John Wick (2014) - Chad Stahelski, David Leitch

[Samwise]

Tens razão, não procurei como devia ter feito. É mesmo de ficar de boca aberta.

[Samwise]

Após prolongada reflexão, decidi mudar a nota que dei a este filme para 2,5. Para este efeito, foram determinantes os argumentos incontestáveis apresentados pelo THX (sic: "aqui não há tangas da carochinha." e "a nossa biologia não é toda igual"), bem como a recomendação para "ir dar uma vista de olhos por essa net fora", já que "existem mesmo coisas que só vendo mesmo, pois contadas ninguém acredita".

Aproveito para recomendar este filme ao José Miguel, que certamente apreciará o seu realismo "no-nonsense" (isto é, sem tangas da carochinha), sendo talvez o filme que melhor encena cenas de pancadaria e tiroteio realistas no sub-género "um contra várias dezenas de adversários". Julgo inclusivamente que não deve haver nenhum filme soviético que chegue aos calcanhares deste nessa matéria, como que a demonstrar que Hollywood ainda dá cartas em todas as matérias.

[THX]

Tens razão, não procurei como devia ter feito. É mesmo de ficar de boca aberta.

Eu procuro por ti Samwise :



Sim, o homem sobreviveu...ou será uma montagem?


Aqui...não, não sobreviveu :



Não me apetece procurar mais.

[JoséMiguel]

Após prolongada reflexão, decidi mudar a nota que dei a este filme para 2,5. Para este efeito, foram determinantes os argumentos incontestáveis apresentados pelo THX (sic: "aqui não há tangas da carochinha." e "a nossa biologia não é toda igual"), bem como a recomendação para "ir dar uma vista de olhos por essa net fora", já que "existem mesmo coisas que só vendo mesmo, pois contadas ninguém acredita".

Aproveito para recomendar este filme ao José Miguel, que certamente apreciará o seu realismo "no-nonsense" (isto é, sem tangas da carochinha), sendo talvez o filme que melhor encena cenas de pancadaria e tiroteio realistas no sub-género "um contra várias dezenas de adversários". Julgo inclusivamente que não deve haver nenhum filme soviético que chegue aos calcanhares deste nessa matéria, como que a demonstrar que Hollywood ainda dá cartas em todas as matérias.

Samwise!

Estás a gozar comigo a sugerir material infantil da Rua Sésamo, com o sapo Cocas?

É que nem te atrevas a sugerir-me porcarias deste género... isto é pior que a canção do "Era uma vez um cavalo... que andava num lindo carrossel" que a minha mãe me cantava quando eu tinha 3 anos de idade.

Nem sei bem que merda de filme/porcaria americana vem a ser esta, mas topei um video com o incrível hulk em desenho animado cgi, e por isso não deverá ser "vinho de boa colheita".

E nem irei perder tempo a abrir imdb//wikipédia para uma parvoíce infantil deste género.

Mas eu desconfio que aqui eu fui usado como exemplo satírico do que eu não suporto no cinema, e por isso tudo bem.

[THX]

Mas eu desconfio que aqui eu fui usado como exemplo satírico do que eu não suporto no cinema, e por isso tudo bem.

Sim José...foste mesmo usado.
O filme em questão nada tem a ver contigo, apesar de a "colheita" ter um grau bastante aceitável.
O Samwise é que não gostou muito do vinho pois está mais habituado ao champagne .

[JoséMiguel]

Pois... Por acaso ainda acompanhei o tópico ao início por ter sido o Rui Sousa a escrevê-lo, mas já o Roger Ebert, quando sabia que ia morrer de cancro disse que iria finalmente concretizar o sonho dele, em apenas escrever as críticas de filmes que gostaria de escrever.

Embora eu entenda, que para um dia no futuro, ver o grandíssimo Rui Sousa a comentar filmes na RTP, ele tem antes de criar este portfólio a comentar filmes comerciais da treta do ano de 2014...

[THX]

Embora eu entenda, que para um dia no futuro, ver o grandíssimo Rui Sousa a comentar filmes na RTP, ele tem antes de criar este portfólio a comentar filmes comerciais da treta do ano de 2014...

O Rui Sousa gosta de ver cinema e sei que ele tenta ver de tudo um pouco, com a mente sempre aberta. É genuíno no que escreve porque segue uma máxima que toda a gente deve seguir.
O que importa é o que sentimos. Não é por acaso que ele já disse que adorava ler as criticas do Roger. Se o Rui se limitar a ver/escrever apenas sobre determinados filmes, nomeadamente os que apenas lhe interessam, nunca poderá um dia fazer um sério juízo de algo que nunca viu, tipo filme medíocres ou mesmo péssimos.

De salientar que o Rui Sousa deu um 7.5/10 a este "John Wick" e praticamente repudiou "American Sniper" dando-lhe uma nota muito baixa.

Samwise por sua vez deu um 9/10 a "American Sniper" e um fraco 2/10 a "John Wick".

O José Miguel está-se literalmente a cagar para estes dois filmes...

A pergunta que deixo aqui é a seguinte:
Qual dos 3 saberá ver melhor o cinema??

[waltsouza]

Eu também compreendo que não se deve levar os filmes de ação (a grande maioria deles) muito a peito no que toca a cenas mais fora da realidade, porque essas cenas normalmente aparecem nos filmes de propósito, para lhes dar mais espetacularidade. Mais elan visual.

Quem não aprecia isso, e está no seu direito, não pode dizer que gosta de filmes do estilo "Die Hard", "Missão Impossível", "The Expendables", "The Transporter", filmes do 007, etc, etc. Vê-se com cada "rema" nesses filmes que por vezes uma pessoa até sorri. Ou escangalha-se à gargalhada.

Faz parte do "show-off".

[THX]

Se fosse para ver filmes que espelhassem a real realidade da vida provavelmente eu passaria a ver mais documentários em casa e não me preocupava em ir ao cinema ver o ultimo "MAD MAX" por ex.

Existem filmes mais sérios e credíveis do que outros, sempre foi assim na história do cinema, mas eu quando vou ao cinema é para sair um pouco da rotina diária, dessa vida real.
Querem realismo? - vejam todos os dias as noticias.

Se "John Wick" é um filme demasiado mau e fantasioso para uns não sei porque tanta gente gabou o super-irrealista "The Hurt Locker". Aquilo é pura ficção meus amigos, tanto ou pior do que o Schwarzenegger andar num Cadillac cabriolet aos pulos, com uma mão no volante e outra com uma metralhadora, a matar gajos (que não sabem encobrir a sua silhueta) ao som de "I Can't get no Satisfaction" dos Stones...( WTF!! ).

O que importa realçar aqui é que tanto fico com o coração apertado a ver a cena final de "Man on Fire" do Tony Scott (também vi a versão original de 1987) como com a brutal morte da cadela em "John Wick". Ambos os filmes exploram uma alma humana conturbada pelo passado, só que aparentemente um deles acaba por matar mais gajos maus. Mas os ambientes são completamente diferentes, assim como as suas aptidões para matar. Se um ganha com "X" o outro ganha com "Y", mas no fim acabam ambos por serem bons filmes, cada um à sua maneira.

Eu quando decido que quero ver um filme como "John Wick" é para "sair" um pouco do meu mundo banal, vulgar e confortável, para "entrar" num outro mundo, um que seja fantasioso e espectacular como só o cinema sabe mostrar.

[Samwise]

O Samwise é que não gostou muito do vinho pois está mais habituado ao champagne .

A pergunta que deixo aqui é a seguinte:
Qual dos 3 saberá ver melhor o cinema??

Finalmente parece que estamos a conseguir chegar a algum lado.

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Repara, THX, que eu não fiz qualquer menção ao teu gosto, ou à forma como abordaste o filme na tua crítica mais extensa - e está um belo texto sobre um filme, por falar disso.

A única coisa que critiquei foi a tua tentativa de impingir aos outros o suposto realismo do filme e a inexistência de "tangas da carochinha" e cenas à Rambo, já que o Wick está carregado delas. Não critiquei o facto de teres gostado delas, nem critiquei a ideia que neste tipo de filmes tais exagerso possam passar por desejáveis. Para te dar um exemplo de um fime que também está carregado de "tangas" semelhantes, e do qual eu gostei bastante, pensa no último 007.

Mas fiquei agradado que a conversa tenha levado inadvertidamente aos comentários que fizeste acima. São de alguma forma um pequeno sinal teu que contrasta com a ideia sobre a "falta de bom-senso" e de "discernimento".

P.S. Obviamente que quem sabe ver melhor cinema sou eu, isso nem se pergunta!!!

[Samwise]

Mas eu desconfio que aqui eu fui usado como exemplo satírico do que eu não suporto no cinema, e por isso tudo bem.

O que é que te leva a pensar isso?

[Samwise]

Ontem tornei a ver o Man on Fire, só para tirar a pulga que andava saltitar há umas semanas atrás da minha orelha (esquerda ), e também porque não me apeteceu ter de pensar muito enquanto as imagens iam passando, hehe.

Reitero tudo quanto disse acerca deste filme e daquilo que o separa, colocando-o a milhas, dos outros dois aqui em dabate, o The Equalizer e o John Wick(ed). Um filme desta natureza (uma peça refinada de entretenimento) nunca passará no "teste da verosimilhança", na nossa confrontação entre os factos narrativos e a realidade que identificamos como verdadereira, admitidamente, mas há contudo um conjunto de características que o torna credível, ou que o aproxima de um grau aceitável de plausibilidade, mesmo para lá da densa camada de maquilhagem estilística que por vezes faz dele um objecto cansativo de seguir (a edição "nervosa" e "rodopiante", com cuts muito curtos, que a partir de certo momento se tornou quase uma identidade em todos os filmes de Tony Scott), e para lá de um ou outro cliché habitual («A bullet never lies!»). Essas características dizem respeito à contextualização. Por um lado há uma minuciosa contextualização sócio-geográfica, colocando-nos numa cidade do México em que o crime e a corrupção minam transversalmente os estratos e as instituições, em que ninguém é inocente (podemos observar como a podridão dessas "estruturas" vai aparecendo no filme aos poucos e poucos, numa formulação semelhante à que serviu em Traffic, uns anos mais tarde - no caso de Man on Fire não se trata da indústria da droga, mas da "indústria dos raptos"), e por outro há uma cuidadosa "texturização" psicológica para personagem de Washington. O seu passado tem um peso determinante na identidade do presente concreto. Toda a sua "actuação", a postura perante os acontecimentos do dia-a-dia, é pautada pelo remorso e pela amargura passado, pela confrontação constante com fantasmas de que não se consegue livrar. E as pistas para o revelar (para nos "revelarem" esta personagem, como num negativo fotográfico) vão-nos sendo fornecidas ao longo do filme (o alcoolismo, as conversas com o Walken, as queimaduras na mão, a tentativa de suicídio - podemos "ler" nisto tudo o mercenário a soldo que participiou nas piores ofensas imagináveis contra a dignidade humana). É uma personagem decadente, vulnerável, sem objectivos, à beira da ruptura, colocada sem perspectivas num mundo onde sabe não haver hipótese de redenção. Ao contrário, no The Equalizer e no Wick há personagens "certinhas", controladas, e com um passado de papel - um passado que conhecemos porque alguém alude a ele, não porque o sabemos/sentimos através da sua postura ou da sua vivência diária (ainda assim o The Equalizer esforça-se mais para montar uma "contextualização", objectivo que falha redondamente, é tudo muito artificial e mastigado, desprovido da crueza que imaginamos no Creasy de Man on Fire). A "credibilidade" deste filme não está nas sequências de acção (que mesmo assim estão muito mais próximas da nossa noção de realidade do que nos outros dois filmes - no Wick, então, aquilo parece uma coreografia para um jogo de computador, em que os adversários estão posicionados nos sítios certos ao longo do cenário, para poder haver "baile"), mas antes no olhar plausível e detalhado sobre a realidade humana, e que ganha, depois, obviamente, uma dimensão ainda mais preenchida aquando do "choque" com a personagem da criança (fabulosa, a interpretação de Dakota Fanning, ainda muito criança, e aqui um par perfeito para o Washington), e mais com a sua família (tenho pena que uma cena em concreto não tenha chegado ao cut final, uma em que o guarda-costas e a mãe da rapariga fazem sexo no carro - não por "amor" ou sequer atracção física, mas pelo imenso estado de solidão e desespero que os aproxima).

Man on Fire é um filme com pessoas. Os outros dois são filmes com bonecos articulados.

[Cabeças]

Vi ontem o John Wick... e também sinceramente penso que fica a milhas (muitas milhas) do Man on Fire, do saudoso Tony Scott, um filme que gosto bastante de revisitar. E também o achei pior do que o Equalizer. Em relação a este, referi na altura ter pena que o Denzel se tenha metido num filme deste tipo. Não é propriamente o tipo de filme em si... mas a falta de credibilidade que dele advém em função de cenas que são sinceramente inacreditáveis que aconteçam no mundo real.

Sabemos que em filmes de acção, com vigilantes, ou tipos com know-how específico em combate, armas, etc, há que dar algum desconto. Faz parte. Mas quando, em meu entender, se passa a fronteira em que em vez das cenas de acção e violência servirem o filme se começa a perceber que o filme é que as serve a elas... isso para mim começa logo a funcionar contra o prazer que retiro do visionamento. Claro que isto é a minha opinião, e é subjectiva, não pretendo ser dono da razão. Para mim todavia, funciona assim.

O "Neo" mostra mais uma vez que tem a capacidade de representação de um pedregulho de tamanho médio da Costa da Caparica. E por muito bom que um tipo seja em termos de combate, mesmo se fizer parte daqueles "alfas" de um entre milhares, mesmo assim, há limites de credibilidade que uma vez ultrapassados fazem no meu entender com o que castelo construído até aí se revele um castelo de areia. E este para mim ruíu completamente. Lembrei-me a certa altura do Rambo no inenarrável Rambo III, quando ele e o coronel McKeena saem de um buraco no deserto, estão rodeados de um exército e o John diz para o coronel: "vamos cercá-los". É giro ser for uma comédia, penso eu, mas na vida real as coisas não se passam assim. Até se pode manter o sentido de humor se se for maluco suficiente, mas depois estou convencido que de se abraça mesmo o horror. A não ser, claro, que se seja o Hulk! Ou o Chuck Norris, claro!

Achei logo estranho o início... um tipo daqueles, que ao que parece até podia "quase" vencer o Chuck Norris (e todos sabemos que ninguém vence o Chuck Norris - o combate no Coliseu com o Bruce Lee todos sabemos que foi fake), é apanhado a dormir em casa?! O gajo tem um arsenal na cave, é uma máquina de combate que podia rivalizar com o T-1000, e apanham-no "na cama"? Não há um sistemazinho de alarme? Um sexto sentido? Um tipo como ele em princípio nem seria suposto dormir! Devia estar permanentemente em vigilância, desejando que alguém "tentasse" entrar-lhe na casa! E gamar-lhe o carro do cavalinho?! Devia ser suposto o tipo ter o estofo dos assentos cheio de C4, e desejar que "tentassem" roubar-lhe o carro, para, como nos álbuns do Astérix, depois dele carregar no pequeno botão vermelho ficarem dos mauzões só os sapatos e alguns dentes!

O melhor de tudo para mim ainda foi a Lady Perkins, claro. Gostei da miúda. Também gostei da cadelinha, claro. E achei uma grande falha ele não chamar "ranhoso" ao puto russo no final, quando lhe oferece o bilhete para a viagem. Quanto à relação dele com o pai do puto.... durante alguns momentos no filme e mesmo no final cheguei a recear que acabassem por alugar um quarto. Os tipos adoravam-se, nenhum deles queria mesmo matar o outro. Enfim.

O último filme onde gostei mesmo do Neo (errr.. do coiso), foi no Constantine. É um filme do género fantástico/terror, podem fazer tudo o que quiserem de inacreditável que funciona a favor do filme. Neste é ao contrário. Este John Wick... vi e tal... mas realmente não fica na memória.

[Musicslave]

depois de ler varias criticas positivas em relação ao filme lá o viu e fiquei desiludido.
bem sei que o KR não é grande actor e que aquela personagem era fria.. mas ter praticamente a mesma expressão durante o filme todo é dose. a história não tem muito que se lhe diga e não é por ai que o critico, agora as mazelas no corpo dele já me afectam mais, sim, tem algumas, mas com facadas, quedas, etc, esperava mais. e a cena em que é apanhado em casa foi má.. um gajo daqueles não era assim apanhado, além disso faltou backgroud ao wick. e pelo que ofereceu o filme podia ter menos uns minutos
mas nem tudo foi mau, as cenas de acção foram boas e a morte da cadela mexeu comigo

5/10

[mansildv]

John Wick (2014) - 7/10

É um daqueles filmes que não deve ser levado demasiado a sério, serve apenas como escape, e a verdade é que cumpre o objectivo, entretém!
Vi o filme sem qualquer expectativa de ver algo mais profundo, somente pelo que é, e assim o filme sai vencedor.
Está bem filmado e coreografado, e o Keanu Reeves encaixa bem nestes papéis, e limitaram os diálogos (que tendem a ser descartáveis) ao mínimo.

Já várias vezes mencionado neste tópico, também gostei mais do Man on Fire, está noutro patamar!