Resident Evil: Retribuition (2012) - Paul W.S. Anderson

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Musicslave
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Re: Resident Evil: Retribuition (2012) - Paul W.S. Anderson

Post by Musicslave »

infelizmente não vamos ficar por aqui porque vem outro a caminho..
mas sim, este filme é péssimo, não se aproveita nada, o cgi então é quase ridiculo..
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Cabeças
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Re: Resident Evil: Retribuition (2012) - Paul W.S. Anderson

Post by Cabeças »

Bladder wrote:Cabeças,

Não percebes como a Milla se meteu nisto? Não sabias que ela é casada com o realizador? Já é dever conjugal ehehe
Não sabia, não! Pelo menos não tenho qualquer ideia disso!

Mas então ela também desce na minha consideração... devia ter sido a primeira a fazer-lhe ver a porcaria que iam fazer à saga!...
Cabeças
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Bladder
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Re: Resident Evil: Retribuition (2012) - Paul W.S. Anderson

Post by Bladder »

Bom.

Ja te deste conta que possivelmente eles acham que estao a fazer um bom trabalho? Apesar de tudo teem uma legiao de admiradores mesmo para as ultimas incursoes, chegando a contratar actores do inicio para fazer uma perninha no ultimo filme.

Tambem prefiro o primeiro e em segundo lugar ficaria aquele com ambiente Mad Max com o convoy.
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Lorde X
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Re: Resident Evil: Retribuition (2012) - Paul W.S. Anderson

Post by Lorde X »

Vi o Resident Evil 5 (Gosto de tratar as sequelas pelo seu número. Tenho dificuldade em distinguir os subtítulos que agora é modo colocar na sequelas. Ainda sou do tempo em que as sequelas do Sexta Feira 13, se chamavam parte 7, 8, 9, etc…)

Gostei bastante e atrevo-me mesmo a dizer que embora não seja o meu preferido da série é o mais bem sucedido nos seus intentos ou, melhor dizendo, aquele em que o Paul Anderson conseguiu mais do que adaptar um videojogo para filme, tornar o filme um perfeito videojogo, com personagens estereotipados, com uniformes bem definidos, a moverem-se de cena para cena como se de níveis se tratassem. Concordo com o que o Grande Guru disse quanto a isto.

Desde o 1º filme que as influências foram muitas e os estilos também.
O 1º teve influências grandes do Cubo (vd morte pela rede laser).
No 2º, para mim o pior, tivemos uma tentativa de seguir a tónica dos filmes de zombies urbanos, com muitas cenas clichês dos filmes desse subgênero, com a Alice a acordar num mundo citadino despovoado, e com perseguições dentro da cidade a fazer-me lembrar muito o 28 semanas depois, embora não chegando aos seus calcanhares) e com um certo feeling a Escape from New York.
No 3º, temos uma nova virada de estilo, com perseguições automóveis no deserto a fazer lembrar o ambiente Mad Max
No 4º voltamos a ter cenas próprias de filmes de zombies, mas muitas delas a fazer lembrar os níveis de um videojogo, tal como já visto no Equilibirum ou, mais exagerado ainda, no Ultraviolet.
Neste 5º filme, o Paul Anderson fez como que um Best of dos filmes anteriores, fazendo retornar os personagens mais carismáticos dos anteriores (entre os quais o saudoso programa Rainha Vermelha do primeiro filme) e reciclou várias ideias que tinham resultado, desenvolvendo a ideia já explorada no RE4 de vários ambientes visualmente distintos a fazer lembrar os níveris de um videojogo, com coreografias de luta a la Matrix.

E pelo meio ainda houve tempo de colar várias ideias vistas em outros filmes, como uma rapariguita pela qual a Alice sente instinto maternal, a fazer lembrar a célebre Newton do Aliens, além de muitos outros plágios (agora está na moda chamar-lhes homenagens, mas para mim copiar ideias vistas noutros lados é pura e simplesmente plágio). E até nisto o Paul Anderson manteve a tradição dos Resident Evil em que desde o início os plágios de personagens (a Mila e a Michele Rodriguez a desempenhar os mesmos papeis já vistos em inúmeros filmes...), cenários e ideias foi sempre abundante.
Porem para mim a decisão de reunir tudo aquilo que tinha resultado nos filmes anteriores, tentando dar mais e melhor (se os outros tinham 2 ou 3 cenas de bullet time, este tem 10 a 15, se os outros tinham 2 ou 3 mortais nas cenas de luta, este ofereceu mais de 10…) foi acertada e ofereceu tudo aquilo que eu esperava e queria deste tipo de filme.

Da série Resident Evil eu não espero uma história com um tema profundo, personagens bem caracterizados, fotografia artística... Nem sequer espero o que muitos filmes do gênero fantástico souberam oferecer, como a crítica social bem patente nos 4 primeiros filmes de zombies do George Romero, inovação como no 28 dias depois, ou o drama de um 28 semanas depois.
Para mim os filmes da série Resident Evil são, desculpem-me o termo brejeiro, "filmes de porrada", da mesma forma que, para muita gente, comédias são filmes de rir e romance são filmes de amor...
Mas além de "porrada" pura e dura, o que espero é que me seja transmitida a sensação de estar a jogar um videojogo e isso foi plenamente conseguido, com ambientes muito distintos e visualmente estimulantes (Toquio, Nova Iorque, Russia, neve, etc). Por outro lado, as cenas de acção foram muito bem coreografadas (embora tenham exagerado nos mortais e na câmara lenta), com destaque para a primeira cena que vemos logo a abrir, que vemos em câmara lenta e em reverso.
Depois disso, muita câmara lenta, mortais, balas em slow motion, perseguiçôes, explosôes, ou seja, tudo aquilo que tornam este tipo de filmes um guilty pleasure para quem os vê. Julgo que quem quer um argumento credível ou realismo não escolhe ver um Resident Evil, em que numa fracção de segundo em que as balas demoram a atingir um personagem, ele tem tempo suficiente, em câmara lenta, para engendrar e executar um plano milagroso para escapar delas, ou em que vemos carroceis monstruosos de clones ou carros a chocarem com carrinhas e mililagrosamente a sair de dentro delas em chamas com os condutores sem um único arranhão, simplesmente porque é o que fica mais cool nas imagens.

Este filme, tal como os anteriores 1 3 e 4 vai para a minha colecção para a secção de guilty pleasures e vai ser revisto apenas pelo festim visual dos ambientes e das coreografias de ação.
E não se julgue que é pouco conseguir ser bem sucedido nas cenas de acção e criar monstros CGi visualmente atractivos. Nos antípodas deste filme está para mim o Underworld Awakening, o qual vi em dia consecutivo, em que os monstros CGI são tão pouco credíveis que se tornam irritantes. E quanto às cenas de acção, bem tentam ser cool sem o conseguir ser, ridizularizando a Kate com poses e deslizes pelo chão em excesso e mal executados.

Em suma, recomendado para quem gosta de filmes em que a sensação seja que se está a jogar os níveis de um videojogo, com muito CGI, pirotecnia e coreografias de luta a la Matrix.

E além do mais temos umas mais valias em termos de entretenimento, como ter a Michele Rodriguez a dar porrada à força toda em tipos bem mais altos e fortes do que ela, ou a Jill a desfilar o seu atraente Wonderbra por todo o lado mesmo no meio da neve...

Cabeças, dá uma nova hipótese a este filme. O seu início é um pouco confuso, mas lá para meio vai se perceber porque é que as personagens se comportaram de certa forma e a ideia até está interessante. Não quero aqui fazer um spoiler, mas apesar de parecer que não há enredo, ele existe e, curiosamente, até não é tão linear assim. Até tem muito de atractivo para quem gosta de FC. É difícil para mim tentar explicar-te que a história tem algo mais que não conseguiste ver nos primeiros 30m, sem contar nada... Mas digo-te que as cenas iniciais irão ser compreendidas mais tarde... Agora se decidires continuar a ver o filme, aconselho-te a ver desde o início, pois senão perdes pequenos pormenores que irão ser importantes mais tarde...
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