Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick
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Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick

Singular, belo, subtil e irónico. Nestes quatro adjetivos penso que consigo resumir tudo o que «Barry Lyndon», que se trata "apenas" de mais uma obra prima do genial Stanley Kubrick (cineasta que dispensa qualquer tipo de apresentações). Mas como o filme foi, para mim, bom demais para se dizer tão pouco sobre ele, vou tentar desenvolver a minha opinião (se bem que os resultados não serão os mais desejados). Repleto de exuberantes e deslumbrantes paisagens, inspiradas em quadros de pintores da época e que são muito bem aproveitadas pela lindíssima fotografia do filme, e com um elenco de excelentes atores (destacando Ryan O'Neill, o protagonista desta saga sobre a busca da ascensão social), «Barry Lyndon» é um filme que, tal como todas as obras pertencentes ao universo kubrickiano, mostra a versatilidade e criatividade de um cineasta que queria sempre ultrapassar as fronteiras. Cada um dos seus filmes enquadra-se num género cinematográfico distinto e numa história completamente diferente, e contudo, consegue encaixar-se em qualquer proposta de uma maneira diferente e profundamente original. «Barry Lyndon» não é exceção à regra: é uma crítica a uma época e a uma classe social que eu não estava a pensar que fosse tão perturbante e bonita, vindo do realizador de filmes como «2001: Odisseia no Espaço» e «Laranja Mecânica». Apesar de ser um filme que divide mais opiniões do que estes dois últimos citados, penso que fiz muito bem em ver «Barry Lyndon». Para mim, foi uma experiência inesquecível e mesmo educacional. Enquanto estava a pesquisar sobre o filme descobri que, para o realizador Martin Scorsese (outro incontornável Mestre da Sétima Arte), este é o seu filme preferido de Kubrick (com o qual tinha investido alguns minutos da sua "Viagem pelo Cinema Americano" para explicar a sua simbologia e a forma como foi magnificamente filmado). E para mim, «Barry Lyndon» tornou-se um dos Kubricks de eleição. Não é um filme que toda a gente tenha paciência para ver até ao fim, mas os apreciadores da obra do cineasta e de filmes diferentes do costume deverão gostar de visionar «Barry Lyndon». Não é um filme de entretenimento no mais literal sentido da palavra (e tenho de ser sincero, entretenimento é coisa que há pouco nesta fita), mas é um filme que representa o melhor que o Cinema pode oferecer aos cinéfilos ou aos que são apenas curiosos da Sétima Arte. «Barry Lyndon» trata-se de um filme "especial", que nos envolve no enredo, nas personagens e no ambiente se nós deixarmos que isso aconteça.
«Barry Lyndon» segue o século XVIII e a vida de Redmond Barry, um moço irlandês que devido a um conflito que envolveu temáticas amorosas, se vê obrigado a fugir do seu lar e percorrer Mundo. Um filme que rodeia todo o seu conteúdo à volta de duas palavras: "alta sociedade". É um retrato das maneiras que Redmond utiliza para ascender socialmente como também é uma crítica à repressão de sentimentos que as pessoas da época faziam para não causarem má impressão ou opiniões indesejáveis junto dos outros (algo que também pode ser visto noutro filme, mas realizado por Orson Welles, «The Magnificent Ambersons»). Em «Barry Lyndon» encontramos também a falsidade e a hipocrisia que circundava toda uma perspetiva de vida de uma classe social (neste caso, a alta nobreza) através desta sublime odisseia de Redmond pela mentalidade e pelos costumes do século das Luzes. E apercebemo-nos também da mudança que se sucede dentro do próprio protagonista do filme, à medida que este ascende mais e mais na sociedade do seu tempo e à medida que o seu estatuto se torna cada vez mais significativo. E todas as aventuras de Barry, desde a participação numa guerra até ao casamento com uma moça pertencente a uma família nobre muito rica, foram todas causadas por um único e simples acontecimento. É daquelas coisas de tamanho insignificante, mas que são essenciais para uma certa e determinada história se desenrolar de uma certa e determinada maneira: ou seja, se Redmond não se tivesse apaixonado pela prima (algo que vemos logo no início do filme - portanto, não estou a "spoilerizar" nada), ele não teria saído da sua "zona de conforto" e partido rumo ao desconhecido. Essa paixoneta desencadeou todos os acontecimentos que se lhe seguiram e levaram Barry a tornar-se naquilo que podemos ver ao longo das quase três horas de «Barry Lyndon». Não acredito que a história deixasse de ser interessante se não tivesse seguido este rumo, mas acho que marcou a diferença ao ser feita desta forma. O que me fez considerar que «Barry Lyndon» é, sem sombra de dúvida, mais um filme inigualável de Stanley Kubrick!
Com todas as análises e reflexões que já foram feitas sobre esta magnífica obra, resta-me muito pouco a dizer sobre a mesma que ainda não tenha sido referido por alguma individualidade, dentro ou fora dos recantos da internet. E como não costumo chegar àquelas conclusões brilhantes e mega-filosóficas que muitas pessoas conseguem atingir quando visionam filmes com esta magnitude, também não conseguirei descobrir essas coisinhas ainda não referidas por ninguém. Por isso não me resta mais nada a acrescentar. E esse foi o meu grande dilema: saber o que ia escrever para esta crítica. Vi o filme há quase três semanas e só hoje é que consegui concluir esta análise. Fui adiando isto até que há alguns minutos atrás decidi que tinha de terminar a minha pseudo-recensão crítica. E como puderam ver, eu não soube dizer nada de especial (para não variar...). Mas apenas vos quero dizer que vale muito a pena ver «Barry Lyndon» e saborear cada segundo do filme, cada plano, cada diálogo, minuciosamente executado e magistralmente dirigido por Stanley Kubrick. Talvez fosse este o maior poder do Mestre: fazer filmes que ultrapassam a nossa capacidade mental e que nos impedem de conseguir deitar cá para fora todas as sensações que obtivemos com o visionamento dos mesmos. «Barry Lyndon» trata-se, em suma, de um filme absolutamente fantástico e completamente imperdível. E está tudo dito.
* * * * *
Re: Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick
Obrigado Rui Sousa, por mais uma excelente exposição!
Fico sempre com vontade de rever as obras, depois de falares sobre elas! Gosto muito de ler muitas das críticas que aqui são feitas, mas quanto a mim, há 3 pessoas que estão num patamar de excelência difícil de atingir: tu, o Samwise e o Jimmy. Curiosamente, e ainda bem para todos nós e para o fórum, na minha opinião as vossas 3 sensibilidades acabam por se complementar, ajudando realmente a ter uma noção das obras criticadas que é muito enriquecedora!
O fórum devia instituir uma regra a obrigar
cada um dos outros dois a escrever também uma crítica sobre um filme que tivesse sido criticado por um de vós!
Dando o meu contributo pequenino, acrescentaria apenas o "dramático" aos adjectivos que referiste. Com efeito, achei o filme um drama enorme, com uma tristeza subjacente que alcança todo o impacto no final.
O Barry Lyndon é para mim também a obra mais "bela" em termos imagéticos, de longe, relativamente a toda a cinematografia do Stanley Kubrick. Realço neste filme a fotografia de características quase impressionistas, que em relação a muitas cenas nos dão a sensação de estar a olhar para um quadro.
Achei também muito curioso que para este filme Kubrick tivesse aproveitado segundo me julgo lembrar, muito material que estaria a equacionar para a sua obra de fundo, que nunca teve tristemente oportunidade de concretizar: Napoleão.
Termino, assinalando a minha incredulidade relativamente a não terem considerado esta obra para as edições especiais da box, remasterizadas e carregadas de extras. Penso que faz parte desse lote, sem dúvida alguma! Tenho a edição snapper, que considero uma preciosidade. Mas é uma pena que este filme não tenha o tratamento que merece em termos de edição.
Abraço

O fórum devia instituir uma regra a obrigar


Dando o meu contributo pequenino, acrescentaria apenas o "dramático" aos adjectivos que referiste. Com efeito, achei o filme um drama enorme, com uma tristeza subjacente que alcança todo o impacto no final.
O Barry Lyndon é para mim também a obra mais "bela" em termos imagéticos, de longe, relativamente a toda a cinematografia do Stanley Kubrick. Realço neste filme a fotografia de características quase impressionistas, que em relação a muitas cenas nos dão a sensação de estar a olhar para um quadro.
Achei também muito curioso que para este filme Kubrick tivesse aproveitado segundo me julgo lembrar, muito material que estaria a equacionar para a sua obra de fundo, que nunca teve tristemente oportunidade de concretizar: Napoleão.
Termino, assinalando a minha incredulidade relativamente a não terem considerado esta obra para as edições especiais da box, remasterizadas e carregadas de extras. Penso que faz parte desse lote, sem dúvida alguma! Tenho a edição snapper, que considero uma preciosidade. Mas é uma pena que este filme não tenha o tratamento que merece em termos de edição.
Abraço
Cabeças


Re: Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick
Foi um filme que vi e que passou, sem me marcar. Na altura ate gostei, mas nao achei nada de especial ou arrebatador.
De qualquer modo, os unicos filmes do Kubrick que gostei mesmo foram o The Shining e o Clockwork Orange. Os outros que vi dele - 2001, Barry Lyndon e Eyes Wide Shut - passaram-me ao lado. Tenho ainda que ver o Lolita (adorei a versao do Adrian Lyne).
De qualquer modo, os unicos filmes do Kubrick que gostei mesmo foram o The Shining e o Clockwork Orange. Os outros que vi dele - 2001, Barry Lyndon e Eyes Wide Shut - passaram-me ao lado. Tenho ainda que ver o Lolita (adorei a versao do Adrian Lyne).
Re: Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick
Pelo que li dos filmes que dizes ter gostado, sugiro que vejas o Born To Kill, penso que poderás gostar.No Angel wrote:Foi um filme que vi e que passou, sem me marcar. Na altura ate gostei, mas nao achei nada de especial ou arrebatador.
De qualquer modo, os unicos filmes do Kubrick que gostei mesmo foram o The Shining e o Clockwork Orange. Os outros que vi dele - 2001, Barry Lyndon e Eyes Wide Shut - passaram-me ao lado. Tenho ainda que ver o Lolita (adorei a versao do Adrian Lyne).

Cabeças


Re: Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick
O noir do Robert Wise? O realizador do Sound of Music, que adorei... Fica anotado. Tambem estive para ver o Out of the Past, mas acabei por nao faze-lo.Cabeças wrote:Pelo que li dos filmes que dizes ter gostado, sugiro que vejas o Born To Kill, penso que poderás gostar.No Angel wrote:Foi um filme que vi e que passou, sem me marcar. Na altura ate gostei, mas nao achei nada de especial ou arrebatador.
De qualquer modo, os unicos filmes do Kubrick que gostei mesmo foram o The Shining e o Clockwork Orange. Os outros que vi dele - 2001, Barry Lyndon e Eyes Wide Shut - passaram-me ao lado. Tenho ainda que ver o Lolita (adorei a versao do Adrian Lyne).
Re: Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick
Obrigado João por mais um excelente feedback!Cabeças wrote:Obrigado Rui Sousa, por mais uma excelente exposição!Fico sempre com vontade de rever as obras, depois de falares sobre elas! Gosto muito de ler muitas das críticas que aqui são feitas, mas quanto a mim, há 3 pessoas que estão num patamar de excelência difícil de atingir: tu, o Samwise e o Jimmy. Curiosamente, e ainda bem para todos nós e para o fórum, na minha opinião as vossas 3 sensibilidades acabam por se complementar, ajudando realmente a ter uma noção das obras criticadas que é muito enriquecedora!
O fórum devia instituir uma regra a obrigarcada um dos outros dois a escrever também uma crítica sobre um filme que tivesse sido criticado por um de vós!
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Dando o meu contributo pequenino, acrescentaria apenas o "dramático" aos adjectivos que referiste. Com efeito, achei o filme um drama enorme, com uma tristeza subjacente que alcança todo o impacto no final.
O Barry Lyndon é para mim também a obra mais "bela" em termos imagéticos, de longe, relativamente a toda a cinematografia do Stanley Kubrick. Realço neste filme a fotografia de características quase impressionistas, que em relação a muitas cenas nos dão a sensação de estar a olhar para um quadro.
Achei também muito curioso que para este filme Kubrick tivesse aproveitado segundo me julgo lembrar, muito material que estaria a equacionar para a sua obra de fundo, que nunca teve tristemente oportunidade de concretizar: Napoleão.
Termino, assinalando a minha incredulidade relativamente a não terem considerado esta obra para as edições especiais da box, remasterizadas e carregadas de extras. Penso que faz parte desse lote, sem dúvida alguma! Tenho a edição snapper, que considero uma preciosidade. Mas é uma pena que este filme não tenha o tratamento que merece em termos de edição.
Abraço

Agradeço muito as tuas palavras, mas acho que não posso ser comparado ao jimmy e ao Samwise, eles sim é que sabem escrever coisas verdadeiramente interessantes sobre Cinema!


"Dramático", faltou-me mesmo esse adjetivo.

Não sabia esse pormenor relacionado com o «Napoleão»! É sem dúvida algo muito interessante! E por acaso era um projeto do Kubrick que eu gostaria mesmo que ele tivesse concretizado...
Também ainda não consegui perceber o porquê de este filme ser o único a ter uma edição muito pobre, sem qualquer tipo de extras. Até poderiam fazer só um documentário com o Scorsese a explicar o seu fascínio pelo filme e eu ficava agradecido!

E quando dizes "Born to Kill" não te estás a referir ao «Full Metal Jacket»?

Re: Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick
No Angel, aconselho-te a veres o «Out of the Past». É um film-noir muito bom, se bem que para mim não é um dos expoentes máximos do género. Contudo, tem muitas particularidades interessantes e, mais do que isso, tem o Grande Robert Mitchum!No Angel wrote:Tambem estive para ver o Out of the Past, mas acabei por nao faze-lo.

Re:Eu gostava era de ter vi Barry Lyndon (1975)- Stanley Kub
Eu gostava era de ter visto o filme do Kubrick sobre o Holocausto, Aryan Papers. Devia ter sido interessante ver a sua visao sobre esse contexto, e como ele abordaria essa tematica.

Quando o vir, eu digo o que acheirui sousa wrote:No Angel, aconselho-te a veres o «Out of the Past». É um film-noir muito bom, se bem que para mim não é um dos expoentes máximos do género. Contudo, tem muitas particularidades interessantes e, mais do que isso, tem o Grande Robert Mitchum!No Angel wrote:Tambem estive para ver o Out of the Past, mas acabei por nao faze-lo.

Re: Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick
CREDO!
É claro que quando falei do Born To Kill no contexto do Kubrick, estava a pensar no Full Metal Jacket!
Grato pela correcção ao Rui Sousa e fica o alerta ao No Angel...


É claro que quando falei do Born To Kill no contexto do Kubrick, estava a pensar no Full Metal Jacket!

Grato pela correcção ao Rui Sousa e fica o alerta ao No Angel...


Cabeças


Re: Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick
Cabeças wrote:CREDO!![]()
É claro que quando falei do Born To Kill no contexto do Kubrick, estava a pensar no Full Metal Jacket!![]()
Grato pela correcção ao Rui Sousa e fica o alerta ao No Angel...![]()
My bad

Como nao conhecia nenhum filme do Kubrick com esse nome pensei que fosse o noir...
Re: Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick
Neste momento tenho três favoritos do Kubrick, e não sei de qual gosto mais (ainda sou pior do que o Marco Paulo ). Este, o dos macacos a olhar para o monolito (
) e o Paths of Glory, cada um por razões distintas.
Sr. Rui Sousa, não vamos ser modestos, não?
As suas críticas não ficam nada a dever a ninguém - e leio-as todas sempre com bastante interesse. 
Sr. Cabeças, fica combinado que vou tornar a ver o Barry Lyndon proximamente, para depois colocar aqui umas impressões.

Sr. Rui Sousa, não vamos ser modestos, não?


Sr. Cabeças, fica combinado que vou tornar a ver o Barry Lyndon proximamente, para depois colocar aqui umas impressões.

«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
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Re: Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick
Para mim é o filme do Kubrick com a melhor OST da sua cinematografia. Simplesmente brilhante. :)
- Rui Santos
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Re: Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick
Este é um dos filmes do Kubrick que ainda não vi. Fiquei curioso.
Mas tenho paixão pelo ultimo dele. O Eyes wide shut que me tocou sem perceber porquê.
Mas tenho paixão pelo ultimo dele. O Eyes wide shut que me tocou sem perceber porquê.
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Re: Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick
Sem dúvida que tem uma grande banda sonora então a musica Sarabande é mesmo sensacional.PanterA wrote:Para mim é o filme do Kubrick com a melhor OST da sua cinematografia. Simplesmente brilhante. :)
Mas a meu ver o 2001 odisseia no espaço tem a melhor
Até agora 1062 DVD
Re: Barry Lyndon (1975)- Stanley Kubrick
O Eyes Wide Shut é um dos filmes mais sedutores e sensuais que conheço - é sumptuosamente sedutor - , mas bem à maneira do Kubrick, já que essa face é complementada por uma outra, fria como o gelo, quase a lembrar o ambiente do The Shining - uma face de dúvida, de incerteza, de mistério, e de uma certa perversidade (aqui erguida sobre um contexto sexual bem explícito).Rui Santos wrote:Mas tenho paixão pelo ultimo dele. O Eyes wide shut que me tocou sem perceber porquê.
O jogo/tema também é o habitual do Kubrick: Quem detém o poder? De que forma o usa para dominar os "adversários"? Neste caso a confrontação surge entre um homem e uma mulher, num cenário de crise conjugal originada pelo desejo e pelo ciúme, que de um momento para o outro deitam por terra a monotonia quotidiana.
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