Revista Empire portuguesa chega ao fim

[pedrojamess]

Empire em Portugal chega ao fim
Esta será a última Empire Portugal a chegar às bancas. Infelizmente, não foi possível resistir mais à erosão do mercado e do investimento comercial.
A todos os nossos leitores e parceiros, o nosso profundo obrigado por todo o apoio e pelo carinho e respeito que sempre nos direcionaram, e acreditem que todos lamentamos esta triste notícia.
Usufruam desta última edição que, como sempre, está repleta de artigos realmente interessantes e exclusivos.
Como diz Coppola: “A partir do momento em que participam na descoberta mágica do cinema, torna-se o vosso amor para sempre.”
Acreditamos que toda esta comunidade que criámos nestes três anos partilha desta magia do cinema e esperamos ter contribuído para que o tenham descoberto um pouco mais.
Até sempre!

Fonte: https://www.facebook.com/RevistaEmpireP ... 1077566470

Pois é meus caros, inicialmente comprava a revista mensalmente, depois comecei a comprar quando trazia artigos interessantes, é triste observar a única revista portuguesa de cinema a desaparecer das bancas.

[nimzabo]

Eu ia todos os meses folheá-la à banca dos jornais para ver as notas que davam aos filmes em cartaz e aos dvd's.
Guardei os dois livrinhos com os 500 melhores filmes, que saíram com as duas primeiras edições.

[PanterA]

Também só comprei meia dúzia de revistas, muito por causa do hype desses 2 livros dos 500 melhores filmes. Depois nunca mais gastei dinheiro nisso. Quem tem Internet, tem tudo.

[Paulino]

Quem tem Internet, tem tudo.

[Grande Guru]

Pois, o mercado há mto q deixou de estar virado para o papel. Gastar dinheiro "extra" qd o q uma revista oferece está ao alcance de um clique torna a coisa comercialmente insustentável.

Eu folheava a revista nas livrarias qd podia, esta ou outras de meu interesse (outros temas) mas comprar, para a maioria das pessoas, é complicado pelos motivos referidos. É pena mas nada suspreendente....

[THX]

Há coisa de 2 semanas, aqui bem perto de onde moro, também fechou o último videoclube que ainda resistia á gigante NET.

A última "Empire" que me veio parar ás mãos foi uma oferta da TAP quando fui com a família até á Euro-Disney.
Ainda não a acabei de ler. É pena.
Moral da história - o "click" é f_dido!!

[PanterA]

O problema dos videoclubes não foi só a Internet, mas também o VOD. Para não falar em outros serviços como por exemplo o Netflix

[pedrojamess]

A mim chocou-me imenso o encerramento dos videoclubes, sem dúvida que a tecnologia está a mudar imenso o mundo.

[gil5335]

Também só comprei meia dúzia de revistas, muito por causa do hype desses 2 livros dos 500 melhores filmes. Depois nunca mais gastei dinheiro nisso. Quem tem Internet, tem tudo.

Eu também comprei por causa desses 2 livros, que diga-se de passagem, tem críticas muito boas. Ainda este mês pude constatar que a Empire inglesa é toda dedicada a edições Director cut de variados realizadores, bastante interessante portanto, já cá, a nossa Empire dá destaque a meia dúzia de Blockbusters. Oh pá, é complicado o mercado, e depois para ler sobre Blockbusters vamos à net. Penso que se variassem um pouco o conteúdo ajudaria. Edições a falar de clássicos do cinema, edições dedicadas apenas a animação da Pixar, da Dreamworks, da Ghibli, coisas dedicadas a verdadeiros fãs de cinema, pois são esses que compram a revista. O problema destas publicações é a falta de sentido de target de mercado. Só compra estas revistas quem é fã de cinema, e mesmo assim... Ora, para artigos de Blockbuster, completamente iguais aos que vem nas revistas comuns, não vale a pena. Deviam apostar na riqueza de conteúdos, e não tentar conquistar novos públicos, com informação mais generalizada, que está à distancia de um click, como vocês referiram.

[Ludovico]

Há coisa de 2 semanas, aqui bem perto de onde moro, também fechou o último videoclube que ainda resistia á gigante NET.

A última "Empire" que me veio parar ás mãos foi uma oferta da TAP quando fui com a família até á Euro-Disney.
Ainda não a acabei de ler. É pena.
Moral da história - o "click" é f_dido!!

THX, esse videoclube que fechou chama-se Show-Time?. É que se foi esse, era onde eu ia desde que fechou a "Blockbuster" de Circunvalação.

[THX]

Sim, é mesmo esse Ludovico e eu sei que tu também eras cliente lá.
Por acaso tive para te avisar antes porque eles fizeram tipo uma liquidação total e despacharam a maior parte dos DVD's a €2,50. Eu não estava cá se não tinha aproveitado a oportunidade para comprar bons filmes por uma pechincha.
Mas sei que ainda ficaram com um video-clube na Maia (muitos filmes também devem ter migrado para lá).

[THX]

Deviam apostar na riqueza de conteúdos, e não tentar conquistar novos públicos, com informação mais generalizada, que está à distancia de um click, como vocês referiram.

O problema é que também consegues de certeza encontrar essa riqueza de conteúdos à distância do mesmo click. E depois lembrem-se que estamos num pais em crise e as pessoas começam a fazer contas à vida e a cortarem em tudo o que é supérfluo.
A idade do papel já era.

[p_alucinado]

Isso é tudo muito bonito, mas é bem difícil encontrar conteúdos como o Director's Cut ou entrevistas de fundo como as que a Empire disponibilizava quase todos os meses. Comprei a Empire desde o número 1 e fui hoje buscar a última, com grande pena minha. Entendo que o povo esteja na poupa, que se encontrem muitos e bons conteúdos na net e, por outro lado, há muitos dos artigos que não primavam pela diferença. No entanto, era uma revista francamente boa, com opiniões fundamentadas - quantas encontramos assim online? - e sempre bem-dispostas.

Talvez a era do papel já tenha passado, talvez seja verdade. Mas não deixa de ser também verdade que a forma como consumimos informação tende a ser cada vez mais imediata e menos fundamentada. O que realmente fica daí? Não sei. Mas sinto, em certa medida, que quem fica prejudicada com tudo isto é uma certa memória do cinema.

[Ludovico]

Sim, é mesmo esse Ludovico e eu sei que tu também eras cliente lá.
Por acaso tive para te avisar antes porque eles fizeram tipo uma liquidação total e despacharam a maior parte dos DVD's a €2,50. Eu não estava cá se não tinha aproveitado a oportunidade para comprar bons filmes por uma pechincha.
Mas sei que ainda ficaram com um video-clube na Maia (muitos filmes também devem ter migrado para lá).

É pah THX . Apanhaste-me desprevenido. Digo isto, porque normalmente eles enviavam-me de vez em quando um sms a dizer que havia promoções em alugueres. Então, se iam fechar não avisaram os clientes?. É verdade que, por um lado, não é surpresa, claro, mas, por outro, não avisaram que iam fechar via sms. Agora é que acabaram os videoclubes perto de minha casa. Agora é certo, videoclubes, para mim, acabaram de vez. Não sei como é noutras zonas do Porto. Onde vivo já não há clubes de vídeo. Há uns anos era amigo de um dono de um clube de vídeo que existia perto do Blockbuster da Circunvalação que, antes de fechar, em Julho de 2009 disse-me: "Os clubes de vídeo vão fechar todos". Ele era uma pessoa muitíssimo experiente no ramo.

[Cabeças]

A mim custa-me assistir ao final de publicações como a Empire. A informação online é para mim uma dimensão diferente do suporte físico. É um pouco o mesmo princípio pelo qual prefiro dvds originais nas prateleiras a ficheiros num disco rígido. Mas concordo que as normas formas de comunicação ligadas às TIC começam a estar ligadas também a aspectos geracionais. É uma pena, na minha opinião, não poder ter o melhor de vários mundos.

Quanto a clubes de vídeo... penso exactamente o mesmo. Felizmente aquele onde vou, na Cavaleiro de Oliveira em Lisboa, continua, qual gaulês, a resistir ainda e sempre ao invasor. E sem poções mágicas, pelo que sei. Bastam os clientes fidelizados, dos quais faço alegremente parte e que contribuem para a continuidade do clube. Se se vai aguentar? Espero que sim, pelo menos mais uns tempos. Pelo que me disseram, é um dos únicos 3 ainda abertos na área da grande Lisboa. Já ando a ouvir há imensos anos que vão todos fechar, mas ainda não fecharam todos. Talvez alguns subsistam, até pelo facto de captarem clientes dos que fecharam nas redondezas.

No fundo a vida é um pouco como um filme. Tudo tem o seu tempo. Um tempo para amar e um tempo para morrer. Todos têm (ou quase todos) o seu dia na praia. Mas acaba sempre mal. Os clubes fecham. As pessoas morrem. Outros contextos vêm a seguir, com outras pessoas, que durante algum tempo vivem um conjunto de "plenos" muito agradável. Durante algum tempo.