Gone Girl (2014) - David Fincher
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Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
Sinceramente acho que a Amy não é nada disso, se ela assim fosse não tinha elaborado um plano com tantas falhas, eu até achei as personagens ligeiras e algo cliché, na minha opinião Rosamund Pike não está mal mas daí até ser uma grande interpretação ainda vai uma boa distancia.Samwise wrote:Gostei bastante deste filme - muito mais do que o que o trailer me fazia prever.
Houve um aspecto que achei particularmente interessante: o Fincher encontrou finalmente, e no meio de um punhado de grandes personagens femininas que tem "cultivado" ao longo da carreira, uma mulher que é a sua personificação no ecrã - fria, calculista, metódica, paciente, milimétrica na execução, com um gosto requintado por cultura e violência e "voluntarismo" suficiente para arriscar levar a cabo soluções radicais. E arranca da Rosamund Pike - até agora confinada a papéis de alguma delicadeza e fragilidade emocional - uma das grandes interpretações do ano. A personagem é de uma complexidade assombrosa.
Quanto à cena da lavagem do sangue no chuveiro, penso que remete mais para uma explicação simbólica do que outra coisa qualquer - algo como a lavagam do "bad blood" que existia entre eles e o partir do zero, o renascer, para uma nova forma de "casamento", (finalmente) sem segredos, e tal como vieram ao mundo.
Eu não sei qual é vosso universo de filmes que vocês viram para dizer coisas como "uma personagem com uma complexidade assombrosa", no meu universo encontro filmes com personagens muito mais complexas e interpretações realmente muito boas, um dos meu preferidos por ex. é a Sonata de Outono do Bergman, deste ano acho que o Birdman tem personagens incomparavelmente mais complexas que o Gone Girl, já para não falar do Homem Duplicado do Villeneuve.
Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
Uiiii... vais falar do Bergman ao Samwise?!Asgaard wrote:...no meu universo encontro filmes com personagens muito mais complexas e interpretações realmente muito boas, um dos meu preferidos por ex. é a Sonata de Outono do Bergman...

Com quem te foste meter!

Cabeças


Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
Quanto a mim, e comparativamente a Amy, nada chega ao Louis Bloom genialmente interpretado pelo Jake Gyllenhaal em "Nightcrawler". É uma personagem bem mais complexa do que a de Rosamund Pike.E arranca da Rosamund Pike - até agora confinada a papéis de alguma delicadeza e fragilidade emocional - uma das grandes interpretações do ano. A personagem é de uma complexidade assombrosa.
Essa cena "respira" Hitchcock por todos os poros...Quanto à cena da lavagem do sangue no chuveiro, penso que remete mais para uma explicação simbólica do que outra coisa qualquer - algo como a lavagam do "bad blood" que existia entre eles e o partir do zero, o renascer, para uma nova forma de "casamento", (finalmente) sem segredos, e tal como vieram ao mundo.
Pessoalmente acho que foi uma subtil (!?) alusão ao que se passa em "Psycho" na famosa cena do chuveiro, e de estarmos, em ambos os filmes, na presença de psicopatas.
Pode ser também uma prolepse de algo que pode vir a acontecer na realidade entre aquele casal artificial.
A relação deles passou a ser uma barra de dinamite (ela) atada a uma caixa de fósforos (ele) debaixo de uma lupa (o "lar") num deserto escaldante (localidade).
Os meus 200 filmes inesquecíveis :
http://www.imdb.com/list/ls077088728/?s ... s077088728
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Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
Viva Asgaard, aceito a tua opinião, como é natural, e até concordo nos "ligeiros" e nos "clichés", só que não aplicavéis à Amy em particular. No cinema recente creio que não encontro outra personagem feminina tão anti-convenções como a Amy, a começar na adolescência dela e na Amazing Amy que os pais decidiram "cozinhar" sob o formato de publicação literária, expondo-a a um mediatismo e a uma confrontação sociais constante, que alterariam completamente as regras do dia-a-dia para qualquer pessoa "normal". Há até uma deliberada intercalação entre as duas personas - a do livro e da vida real - de modo a que se confundam. Não nos é dada a conhecer a Amy verdadeira até começarmos a ver o seu lado negro. Até lá, ela é uma personagem de um conto de fadas americanizado. Considera depois como esta mulher reage perante esse destino banal que é o arrefecimento de um casamento após os primeiros tempos de chama. Consideras que o que ela faz é uma reacção cliché? - já vimos essa reacção (ou esse "plano") repetida muitas vezes nalgum lado? Penso sinceramente que não. Quanto ao plano ter tantas falhas - que, é verdade, tem falhas - isso não invalida nenhum dos atributos que lhe sugeri (à personagem). Gosto inclusivamente que haja essas falhas, ou esses passos em falso - lembram-nos das delimitações da sua "ficção", da ficção que ela constrói na cabeça dela para limpar o sebo ao marido. Ocorrem quando ela sai do seu ambiente de conforto e tem de arriscar mais: o mundo real fora da esfera de protecção parental chamada "Amazing Amy", e fora do aborrecido e frustrante casamento com o americano-comum, é demasiado imprevisível e cruel até para uma inteligência como a dela. O facto de se ter facilmente deixado enganar pelos outros dois low-lives funciona na narrativa como um mecanismo pedagógico: ela afastou-se em demasia da margem, saiu fora de pé e ia-se afogando. A personagem só pode existir na ficção. Considera, ainda, a forma como ela altera, lá para o fim, o objectivo do plano inicial - como ela se ajusta às novas circunstâncias (ficou sem dinheiro, e o marido contra-atacou em directo, na televisão, com as mesmas armas dela) não só para não perder mais do que o que já tinha perdido, mas para inverter o bico ao prego, para relançar o sentimento de atracção no seio do casal - o suficiente para nos deixar também a nós, espectadores, na dúvida sobre o futuro daquele matrimónio. Parecia certo que estava morto, e contudo... Essa dúvida que permanece no final, e a dúvida sobre as intenções do Affleck, valem uma boa parte do interesse nesta personagem.Asgaard wrote:Sinceramente acho que a Amy não é nada disso, se ela assim fosse não tinha elaborado um plano com tantas falhas, eu até achei as personagens ligeiras e algo cliché, na minha opinião Rosamund Pike não está mal mas daí até ser uma grande interpretação ainda vai uma boa distancia.Samwise wrote:Gostei bastante deste filme - muito mais do que o que o trailer me fazia prever.
Houve um aspecto que achei particularmente interessante: o Fincher encontrou finalmente, e no meio de um punhado de grandes personagens femininas que tem "cultivado" ao longo da carreira, uma mulher que é a sua personificação no ecrã - fria, calculista, metódica, paciente, milimétrica na execução, com um gosto requintado por cultura e violência e "voluntarismo" suficiente para arriscar levar a cabo soluções radicais. E arranca da Rosamund Pike - até agora confinada a papéis de alguma delicadeza e fragilidade emocional - uma das grandes interpretações do ano. A personagem é de uma complexidade assombrosa.
Acerca do Bergman, ele tem personagens muito mais complexas do que praticamente o resto do cinema todo em conjuntoEu não sei qual é vosso universo de filmes que vocês viram para dizer coisas como "uma personagem com uma complexidade assombrosa", no meu universo encontro filmes com personagens muito mais complexas e interpretações realmente muito boas, um dos meu preferidos por ex. é a Sonata de Outono do Bergman, deste ano acho que o Birdman tem personagens incomparavelmente mais complexas que o Gone Girl, já para não falar do Homem Duplicado do Villeneuve.

Penso que Amy está, contudo, numa posição de credibilidade desfavorável em relação às outras que mencionas, porque no mundo real não há personagens assim, nem ninguém acredita que possa haver (com outras maluqueiras e doenças, sim, mas com aquela existência e pathos, não). É por aí que perde. Quando se menciona um Bergman, e tirando fora o estudo "a bisturi" que ele faz da psicologia humana, a credibilidade/realidade conta logo a 100%. A Amy é uma personagem de papel em frente à Ingrid e à Liv do Sonata de Outono. Mas isso não lhe retira "complexidade".
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Câmara Subjectiva
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Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
Caros,
Aluguei ontem o filme e vi-o hoje, gostava de dizer também o que achei.
Também gosto bastante do David Fincher, mas na minha opinião os filmes da vida dele foram o Se7en e o Fight Club, e penso que dificilmente voltará a chegar a um nível semelhante. O filme que realmente não consegui apreciar dele foi o Zodiac, que me pareceu mais um documentário em forma de filme do que um filme. Até ver este filme...
Estava com bastante expectativas, até por alguns amigos do fórum terem gostado bastante. O que vos posso dizer?... Foi uma seca grande para mim ver este filme. Lembro-me de ter pensado em certa altura que parecia mais um teatro filmado do que propriamente um filme. Tive que o interromper a dada altura e retomar mais tarde, pois não me estava mesmo a apetecer continuar.
O Ben Affleck deve ser um dos maiores canastrões do cinema actual. O homem faz sempre de Ben Affleck, é impressionante. Limita-se na minha opinião a andar por ali a roçar-se pela atmosfera, sempre com um ar muito enjoadinho de quem acha que se calhar lhe pagam pouco, fala sempre com o mesmo tom de voz, até quando estava a ter relações com a amante mal se notava qualquer entusiasmo na voz dele! Nem me pareceu nunca um marido desesperado, nem um amante apaixonado, nem um criminoso implacável e dissimulado... o tipo parece-me sempre apenas o Ben Affleck! Para mim, foi um grande erro de casting do David Fincher.
A Rosamund Pike não é o tipo de mulher que eu gosto, o que para mim neste filme enquanto actriz lhe favoreceu logo à partida o papel que desempenhou. E para mim, ela tem mesmo algo de perverso na face e no olhar, sempre achei isso dela, o que também penso a favorece em termos de interpretação, sobretudo neste papel.
Mas os pais dela... o que era aquilo? Manequins com pilhas que acenavam? Aquele parzinho estava ali a fazer o quê, além de serem meras figuras decorativas?
Gostei bastante da actriz Carrie Coon, que faz da irmã Margo Dunne, uma personagem divertida (sobretudo a princípio) e que dá ao mongo... perdão, ao irmão Nick um apoio total e incondicional. A meu ver é uma das personagens fortes do filme, que de um modo se calhar não muito evidente, contribui grandemente para o interesse e sensação de credibilidade de construção do argumento.
A polícia, aquele parzinho, foi das coisas que na minha opinião mais contribuíram para a falta de sensação de credibilidade que o filme me transmitiu. Que raio era aquilo? Achei fraquíssimo o papel deles, a postura do detective que estava com ela, o modo de actuarem, falarem, a dualidade entre eles, nada daquilo foi minimamente credível para mim, foi das partes que mais contribuíu para eu não ter conseguido apreciar o filme.
Também achei o episódio da cabana e do parzinho saloio bastante confrangedor!...
O filme a meu ver nunca consegue descolar. A actuação do Ben Affleck... enfim, o homem é um cepo. Ainda bem que no Batman vai aparecer mascarado, talvez não estrague muito. Deviam fazer-lhe cócegas, dar-lhe choques eléctricos, a ver se o tipo acorda, pois a sensação que me dá é que anda a dar a sério nos drunfos. Pensar que o tipo ganha milhões faz-me um bocado de impressão. Realmente há pessoas com muita sorte. Ainda por cima depois de um episódio que o Mário Augusto contou com ele, quando ele estava a falar com uma actriz (não me lembro qual) numa festa e o tipo se meteu entre os dois, ignorou completamente o Mário Augusto, começou a falar com ela interrompendo como se o Mário Augusto não estivesse sequer ali, confesso que a minha simpatia pelo Ben caíu ainda mais.
A Rosamund tem realmente a meu ver uma boa interpretação, tal como a actriz Carrie Coon, como já tinha referido. Mas o filme não me conseguiu envolver de todo, sinceramente. Achei-o longo, chato, pouco credível, com personagens e momentos sem qualquer sentido.
Enfim. Teremos sempre o Se7en e o Fight Club!
Aluguei ontem o filme e vi-o hoje, gostava de dizer também o que achei.
Também gosto bastante do David Fincher, mas na minha opinião os filmes da vida dele foram o Se7en e o Fight Club, e penso que dificilmente voltará a chegar a um nível semelhante. O filme que realmente não consegui apreciar dele foi o Zodiac, que me pareceu mais um documentário em forma de filme do que um filme. Até ver este filme...
Estava com bastante expectativas, até por alguns amigos do fórum terem gostado bastante. O que vos posso dizer?... Foi uma seca grande para mim ver este filme. Lembro-me de ter pensado em certa altura que parecia mais um teatro filmado do que propriamente um filme. Tive que o interromper a dada altura e retomar mais tarde, pois não me estava mesmo a apetecer continuar.
O Ben Affleck deve ser um dos maiores canastrões do cinema actual. O homem faz sempre de Ben Affleck, é impressionante. Limita-se na minha opinião a andar por ali a roçar-se pela atmosfera, sempre com um ar muito enjoadinho de quem acha que se calhar lhe pagam pouco, fala sempre com o mesmo tom de voz, até quando estava a ter relações com a amante mal se notava qualquer entusiasmo na voz dele! Nem me pareceu nunca um marido desesperado, nem um amante apaixonado, nem um criminoso implacável e dissimulado... o tipo parece-me sempre apenas o Ben Affleck! Para mim, foi um grande erro de casting do David Fincher.
A Rosamund Pike não é o tipo de mulher que eu gosto, o que para mim neste filme enquanto actriz lhe favoreceu logo à partida o papel que desempenhou. E para mim, ela tem mesmo algo de perverso na face e no olhar, sempre achei isso dela, o que também penso a favorece em termos de interpretação, sobretudo neste papel.
Mas os pais dela... o que era aquilo? Manequins com pilhas que acenavam? Aquele parzinho estava ali a fazer o quê, além de serem meras figuras decorativas?
Gostei bastante da actriz Carrie Coon, que faz da irmã Margo Dunne, uma personagem divertida (sobretudo a princípio) e que dá ao mongo... perdão, ao irmão Nick um apoio total e incondicional. A meu ver é uma das personagens fortes do filme, que de um modo se calhar não muito evidente, contribui grandemente para o interesse e sensação de credibilidade de construção do argumento.
A polícia, aquele parzinho, foi das coisas que na minha opinião mais contribuíram para a falta de sensação de credibilidade que o filme me transmitiu. Que raio era aquilo? Achei fraquíssimo o papel deles, a postura do detective que estava com ela, o modo de actuarem, falarem, a dualidade entre eles, nada daquilo foi minimamente credível para mim, foi das partes que mais contribuíu para eu não ter conseguido apreciar o filme.
Também achei o episódio da cabana e do parzinho saloio bastante confrangedor!...
A Rosamund tem realmente a meu ver uma boa interpretação, tal como a actriz Carrie Coon, como já tinha referido. Mas o filme não me conseguiu envolver de todo, sinceramente. Achei-o longo, chato, pouco credível, com personagens e momentos sem qualquer sentido.
Enfim. Teremos sempre o Se7en e o Fight Club!
Cabeças


Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
Deviam fazer-lhe cócegas, dar-lhe choques eléctricos, a ver se o tipo acorda, pois a sensação que me dá é que anda a dar a sério nos drunfos. Pensar que o tipo ganha milhões faz-me um bocado de impressão.




Gostei muito da tua review - prática e sem papas...
Os meus 200 filmes inesquecíveis :
http://www.imdb.com/list/ls077088728/?s ... s077088728
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Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
Sinceramente, o facto do Ben Affleck ser monótono e perfeito para o papel, foi muito bem escolhido. A personagem e suposto ser emocionalmente reprimido/deficiente. Alias, não e a toa que a imprensa o apelida de sociopata, porque ele não tem as reações que seriam de esperar... E isso também tem a ver com o seu narcisismo, ele quer que as pessoas a volta dele o achem perfeito (e por isso que ele não se divorcia da Amy), e como toda a gente sabe, há a crença generalizada que um homem com emoções e fraco, e não e dessa forma que ele quer que os outros o vejam. Depois ainda há a questão da relação dele com o pai, que não e abordada no filme, mas que também acrescenta outra dimensão a situação, pois o pai dele e muito explosivo, e ele não quer ser igual ao pai. Como veem, há muitos motivos para ele ser assim, e o Fincher não escolheu o Ben Affleck a toa...
Eu prefiro sem duvida este filme ao Seven e ao Fight Club, mas sao gostos. Pessoalmente, nao gosto da mensagem de violência do Fight Club, mas e um bom filme.
Eu prefiro sem duvida este filme ao Seven e ao Fight Club, mas sao gostos. Pessoalmente, nao gosto da mensagem de violência do Fight Club, mas e um bom filme.
Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
O que mais me custou a engolir neste "Gone Girl" foi...
Os meus 200 filmes inesquecíveis :
http://www.imdb.com/list/ls077088728/?s ... s077088728
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Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
Eu acho isso realista e credível.THX wrote:O que mais me custou a engolir neste "Gone Girl" foi...
Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
No Angel wrote:Eu acho isso realista e credível.
Os meus 200 filmes inesquecíveis :
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http://www.imdb.com/list/ls077088728/?s ... s077088728
Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
THX wrote:No Angel wrote:Eu acho isso realista e credível.
Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
Ninguém fica indiferente a este filme, esse é que é o grande trunfo desta obra.
Causa um grande boca a boca e burburinho.
Poderia fazer uma critica profunda e desenvolvida mas ficará para outra altura.
Este filme comprarei amanhã, se tudo correr bem.
Mas deixo aqui um reparo sobre o filme:
Estou em completo desacordo com o Cabeças dado, que para mim, ATÉ Ben Afleck que é um ator que detesto por ser um canastrão dos diabos, faz neste filme um GRANDE PAPEL. O mérito tem que ser todo dado a David Fincher, mal acabei de o ver pensei:
"Jesus, até Ben Afleck faz um convincente, soberbo e realista desempenho".
Hitchcock dizia que os atores são como o gado e eu partilho quase na totalidade com ele.
Já dizia Paulo Autran que o "teatro é arte do ator, a televisão é a arte do argumentista, o cinema é a arte do realizador".
Sobre David Fincher, o único mau filme que vi dele foi o "O Estranho Caso de Benjamim Button" uma lástima encomendada por alguém que é um exercício enfadonho e irrealista..
Achei unicamente razoável "Zodíaco" e nisso estou contigo Cabeças.
De resto, na minha subjetividade, os favoritos de Fincher são este "Gone Girl" e "O Jogo". São as quimeras dele, também adorei o "Seven" mas há duas coisas que não engoli, por isso, não é um favorito meu.
Causa um grande boca a boca e burburinho.
Poderia fazer uma critica profunda e desenvolvida mas ficará para outra altura.
Este filme comprarei amanhã, se tudo correr bem.
Mas deixo aqui um reparo sobre o filme:
Estou em completo desacordo com o Cabeças dado, que para mim, ATÉ Ben Afleck que é um ator que detesto por ser um canastrão dos diabos, faz neste filme um GRANDE PAPEL. O mérito tem que ser todo dado a David Fincher, mal acabei de o ver pensei:
"Jesus, até Ben Afleck faz um convincente, soberbo e realista desempenho".
Hitchcock dizia que os atores são como o gado e eu partilho quase na totalidade com ele.
Já dizia Paulo Autran que o "teatro é arte do ator, a televisão é a arte do argumentista, o cinema é a arte do realizador".
Sobre David Fincher, o único mau filme que vi dele foi o "O Estranho Caso de Benjamim Button" uma lástima encomendada por alguém que é um exercício enfadonho e irrealista..
Achei unicamente razoável "Zodíaco" e nisso estou contigo Cabeças.
De resto, na minha subjetividade, os favoritos de Fincher são este "Gone Girl" e "O Jogo". São as quimeras dele, também adorei o "Seven" mas há duas coisas que não engoli, por isso, não é um favorito meu.
"Sempre as horas,as horas,as horas......"
Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
A minha única indiferença é tentar não me lembrar dele por ser tão medíocre/banal, e que ainda por cima veio de um Fincher.
Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
Fincher e Affleck vão "refazer" o Desconhecido do Norte Expresso, de Alfred Hitchcock...
No the Guardian
No the Guardian
The team behind Gone Girl are hoping to capitalise on the film’s success by making another thriller.
Deadline Hollywood reports that actor Ben Affleck, director David Fincher and Gone Girl author and screenwriter Gillian Flynn are set to create a new version of Alfred Hitchcock’s 1951 film, Strangers on a Train.
Based on a 1950 novel by Patricia Highsmith, the original film is predicated on a conversation between two men in which they discuss “swapping” murders – agreeing to kill someone disliked by the other in order to hide the motive.
The new version, retitled Strangers, will feature Affleck as a film star who is offered a lift by a wealthy businessman after his private jet breaks down in the middle of an Oscar campaign.
Affleck will also produce the film. The studio, Warner Brothers, will be anxious to replicate the success of Gone Girl, which grossed $350m worldwide, almost six times the film’s $60m budget.
Strangers is set to be shot at the end of this year after Affleck has starred in and directed his adaptation of the Dennis Lehane book Live By Night, which co-stars Sienna Miller. David Fincher is about to direct the HBO series Utopia, itself a remake of a British series originally shown on Channel 4.
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Re: Gone Girl (2014) - David Fincher
Temos aqui a prova de que Fincher é um grande admirador de Hitchcock...
Os meus 200 filmes inesquecíveis :
http://www.imdb.com/list/ls077088728/?s ... s077088728
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