A última série que viram... (ou andam a ver...)

[EMDN]

The Middle
Comecei a ver esta série na Fox Life, e tenho a dizer que estou muito surpreendido com ela, pela positiva na maioria dos aspectos. O elenco jovem da série é excelente e apesar do humor desta comédia não ser perfeito, acho que é uma série que entretém sem deixar nenhuma grande marca no espectador nem chegar ao ponto de o viciar. Contudo, continuo a achar que a Patricia Heaton não se destaca numa série de comédia. Não pela actriz em si mas pela personagem "adulta" demais que lhe cabe sempre. O mesmo se passou também em Everybody Loves Raymond e Back to You. De qualquer modo, acho a série bastante boa na generalidade.

The Big Bang Theory
Voltei a ver de novo esta série e apesar de apenas acompanhar 3 séries de comédia da actualidade, penso que esta pode ser facilmente considerada a melhor do género nos dias de hoje. Sem Jim Parsons como Sheldon Cooper claro que a série só perdia, e é em grande parte devido ao actor e à personagem que admiro tanto esta série. Excelente, aconselho vivamente a quem nunca viu.

[JRibeiro]

The Big Bang Theory
Voltei a ver de novo esta série e apesar de apenas acompanhar 3 séries de comédia da actualidade, penso que esta pode ser facilmente considerada a melhor do género nos dias de hoje.

Não concordo, Parks and Recreation, Community e talvez Modern Family são melhores que Big Bang Theory, mas é tudo uma questão de gostos.

[JRibeiro]

Quem ainda está a ver Camelot aproveite porque a série foi cancelada.

[lastprophet]

comecei agora a ver Dr.Who

[CDT]

Weeds.

[rui sousa]

A acompanhar 30 Rock na RTP2 e agoea também Mad Men. Também tenho visto dede o início «The west wing» em exibição na FOX, e por fim, semanalmente à quarta-feira, na RTP Memória, o programa do Herman «Humor de Perdição».

[gladiator37]

aqui acabou se de ver os "ficheiros secretos" e comecei a ver "ALIAS"

[hoklik2]

Estou a ver e vou continuar a ver: Millenium

Acho que consigo perdoar o Chris Carter pelo "I Want to Believe".

[Musicslave]

Ainda só vi metade da primeira temporada, mas desde o 1º episódio que me agarrou, muito por culpa do personagem principal, Raylan, bem interpretado por Timothy Olyphant, que só stira se for para matar, algo que lhe trará alguns dissabores.

Raylan é um xerife em Miami que não gosta muito de regras e que não tem papas na lingua nem problemas em apertar o gatilho, mas isso leva-o à sua terra Natal no Kentucky.

A cidade é bem recriada, tal como as suas pessoas, problemas com a bebida, crime e descriminação são recorrentes, tal como a religião bem vincada na sociedade.
As interpretações são de bom nivel principalmente do Timothy e do Walter.
os episódio apesar de serem stand alone apresentam na maioria das vezes boas histórias e com poucos rodeios

[JRibeiro]

Raylan é US Marshall, algo diferente dos xerifes.

Neste momento ando a rever Community, é um grande, grande comédia, muito boa, especialmente quando ingere quantidades generosas de meta-ficção.

[Musicslave]

Raylan é US Marshall, algo diferente dos xerifes.

Neste momento ando a rever Community, é um grande, grande comédia, muito boa, especialmente quando ingere quantidades generosas de meta-ficção.

tens toda a razão, erro meu.

por acaso tambem revi alguns episodios de community, é claramente a melhor comedia da actualidade.
ontem revi o final da 2ª temporada e é excelente, mesmo sendo um tema repetido da 1ª temporada

[gladiator37]

aqui ve se alias segunda temporada

[Samwise]

Deadwood

Brilhante ! Existem séries que por uma razão ou outra eu vou deixando de lado para ver. Esta estava aqui á um par de anos e ainda não tinha merecido toda a minha atenção…talvez por saber de antemão que não era o habitual fluff que a tv americana produz e dai requerer mais tempo da minha parte.

Deadwood é um grande exemplo do melhor que a televisão tem a oferecer , mas também a face negra deste meio. Tv e Cinema são meios completamente distintos que oferecem qualidades e defeitos. Deadwood capitaliza nas virtudes mas sofre na pele com os problemas. Estamos na presença de 2 formas de contar historias e quando esta fica incompleta , entao existe algo realmente negativo associado ao meio. Esta é uma serie incompleta , acabou numa fase onde a resolução das personagens e respectivas situações fica por esclarecer , bem como a visão geral dos acontecimentos da Season 3. Nem a Hbo (que tem um mote…its not television , its hbo) conseguiu salvar a série das exigências financeiras necessárias (é uma serie muito cara) e que não tinha o retorno espectável junto dos espectadores. Nesta guerra eterna de audiências , onde a televisão nunca se vai conseguir reinventar deste ciclo , perdeu-se uma brilhante dramatização do oeste americano. Compreendo que não seja uma série do agrado de todos , é algo elitista na formulação de diálogos e desenvolvimento de personagens. Só tenho pena que o mercado que aprecia séries inteligentes , inovadoras , diferentes , não rotineiras não seja suficiente para garantir uma continuidade e respectiva conclusão. Fica uma obra fabulosa , mas incompleta e sempre ferida de morte na sua forma mais básica…contar uma historia.

Outro pequeno problema , esse associado á velocidade de produção é por vezes os episódios serem demasiado crus na sua forma. Mas isto é um problema da industria , falta por vezes enriquecer o episodio individual , seja ao nível da edicao ou da musica que aparece muito raramente , mas quando o faz é fantástico. Falta esse tempo (e dinheiro) . Composicoes simples (quando aparecem) , e estruturas simples para chegar a um determinado ponto.

Mas já chega de falar de defeitos , pois uma serie destas merece ser exaltada pelas suas enormes qualidades , duas em particular. A direccao de actores , é difícil pedir maior homogeneidade na qualidade das interpretacoes. Desde os papeis mais simples , até ás maiores composicoes (com destaque muito particular para o Al Swearengen magistralmente interpretado pelo Ian Mcshane , um daqueles trabalhos que define a carreira de um actor , a Calamity Jane e o E.B. Farnum interpretado pelo grande J.F Sebastian do Blade Runner, o judas que tenta sempre ganhar algo em todas as situacoes). E os actores servem-se da maior ferramenta , a escrita , nomeadamente o dialogo. É uma série muito particular na forma de escrever , por vezes quase críptica , e que conjunga o formalismo da língua passada com o slang (não sei bem a palavra em português , talvez calão) americano. É delicioso ouvir as personagens a falar , por vezes em pequenos monólogos.

Deadwood é um retrato dramático de uma grande época americana. Os Westerns foram por excelência o ambiente do cinema de acção , utilizando-se da época para formular os conceitos e estruturas que mais tarde se banalizou no cinema moderno. Não é uma regra sem excepções , mas só com o passar do tempo se foi encontrando filmes que reflectem um pouco sobre a época em si , e não a utilizam apenas como veiculo de acção. São +- 30 horas do Oeste Americano , esqueçam tiroteios e coisas do género , é sobre um acampamento na qual se juntam diversas pessoas , para viver , trabalhar e ganhar dinheiro. É o retrato de um espaço sem regras burocráticas mas que começa a viver o período de anexação aos Estados Unidos da América e respectiva expansão. É sobre a rigidez dos costumes da altura , das relações , dos referencias morais e comportamentais , sobre a expansão comercial a partir da exploração mineira ....a introdução de uma organização naquilo que era um caos.

Restaura a minha fé na televisão e como esta merece ser explorada. É pena que sejam poucas deste calibre e quando o são , têm dificuldades de sobrevivência.

Comprei (finalmente!) o pack da primeira série e já vou a meio (6 dos 12 episódios).

Raramente troco a visualização de um filme por uma série de TV e nas poucas situações em que o fiz, não passei para além de 3 ou 4 episódios (The Pacific, A Game of Thrones). Até agora a excepção foi o Band of Brothers - que vi na toda na TV e a seguir vi toda em DVD.

Pelo andar da carruagem, o que já vi deste Deadwood vai-me obrigar a comprar as séries 2 e 3. Subscrevo na totalidade o que Jimmy disse. Destaque para os diálogos e para os actores - em particular o grande Ian Mcshane!

Raros são os Westerns em que se ouve falar calão carroceiro corrente. Aquilo que o género representa na história/lenda americana sempre levou a melhor sobre o realismo mais explícito e sobre a ofensa moral que tal ideia pudesse representar (enfim - matanças e massacres sim senhor, impropérios verbais é que não). Até agora. Esse conceito termina em Deadwood, e de que maneira! É estranhamente agradável e refrescante ouvir a quantidade de "fucks" e derivados que saem a torto e a direito, de forma completamente natural, da boca destes cowboys e cowgirls (well, sort of... ).

[lud81]

Samwise, penso que a palavra fuck já existia nessa altura, não foi uma invenção do século XX. Epá, eu de Deadwood vi o primeiro episódio e nunca mais lhe peguei... Se calhar não estava com a disposição correcta para vê-la, mas não me agarrou.

[Samwise]

Samwise, penso que a palavra fuck já existia nessa altura, não foi uma invenção do século XX.

Não duvido, mas nos filmes do Hollywood e nas primeiras décadas (sei lá - até à "revolução cultural" de 69 - ), nem ouvi-la. Não sei se por influência ou legado, nem nos poucos westerns que se têm feito mais recentemente é possível ouvir calão do grosso - é mesmo muito raro (um "shit" de vez em quando, mas pouco mais). Daí que o Deadwood seja uma espécie de OVNI nesse domínio. Primeiro estranha-se, depois entranha-se...

Epá, eu de Deadwood vi o primeiro episódio e nunca mais lhe peguei... Se calhar não estava com a disposição correcta para vê-la, mas não me agarrou.

Como referiu o Jimmy, não é um veículo para tiroteios e cenas de acção - é coisa dramática para ir apreciando lentamente. Eu por acaso fiquei logo agarrado pelo primeiro episódio, e esperei uns meses até conseguir arranjar os DVD's para poder ver o resto da 1ª série.

---- EDIT

Depois de uma rápida consulta a wiki, encontrei isto:

One of the earliest mainstream Hollywood movies to use the word fuck was director Robert Altman's irreverent antiwar film, MASH, released in 1970 at the height of the Vietnam War. During the football game sequence about three-quarters of the way through the film, one of the MASH linemen says to an 8063rd offensive player, "All right, bud, your fuckin' head is coming right off." Also, former Beatle John Lennon's 1971 release "Working Class Hero" featured use of the word, which was rare in music at the time and caused it to, at most, be played only in segments on the radio.

Por esta altura já o western estava morto nos States - ainda que por enterrar - andava o Peckinpah a prestar-lhe as últimas.

E sobre a palavra em si: http://en.wikipedia.org/wiki/Fuck