Terminator Genisys (2015) - Alan Taylor

[waltsouza]

Alterei o título do tópico de Terminator 5 para Terminator Genisys, o título que foi dado ao filme.

[THX]

Devias era ter alterado o titulo para "Terminator Banhada" que é o que vem por aí .

[pedrojamess]

Estou ansioso! Desde pequeno que sou fã de "Terminator".
Não consigo descrever as minhas expetativas para esta 5ª entrada na saga, parece fantástico observar a luta da Sarah Connor contra a Skynet no presente (depois da banhada que foi "Terminator: Salvation"), no entanto, tenho receio que os argumentistas tenham quebrado a essência da saga.

[Argaroth01]

Não percebo como é que se mantém um franchise em que 4 dos seus filmes são essencialmente a mesma ideia repetida sobre variadas formas e o único que ousou quebrar o molde e que, quanto a mim, é bem melhor que o 3º filme (falo obviamente do "Terminator: Salvation"), foi um fiasco comercial. Parece que querem ir pelo caminho do "Star Trek" de 2009, tentar rescrever o passado e seguir caminho com uma nova linha temporal que alimente mais 3 filmes. Eu começo é a achar que não há grande sumo para este universo que não seja envolvendo constantemente viagens no tempo.

[rui sousa]

Festival de Paradoxos

Ao contrário do que se poderia esperar, o quinto filme da saga Exterminador não se baseia apenas no espetáculo visual pirotécnico. E faz uma curiosa ressurreição da personagem mais famosa de Arnold Schwarzenegger.

É um dos blockbusters mais estimados dos anos 80, e deu origem a uma sequela superior, no princípio da década seguinte. Ambos os filmes foram assinados por James Cameron, que ali introduziu uma série de ideias e inovações técnicas que revolucionaram o cinema de ação. O paradigma do divertimento hollywoodesco deixou, há muito, de passar pelos contornos destas obras, e por isso é que O Exterminador Implacável resistiu tão bem ao tempo: porque consegue ainda impressionar pelas imagens e narrativa tanto na história original como na seguinte, e porque não utiliza, ao contrário do que é habitual na atualidade (devido à preguiça dos grandes estúdios… e do público), os efeitos visuais como método primordial de cinema.

Mas como é tradição, Hollywood aproveitou, de todas as maneiras possíveis, o sucesso da personagem para “sugar”, a partir dela, o maior lucro possível. E por isso, quando já passaram mais de 30 anos desde a estreia do filme inicial, todas as manobras de marketing já foram aplicadas às personagens e histórias de Cameron: desde todo e qualquer tipo de merchandising (máscaras, T-shirts, videojogos e tudo o mais), até às tentativas frustradas de copiar a fórmula de sucesso do díptico de Cameron (que passaram por duas novas sequelas menos felizes, e uma série televisiva dedicada a Sarah Connor, igualmente dispensável).

E é essa razão que explica porque é que este quinto título na saga começou por ser visto com maus olhos pelos seus fãs e crítica. Promovido desde o início como uma espécie de regresso aos bons velhos tempos de Cameron, as dúvidas aumentaram – e o ceticismo também, à medida que se foram divulgando trailers, clips, teasers e outros materiais promocionais. Esses spots começaram por revelar alguns pontos surpreendentes da intriga desta sequela, como também a demonstrar o aspeto grotesco e banal de grande parte dos efeitos especiais.

Tal como outros remakes e reboots da era moderna, estava em causa se a sequela ia, ou não, danificar o legado dos dois primeiros filmes, ao reinventar, com novos meios digitais e complexos, essa história inesquecível. E como poderia Arnold Schwarzenegger regressar a um universo que não se coaduna com a infantilidade da maioria do atual cinema de ação, tosco e desinspirado, que domina o mercado do cinema comercial? Ou pior ainda: como é que se consegue recuperar a alma de O Exterminador Implacável e O Exterminador Implacável 2: O Dia do Julgamento, numa era em que a relação entre o cinema e o público se encontra sob constantes transformações, e em que as máquinas já não parecem ser tão assustadoras (porque elas fazem cada vez mais parte do nosso quotidiano)?

Exterminador: Genisys pode não dar as melhores respostas, não conseguindo superar ou, mesmo, igualar o impacte desses dois filmes de Cameron. No entanto, o realizador Alan Taylor conseguiu desenvolver um outro caminho para o confronto entre o Homem e a Máquina – tornando a premissa original ainda mais alarmante para os tempos tecnológicos que estamos a viver. Confrontando o poder das máquinas (e da internet) na vida moderna com o domínio da Skynet (a empresa que, num futuro “não muito distante”, dominará a terra e destruirá uma boa parte da humanidade), é construído um filme empolgante que, por mais defeitos que tenha, consegue dar aquilo que muitas produções contemporâneas mainstream já nem querem fornecer: momentos de verdadeiro entretenimento.

É um filme que cumpre um papel semelhante ao de Regresso ao Futuro 2. Mas há um menor cuidado estético e temporal na utilização das situações, que vão alterando e eliminando segmentos da cronologia original – ou seja, a do primeiro filme, em que um exterminador vem do futuro, comandado pela Skynet, para matar Sarah Connor. Revisitamos cenas icónicas desse filme que seguem um rumo inesperado, e uma nova história desenvolve-se, apagando tudo o que conhecíamos até então da saga. Muitas questões são levantadas pela história, e a maioria delas fica por responder. E para um franchise que vive de paradoxos temporais (especialmente no díptico original), aqui somos servidos com uma bela quantidade de incongruências – e algumas serão resolvidas de uma maneira acutilante.

James Cameron foi “utilizado” pela Paramount para promover este filme, caucionando esta sequela ao afirmar que é este o verdadeiro “terceiro volume” das peripécias de Schwarzenegger e companhia. Entendem-se as razões apontadas pelo realizador depois do filme ser visto, mas mesmo assim, Extreminador Genisys sofre por incluir, na sua estrutura, muitos dos males dos blockbusters modernos: uma utilização excessiva e pateta do CGI, clichés emocionais e muitos buracos no desenvolvimento da história, assim como alguma seriedade escusada no tratamento da narrativa. Mas o humor das personagens (e de Schwarzenegger em particular), o engenho de algumas ideias de argumento, e o espírito de grande aventura clássica que conseguimos encontrar nesta sequela, conseguem salvar o filme de ser um desastre igual ao das duas sequelas que o antecederam.

Este é um filme que surpreende pelo divertimento, trazendo algum espírito que, até agora, tinha desaparecido na saga. É não só uma boa homenagem a Cameron, como também uma reciclagem de elementos deste mundo cibernético e apocalítico que, até agora, tínhamos dado como adquiridos. Não sabemos, de momento, qual será a base dos dois próximos filmes da saga (porque este é o início de uma nova trilogia). No entanto, podemos dizer, com toda a certeza, que esta recriação poderia ter resultado em algo bem pior do que aquilo que nos é possível contemplar, a partir de hoje, nos cinemas. E que apesar das fraquezas visuais e narrativas, Exterminador: Genisys é a primeira boa reinvenção pós-Cameron do universo da série.

3/5

In http://maquinadeescrever.org/2015/07/02 ... paradoxos/

[DigitalDesperado]

Tendo visto o filme, e na qualidade de fã deste universo, parece-me que o maior pecado desta sequela é o de não ser minimamente memorável. É um filme tecnicamente competente e bem-feito na maior parte da sua duração (a criação de duplos digitais ainda tem um longo caminho a percorrer para ser convincente, como a cena do confronto entre o exterminador "jovem" e o "velho" vem comprovar), com bastante acção, e que entretém razoavelmente.
Mas é tudo: o argumento está pejado de incongruências e "buracos" (por exemplo, donde vem o T-1000 que está em 1984?); os dois protagonistas Emilia Clarke e Jai Courtney são desinteressantes, e falta-lhes o carisma e a intensidade de Linda Hamilton e Michael Biehn; e as cenas de acção, pese serem lisíveis e sem shaky-cam, são vulgares e pouco originais, sem a visceralidade que Cameron imprimiu aos dois primeiros filmes, ou até à excelente cena de perseguição automóvel que é o grande argumento que o terceiro filme tem a seu favor.
Schwarzenegger é o melhor que esta película tem para oferecer, só se lamentando que o seu papel seja tão periférico, pois penso que uma maior presença sua só beneficiaria a história.
Um grande tiro no pé foi a revelação do twist em relação a um dos personagens nos trailers, pois ter esse conhecimento antes de ver o filme, na minha opinião, destrói grande parte do suspense e da atmosfera que o realizador tenta construir na primeira hora, como o próprio já admitiu em entrevistas.
Esperava mais, até pelos elogios que Cameron teceu acerca desta sequela, mas saí um pouco desiludido e com a sensação que tenho quando como comida mal-temperada: come-se na altura, mas não é nada de especial, e daí a umas horas já nem me lembro da refeição.
Muito longe estamos dos dois primeiros filmes, cujos fotogramas ainda brilham na minha memória, décadas depois de os ter visto pela primeira vez.
"Hasta la vista, baby!"

[ostogio]

Bem eu vi o filme e gostei bastante, sou fã da série e este entra já para o 3º melhor da mesma (sendo para mim o 2º o melhor e logo de seguida o 1º, sim gostei do 4º só o 3 foi o único que não gostei tanto).


Não vi trailers por isso foi tudo uma surpresa para mim, quanto à questão "...donde vem o T-1000 que está em 1984?)" , a mesma será feita para tb para o terminator "velho" ... pelo que percebi o "velho" foi enviado para o passado quando a Shara era miúda para a proteger, proteger do t-1000, a tal cena da casa do lago que ela conta.
Quem os enviou???? talvez seja respondido mais para a frente, segundo o que consta este filme é o inicio de uma nova trilogia.

[THX]

Quem os enviou???? talvez seja respondido mais para a frente, segundo o que consta este filme é o inicio de uma nova trilogia.

...

Outra trilogia???...quanto a mim bem dispensável.

Isto da imaginação em Holywood anda mesmo mau.
Decerto que só continuam com coisas destas (e mal feitas) para encher os bolsos a alguém, sim, porque a história, que começou por ser muito interessante, já mete bedume.
A mim é que não me apanham a perder tempo a ver coisas destas.

E o "Terminator" original AINDA continua a ser muito melhor que a sequela.

[THX]

Another two hours of a dead horse being flogged sold to the public by Hollywood. 4 July 2015 | by Cyril Julien

The story ended with T2, Cameron told all the story needed and moved on unlike fans of this sorry forced franchise and the three studios that each picked up the rights and made one contrived cash-grab after the next before passing it on one after the other like a dirty whore.

This is the worst rehash of old ideas ever resold to a desperate fanbase. A baby-faced Sarah Connor who looks like she should be getting ready for a prom date unlike the hardened paramilitary character that Lind Hamilton trained like a madwoman to deliver in looks and performance. Some 8-ball headed actor trying to pass of John Connor, an Asian Robert Patrick doing all the same stuff we saw 20 years ago and an old age pensioner Arnorld Schwarzenegger being made to do everything in CGI his awful frame lost the ability to do decades ago.

Only Hollywood would flog a dead horse so continuously and still find an audience however small and desperate, to watch and cheer every single swing of the lash.

[pedrojamess]

Quem os enviou???? talvez seja respondido mais para a frente, segundo o que consta este filme é o inicio de uma nova trilogia.

...

Outra trilogia???...quanto a mim bem dispensável.

Isto da imaginação em Holywood anda mesmo mau.
Decerto que só continuam com coisas destas (e mal feitas) para encher os bolsos a alguém, sim, porque a história, que começou por ser muito interessante, já mete bedume.
A mim é que não me apanham a perder tempo a ver coisas destas.

E o "Terminator" original AINDA continua a ser muito melhor que a sequela.

Tu já viste o filme antes de criticar?

A meu ver esta sequela é imperfeita, porém foi a melhor solução para corrigirem os erros devastadores do 3º e 4º filme.
Perdeu-se um pouco o ambiente caraterístico da saga e existem dúvidas que ficaram por esclarecer, entretanto, não consigo imaginar outra solução superior. Nota-se o esforço de uma equipa que decidiu ressuscitar uma saga muito amada, mesmo que não tenham planeado isso somente pelos fãs mas sim pelos lucros no box-office.
Não é brutal e nem chega aos calcanhares dos 2 primeiros filmes, mas é melhor do que o 3 e 4.

[waltsouza]

Venho falar de receitas.


Terminator 3:
Rise of the Machines

Orçamento: 200 milhões de dólares

Dinheiro que fez no 1º fim de semana nos E.U.A: $44,041,440
Dinheiro que o filme contabilizou a nível mundial: $433,371,112 ( $150,371,112 nos E.U.A)


Terminator Salvation

Orcamento: 200 milhões de dólares

Dinheiro que fez no 1º fim de semana nos E.U.A: $42,558,390
Dinheiro que o filme contabilizou a nível mundial: $371,353,001 ($125,322,469 nos E.UA)


Terminator Genisys

Orçamento: No IMDB falam em 155 milhões de dólares mas também já vi falarem em 170 milhões.

Dinheiro que fez no 1º fim de semana nos E.U.A: $27,018,486
Dinheiro que o filme já contabilizou a nível mundial: $85,500,000 ( $45,896,305 nos E.UA)


Fonte: Quase tudo foi tirado do Box-officeMojo

Ilações a tirar disto? O interesse pela saga tem vindo a decair, o dinheiro que este Terminator Genisys fez no 1º fim de semana nos E.U.A é baixo. A menos que as receitas no resto do mundo consigam disfarçar, Terminator Genisys está destinado a não ter a rentabilidade dos outros dois filmes. Os tais que são tidos como os piores da saga.

[lud81]

(...) Some 8-ball headed actor trying to pass of John Connor (...)

Hey... assim não! Casquem o que quiserem no filme, mas não no Jason Clarke, que é a melhor coisa que lá está e o melhor actor a fazer de John Connor até hoje!

[pedrojamess]

(...) Some 8-ball headed actor trying to pass of John Connor (...)

Hey... assim não! Casquem o que quiserem no filme, mas não no Jason Clarke, que é a melhor coisa que lá está e o melhor actor a fazer de John Connor até hoje!

Não gosto do Jason Clarke mas ele fez um bom papel, quem deixou a desejar foi o Jai Courtney.

[Argaroth01]

Não sei se já se aperceberam mas o próprio conceito do T-1000 inviabiliza por completo a sua utilização neste universo tal como foram estabelecidas as regras: se está assente que só pode viajar no tempo matéria orgânica, como é que um modelo de exterminador que pode alterar a sua aparência (o que implica que não está revestido por matéria orgânica) pode sequer viajar no tempo ?

[JRibeiro]

Há duas teorias para isso:

a primeira é que o T1000 consegue criar um campo bio-eléctrico semelhante aos criados pelos seres vivos.

a segunda é que o T1000 quando viaja no tempo é envolvido num casulo de matéria orgânica.