Óscares 2014

[No Angel]

Eu gostei bastante de ver a atuaçao em direto. Acho e que nao devem esperar muito da academia, eles vao sempre pelo seguro, sao muito conservadores... os Oscares valem a pena ver pelo espetaculo, para ver os atores e claro, celebrar o cinema!

Nao vi quase nada dos nomeados, por isso nao posso dizer se sao ou nao justos, mas penso que era o que se estava a espera, nao houve surpresas (apenas na atriz secundaria, em que a favorita era a Jennifer Lawrence). Nao foi como em 2005, em que nao deram o oscar ao Brokeback Mountain, que era o grande favorito (e merecidamente, pois e um grande filme) ou como o ano passado, em que nao deram o Oscar a Emmanuelle Riva (pensava mesmo que ia ganhar), foi quase tudo dentro do expectavel.

Ja estava a espera que o 12 anos escravo vencesse, mais nao fosse pra ficar bem na fotografia.

Por acaso, e mesmo sem ter visto os filmes, acertei nas quatro categorias principais: Melhor Filme, Realizador, Ator e Atriz principal.

[PanterA]

Em dois ou três jornais ou revistas que vi a maior parte dos críticos dão notas mínimas ao La Grande Bellezza.
Acusam o filme de ser pretensioso.

Isso é como tudo. Qualquer filme que vejas tens sempre alguém que diz esse tipo de coisas. Opiniões e gostos, nada mais.
Qualquer filme que adores ou aqueles que os consideres os melhores de todos os tempos, também certamente vais ler reviews do género. Sinceramente não é muito por aí.

Em relação ao filme, depende como e quem o vê, mas no meu caso longe esteve muuuuuito longe de ser pretensioso. Pelo contrário, é bastante directo, formal, com temáticas que puxam o espectador de uma forma apaixonada e acima de tudo a forma de narrar que o filme tem é espectacular. Isto já para não mencionar os aspectos técnicos que são muitos.

Se ainda não o vistes, não percas mais tempo. ;)

MAS que CGI!!!
E parece que só foram 60%. Vale a pena ler este artigo :
http://www.thewrap.com/gravity-sandra-b ... al-effects

Cuarón trabalhou no seu filme com cerca de 50 jovens recém formados em técnicas de CGI, todos ainda muito verdes e totalmente desconhecidos do público, tendo sido dois deles premiados ontem.

Tal como disse na minha review, o Gravity é um Avatar 2.0 como um impacto directo nos filmes que virão no futuro. Ainda assim, o que me fascinou mais no CGI foi mesmo a maneira de como estavam reproduzidos que parecia mesmo ser tudo realizado em pleno espaço. Nesse aspecto deita mesmo a casa abaixo.

Em relação á percentagem do CGI usado no filme, verdade que li o artigo assim muito por alto mas custa-me a crer que só tenham usado 60%. Dos makings of's que tenho visto as coisas "reais" que usaram são muito poucas.

[TrinityA]

Citando o referido artigo:

"All told eighty percent of the film is substantially a visual-effects creation and the other 20 percent contains a significant amount of effects work, Webber estimates."


Não que isso afecte qualquer aspecto do meu juízo sobre o filme, que acho maravilhoso...

[PanterA]

Sendo assim já não está cá quem falou, e parece que tenho que o ir ler com mais atenção. Ainda assim, e a ver os makings of's e tudo mais, não dá nada nada essa sensação.

[THX]

60%...80%...95%...WTF??

Who cares??

SETE oscars não serão o suficiente para calar os incrédulos??

[PanterA]

Foram todos técnicos, porque receber o de melhor filme era outro nível e reconhecimento. Mas isto tudo claro numa perspectiva de prémios, e talvez de opinião geral, que para mim é igual ao litro.

Continuo-o a achar um obra-prima e algo que poderá entrar certamente na minha lista dos Top 100 que tenho na minha sig. Vamos lá ver como será o seu replay value.

EDIT: Ainda neste seguimento encontrei este post de um suposto professor da área:

Thinking about last night's Oscar results, I discovered that, ever since 2009, the same film has won both the Cinematography and Visual Effects Oscars: Avatar (2009), Inception (2010), Hugo (2011), Life of Pi (2012), and Gravity (2013). This is significant, because in the case of all these films, there is such extensive use of CGI, and so much of them were shot in front of blue screens, that it is questionable whether they really are using what used to be known as "cinematography" at all. People remarked, especially, both after Life of Pi last year and Gravity this year, that it was strange to be rewarding films that were largely virtual for their cinematography. Digital filmmaking is slowly but surely altering the very formal categories by which we describe film (and which I teach my students); older-style films of course continue to be made, but with these recent films we are reaching the point where there is no longer any meaningful distinction between visual effects and cinematography, i.e. between what cameras do and what computers do. (This is also the case with films where, as Fincher likes to do according to one article I read, the cameras capture a much wider picture than ever appears in the final film, so that virtual camera movements & reframings can be created during post-production). (And also, it isn't just cinematography that requires massive redefinition; editing too is changing, given things like the multiply superimposed images in many music videos, and the sorts of continual micro-readjustments and juxtapositions in Tony Scott's late films).

[No Angel]

Foram todos técnicos, porque receber o de melhor filme era outro nível e reconhecimento. Mas isto tudo claro numa perspectiva de prémios, e talvez de opinião geral, que para mim é igual ao litro.

Continuo-o a achar um obra-prima e algo que poderá entrar certamente na minha lista dos Top 100 que tenho na minha sig. Vamos lá ver como será o seu replay value.

EDIT: Ainda neste seguimento encontrei este post de um suposto professor da área:

Thinking about last night's Oscar results, I discovered that, ever since 2009, the same film has won both the Cinematography and Visual Effects Oscars: Avatar (2009), Inception (2010), Hugo (2011), Life of Pi (2012), and Gravity (2013). This is significant, because in the case of all these films, there is such extensive use of CGI, and so much of them were shot in front of blue screens, that it is questionable whether they really are using what used to be known as "cinematography" at all. People remarked, especially, both after Life of Pi last year and Gravity this year, that it was strange to be rewarding films that were largely virtual for their cinematography. Digital filmmaking is slowly but surely altering the very formal categories by which we describe film (and which I teach my students); older-style films of course continue to be made, but with these recent films we are reaching the point where there is no longer any meaningful distinction between visual effects and cinematography, i.e. between what cameras do and what computers do. (This is also the case with films where, as Fincher likes to do according to one article I read, the cameras capture a much wider picture than ever appears in the final film, so that virtual camera movements & reframings can be created during post-production). (And also, it isn't just cinematography that requires massive redefinition; editing too is changing, given things like the multiply superimposed images in many music videos, and the sorts of continual micro-readjustments and juxtapositions in Tony Scott's late films).

O de melhor realizador vale quase tanto como o de melhor filme, penso eu...

[PanterA]

Tanto tanto não vale. O de melhor filme tem sempre outro impacto, e quando se fala na história dos óscares é esse que vem logo ao de cima. Mas sem sombra de dúvidas que foi esse o mais importante que ganhou no Domingo.

[Argaroth01]

A única coisa mais entediante do que a afamada previsibilidade dos Óscares, é a previsibilidade dos comentários sobre os mesmos. Ainda não percebi do que é que estão à espera que aconteça de ano para ano. Afinal é suposto premiar-se os melhores ou tem que haver uma surpresa obrigatória para botar falatório ? Se ganha o filme favorito, é monótono, se há surpresa, é roubo. "Crash" foi uma surpresa em 2005/2006 e ninguém parece ter ficado muito contente.

Há muito pouca coisa que possa ser criticada nos Óscares deste ano: os nomeados mereceram sê-lo e os que ganharam, idem. Porque é que hei-de queixar-me da monotonia ou da previsibilidade quando ganha quem merece ? Quando se consome tão elevada quantidade de informação sobre prémios de crítica e afins, é natural que a magia desapareça.

http://badassdigest.com/2014/03/03/osca ... s-a-slave/

If we're going to whine when Oscar gets it wrong we should celebrate when Oscar gets it right.

[THX]

Se ganha o filme favorito, é monótono, se há surpresa, é roubo. "Crash" foi uma surpresa em 2005/2006 e ninguém parece ter ficado muito contente.

Eu fiquei , porque o filme mereceu mesmo.

Quando se consome tão elevada quantidade de informação sobre prémios de crítica e afins, é natural que a magia desapareça.

Que grande verdade!!

[Ludovico]

Há muito pouca coisa que possa ser criticada nos Óscares deste ano: os nomeados mereceram sê-lo e os que ganharam, idem.

Isso dizes tu.
Então sempre que ganha um favorito isso está certo?.
Isso acontece só de vez em quando, a maioria das vezes não.
Depende de cada ano.
Às vezes aparecem um Million Dollar Baby ou A Lista de Schindler ou um Padrinho mas a maioria das vezes é sempre um "Gente Vulgar", uma "Volta ao Mundo em 80 Dias" ou um "Momentos de Glória" ou um "Chicago" ou "Uma Mente Brilhante" ou um "Rocky" ou um "Este Pais não é para Velhos" a ser o FAVORITO a ganhar. Podia enumerar mais ainda, mas é só para passar a imagem do que quero dizer, podiam ser outros exemplos, mas o facto dos FAVORITOS/NOMEADOS ganharem ser justo isso é um MITO. Quanto a este ano o favorito e isso digo eu, em relação aos que vi foi o pior de todos embora seja um bom filme. Mas está muito longe de ser um grande filme, sobre a mesma temática há filmes muito melhores e que nunca foram premiados claramente melhores.
Mas lá está tudo é subjetivo.

[DarkPhoenix]

A Ellen disse tudo no monólogo inicial:
"One of two things can happen tonight:
- 12 Years A Slave wins best picture.
- You're all a bunch of racists. "

Mais claro do que isto é impossível.

Obviamente que "Gravity" é o filme do ano.
Mas como aconteceu com "Avatar", deram o Oscar de Melhor Filme a outro - também um bom filme - mas que não resistirá ao teste do tempo.
Porque para os membros da Academia, a ficção científica ainda não é considerada digna de ser premiada.
Andam quase sempre à volta dos mesmos temas: o holocausto, a sida, a luta pelos direitos das minorias, o ocasional musical, o biopic muito certinho, o filme inspirado num drama real, a reconstituição histórica...

Um exemplo que saiu fora do previsível foi "The Silence Of The Lambs".

[Paulino]

Afinal é este o namorado da Lupita.

[THX]

Obviamente que "Gravity" é o filme do ano.

Mas é que não pode haver a mínima dúvida disso.
"Gravity" destaca-se de todos os outros filmes, cujos conceitos estereotipados já cansam.
Um filme que demorou 4,5 anos a concluir, com uma equipa de 400 pessoas, com um simples argumento mas que abraça uma grande, boa e original história...mais o feedback positivo que teve do público a nível mundial.

Mas como aconteceu com "Avatar", deram o Oscar de Melhor Filme a outro - também um bom filme - mas que não resistirá ao teste do tempo.

O "The Hurt Locker" para mim não passou também de um sci-fi movie.
Quem perceber um pouco sobre o assunto de guerrilha, e sobre os técnicos sapadores, como é retratado no filme, acha todo o filme no mínimo ridículo.
Existem cenas muito bem filmadas e uma grande tensão em algumas delas, mas tirando isso o filme em termos de veracidade é uma anedota pegada.

[rui sousa]

Gostei do Gravity, mas não fiquei arrebatado com alguns de vocês. É uma maravilha visual e sensorial, mas não apreciei as formas convenientes que se criaram para dar continuidade à história e justificar certos rumos da narrativa, entre outras coisas. E tenho a impressão que o filme estará imensamente datado daqui a alguns anos, como outros nomeados ao Oscar desta edição.