Pacific Rim (2013) - Guillermo Del Toro

[DarkPhoenix]

Eu não fico nada feliz com um fracasso do Del Toro.
É um excelente realizador que já provou o seu valor.
Graças a este flop, a sua luta para adaptar ao cinema "At the Mountains of Madness" poderá estar comprometida, bem como a eventual terceira parte de "Hellboy".

Não tenho dúvidas que 'Pacific Rim" seja fraquinho, já o esperava desde os últimos trailers.
Relatos e queixas de que chove durante quase todo o filme ( Emmerich Godzilla, anyone? ) e que é quase sempre de noite...


No entanto...... a crítica parece preferir este ao Man Of Steel... não há dúvida: esses fdp odeiam, boicotam e minam qualquer coisa assinada pelo Zack Snyder.

[diesel]

Pessoal a gostar de falhanços de filmes sem os ver.....enfim. ta bem. Tb quero que todos os filmes do Spielberg percam bilhoes!!!! Cada um com a sua

[DarkPhoenix]

Diesel, se o Pacific Rim fosse realizado pelo Michael Bay, McG, Brett Ratner, Roland Emmerich... podes ter a certeza que eu até torcia que falhasse.

[diesel]

Nao porque o mundo nao quer ver filmes chamados "bons". Quer é ver filmes como o Grown Ups, filmes com acçao, com estrelas.

So uma pequenésima percentagem das pessoas que vao ao cinema vao pq é do realizador deste filme, ou é muito bom o script. Chegam la e escolhem. Olhem para o boxoffice e as receitas de VOD e dvds e blurays? Todos os anos bate numeros records!!! É da pirataria que esta a dar cabo das vendas.....se Hollywood e os USA nomeadamente que sao a nivel planetario os que fazem os bilhoes tivessem preocupados com a pirataria julgam que quem tem bilhoes para bombas nucleares ,em espionagem, em tudo nao consegue impedir a pirataria? isso é pq eles nao querem acabar com a pirataria!!!! É a minha opiniao e sempre foi. Eu adoro Hollywood e adoro cinema de autor....

Eu nao disse que achava mal, se bem que na realidade acho emsmo. Um filme reealzado pelo gajo que fez apenas o Pan's Labyrinth é de confiar ao menos. Ja o meu desdem pelo Spielberg ja voces conhecem

[Bladder]

Hellboy3 has quit, connection reset by PacificRim

Frack!

A abordagem Hollywoodesca actual está errada, está na verdade errada há mais de 60 anos, primeiro com o advento da TV e o aparecimento dos cinemascopes technicolores, 3D e quejandos, porque se queixavam que a TV roubava espectadores, depois vieram aqueles realizadores nos anos 70, os Spielbergues, os Coppolas, os Lucas com uma maneira menos convencional de contar histórias...

Actualmente culpam a pirataria...

Boa treta, enquanto isso multiplicam-se desde há 20 anos para cá as séries de TV de qualidade, muito bem escritas e melhor interpretadas, já não existe a vergonha de um actor de cinema reputado dar a cara numa série de TV.

Recentemente Spielberg e não sei quem mais, Scorsese? foram entrevistados e perguntaram-lhes porque razão os espectadores estavam a abandonar as salas, responderam que tem a ver com este abandono gradual das pessoas de ver filmes inteligentes e intimistas, que não sejam apenas espectáculo, que o futuro será do cinema cada vez mais sensacional e apelativo aos sentidos, que ele (Spielberg) quase não conseguiu lançar o Lincoln nos cinemas, possívelmente teria seria transformado numa mini-série.

Eu digo: Bullshit! É preciso lata, o pastelão do Lincoln é uma xaropada (minha opinião, claro), só vale pelo Day Lewis, não é mesmo nada de especial.

Façam filmes interessantes que as pessoas irão.

Obviamente que se a oferta for maioritáriamente e descaradamente comercial é aquilo que vão ver e é aquilo em que as distribuidoras irão apostar.

Eu pessoalmente evacuei para as salas de cinema, mostram geralmente o mesmo filme comercial da treta em n salas e um filme vá lá intelectual ou europeu de maneira envergonhada e que desaparecem num ápice de exibição.

Não tenho a certeza mas acho que este filme do Del Toro é uma encomenda, não me pareceu uma opção pessoal, ou isso ou levou uma bela duma pancada na cabeça.

Já agora, parece que vão fazer um remake da Godzilla

[Grande Guru]

Armageddon + Transformers dá nisto. Bah! Dispenso.

O tiro no pé, começa logo pq o conceito por si só, n ajuda nada, e este será o pensamento da grande maioria das pessoas....

[pedrojamess]

Diesel, se o Pacific Rim fosse realizado pelo Michael Bay, McG, Brett Ratner, Roland Emmerich... podes ter a certeza que eu até torcia que falhasse.

Como eu te compreendo, para mim Michael Bay é um dos piores realizadores de Hollywood, e talvez se tenha tornado no pior por estar a assassinar as "Tartarugas Ninja".

[Argaroth01]

Pois eu tenho pena de ver este filme falhar. Para blockbuster made in USA, até que é um conceito pouco explorado (robots gigantes vs. monstros gigantes) e vindo de quem vem, melhor ainda. Não acho que tenha sido encomenda. Acho que é mesmo uma das suas muitas paixões.

[Lorde X]

Diesel, se o Pacific Rim fosse realizado pelo Michael Bay, McG, Brett Ratner, Roland Emmerich... podes ter a certeza que eu até torcia que falhasse.

A esses adicionaria o Paul W.S. Anderson, que, para mim, de bom, só tem a mulher com quem casou...

[THX]

Teses há muitas para se tentar explicar o fracasso deste tipo de filmes, mas a verdade é que o pessoal anda é preguiçoso e a crise também não ajuda nada.

E depois também já vimos de tudo um pouco, filmes variados na forma mas repetidos em género e história. Vejam bem quantos filmes é que o pessoal neste tópico comparou com este...
Só mesmo um novo "Avatar" é que levará grupos em massa encher salas de cinema.

"Video killed the radio star..." - conhecem esta música?? E a banda "Buggles"??
Sim, quem não conhece....é o album que eu cheguei a ter no saudoso vinil - "The Plastic Age" e que mais tarde comprei o CD. Nada de cópias pois esta banda merece todo o cêntimo que dei por um dos melhores discos de sempre. Sei as faixas todas de cor, a melodia encanta e as letras das músicas ainda hoje arrepiam muita gente. Trata de uma nova era, a do "plástico" e de toda uma conotação futurista que impregna o novo séc.XXI.

Primeiro foi a "caixa que mudou o mundo", depois foi o fenómeno de se poder ver filmes em casa, com pipocas caseiras. O aparecimento do video doméstico de apenas 2 cabeças e as cassetes extraordinariamente volumosas fizeram as delicías de muitas familias durante anos. Tantos anos que colocou a indústria cinematográfica dos USA em profunda crise...até que um dia, tal como com o recente "Avatar", surge um dos mais icónicos filmes do cinema americano - "Star Wars".

Foi assim que um simples filme conseguiu tirar um estúdio da banca rota certa e tirou também milhões de rabos calejados dos sofás encovados. Foi aí, e só assim, que o pessoal começou a ter novamente vontade de se deslocar novamente até salas maiores do que as de suas casas e ganharam iniciativas que estavam há muito esquecidas :

Um convite para ir ao cinema, o vislumbre de uma tela grande, as filas intermináveis para tentar arranjar bilhetes, etc, tudo isto aliado ao facto de terem de se habituar novamente a partilhar uma sala para verem algo de novo. Uma coisa fantástica, mágica...imperdivel.

Passaram décadas e as "arcades" com os seus video-games começaram a crescer, propagaram-se como uma praga e cresceram tanto que colocou novamente as pessoas em casa. Hoje em dia é o que se vê, jogos tão realistas que metem alguns filmes no seu 5º bolso, onde se guardam os trocos. A mais valia...é que o espectador torna-se ele próprio no "actor" do filme que ele próprio escolhe. Não pode existir nunca uma interacção tão realista e profunda como esta. Uma coisa é vermos um herói na tela, outra é sermos nós próprios a controlar a acção de um "filme". Paga-se pouco para se conseguir uma adrenalina dessas. O mundo virtual dos jogos está tão bem estudado e contém gráficos tão avançados que só mesmo um GRANDE filme vai mandar novamente carradas de preguiçosos e tesos ao cinema.

Depois, novamente a tv a atacar, com as suas multifacetadas séries com temporadas infinitas, onde se pode ver novamente qualidade num sofá caseiro, só de cuecas, a qualquer hora e com cerveja geladinha na mão. Hã, e podemos fazer "pause" para ir mudar a água ás azeitonas.

Gerações dependentes de gadgets e batata-frita, que não conseguem ver um "Ben-Hur" até ao fim "porque é um filme chato e careta".

Sei que este "Pacific Rim" me encantaria há uns 25 anos atrás, e não só pelos FX mas acima de tudo porque provavelmente ainda não tinha visto nada assim.

Hoje em dia a conversa é outra...e a dos putos de hoje em dia também.

[pedrojamess]

Após ver os resultados de Pacific Rim, cheguei a uma lógica sobre a criatividade de Hollywood.

As pessoas queixam-se que Hollywood anda com falta de ideias mas na realidade Hollywood é inteligente, calculista e está a fazer o máximo para obter lucro e a respeitar a vontade dos espectadores que não querem filmes novos, querem apenas sequelas.
Reparem que nos últimos anos todos os blockbusters com histórias originais foram flops de bilheteira (posso mencionar John Carter, Dredd, Premium Rush, Cloud Atlas, The Lone Ranger, Jack the Giant Slayer, Beautiful Creatures, After Earth, White House Down, Last Stand, Bullet to the Head, e etc...) todos estes filmes tinham clichés mas eram filmes originais no entanto não obtiveram o interesse dos espectadores.
É lógico que Hollywood ao observar estes dados pensa que o público quer sequelas, spin-offs, remakes, e reboots, pois cada vez mais parece que as pessoas fogem de novos filmes. E como nós sabemos Hollywood é muito "boa e preocupa-se connosco", por isso insiste em cada vez produzir menos filmes originais e começar a produzir mais sequelas.

As pessoas queixam-se que o mercado do cinema está repleto de sequelas mas ninguém pensa que o mercado está desta forma porque as pessoas só assistem a sequelas e praticamente rotulam os novos filmes de lixo.

Tenho 19 anos, não sei se a minha opinião está correta mas tentei estruturá-la ao máximo, é triste ver o que está a acontecer. Além disso, o Guillermo Del Toro é um ótimo realizador acho que este filme não merecia ser um flop no box-office mas a maioria das pessoas insistem em não aceitarem ideias novas.

[THX]

Eu não queria estar a entrar muito em off-topic mas penso que este assunto dos fracassos de bilheteira devem ser por nós bem analisado/discutido.

pedrojamees,

Pensas e escreves bem, mas o maior problema não é esse que apontas, do pessoal só querer ver sequelas. O problema de fundo é bem mais simples e resume-se a 3 pontos :

1º- Aparecimento da net.
Desde que apareceu não pára de crescer. Começou com um Plutão e já vai para cima de um Júpiter.
Se dantes eu via cenas dos filmes em cartazes de cinema e revistas agora consigo ver trailers na palma da minha mão com uma qualidade superior há de muito LCD. "Matou" também os clássicos video-clubes e alastrou a pirataria para um patamar grotesco. Sacar filmes é tão fácil como abrir uma garrafa de tinto.

2º- Assim como o "Video killed the radio star" agora podemos dizer que "Video games killed the cinema". Essa é que é a verdade, e para quem quiser confirmar o que eu estou para aqui a dizer basta verem o ambiente das feiras astronómicas sobre esta temática dos jogos. São cada vez mais e com milhões de visitantes todos os anos. Estamos a falar não só de uma indústria que factura biliões ano e que em nada deve ao cinema, mas de todo um novo mundo que veio abalar fortemente as bases do entretenimento. Os jogos também tem sequelas, e muitas, e os estúdios responsáveis por estes jogos não brincam em serviço. As histórias são fantásticas e cada vez melhores, os gráficos...bem, só vendo mesmo, e a emoção é toda nossa. Jogo apenas na PSP do meu filho de vez em quando, mas sei bem o que são video-games porque vivi a portas com um grande salão nos anos 80. É uma febre, só vos digo.

3º- Essas idéias novas que apontas no teu último parágrafo na verdade não tem nada de novas, e aqui chegamos ao ponto da repetição. Este filme podia até já ter uma sequela na calha, mas "morreu" logo á partida apenas porque a história é...repetitiva, logo desinteressante. Agora está no forno o "Godzilla II" e eu digo...será que vamos ver o sobrevivente da ninhada a vingar a mãe?? - o interesse vai já por aí abaixo. Sequela do "Independence Day"?? - provavelmente irei ver, mas sinceramente acho que não irei ver nada de novo. Actualmente fazem-se coisas bem melhores para as X-Box360, PLS3 e NINtendos. E vem aí as novas consolas...

Depois ainda há a guerra dos estúdios, as criticas venenosas e as pressões sobre os realizadores que também podem inflamar resultados de bilheteiras.

[Kimosabe]

Na minha opinião, a questão ainda está mais a montante e ainda pode ser mais resumida. O público evolui como consequência da evolução da própria sociedade. Para mim é tão "simples" quanto isto. O público de hoje não é o mesmo de há 20 anos, assim como o de há 20 anos não era o mesmo que 20 anos antes. E essa é uma inevitabilidade contra a qual não se pode fazer nada. É a ordem natural das coisas. Como tal, um negócio que se adapte, prevalece, um que se deixe estagnar, morre. Esta ideia era válida ontem, tal como é hoje.

A diferença entre o hoje e o ontem é que tornámo-nos muito mais voláteis como sociedade, mais imediatistas e, por conseguinte, como público e como consumidores em geral. Basta pensar no que a humanidade percorreu até à revolução industrial e no que percorreu daí para cá. O "aceleramento" é exponencial e assombroso.

E acima de tudo o que contribui para essa maior volatilidade é a enxorrada de informação que assimilamos diariamente. A informação hoje circula numa infinidade de meios e plataformas e a uma velocidade estonteante. Estamos a todo o minuto a ser bombardeados com novas informações, notícias, detalhes, etc. Nós hoje não tomamos conhecimento dos acontecimentos. Nós hoje "vivemos" praticamente no meio dos acontecimentos, mesmo que estes tenham lugar a 6000 km de distância.

Naturalmente, isto exige de nós uma capacidade superior de processamento. Mas como ser limitados que somos, para processar nova informação, há que lhe dar espaço, logo "queima-se" a informação mais antiga. Não conseguimos dar a mesma atenção a 30 assuntos em simultâneo, logo prioriza-se a informação, fazem-se escolhas, rejeita-se o que entendemos ser de somenos importância, filtramos e assimilamos o que pensamos ser mais relevante. E a diferença não está na necessidade de o fazer, porque a vida sempre foi feita de escolhas. Está sim no número de vezes em que nos vemos perante a necessidade imperiosa de o fazer. Este ciclo de disseminação, processamento e assimilação de nova informação hoje em dia sofre muitas mais iterações, logo, tornamo-nos altamente voláteis. Daí a sensação que antigamente tudo perdurava. Já hoje, sobretudo na internet, algo que aos 15 dias é moda, no final do mês é "velho, passado, uma relíquia". É impressionante e, sem nos darmos conta, de uma pressão brutal sobre todos nós.

Pegando no cinema em particular, claro que isto não é causa única. Podemos discutir o custo de ir ao cinema, os efeitos da pirataria, o efeito do boom de audiências na TV, a influência dos videojogos, a multiculturalidade na era da globalização - um conceito de robots gigantes contra monstros gigantes pode ser relativamente novo no ocidente, mas encontra fortes raízes a oriente desde há 40 ou 50 anos atrás ou se calhar até mais - podemos discutir a dicotomia arte vs negócio, etc, com certeza, tudo razões com alguma quota de "culpa", mas há uma ideia fundamental que prevalece sobre tudo isso: não há nada que permaneça sempre igual e não há nada que volte a ser como antes.

[Cabeças]

... e no fundo, o facto é que robots gigantes contra monstros gigantes, pelo menos para mim, não tem interessezinho nenhum, ou tem mesmo muito pouco.

É daquelas coisas que, sobretudo em 3D, vê-se logo que é o equivalente um bocado ao Xunning...

Quero filmes com argumentos fortes e histórias originais, elevados por actuações inspiradas. Para ver monstros e robots a destruírem tudo, já há o Godzilla e os Transformers.

Desculpa Guilllermo, mas esperava muito mais de ti.

[bisard]

Ver isto em IMAX 3D na sexta-feira... vou sair de lá todo comidinho da cabeça, mas vai valer a pena. :) :)