Qual foi o último filme que viram ?

[THX]

Um paralelismo recente, faz-me lembrar as muitas criticas ao Turin Horse e onde alguns não viam nada eu via tudo.

Acontece-me muitas vezes isso, principalmente nos filmes muito "parados", sendo na maior parte das vezes filmes de autor.

"Shame", "Tabu", "2001 A Space Odissey", "Antichrist", "Gravity", "Melancolia" ou "Only God Forgives" são apenas alguns exemplos de muito bom cinema mas que na maior parte das vezes as pessoas não admiram ou gostam, mas para mim isso é apenas uma outra forma de dizer que não os entenderam, ponto.
Podem dizer o que bem lhes der na cabeça contra esses tipo de filmes, pois acredito que as sensibilidades e percepções de cada um de nós podem ser medidas, e se existe uma medida para isso então só pode ser sinal de que também deve existir muita gente com visões muito limitadas.

Mas se calhar, aos olhos dessas pessoas, somos apenas uns pretensiosos quando dizemos que não são filmes para qualquer pessoa (limitada!!) que são sim filmes inteligentes, e que foram feitos por uma razão muito específica.

Uma pessoa deve ver de tudo, bom e mau cinema, tal como na vida devemos sentir tudo, bons e maus momentos, correr o mundo, ver e viver muitos momentos, experienciar emoções, ganhar amigos mas também saber lidar com inimigos, porque será isso que nos irá enriquecer e que nos irá dar as ferramentas para conseguirmos ver coisas onde outros não conseguem, para sabermos ver filmes de uma forma que outros não atingem.

Sempre foi mais fácil criticar negativamente o que não se consegue perceber...mas se não se "consegue perceber" algo então deveria ser ainda mais fácil essa gente assumir uma derrota mental.
Isto é tão simples como isso.

[rui sousa]

Mas por esses filmes todos no mesmo saco é complicado. Há pessoas que podem gostar muito do 2001 e detestar o Gravity e não ser por essa razão de não perceberem. Podem não gostar porque simplesmente não gostaram. Isso também é possível nestes filmes mais "de culto"...

[No Angel]

Um paralelismo recente, faz-me lembrar as muitas criticas ao Turin Horse e onde alguns não viam nada eu via tudo.

Acontece-me muitas vezes isso, principalmente nos filmes muito "parados", sendo na maior parte das vezes filmes de autor.

"Shame", "Tabu", "2001 A Space Odissey", "Antichrist", "Gravity", "Melancolia" ou "Only God Forgives" são apenas alguns exemplos de muito bom cinema mas que na maior parte das vezes as pessoas não admiram ou gostam, mas para mim isso é apenas uma outra forma de dizer que não os entenderam, ponto.
Podem dizer o que bem lhes der na cabeça contra esses tipo de filmes, pois acredito que as sensibilidades e percepções de cada um de nós podem ser medidas, e se existe uma medida para isso então só pode ser sinal de que também deve existir muita gente com visões muito limitadas.

Mas se calhar, aos olhos dessas pessoas, somos apenas uns pretensiosos quando dizemos que não são filmes para qualquer pessoa (limitada!!) que são sim filmes inteligentes, e que foram feitos por uma razão muito específica.

Uma pessoa deve ver de tudo, bom e mau cinema, tal como na vida devemos sentir tudo, bons e maus momentos, correr o mundo, ver e viver muitos momentos, experienciar emoções, ganhar amigos mas também saber lidar com inimigos, porque será isso que nos irá enriquecer e que nos irá dar as ferramentas para conseguirmos ver coisas onde outros não conseguem, para sabermos ver filmes de uma forma que outros não atingem.

Sempre foi mais fácil criticar negativamente o que não se consegue perceber...mas se não se "consegue perceber" algo então deveria ser ainda mais fácil essa gente assumir uma derrota mental.
Isto é tão simples como isso.

Nao concordo nada... acho essa ideia de que as pessoas que nao gostam de filmes que gostamos sao burras e estupidas muito esquisita. Cada um tem os seus gostos, e a apreciação de um filme e sempre subjectiva. Sim, a componente tecnica ate e objetiva, mas e entao? Um filme pode ser um portento tecnologico e nao dizer nada a algumas pessoas... mais do que tudo, um filme tem que contar uma historia cativante e ter personagens interessantes, e isso acaba por ser sempre subjetivo.

E eu ate gosto dos filmes que citas (os que vi), mas percebo quem nao goste!

Mais, eu sou da opiniao que esses filme que apontas nao sao para perceber, mas para sentir. Esses filmes nao sao tipo o Memento ou o Inception, puzzles para construir... e mesmo esses filmes sao emocionais, como todos os filmes o sao. Vou dar um exemplo: os filmes do David Lynch sao muito complexos, principalmente a partir do filme Twin Peaks, no entanto, nao e preciso entender totalmente o filme para o apreciar. Existem personagens interessantes, boas atuaçoes, boa cinematografia e bso e acima de tudo sao filmes que nos fazem sentir uma panóplia de emoçoes. Mas, se a uma pessoa nao lhe fizer sentir nada, ou seja, se nao tocar a pessoa, percebo perfeitamente que ache os filmes dele "meh".

[Ludovico]

Um paralelismo recente, faz-me lembrar as muitas criticas ao Turin Horse e onde alguns não viam nada eu via tudo.

Acontece-me muitas vezes isso, principalmente nos filmes muito "parados", sendo na maior parte das vezes filmes de autor.

"Shame", "Tabu", "2001 A Space Odissey", "Antichrist", "Gravity", "Melancolia" ou "Only God Forgives" são apenas alguns exemplos de muito bom cinema mas que na maior parte das vezes as pessoas não admiram ou gostam, mas para mim isso é apenas uma outra forma de dizer que não os entenderam, ponto.
Podem dizer o que bem lhes der na cabeça contra esses tipo de filmes, pois acredito que as sensibilidades e percepções de cada um de nós podem ser medidas, e se existe uma medida para isso então só pode ser sinal de que também deve existir muita gente com visões muito limitadas.

Mas se calhar, aos olhos dessas pessoas, somos apenas uns pretensiosos quando dizemos que não são filmes para qualquer pessoa (limitada!!) que são sim filmes inteligentes, e que foram feitos por uma razão muito específica.

Uma pessoa deve ver de tudo, bom e mau cinema, tal como na vida devemos sentir tudo, bons e maus momentos, correr o mundo, ver e viver muitos momentos, experienciar emoções, ganhar amigos mas também saber lidar com inimigos, porque será isso que nos irá enriquecer e que nos irá dar as ferramentas para conseguirmos ver coisas onde outros não conseguem, para sabermos ver filmes de uma forma que outros não atingem.

Sempre foi mais fácil criticar negativamente o que não se consegue perceber...mas se não se "consegue perceber" algo então deveria ser ainda mais fácil essa gente assumir uma derrota mental.
Isto é tão simples como isso.

Nao concordo nada... acho essa ideia de que as pessoas que nao gostam de filmes que gostamos sao burras e estupidas muito esquisita. Cada um tem os seus gostos, e a apreciação de um filme e sempre subjectiva. Sim, a componente tecnica ate e objetiva, mas e entao? Um filme pode ser um portento tecnologico e nao dizer nada a algumas pessoas... mais do que tudo, um filme tem que contar uma historia cativante e ter personagens interessantes, e isso acaba por ser sempre subjetivo.

E eu ate gosto dos filmes que citas (os que vi), mas percebo quem nao goste!

Mais, eu sou da opiniao que esses filme que apontas nao sao para perceber, mas para sentir. Esses filmes nao sao tipo o Memento ou o Inception, puzzles para construir... e mesmo esses filmes sao emocionais, como todos os filmes o sao. Vou dar um exemplo: os filmes do David Lynch sao muito complexos, principalmente a partir do filme Twin Peaks, no entanto, nao e preciso entender totalmente o filme para o apreciar. Existem personagens interessantes, boas atuaçoes, boa cinematografia e bso e acima de tudo sao filmes que nos fazem sentir uma panóplia de emoçoes. Mas, se a uma pessoa nao lhe fizer sentir nada, ou seja, se nao tocar a pessoa, percebo perfeitamente que ache os filmes dele "meh".

Exatamente o que eu penso No Angel, nem mais nem menos .

[nimzabo]

porque será isso que nos irá enriquecer e que nos irá dar as ferramentas para conseguirmos ver coisas onde outros não conseguem, para sabermos ver filmes de uma forma que outros não atingem

E isso é um objetivo? suplantar os demais?

[THX]

Podem não gostar porque simplesmente não gostaram.

E gostos não se discutem, ok...mas pode-se discutir outras coisas, certo?
Eu por vezes leio criticas que não tem equilíbrio nenhum, a tal falta de bom-senso, ou ainda melhor, a tal falta de experiência de vida que muita dessa gente demonstra. É que se nota logo no primeiro parágrafo.

Outro exemplo - "Enter the Void", um filme fora de série do Gaspar Noé, espectacular mesmo (foi um dos favoritos do Quentin Tarantino desse ano e já é o filme favorito do Jared Leto).

Quem falar mal deste filme é porque não sabe ver cinema, "end of conversation"!!!

Com o filme gratuitamente no "YouTube", eu saí de casa, gastei gasolina e fui dar €5,00 por um bilhete para ver este filme numa sala de cinema. Estavam apenas mais 5 pessoas na sala e eu fiquei feliz, porque sabia que aquele pessoal gostava tanto de cinema como eu. Eram pessoas que sabiam o que iam ver, e que até já deviam ter visto o filme em casa, mas o facto de estarem ali significava qualquer coisa maior.

Nao concordo nada... acho essa ideia de que as pessoas que nao gostam de filmes que gostamos sao burras e estupidas muito esquisita.

Nem falei em pessoas "burras", nem mencionei a palavra "estúpidas".
Parece que estás a tentar apresentar adjectivos um pouco grosseiros de mais, e ainda por cima não apontados por mim. Existem outras palavras mais certeiras para caracterizar essas pessoas.

...mais do que tudo, um filme tem que contar uma historia cativante e ter personagens interessantes, e isso acaba por ser sempre subjetivo.

Estás a tentar dizer que no meio dos milhões de filmes feitos até há data de hoje, que TODOS eles tem forçosamente de ter uma história cativante e personagens interessantes, senão não prestam??
Será por isso que o filme "Antichrist" do Trier é tão menosprezado??

Essa "subjectividade" é sempre a melhor desculpa para quem não consegue explicar algo, e se não consegue explicar é apenas, e só, porque não entendeu o filme.
Já disse isto muitas vezes e continuarei a repetir o mesmo porque sei que estou certo quanto a esta questão.

Mais, eu sou da opiniao que esses filme que apontas nao sao para perceber, mas para sentir.

Se eu não percebo o que estou a ver, ou se não TENTAR perceber, não sinto absolutamente nada.
Isto tanto nos filmes como em tudo na minha vida.

E isso do "não são para se perceber, são para se sentir" é apenas um pau de 2 bicos pois eu também posso dizer que "não são para se sentir, são para se perceber" :

- Eu SENTI um enorme prazer ao ver o "2001" porque PERCEBI o filme.
Da 1ª vez que o vi senti qualquer coisa muito estranha e não gostei muito deste clássico, mas depois tentei perceber/entender o filme e aí sim, passei a adorá-lo.

- Eu gostei muito do "Only God Forgives" não só porque o PERCEBI mas também pelo que me fez SENTIR.

- O ""Mulholland Drive" é um dos meus filmes favoritos de sempre não só porque sempre que o vejo SINTO que estou a ver uma obra-prima, mas também porque não descansei enquanto não fiz o tal puzzle mental para PERCEBER bem o filme.

Poderia estar aqui a enumerar imensos exemplos que justifiquem esta minha opinião, mas já estou a entrar em muito off-topic.

Mas, se a uma pessoa nao lhe fizer sentir nada, ou seja, se nao tocar a pessoa, percebo perfeitamente que ache os filmes dele "meh".

Eu não percebo isso assim - eu entendo é que ou é a pessoa que está mal...ou é o realizador.

Repara no seguinte, se eu considero um Thomas Vinterberg, um David Lynch, um Ingmar Bergman, um David Cronenberg, um Lars von Trier, um Gaspar Noé, um Christopher Nolan ou um Nicolas Winding Refn como sendo indivíduos com um intelecto extraordinário (aka GÉNIOS), como tendo um conhecimento de vida impressionante, e tendo todos eles uma sensibilidade super apurada em todos os seus filmes, quem vai ser a pessoa que os poderá criticar negativamente SEM antes justificar MUITO BEM as suas obras??

Aqui voltamos à questão da sensibilidade, da experiência de vida de cada um, do conhecimento do ser humano, das suas emoções, dos seus comportamentos, etc. Quem já as teve e passou por elas, como estes génios, naturalmente que se irão identificar com os seus filmes porque perceberam as suas visões, as suas mensagens.

Por outro lado quem não gosta, não admira ou não quer gostar (e atenção a esta frase...) dos seus filmes...terá de "viver" mais, de conversar muito, e acima de tudo de trabalhar mais o seu intelecto/sensibilidade. Apurar os seus sentidos para o que o rodeia, ser observador, usar a inteligência, porque tudo á nossa volta conta uma história, tal como a que estamos a viver no nosso dia a dia.

[No Angel]

Nao concordo nada... acho essa ideia de que as pessoas que nao gostam de filmes que gostamos sao burras e estupidas muito esquisita.

Nem falei em pessoas "burras", nem mencionei a palavra "estúpidas".
Parece que estás a tentar apresentar adjectivos um pouco grosseiros de mais, e ainda por cima não apontados por mim. Existem outras palavras mais certeiras para caracterizar essas pessoas.

...mais do que tudo, um filme tem que contar uma historia cativante e ter personagens interessantes, e isso acaba por ser sempre subjetivo.

Estás a tentar dizer que no meio dos milhões de filmes feitos até há data de hoje, que TODOS eles tem forçosamente de ter uma história cativante e personagens interessantes, senão não prestam??
Será por isso que o filme "Antichrist" do Trier é tão menosprezado??

Essa "subjectividade" é sempre a melhor desculpa para quem não consegue explicar algo, e se não consegue explicar é apenas, e só, porque não entendeu o filme.
Já disse isto muitas vezes e continuarei a repetir o mesmo porque sei que estou certo quanto a esta questão.

Mais, eu sou da opiniao que esses filme que apontas nao sao para perceber, mas para sentir.

Se eu não percebo o que estou a ver, ou se não TENTAR perceber, não sinto absolutamente nada.
Isto tanto nos filmes como em tudo na minha vida.

E isso do "não são para se perceber, são para se sentir" é apenas um pau de 2 bicos pois eu também posso dizer que "não são para se sentir, são para se perceber" :

- Eu SENTI um enorme prazer ao ver o "2001" porque PERCEBI o filme.
Da 1ª vez que o vi senti qualquer coisa muito estranha e não gostei muito deste clássico, mas depois tentei perceber/entender o filme e aí sim, passei a adorá-lo.

- Eu gostei muito do "Only God Forgives" não só porque o PERCEBI mas também pelo que me fez SENTIR.

- O ""Mulholland Drive" é um dos meus filmes favoritos de sempre não só porque sempre que o vejo SINTO que estou a ver uma obra-prima, mas também porque não descansei enquanto não fiz o tal puzzle mental para PERCEBER bem o filme.

Poderia estar aqui a enumerar imensos exemplos que justifiquem esta minha opinião, mas já estou a entrar em muito off-topic.

Mas, se a uma pessoa nao lhe fizer sentir nada, ou seja, se nao tocar a pessoa, percebo perfeitamente que ache os filmes dele "meh".

Eu não percebo isso assim - eu entendo é que ou é a pessoa que está mal...ou é o realizador.

Repara no seguinte, se eu considero um Thomas Vinterberg, um David Lynch, um Ingmar Bergman, um David Cronenberg, um Lars von Trier, um Gaspar Noé, um Christopher Nolan ou um Nicolas Winding Refn como sendo indivíduos com um intelecto extraordinário (aka GÉNIOS), como tendo um conhecimento de vida impressionante, e tendo todos eles uma sensibilidade super apurada em todos os seus filmes, quem vai ser a pessoa que os poderá criticar negativamente SEM antes justificar MUITO BEM as suas obras??

Aqui voltamos à questão da sensibilidade, da experiência de vida de cada um, do conhecimento do ser humano, das suas emoções, dos seus comportamentos, etc. Quem já as teve e passou por elas, como estes génios, naturalmente que se irão identificar com os seus filmes porque perceberam as suas visões, as suas mensagens.

Por outro lado quem não gosta, não admira ou não quer gostar (e atenção a esta frase...) dos seus filmes...terá de "viver" mais, de conversar muito, e acima de tudo de trabalhar mais o seu intelecto/sensibilidade. Apurar os seus sentidos para o que o rodeia, ser observador, usar a inteligência, porque tudo á nossa volta conta uma história, tal como a que estamos a viver no nosso dia a dia.

Vamos por partes:

1. Estupidas podes nao ter dito, mas deste claramente a entender que era preciso ser-se inteligente para se apreciar esses filmes, ou seja, quem nao gosto desses filmes e burro. E uma sequencia logica.

2. Os realizadores nao sao deuses... mais, so porque a maioria considera o Kubrick o maior realizador de sempre, nao quer dizer que alguem nao possa achar o contrario, e quando digo o Kubrick falo de qualquer realizador ou artista.

3. E depois dizes coisas destas "quem não gosta, dos seus filmes...terá de viver mais, de conversar muito, e acima de tudo de trabalhar mais o seu intelecto/sensibilidade", nao achas isto snobe? Quer dizer, la por alguem nao gostar de certo tipo de filmes, isso faz dela insensivel, burra e/ou com falta de experiencia? So aqui ja das a ideia que um certo tipo de opiniao e que a correta, e a outra e errada. Ora isto nunca se pode aplicar na Arte, que e simplesmente subjetiva. Ate pode ser objetivo que certas obras sejam relevantes para o cinema (devido a componente tecnica ou temas abordados) mas sera que isso as faz necessariamente boas? Sera que isso as faz aprazíveis para toda a gente?

O que eu acho e que as pessoas sao diferentes, cada pessoa e unica, e por isso existem varios tipos de filmes e varios tipos de coisas que uma pessoa espera num filme. Para alguem (como eu) filmes como os do Lars von Trier e Bergman sao fantasticos retratos da vida e potenciadores de grandes atuaçoes e reflexoes sobre a vida e o ser humano, pra outros podem nao passar de melodramas e intelectualismos sem nenhum interesse. E quem define quem esta certo?

[Samwise]

No angel, estás a perder o teu tempo.

O discurso do THX é aquele e não muda, intependentemente da lógica toda e da força dos argumentos que venhas a invocar.

[nimzabo]

Penso que o filme The Master poderia ser um bom exemplo para esta discussão.

[Samwise]

Penso que o filme The Master poderia ser um bom exemplo para esta discussão.

Hahaha!

[No Angel]

Penso que o filme The Master poderia ser um bom exemplo para esta discussão.

Nao o vi ainda, por isso nao posso falar desse xD

Na verdade, tenho muitas lacunas para preencher, principalmente dos grandes classicos, mas ha tantos filmes pra ver, e na verdade entre ver um classico que nao me chama muito so pra dizer que vi ou ver um filme que acho que vou gostar (tipo o Blue Jasmine) vou por esta ultima opçao

[PanterA]

Eu vi. Foi um dos meus filmes preferidos desse ano. Simplesmente brilhante... ou simplesmente non sense e secante para outras ?

[nimzabo]

Esse do "não acontece nada ou quase nada" abriu-me o apetite para lhe meter as mãos. Um paralelismo recente, faz-me lembrar as muitas criticas ao Turin Horse e onde alguns não viam nada eu via tudo.
Mas já está na watchlist.

Logo no principio do filme a dona da casa às tantas vai tomar banho sentada na banheira.
Achei notável a forma como esfregou as costas. Quem me dera que o meu braço chegasse onde chega o braço dela.
Há uma parte das minhas costas onde nunca chega sabão .

Eu vi. Foi um dos meus filmes preferidos desse ano. Simplesmente brilhante... ou simplesmente non sense e secante para outras ?

Parafraseando um colega de outro fórum - 'aquilo não tem ponta por onde se lhe pegue' .
E no entanto é um filme que teve as seguintes distinções:
http://www.imdb.com/title/tt1560747/awards?ref_=tt_awd
Das duas uma: ou vemos coisas muito diferentes ou valorizamos de forma muito diferente o que vemos.
Desconfio que é mais o primeiro caso.
E se é assim para os filmes também será assim para a realidade. Vivemos juntos em mundos diferentes.



Outro filme em que podia dizer o mesmo é o Couraçado Potemkin.
Mas aquilo é alguma coisa?

[Samwise]

[
Das duas uma: ou vemos coisas muito diferentes ou valorizamos de forma muito diferente o que vemos.
Desconfio que é mais o primeiro caso.

Já eu apostava a massa toda no segundo cavalo.

Um filme é exactamente o mesmo para quem o vê (ou há outras interpretações sobre isto?), mas cada um valoriza-o de acordo com aquilo que a sua pessoa é nesse momento.

A forma como percepcionamos o mundo, e o julgamos e avaliamos, depende essencialmente de dois factores: aquilo que é inato em nós (e todos somos diferentes logo aqui, na casa de partida), e aquilo que adquirimos por experiência ao longo do tempo: pela educação, pela cultura, pela sociedade, pela forma como vamos conduzindo a nossa vida através delas, segundo aquilo que nos agrada e segundo as oportunidades de que dispomos. Como podemos então dizer que aquilo que outra pessoa vê, a sua avaliação sobre determinado aspecto subjectivo (e que depende de factores necessariamente diferentes dos nossos, da forma que indiquei) está certo ou errado? O absurdo de tal abordagem começa logo aí. Quando se fala então de arte, há ainda outro factor que entra em jogo: aquilo que a pessoa do artista é no momento em que criou o objecto artístico - a sua visão. Deste jogo e deste choque de personalidades entre criador e observador, que é tão diverso e que pode ser extremo, surgem opiniões diversas. Não há um certo nem um errado nestas coisas - e não pode ser de outra forma. O que há é uma multiplicidade de opiniões, cada uma delas válida à sua maneira, de acordo com quem as elaborou/pensou.

Os aspectos técnicos, que são objectivos, não fazem parte da do núcleo da arte, embora possam contribuir para a fazer melhor ou pior (obviamente, quem os dominar, terá à partida muito melhores condições para exprimir a sua visão). A arte passa por fazer de 2 + 2 = 5. Pegar naquilo que é absoluto e objectivo, e CRIAR, em vez de SOMAR, daí fazer nascer algo de subjectivo, de emotivo. Tornar a expressão matemática em emoção. Fazer com que os 8mm de uma lente (uma medida objectiva) façam falar uma paisagem, ou um cenário.

[rui sousa]

Gostei muito do The Master, foi o 2.º melhor filme a estrear cá em 2013, para mim.
É daquelas obras a que se associa a expressão "ou se ama ou se odeia", que é de todo incorreta. Mas não me sinto superior por ter gostado... aliás, percebo perfeitamente quem não goste, porque eu tenho gostos esquisitos...