Qual foi o último filme que viram ?

[Anjo]

Sabem uma trilogia de que gosto muito? Commando, Red Heat e Predator!

O Red Heat é posterior ao Predator. Por essa ordem a trilogia não faz sentido...

[gil5335]

Amor Cão, 21 Gramas e Babel são uma trilogia agora...? Está na moda chamar-se trilogia a tudo agora e fazer-se trilogias de tudo. Até os filmes de superheróis são tratados como trilogias, quando nos comics as histórias são infinitas e contínuas. Fizeram-se 3 X-Men e pronto, está feita a trilogia, está na hora de começar com a trilogia X-Men Origins. E agora também já se diz que o 1st Class é o primeiro de uma outra trilogia. Que raio de mania é esta das trilogias??

Olha que estás enganado. Se contarmos com o Biutiful, é uma tetralogia...

Vi esses três filme do Iñarritú (não vi o Biutiful) e fora as prestações dos actores, não encontro nada de substancial neles. Essa tal reflexão sobre a vida e a morte resulta num vazio completo de ideias suportadas apenas por imagens conceptuais bonitinhas e tristonhas e por narrativas espacialmente fragmentadas que não têm nenhum propósito narrativo definido - e sim, estou a ter em conta que esse "vazio de ideias" pode ser entendido como o propósito do realizador - e até como cunho estilístico definidor - mas a mim não me convence nadinha. Para mim é a trilogia da vacuidade estrutural e narrativa...

Tambem concordo, especialmente no Babel, acho que faz muito alarido para histórias que são fraquinhas, tem muita carga dramática, mas não é suportada pelo teor do argumento que em si só, não é capaz de me manter com atenção durante o filme.

[Cabeças]

Gostei muito do Amor Cão e imenso do 21 Gramas.

Mas o Babel, sinceramente achei fraquinho.

[Giribi]

Director: Raymond De Felitta
Writer: Raymond De Felitta
Stars: Andy Garcia, Julianna Margulies and Steven Strait

Boa surpresa. Primeiro filme que vi deste argumentista/realizador e fiquei agradavelmente surpreendido. Basicamente é a história de uma familia classe média disfuncional, onde todos mentem uns aos outros e mantêm pequenos segredos que foram minando a coesão familiar.
A escrita é inteligente, a realização competente, mas o melhor é a qualidade das interpretações. Dos 2 cabeças de cartaz, aos secundários que os rodeiam, todos estão muito bem nos seus papeis, conferindo-lhes grande credibilidade e interesse.

Dou-lhe um 4 em 5.

[kubrick]

Amor Cão, 21 Gramas e Babel são uma trilogia agora...? Está na moda chamar-se trilogia a tudo agora e fazer-se trilogias de tudo. Até os filmes de superheróis são tratados como trilogias, quando nos comics as histórias são infinitas e contínuas. Fizeram-se 3 X-Men e pronto, está feita a trilogia, está na hora de começar com a trilogia X-Men Origins. E agora também já se diz que o 1st Class é o primeiro de uma outra trilogia. Que raio de mania é esta das trilogias??

Sabem uma trilogia de que gosto muito? Commando, Red Heat e Predator! São todos filmes de acção com o Schwarzenegger! E são 3!! Tem de ser uma trilogia. As provas são irrefutáveis.

Grande mestre, agora é que me entalaste... Hoje descobri que a trilogia dos dolares é uma treta porque não se enquadra na definição ou porque depois vem "C'era una volta il West", A Trilogia da Vingança do Chan Wook Park também não existe... Será porque depois há o "Bakjwi"??

[jimmy]

Existe efectivamente um exagero de catalogar tudo como trilogia. No caso do Innaritu devia ser a trilogia do tédio. Os filmes dele são com cada pastel...



If someone stands in the way of true justice, you simply walk up behind them and stab them in the heart.

But is Ra's al Ghul immortal? ; Are his methods supernatural? ; Or cheap parlor tricks to conceal your true identity, "Ra's"? ; Surely, a man who spends his nights scrambling over the rooftops of Gotham wouldn't begrudge me dual identities?

Adoro este filme. Adoro as imensas quotes memoráveis do mesmo. Tirando a época onde tinha tempo para ver cinema de forma compulsiva (acabava , rewind e voltava a ver) , e acaba por ver os filmes dezenas e dezenas de vezes , o Begins é sem dúvida o filme (talvez pós-97,2000) que mais vezes revi. E mantém-se intocável nas suas qualidades. O que é mais interessante ainda é que na 1ª vez que o vi , apesar de ter gostado , não me impressionou da mesma forma quando o revi e apaixonei-me por completo.

Cresci a ler comics do Batman mas não existia no cinema a sua apropriada adaptação , ao invés do Super-Homem que tinha merecido um projecto condizente com o seu legado pelas mãos do Donner. Foi apenas em 2005 que a personagem finalmente teria direito a uma adaptação consistente e em linha com aquilo que é o rico passado da mesma. E o Nolan acerta em cheio em tantos pontos. A crescente relação do Batman e do Gordon. O trauma de criança do Bruce. A necessidade de inspirar a cidade, tal como o seu pai. O idealismo utópico do Ra’s. O afecto do Alfred. A construção de uma Gotham com uma malha urbana muito contrastante. Pelo meio ainda encaixa o Scarecrow , que assenta que nem uma luva na temática de todo o filme.

A primeira hora roça a perfeição , culminando na shot do Batman a observar Gotham a partir de uns dos prédios. A simplicidade com que o Nolan constrói o passado do Bruce enquanto treina sobre a alçada do Ducard , tem uma dinamismo e um sentimento que parece melhorar a cada visualização.

Nem tudo é perfeito. A dinâmica da Rachel e do Bruce é o ponto mais fraco. E nem acho que seja pela Katie Holmes , mas a relação é forçada. A acção também é muito inconstante. Um desastre no acto final mas até lá é bem mais interessante , incluindo a luta nas docas. Não sei o que passou pela cabeça do Nolan para um cut tão difuso , e no caso da ultima luta , intercalando com outra acção , levando a que a mesma tenha um ritmo quase coxo. Filmar acção não é o seu forte (o seu e o da grande maioria dos realizadores…ainda que no tdk tenha melhorado ).

A musica do Begins é extraordinária. Dos trabalhos mais inspirados do Zimmer…mas a mesma está muitas vezes escondida (a fantástica perseguição do Tumbler é o melhor exemplod isso , com a Molossus , uma composição cheia de vida quase que envergonhada a acompanhar a acção). No Dark Knight existiu uma mudança por completo e gostava de um dia ver o tweak qualquer do Nolan nos efeitos sonoros deste filme , porque a musica merecia estar mais presente.

E acaba numa grande nota , decalcando o Year One do Miller. O escalonamento que começa a aparecer na cidadade , a aparição do Joker e a amizade que cresce entre os dois.
I never said thank you … And you'll never have to. Este filme definitivamente faz-me sempre ser um miudo cada vez que o revejo

[rui sousa]

Desculpem lá, mas até parece que estão a comparar o Inarritu ao Manoel de Oliveira...

[jimmy]

TDK do Nolan

A sequela perfeita. Uma continuação narrativa e temática do seu antecessor. Existe aqui um sentido de continuidade , em vez de ser apenas um episódio desconexo , formando dois filmes coerentes. Ao mesmo tempo é um filme contido em si mesmo , que resulta individualmente.

O Dark Knight é um caso interessante pois pretende injectar seriedade e dramatismo num género que é algo impeditivo disso mesmo. E para isso em vez de uma história com grandes proporcoes (destruir cidades , conquistar o mundo , whatever) , existe sim uma narrativa muito mais terrena , onde 4 personagens interagem entre si. Temos um vilão que promove o caos pela sua incapacidade de entender as ordens da coisa e nos seus actos vai chocar contra personagem que contraria a sua visão. A partir dai existe uma tentativa de desconstruir um pouco os ideais do Batman e ao mesmo tempo a necessidade de provar o seu ponto de vista , corrompendo a esperança da cidade e do próprio Batman (o Harvey).

Lembrando as palavras do Mazzucchelli sobre o Year One :
“So with Year One , we sought to craft a credible Batman grounded in a world we recognize. Once a depiction veers toward realism , each new detail releases a torrent of questions that exposes the absurdity at the heart of the genre. The more “realistic” superheroes become , the less believable they are. It’s a delicate balance…”

É exactamente nestes pressupostos e limites que o Nolan explora o seu filme. Neste suposto “realsimo” que permite ao filme atingir uma carga dramática pouco vista no género (e não existe melhor personagem que o Batman para isso mesmo).

Mas apesar do seu carácter dramático , desengane-se quem acha que isto foge dos comics. Pelo contrário , formalmente e tematicamente , existe aqui uma grande raiz de banda desenhada. O filme tem um ritmo e um conjunto de acontecimentos tipicamente de banda desenhada. 3-4 quadrados de uma página permitem construir diversos acontecimentos (deixando parte da ilusão ao leitor). O TDK tem essa dinâmica de episódios e situações.
E tematicamente os seus princípios são todos da mitologia do Batman. Existe um conjunto de cenas no filme espectaculares , mas no qual destaca-se a interrogação do Joker que é um autentico desbravar sobre o relacionamento das duas personagens durante 40-50 anos , e a impotência do nosso herói perante aquele inimigo

Finalmente o Batman tem aqui o seu devido tratamento. Se no 1º filme o mesmo aparece como inspiração da cidade e cresce para evitar que existam mais “bruce waynes” , no 2º filme a sua obsessão sobre o Batman cresce (“He Has no Limits”). Acho mesmo que é um dos temas mais importantes no filme e que promove o afastamento da Rachel em relação ao Bruce , tal é o seu vicio em combater o crime sob a sua outra identidade. Perante o caos e as mortes de policias , pessoas , mafiosos , etc o Bruce recusa dar a cara. Mesmo no final perante o esgotamento do Harvey que aponta ter sido o único a sofrer com tudo isto , o mesmo volta a esconder-se sob a figura do Batman. No final quando ele reclama as mortes para si, além do tal peso simbólico que ele carrega existe se calhar também um sentimento de culpa muito directa sob todos os acontecimentos. A tragédia de viver enclausurado sob uma mascara é um dos temas mais dominantes da história do Batman , e que na minha opinião está muito presente no filme (nem que para isso seja sacrificado , para efeitos narrativos , uma personagem muito abragente da historia dos comics , o Two Face).

[wavey]

Ultimo filme que vi: Bridesmaids(2011), comédia produzida por esse génio chamado Judd Apatow e que nos brinda com mais um divertimento á maneira. Há muito que não me ria a bom rir no cinema...

[rui sousa]

Há dois dias tive o prazer de acabar de ver «Perseguido pelo Passado», que tinha comprado em DVD numa iniciativa do jornal Público, e que tinha começado a ver na semana passada mas só agora tive tempo para acabar.
Este filme, cujo título original é «Carlito's way», foi realizado por Brian de Palma (responsável também por «Os intocáveis» e «Scarface - a Força do Poder») e tem como protagonista Al Pacino no papel de Carlito Brigante, um homem envolvido no mundo do crime e da droga que, depois de conseguir sair da prisão graças ao seu advogado (interpretado por Sean Penn), decide abandonar a má vida que seguiu no passado. Mas os seus antigos parceiros do crime e novos criminosos não farão com que seja fácil para Carlito livrar-se desse mundo.
Fiquei surpreendido pelo filme, o primeiro que vi de Brian de Palma, quer pela forma como foi tratada a história, quer pelas actuações de Al Pacino e Sean Penn, quer pela realização em si. É um bom filme para quem gostar de temas que envolvem o mundo do crime e da droga.

Nota: ****1/2

[lud81]

Foi o primeiro do De Palma que viste? Tens um mundo para descobrir, esse homem é um dos mestres do cinema, tens de ver mais filmes dele.

[jimmy]

Once Upon A Time in The West do Sergio Leone

Existe filmes que transcendem o que quer se possa dizer sobre eles. O OUATITW é um desses casos. Uma sintonia perfeita entre a direcção do Leone , a fotografia do Tonino Colli , a música do Morricone , o quarteto Cardinale , Bronson , Robards e Fonda (todos eles com uma linguagem corporal muito especifica) , o ritmo , a história , etc.

É uma espécie de virar de página do oeste americano , acompanhando a expansão das vias ferroviárias. O filme tem uma certa lentidão na construção das cenas e da narrativa que é tipicamente Leone , e um verdadeiro deleite de acompanhar. “A ballet of the dead” como o próprio Leone referiu. É de tal forma virtuoso , que é impossivel não ter um enorme prazer cada vez que se o revê.

O ultimo stand-off , com aquele pan lento a revelar toda a situação do flasback é qualquer coisa de monumental .

[Samwise]

Durante uns bons anos não consegui gostar dos filmes do Brian de Palma - até que vi o Carlito's Way e fiquei agarrado. Continua a ser o filme que mais gosto dele, por uma série de razões. A parte final, a perseguição na estação, é dos momentos de cinema de acção mais espectaculares em termos de tratamento do espaço, movimentação das personagens e técnicas de montagem - deslumbrante, mesmo. E ter o Pacino e o Penn em topo de forma é sempre um asset "agradável".

A parte em que entra o Viggo Mortensen, nessa altura pouco mais do que um ilustre desconhecido, é de partir a rir!

EDIT - Concordo com Lud - agora tens um mundo pela frente por descobrir - (com muitas homenagens ao Hitchcock pelo meio) até tenho inveja. Outro recente (sort of) de que gostei bastante foi o Femme Fatale.

[Samwise]

Once Upon A Time in The West do Sergio Leone

Existe filmes que transcendem o que quer se possa dizer sobre eles.

(...)

e um verdadeiro deleite de acompanhar. “A ballet of the dead” como o próprio Leone referiu. É de tal forma virtuoso , que é impossível não ter um enorme prazer cada vez que se o revê.

Por muito que possa haver a acrescentar, estas frases dizem tudo.

Também revi o filme no outro dia e passei pelos mesmos sentimentos.

[rui sousa]

Foi o primeiro do De Palma que viste? Tens um mundo para descobrir, esse homem é um dos mestres do cinema, tens de ver mais filmes dele.

Por acaso agora fui ver o IMDB do realizador e afinal, já vi um filme dele, «Os olhos da serpente». Não sabia que era dele

Pois, bem sei que ele é dos grandes nomes do cinema, e queria ver o «Scarface», mas ainda não encontrei o DVD nacional...

E hoje, gravado da box da TV, vi outro filme do De Palma, «Os intocáveis».



Kevin Costner, Sean Connery, Robert de Niro e Andy Garcia são alguns dos actores que participam neste filme que se passa nos anos 30, onde a Lei Seca estava em vigor, e conta a história de quatro homens que tentam meter de uma vez por todas atrás das grades o mafioso Al Capone.

Gostei do filme, embora não o ache uma obra-prima, como li nalguns sites. Mas é uma fita agradável, com grandes desempenhos, um bom argumento e uma grande banda sonora de Ennio Morricone. «Os intocáveis» é sobre a máfia, num filme que todo ele é um grande entretenimento.

Nota: ****