Man of Steel (2013) - Zack Snyder

[Bladder]

Primeiras críticas tugas jornalísticas: João Lopes

A sério, muito a sério: que está a acontecer ao chamado super-espectáculo?...

Que está a acontecer para que um cineasta como Zack Snyder (criador dos interessantíssimos «300» e «Watchmen», respectivamente de 2007 e 2009) faça o seu «Homem de Aço» com os mais ricos e sofisticados recursos da mais poderosa indústria audiovisual do mundo e, depois, filme quase tudo como se fosse um leigo a agitar (?) a câmara, dir-se-ia a usar um telemóvel no meio da mais disparatada confusão?...

Que está a acontecer para que haja cineastas, ou pelo menos filmes, que já não se preocupam em que possamos VER CLARAMENTE VISTO o que está acontecer?

Que está a acontecer para que uns bons dois terços daquilo que nos é apresentado ao longo de quase duas horas e meia se reduza a uma mistura caótica de objectos e sinais (muitas vezes, apenas riscos indefinidos) a passar aceleradamente em frente dos nossos olhos? Que está a acontecer para já não haver espaço? Nem corpos? Nem tempo?...

Não está em causa que a recuperação da personagem do Super-Homem poderia envolver factores muito interessantes. Aliás, o célebre «Super-Homem» (1978), de Richard Donner, com Christopher Reeve, foi um momento importante, pleno de consequências estimulantes, de reabertura de toda uma mitologia que, sendo visceralmente americana, possui uma dimensão popular que transcende fronteiras.

É verdade que, pelo menos até certo ponto, Snyder procura encontrar uma nova consistência para as personagens, em particular no tratamento realista dos corpos e da pele, a começar por Henry Cavill, o novo intérprete de Super-Homem (ele quis mesmo que os seus actores se apresentassem tão "despidos" de caracterização quanto possível). O certo é que cedo «Homem de Aço» se confunde com uma acumulação de explosões e ruído que mais parece gerada por um amador desastrado que, por ingenuidade ou cinismo, nem sequer tem consciência do dinheiro que está a gastar...

Com um detalhe que está longe de ser banal: o lançamento deste filme na nova sala IMAX (Lisboa) quase se resume à intensificação desmedida do nível sonoro da projecção. É verdade que o IMAX oferece um ecrã de impressionante dimensão física. É também verdade que a sua qualidade de leitura sonora pode ser um admirável trunfo de expressão. Podemos, enfim, aguardar que a sua presença nos mercados de exibição se consolide através do trabalho rigoroso, genuinamente criativo, de alguns cineastas.

Não quero ser demasiado pessimista, mas objectos como «Homem de Aço» correm o risco de anular rapidamente as suas potencialidades artísticas e comerciais. Porquê? Porque um mercado que confunde a proliferação de "fogo de artifício" tecnológico com a consolidação dos hábitos de consumo de filmes é um mercado que não acredita na dimensão popular de mais de um século de história do cinema. Não acredita e, pior do que isso, receio que não a compreenda.

*****************************************************************************************************************************************

Era para meter a do Eurico de Barros mas é tão preguiçosa e boçal que não o vou fazer, este gajo há anos que anda a pedir eletrochoques.

Extraindo o sumo daquilo que o JL referiu e sendo que ao contrário do EB aprecia os filmes do Snyder no geral tenho de dizer que é aquilo que mais temia, muita pirotecnia e pouca alma, apesar de datado e ainda silly em certas partes o filme do Donner tinha alma.

O trailer trai bastante, dando-nos a ilusão de que é um filme equilibrado apesar de não o ser e fraqueja na necessidade de ser o máximo de espetáculo.

[ruben]

Estreia hoje.



IMDB


Sinopse:

Um jovem rapaz descobre que tem poderes extraordinários e que não é deste planeta. Enquanto jovem adulto, ele viaja para descobrir de onde veio e para saber porque foi enviado. O herói dentro dele tem de emergir se quiser salvar o Mundo da aniquilação e tornar-se num símbolo de esperança para toda a Humanidade. O filme conta também com a participação de Amy Adams como a jornalista do Daily Planet, Lois Lane e Laurence Fishburne como o seu editor Perry White. Os pais adotivos de Clark Kent, Martha e Jonathan Kent, são Diane Lane e Kevin Costner. Contra o super-herói estão dois outros sobreviventes Kryptonianos, o vilão General Zod, interpretado por Michael Shannon, e Faora, a parceira maléfica de Zod, interpretada por Antje Traue.

[DarkPhoenix]

Estou à espera do anúncio do BD/DVD "Director's Cut" com mais 40 minutos.

Começo a perceber - e a TEMER - as várias comparações de MOS com a merda que o Michael Bay faz.

A esperança tem vindo a morrer.
Já não acredito num grande filme, espero ao menos um bom espectáculo.

Ainda bem que, desta vez, serei poupado à potencial desilusão na sala de cinema, como aconteceu na atrocidade "Superman Returns"....

[diesel]

Fogo? Fui ver o filme as 14 h n oaraabida shoppin sala 15 -2D como eu gosto. O filme é fabuloso!!! Finalemnte a Lois Lane nao é patetica. a acçao e a veolcidade do filme é alucinante sem ter a exposiçao necessaria!


Adorei. Nao fiquei nada defraudado!!! De maneira nenhuma

[DarkPhoenix]

diesel......... you're killing me.

[Elliot]

Prós:
-O Snyder é o realizador da melhor (para mim) adaptação de uma BD (watchmen)´´
-A abordagem utilizada
-O Planeta Krypton
-Os flashbacks
-Humor adequado (isto para quem dizia que era muito sério)
-As tomadas de camera à lá Terrence Malick
-Banda sonora
-Michael Shannon, Diane Lane e Kevin Costner
-2º filme favorito sobre as origens de um heroi de BD (1º é o Batman Begins)
-Não há momentos patrióticos embaraçosos nem bandeiras americanas a esvoaçar
-Nao há Kryptonite (não foi preciso)

Cons:
-Demasiada Sci-Fi (naves, dispositivos e engenhos que “pesam” no resultado final)
-Apesar de achar o Henry Cavill a melhor escolha para man of steel lamento que seja muito “atado” na arte de representar (muita testa franzida)
-Harry Lennix (Gen SwanWick) talvez a pior atuação que vi nos ultimos anos
-Preferia que a Fortress of the Solitude não fosse uma nave e que se mantivesse quieta
-O uniforme do super homem podia ser melhorado
-Amy Adams sem chama
-Demasiado explicativo em algumas partes e demasiado simplório noutras
-Batalha final muito repetitiva (de qq modo remete o confronto dos Avengers para uma parada gay) Aborrece no entanto o pára e arranca da ação.
-Luta do Super Homem em Smalville com um humanoide (?) de 2 metros fez-me lembrar o (argghh) Thor
-Demasiados edifícios demolidos
-Apesar da evolução da tecnologia ainda não foi desta que o ato simples de voar me pareceu natural
-Muito CGI

6 em 10

[TrinityA]

Quero escrever mais algumas coisas com mais tempo, mas para já gostaria de dizer que concordo ponto por ponto com o que o Elliot disse. Acrescento só aos contras algumas pequenas incongruências que me fizeram revirar os olhos.
No geral e para grande infelicidade minha, os contras superam os prós.

[THX]

Ei!!...
Pessoal, não se esqueçam que estamos a falar aqui de um filme de "pipoca".
Ao que me parece, cada vez mais aparecem uns críticos a criticar um filme de "pipoca" como se estivessem a criticar um filme de Terrence Malick ou de um Paul Thomas Anderson.

Entao como é que é??
Estamos no século da tecnologia, dos melhores FX de sempre, e depois vem para aqui se queixar da falta de alma num filme deste género. Estamos a falar de um simples filme de ENTRETENIMENTO.

Ao que parece, cada vez mais as pessoas nao sabem ver o que vao ver. Querem filmes como antigamente?
Fechem-se numa sala, nao invistam em gadgets e nem sequer se liguem á net.
Ainda existe muita gente com coleçoes de cassetes sistema "Beta" e "VHS" para irem saborear essas nostalgias incompreendidas e injustas.

Eu vou este fim de semana curtir um bom filme de aventura e AÇAO, e nao estou á espera de muito mais do que isso.
Aventura e ação!!!

[TrinityA]

THX,
isso, vai ver o filme e depois opina.
Ah, e enquanto isso respeita e tenta entender as opiniões dos que, ao contrário de ti, já viram o filme.

[DarkPhoenix]

Elliot e Trinity, acham que MOS possa beneficiar da previsível extended cut, com mais meia hora de cenas que equilibrem o filme?

Afinal, 140 minutos em ritmo frenético com CG às paletes, fazem salivar por cenas mais "humanas" que tenham ficado de fora na montagem.

[Bladder]

Estou como o Dark.

Também gostava de saber, para mim ver um filme do Super também é entrar numa experiência de humanidade e vá lá também de nobreza para com os semelhantes, para mim isso é mais importante do que ver cenas xpto de pancada e FX senão peca por desequilibrado. Aquilo que faz do Super Super é a sua capacidade de sacrifício e dedicação à humanidade além de uma humildade interior tudo isto apesar dos poderes que tem e que fácilmente podia pender para o campo da maldade. O Reeve incorporava bem estes sentimentos, tanto como Kent como uniformizado.

Já fico de pé atrás quando referem que têm batalhas infindáveis, naves e cenas rápidas sucessivas e as cenas intimas são apenas um cheirinho, eu que detesto os Transformers. A grande batalha nos Avengers permite-nos respirar e tem nuances além de conseguirmos ver as coisas com nitidez. O Star Trek também peca por isto, demasiadas cenas que o olho humano mal pode acompanhar.

[pmjferreira]

Primeiras críticas tugas jornalísticas: João Lopes

Que está a acontecer para que haja cineastas, ou pelo menos filmes, que já não se preocupam em que possamos VER CLARAMENTE VISTO o que está acontecer?

.

O meu sentimento em relação a este e muitos dos blockbusters de hoje.

[Samwise]

Primeiras críticas tugas jornalísticas: João Lopes

Que está a acontecer para que haja cineastas, ou pelo menos filmes, que já não se preocupam em que possamos VER CLARAMENTE VISTO o que está acontecer?

.

O meu sentimento em relação a este e muitos dos blockbusters de hoje.

X 2

O segundo Star Trek, que era o filme que eu aguardava com muito mais expectativa do que o MOS, já entrou um pouco por este caminho, infelizmente. A utilização de uma câmara em movimento, colocada demasiado "em cima" da acção, e com movimentos bruscos que pretendem acompanhar ou reajir às peripécias encenadas (como se fosse o POV de uma personagem), torna impossível que se perceba o que se está a passar com clareza.

THX - essa dos melhores FX de sempre é discutível. O CGI pode estar na sua melhor fase, mas o efeito final do seu uso em larga escala para simular a realidade é um artificialismo que não me convence, nem de longe nem de perto.

Em todo o caso, não sei o que a "alma" de um filme tenha a ver com o facto deste ser de entretenimento ou não.

[Bladder]

A propósito de "alma".

Existe um filme de FC que se chama "The Man From Earth" (2007) e que considero excelente, apenas com diálogos e zero FX consegue ser mais estimulante e excitante do que muito filme carregadinho de FX que já vi.

À custa de sobrecarregarem o ecran de FX e movimentos de câmera rápidos (e isto preocupa-me bastante em termos de tendência) acaba por se tornar muito difícil e cansativo de seguir, provocando desinteresse no espectador.

Quero ver como se saiem no Elysium.

[No Fate]

Espectacular homenagem e subtil ao mesmo tempo!
http://filmdrunk.uproxx.com/2013/06/chr ... perman-gif