melhor Filme de 2005 pelos críticos
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«Capote» eleito Melhor Filme de 2005 pelos críticos
A National Society of Film Critics, associação que reúne 45 dos mais destacados críticos de cinema norte-americanos, elegeu a produção independente «Capote», de Bennett Miller, Melhor Filme de 2005.
A notícia surge na edição desta segunda-feira do jornal Diário de Notícias, que recorda o facto de terem sido necessárias seis votações para eleger «Capote» filme do ano.
Com estreia em Portugal prevista para 16 de Fevereiro, «Capote» aborda a personagem do escritor Truman Capote, interpretado no filme por Philip Seymour Hoffman, durante durante a investigação do brutal assassínio de uma família no Kansas, em 1959, que o levaria a escrever o seu livro A Sangue-Frio.
Nos lugares seguintes da eleição para Melhor Filme de 2005 ficaram «A History of Violence», de David Cronenberg, e «2046», de Wong Kar Wai. Como consolação, Cronenberg foi ainda considerado Melhor Realizador.
O prémio de Argumento foi para Noah Baumbach por «The Squid and the Whale», que também realizou.
No prémio para Melhor Actor, Philip Seymour Hoffman foi o eleito, enquanto o galardão de Melhor Actriz foi atribuído a Reese Witherspoon, pelo seu papel de June Carter Cash em «Walk the Line», a biografia do cantor Johnny Cash.
Ed Harris ganhou na categoria de Melhor Secundário por «A History of Violence» e Amy Adams foi Melhor Secundária em «Junebug».
A National Society of Film Critics elegeu ainda «Grizzly Man», de Werner Herzog, Melhor Documentário, e «A Esposa Turca», do alemão Fatih Akin, Melhor Filme Estrangeiro.
A notícia surge na edição desta segunda-feira do jornal Diário de Notícias, que recorda o facto de terem sido necessárias seis votações para eleger «Capote» filme do ano.
Com estreia em Portugal prevista para 16 de Fevereiro, «Capote» aborda a personagem do escritor Truman Capote, interpretado no filme por Philip Seymour Hoffman, durante durante a investigação do brutal assassínio de uma família no Kansas, em 1959, que o levaria a escrever o seu livro A Sangue-Frio.
Nos lugares seguintes da eleição para Melhor Filme de 2005 ficaram «A History of Violence», de David Cronenberg, e «2046», de Wong Kar Wai. Como consolação, Cronenberg foi ainda considerado Melhor Realizador.
O prémio de Argumento foi para Noah Baumbach por «The Squid and the Whale», que também realizou.
No prémio para Melhor Actor, Philip Seymour Hoffman foi o eleito, enquanto o galardão de Melhor Actriz foi atribuído a Reese Witherspoon, pelo seu papel de June Carter Cash em «Walk the Line», a biografia do cantor Johnny Cash.
Ed Harris ganhou na categoria de Melhor Secundário por «A History of Violence» e Amy Adams foi Melhor Secundária em «Junebug».
A National Society of Film Critics elegeu ainda «Grizzly Man», de Werner Herzog, Melhor Documentário, e «A Esposa Turca», do alemão Fatih Akin, Melhor Filme Estrangeiro.
Mas que grande estopada.....
Realmente Phillip Seymour-Hoffman está gigantesco, no entanto, isso não faz um filme.
Para mim Capote não é uma referência, logo talvez não tenha um fascínio especial pela personagem.
O argumento é banal, ou seja, é a realidade do que se passou, acho que não é nada de interessante, ou pelo menso a forma como é retratada, o aproveitamento de desgraça alheia para proveito próprio.
Não entendo as nomeações, excepto a do phillip.
5.5/10
Realmente Phillip Seymour-Hoffman está gigantesco, no entanto, isso não faz um filme.
Para mim Capote não é uma referência, logo talvez não tenha um fascínio especial pela personagem.
O argumento é banal, ou seja, é a realidade do que se passou, acho que não é nada de interessante, ou pelo menso a forma como é retratada, o aproveitamento de desgraça alheia para proveito próprio.
Não entendo as nomeações, excepto a do phillip.
5.5/10
Um gnomo por dia, dá saúde e alegria!
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- Iniciado
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- Joined: August 25th, 2004, 9:20 pm
Fui ver ontem e blah...... por mais que o Phillip Seymour-Hoffman seja um bom actor, achei o filme todo bastante lento e entediante, arrependi-me a sério de o ter visto.. A única coisa que compensou foi ter visto o Crash umas horas antes, que achei absolutamente fabuloso.
Se alguém for ver o Capote ao Alvaláxia ficam avisados, o projector daquela sala deve estar a dar o berro porque o filme TODO ouviu-se o projector de maneira bastante óbvia, o que distrai bastante (não que o valhesse a pena prestar atenção à tela..).
Se alguém for ver o Capote ao Alvaláxia ficam avisados, o projector daquela sala deve estar a dar o berro porque o filme TODO ouviu-se o projector de maneira bastante óbvia, o que distrai bastante (não que o valhesse a pena prestar atenção à tela..).
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- DVD Maníaco
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Só hoje vi o filme, e sinceramente, é mesmo mto mau.
Nem o PSH com uma interpretação 3 vezes superior, conseguia salvar este filme, que qualquer q seja a vertente pela qual se analise (excepto a fantástica interpretação do PSH), todos os parâmetros são um rotundo zero.
Grandiosa desilusão, e eu já n esperava mto do filme.
Nem o PSH com uma interpretação 3 vezes superior, conseguia salvar este filme, que qualquer q seja a vertente pela qual se analise (excepto a fantástica interpretação do PSH), todos os parâmetros são um rotundo zero.
Grandiosa desilusão, e eu já n esperava mto do filme.
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Tirando a interpretação do PSH, o filme é um bocado seca e muito tristonho e isto se comparar-mos com o Infamous, que estreiou o ano passado tambem sobre o capote e sobre o mesmo caso. Este ultimo capote é muito mais "alegre", mais divertido e acima de tudo deixa-te outra perspectiva diferente da pessoa Capote. É que n tem nada a ver a caracterização de um e de outro. Agora fiquei um pouco confuso sobre o Capote, qual dos dois é que foi o "verdadeiro" Capote?
Video: LG OLED55C9PLA, Xbox One S, PS3, Nvidia Shield Android TV 16GB, Wii
Som: Onkyo TX-NR808, Cambridge Audio Azur 640C, Wharfedale Diamond 9.4 / 9 CS / 9.1; BK Gemini; 1mt QED P-75; 3mt QED P-SW; 0.5mt QED Qunex
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Re: «Capote» eleito Melhor Filme de 2005 pelos críticos
On the night of November 14th, two men broke into a quiet farmhouse in Kansas and murdered an entire family. Why did they do that? Two worlds exist in this country: the quiet conservative life, and and the life of those two men - the underbelly, the criminally violent. Those two worlds converged that bloody night.
Truman Capote é, inquestionavelmente, uma das figuras mais marcantes e controversas do século XX na Literatura e na sociedade americanas. A personalidade extravagante e desequilibrada do autor de «Breakfast at Tiffany's», repleta de manias e características pouco comuns no ser humano, foi muito bem transposta para o ecrã nesta fita biográfica de Bennett Miller (que realizou em 2011 «Moneyball - Jogada de Risco», um filme recomendável), e protagonizada por Philip Seymour Hoffman (num papel irreconhecível que lhe valeu o Oscar, bem merecido, nesse ano) que se centra nas peripécias vividas pelo escritor, e testemunhadas em grande parte pela sua grande amiga Harper Lee (que, de um momento para o outro, encontrou a fama ao publicar o seu livro «To Kill a Mockingbird», vencedor do prémio Pulitzer nesse ano, e que já foi editado com variadíssimas traduções em português e que originou a igualmente famosa adaptação cinematográfica protagonizada por Gregory Peck - que levou o Oscar para casa, graças ao advogado sulista Atticus Finch), que o levaram a escrever a obra que, para muitos estudiosos, é a sua obra-prima, «A Sangue Frio», sobre um caso real do assassínio impiedoso de uma família do Kansas por dois homens, e que o mudou para sempre. Capote interessou-se pelo estranho acontecimento e, ao querer saber as razões dos acontecimentos daquele dia 14 de Novembro de 1959, acabou por mudar a sua vida para sempre. Aliás, foi por causa da experiência algo traumática e frágil que Capote vivenciou nas investigações que fez para este livro, e a relação de proximidade que estabeleceu com um dos criminosos, Perry Edward Smith, que o autor nunca mais conseguiu acabar nenhum outro romance. Capote entrevista também testemunhas do incidente e pessoas próximas das vítimas daquele horroroso massacre, mas é em Perry que ele acaba por se interessar mais por se identificar tanto com ele, apesar de querer manter uma certa distância, já que Truman tem uma imagem social e literária para manter (e espera conseguir isso com a sua visão do homicídio em «A Sangue Frio»), e isso vê-se bem na forma como esconde do condenado à morte tudo o que está a escrever no livro e as suas intenções com o mesmo. Quer Capote salvar aquelas duas pobres almas ou, simplesmente, continuar a alimentar o seu crescente e planetário sucesso?
Truman Capote levou a sua pesquisa, e a sua escrita, ao extremo para «A Sangue Frio», e é isso que o filme nos mostra, à medida que aprofunda cada vez melhor esta personagem e a sua importância para a época em que viveu. Com um romance que, pelo que dizem, mudou a literatura americana, e que com o qual Capote inventou um nome género literário (a "non-fiction novel"), pelo que ele próprio afirma nesta obra. Ele aproveita-se de Perry para concretizar a sua "pepita" de ouro que tanto quis alcançar em toda a sua carreira literária e profissional, mas também mostra alguma da sua intimidade, parte das características que, pensa ele, a sua "capa" social consegue esconder, graças à fragilidade que encontra em Perry e na sua história de vida, tão parecida com a sua. «Capote» é a história do criador que fica afetado pela história que o leva a criar algo de novo, e que faz com que toda a hipocrisia, o fingimento e a cobardia perante os outros que Capote emanava, e que faziam parte da sua "persona" literária muito vincada (e quase de fachada - basta ver os maneirismos e as conversas superficiais e a parecerem que são muito interessantes que Capote tem com os seus convivas ou com as pessoas que conhece por causa deste caso), se desvaneçam pelo choque profundo que o escritor sentiu ao tomar contacto com esta curiosa, e provocadora situação. Com uma ótima fotografia e uma reconstituição invejável de uma época tão deliciosamente interessante, a nível cultural, nos Estados Unidos da América, e acompanhado por um sólido argumento, inteligente, sensível e engraçado em doses certas, salpicado também por bonitos momentos de banda sonora, de performances e de "estilo" cinematográfico, «Capote» constituiu uma nomeação curiosa e interessante da Academia, no ano em que «Colisão», de Paul Haggis, foi o grande vencedor da cerimónia. Não é um filme para ganhar prémios, mas sim para ser visto e para se entender melhor uma personalidade tão curiosa do panorama artístico americano, e que utiliza para isso o melhor que o Cinema tem para oferecer na técnica, na arte e na narrativa. «Capote» é uma película essencial para os admiradores de «A Sangue Frio» ou de qualquer outra obra do autor, sendo uma fita que nos ajuda a entender como a escrita, e a própria arte no geral, são muito condicionadas pelo autor que a quer pôr em prática.
* * * * 1/2
Truman Capote é, inquestionavelmente, uma das figuras mais marcantes e controversas do século XX na Literatura e na sociedade americanas. A personalidade extravagante e desequilibrada do autor de «Breakfast at Tiffany's», repleta de manias e características pouco comuns no ser humano, foi muito bem transposta para o ecrã nesta fita biográfica de Bennett Miller (que realizou em 2011 «Moneyball - Jogada de Risco», um filme recomendável), e protagonizada por Philip Seymour Hoffman (num papel irreconhecível que lhe valeu o Oscar, bem merecido, nesse ano) que se centra nas peripécias vividas pelo escritor, e testemunhadas em grande parte pela sua grande amiga Harper Lee (que, de um momento para o outro, encontrou a fama ao publicar o seu livro «To Kill a Mockingbird», vencedor do prémio Pulitzer nesse ano, e que já foi editado com variadíssimas traduções em português e que originou a igualmente famosa adaptação cinematográfica protagonizada por Gregory Peck - que levou o Oscar para casa, graças ao advogado sulista Atticus Finch), que o levaram a escrever a obra que, para muitos estudiosos, é a sua obra-prima, «A Sangue Frio», sobre um caso real do assassínio impiedoso de uma família do Kansas por dois homens, e que o mudou para sempre. Capote interessou-se pelo estranho acontecimento e, ao querer saber as razões dos acontecimentos daquele dia 14 de Novembro de 1959, acabou por mudar a sua vida para sempre. Aliás, foi por causa da experiência algo traumática e frágil que Capote vivenciou nas investigações que fez para este livro, e a relação de proximidade que estabeleceu com um dos criminosos, Perry Edward Smith, que o autor nunca mais conseguiu acabar nenhum outro romance. Capote entrevista também testemunhas do incidente e pessoas próximas das vítimas daquele horroroso massacre, mas é em Perry que ele acaba por se interessar mais por se identificar tanto com ele, apesar de querer manter uma certa distância, já que Truman tem uma imagem social e literária para manter (e espera conseguir isso com a sua visão do homicídio em «A Sangue Frio»), e isso vê-se bem na forma como esconde do condenado à morte tudo o que está a escrever no livro e as suas intenções com o mesmo. Quer Capote salvar aquelas duas pobres almas ou, simplesmente, continuar a alimentar o seu crescente e planetário sucesso?
Truman Capote levou a sua pesquisa, e a sua escrita, ao extremo para «A Sangue Frio», e é isso que o filme nos mostra, à medida que aprofunda cada vez melhor esta personagem e a sua importância para a época em que viveu. Com um romance que, pelo que dizem, mudou a literatura americana, e que com o qual Capote inventou um nome género literário (a "non-fiction novel"), pelo que ele próprio afirma nesta obra. Ele aproveita-se de Perry para concretizar a sua "pepita" de ouro que tanto quis alcançar em toda a sua carreira literária e profissional, mas também mostra alguma da sua intimidade, parte das características que, pensa ele, a sua "capa" social consegue esconder, graças à fragilidade que encontra em Perry e na sua história de vida, tão parecida com a sua. «Capote» é a história do criador que fica afetado pela história que o leva a criar algo de novo, e que faz com que toda a hipocrisia, o fingimento e a cobardia perante os outros que Capote emanava, e que faziam parte da sua "persona" literária muito vincada (e quase de fachada - basta ver os maneirismos e as conversas superficiais e a parecerem que são muito interessantes que Capote tem com os seus convivas ou com as pessoas que conhece por causa deste caso), se desvaneçam pelo choque profundo que o escritor sentiu ao tomar contacto com esta curiosa, e provocadora situação. Com uma ótima fotografia e uma reconstituição invejável de uma época tão deliciosamente interessante, a nível cultural, nos Estados Unidos da América, e acompanhado por um sólido argumento, inteligente, sensível e engraçado em doses certas, salpicado também por bonitos momentos de banda sonora, de performances e de "estilo" cinematográfico, «Capote» constituiu uma nomeação curiosa e interessante da Academia, no ano em que «Colisão», de Paul Haggis, foi o grande vencedor da cerimónia. Não é um filme para ganhar prémios, mas sim para ser visto e para se entender melhor uma personalidade tão curiosa do panorama artístico americano, e que utiliza para isso o melhor que o Cinema tem para oferecer na técnica, na arte e na narrativa. «Capote» é uma película essencial para os admiradores de «A Sangue Frio» ou de qualquer outra obra do autor, sendo uma fita que nos ajuda a entender como a escrita, e a própria arte no geral, são muito condicionadas pelo autor que a quer pôr em prática.
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