The Social Network (2010) - David Fincher

[_RaDiOaCtIvE_]

Quero ver se o vejo este f-d-s.

[ASG]

Acho que quem não tem vontade de ver o filme porque não gosta de redes sociais está com uma ideia errada do filme. Oh Cabeças, achas mesmo que o David Fincher ia fazer um filme sobre o facebook e o que a Babá anda a fazer debaixo dos lençóis ou no supermercado?? Infelizmente, acho que esta é a ideia que a maioria do grande público tem do filme, mas não pensei que isso se alastrasse a pessoas como tu, que estão mais por dentro da coisa, que até sabem quem é o David Fincher. Ainda não vi o filme (talvez vá ver ainda hoje), mas a ideia que tenho é que muito provavelmente vai ser contra as redes sociais (mesmo que só entre as linhas), ponha a nu o absurdo que descreveste e que mostre o que se passou nos bastidores em termos dos biliões que o site gerou. Há-de ser um filme de intriga e comentário social, não ele próprio uma rede social, isso seria absurdo.

O filme é SOBRE o Facebook. Sobre como nasceu e sobre todos os problemas entre o criador, o co-criador e uns rivais que tiveram a ideia que o Mark Zuckerberg aproveitou para criar o Facebook.
Não é um filme sobre redes sociais. É um filme sobre o que se passou e os problemas legais que o criador teve. E, claro, como o Facebook alastrou pelo mundo.

Não ver o filme porque se é contra as redes sociais é, na minha opinião, completamente absurdo, porque o filme é unica e simplesmente um recontar, ficcionalizado, do que na realidade aconteceu. É um filme baseado num caso real, de um universitário que ficou multi milionário quase do nada!

[lud81]

ASG, isso foi o que eu disse...


EDIT:

Já vi o filme e confirmo que é excelente. Logo na primeira cena, pré-créditos-iniciais, vê-se logo o dedo de Fincher, com uma montagem perfeita ao milisegundo. Nem quero imaginar quantos takes ele filmou, já que ele é conhecido por filmar muitos mesmo em cenas menores. O filme acaba por resumir muito bem a vida no novo milénio e da nova Geração Y, como lhe chamam, em algumas frases chave, e também sobre como na era da informática e da internet uma pequena ideia pode valer biliões.

Gostei muito do filme e tem claramente a marca Fincher, ie, tecnicamente é perfeito, Fincher é como que um novo Kubrick em termos de perfeição técnica, e por isso é que eu quero muito que seja ele a fazer a adaptação de Rama.

[Cabeças]

Não ver o filme porque se é contra as redes sociais é, na minha opinião, completamente absurdo, porque o filme é unica e simplesmente um recontar, ficcionalizado, do que na realidade aconteceu. É um filme baseado num caso real, de um universitário que ficou multi milionário quase do nada!

Cara, eu não disse que não ia ver o filme... pelo menos um dia no futuro, em dvd. Eu gosto do Fincher, por alguma razão tenho todos os filmes dele! Não duvido que o filme seja bom! Simplesmente o tema, que conheço bem (tenho um mestrado na área!) não me agrada nadinha mesmo! E como sabes o tempo é um bem escasso, e eu tenho múltiplos interesses! Verei o filme e continuo a gostar do Fincher, mas o custo de oportunidade (Economia) de o ver neste momento não compensa para mim...

[JRibeiro]

Por: Jorge Mourinha (PÚBLICO)
A Rede Social
A verdadeira rede social não está online

O filme de David Fincher não é tanto um filme moderno sobre o Facebook como um filme clássico sobre o poder

Independentemente de tudo o que possam ter lido, ouvido ou mesmo antecipado sobre "A Rede Social", este não é um filme sobre o Facebook. Nem sobre a internet, sobre a tecnologia, sobre o modo como ela nos mudou a vida (mesmo que isso esteja lá, nas entrelinhas).
"A Rede Social" é um filme sobre um assunto muito menos tópico e muito mais clássico do que parece: o poder e a ambição - e nesse aspecto tanto podia ser sobre o Facebook como sobre o Google, a Starbucks ou o BCP. Nesse aspecto, aliás, é também um filme que remete para uma Hollywood clássica que já não faz filmes sobre as lutas do poder corporativo há uns largos anitos por não serem suficientemente emocionantes para a audiência de adolescentes que a mantém viva.

"A Rede Social" é, paradoxalmente, um filme sobre a adolescência. Ou, melhor, sobre o modo como a transportamos connosco para a idade adulta, e como ela fica menos para trás do que qualquer um de nós acha à partida. Os processos judiciais que servem de âncora narrativa não são mais do que versões sérias, "adultas", das partidas e das praxes universitárias; tudo se reduz às rivalidades petulantes, quase de adolescente que se quer impôr, de quem tem mais dinheiro, o carro mais espalhafatoso, a moto mais potente, a namorada mais estonteante.

No guião do dramaturgo e argumentista Aaron Sorkin ("Uma Questão de Honra", "Os Homens do Presidente"), inspirado no controverso livro de Ben Mezrich, o Facebook é um mero arquétipo, usado para desmontar a singularidade da empresa - apresentada como uma mera extensão da necessidade de validação social que todos temos - e para revelar a sua universalidade - reproduzindo os lugares-comuns clássicos das lutas pelo poder desde tempos imemoriais. Mark Zuckerberg (espantosa criação de Jesse Eisenberg) pode ser o mais jovem milionário do mundo, mas como disse (e bem) David Fincher ao "Le Monde", ser-se milionário aos dezanove anos não é pêra doce.

E é numa das melhores frases de um guião notável que se deve encontrar a chave de "A Rede Social": "todos os mitos de criação precisam de um demónio". É por isso que não há computadores nem virtualidades naquele que é o menos virtual e mais real filme de Fincher até ao momento: este não é um filme sobre um site internet nem sobre o modo como ele mudou o mundo, é um filme sobre pessoas e sobre o modo como as relações virtuais não substituem as relações verdadeiras do mundo real.

É também por isso que não vale a pena procurar aqui um qualquer relato fiel e fidedigno da "verdade" do Facebook (e, para que conste, ninguém se sai a rir deste retrato - nem Zuckerberg, nem o sócio fundador Eduardo Saverin, nem os gémeos Winklevoss que terão dado a ideia original a Zuckerberg, não há santos nem pecadores). Não era isso que interessava nem a Sorkin nem a Fincher. A verdadeira rede social não está online, e é essa a chave do guião (que deve aliás bater um qualquer recorde de velocidade de débito de diálogos): por trás da internet estão apenas as mesmas velhas questões de sempre que fazem de nós quem somos. Dirão que isso faz de "A Rede Social" menos um filme do que uma peça? Ah, mas é aí que entra a mãozinha mágica de Fincher, que se limita a sustentar, com delicadeza e inteligência, a estrutura de Sorkin, mas que o faz sem cair na armadilha de filmar à velocidade da internet ou de dirigir uma peça filmada. É mais difícil do que parece, e a mestria de Fincher é a de estar à altura do argumento que lhe coube filmar.

"A Rede Social" é um grande filme. E é um grande filme sobre coisas muito mais universais do que o Facebook.

[Borreicho]

O filme está realmente muito bom e não ir vê-lo baseando-se apenas numa aversão ao Facebook, ou algo do género, é um erro crasso. A realização do Fincher é da qualidade a que ele já nos habituou, mas para mim a grande força do filme é o guião do Sorkin e os seus característicos diálogos rápidos. E o Jesse Eisenberg faz realmente um papelão. A ver, sem dúvida, e a rever várias vezes no futuro.

"The Internet isn't written in pencil, it's written in ink."

[BushnyptEvanescence]

Tou com curiosidade para ver o filme.
Gostei do trailer e da musica de fundo.
Vamos la ver se o trailer corresponde ao filme.

[ASG]

Não ver o filme porque se é contra as redes sociais é, na minha opinião, completamente absurdo, porque o filme é unica e simplesmente um recontar, ficcionalizado, do que na realidade aconteceu. É um filme baseado num caso real, de um universitário que ficou multi milionário quase do nada!

Cara, eu não disse que não ia ver o filme... pelo menos um dia no futuro, em dvd. Eu gosto do Fincher, por alguma razão tenho todos os filmes dele! Não duvido que o filme seja bom! Simplesmente o tema, que conheço bem (tenho um mestrado na área!) não me agrada nadinha mesmo! E como sabes o tempo é um bem escasso, e eu tenho múltiplos interesses! Verei o filme e continuo a gostar do Fincher, mas o custo de oportunidade (Economia) de o ver neste momento não compensa para mim...

Claro! Não disse que tinhas de o ir ver ao cinema, já já já! :)

Mas do teu post, denotei uma certa resistência ao filme devido ao tema que aborda. Se não é o caso, então retiro o que disse :)


Concordo bastante com a critica do Jorge Mourinha. Não o teria dito melhor!

[kubrick]

Gosto dos filmes do David Fincher, mas o tema deste sinceramente não me interessa nadinha... fujo das "redes sociais" e das modas associadas como o Diabo da Cruz!

Experimentei o facebook e fiquei fartissimo de saber o que a Naná estava a pensar, o que o Manuel tinha jantado na noite anterior, onde tinha ido a Babá de férias, como a Leonor gostava de se realizar sexualmente....

500 amigos?! Que parvoíce! Se ao longo de uma vida conseguirmos 2 ou 3 verdadeiros, já é uma sorte! No fundo a malta das redes são é óptimas cobaias e indicadores de vários tipos de informação que depois vão enriquecer bases de dados de empresas.

Para mim, não é desejável misturar universos diferentes de amigos. Gosto muito de privacidade. Não sou de "modas". E tenho bom gosto!

Como eu te compreendo, eu que NUNCA tive conta no hi5 ou no face's...

Mas, como estamos a falar do DF, é minha obrigação ver este filme.
A malta que fala mal dele, devia lavar a boca, tomara serem tão bem sucedidos na vida como ele o é.
É fácil apontar o dedo, fodid* é fazer!

DF Fuc* do Way!

[kitos]

Fui ver ontem e gostei muito, na minha opinião não é nenhuma obra prima (como já li comentários) mas é muito bom.

E se no tokyo drift muitos saíram do cinema e foram fazer uns drifts com o carro, depois do The Social Network muitos devem ter ido para casa "nerdar" num projecto .

[Darkav]

(...) depois do The Social Network muitos devem ter ido para casa "nerdar" num projecto .

http://www.youtube.com/watch?v=u6gZ4vk_Tw4

[Net_Holer]

Vim agora de ver o filme no cinema.

Para começar devo dizer que não fiquei nada surpreendido de haver bastante gente no fim a mandar os bitaites a dizer que o filme é mau "Toca a acordar" e outras bocas no final.
É notório que muita gente não sabia minimamente para o que ía, estavam na sala (prai 60% cheia) a ver o filme só porque "é o filme do facebook".


Bom, eu fui ver o filme primeiro porque para mim um filme é um filme e gosto normalmente de ver seja o que for (Ok tenho uma ligeira aversão a musicais mas mudou um pouco depois do Barbeiro de flet street, mas fora isso gosto de ver "tudo").
Depois fui porque é do David Fincher, que já mostrou ser bastante bom naquilo que faz.

Antes de entrar na sala estava um pouco de pé atrás devido ao tema, tentei ler pouco sobre o filme para não envenenar o meu pensamento sobre o filme mas deduzia que houvesse um pouco de hype em relacao ao filme pois julgo não haver uma imparcialidade suficiente por dois motivos:
1º Por ser do facebook que muita gente adora e "não vive sem ele", 2º Por outro lado "o fanático" do cinema que idolatra o Fincher (não no mau sentido).

O filme tem cerca de 2H de duração, mas passam bastante bem para quem não for com a ideia de que vai ver um filme do género do American Pie mas que conta a história do facebook...
Gostei bastante da transição das cenas entre o passado (o desenrolar da história) e a sala da reunião com os advogados, o actor que fez de Marck também esteve bastante bem.

Acima de tudo gostei do filme pois é uma lição de vida, de certa forma.

Não acho que seja uma prima, nem sequer merece estar no Top 250 do IMDB (que vale o que vale). Mas é sem dúvida um bom filme.

Dou-lhe uns bons 7.5/10.

PS: Vi o filme no Dolce Vita Tejo e achei vergonhoso uma empresa como a UCI ter as legendas completamente a tremer/desfocadas durante todo o filme.
Felizmente consegui entranhar-me no filme e abstrair-me desse problema das legendas mas não deixa de ser uma grande falha.

[Grande Guru]

Como já foi dito, realmente o filme não é sobre o facebook, mas deveria ser, aliás, sobre o facebook ou sobre outra coisa qualquer, pq ser sobre aquilo que é, n resultou num filme sequer mediano. É chatoooooooooooo como o caraças.

Sabia que o David F. tinha de fazer uma omolete sem ovos, mas pq já lhe vi obras de excelência, fiquei convencido que daria a volta ao "texto" com esta temática, mas enganei-me redondamente.

Não sei se quis ser mto fiel ao factos reais, que teriam pouco "sumo", e acabou por fazer um filme completamente sem "graça", ou se não foi mesmo capaz de desenvolver um enredo minimamente interessante, mesmo tendo "liberdade" para se desviar qb desses mesmos factos.

Esta minha reação tão negativa tb tem, claro, mto a ver com o que se exige a um realizador desta magnitude, ou pelo menos, com obras de grande nível, embora tb tenha os seus tiros no pé, como para mim, passa a ser definitivamente este "Social Network".

[Snider]

Fui ve-lo no FDS. Antes demais, detesto Facebook, Hi5, Twitter, MSN, etc...
Fui ve-lo por ser o David Fincher a realizalo. E nao vi nunca o trailer.

O que posso dizer do filme? Muito bom, nao esta ao pe do Estranho Caso de Benjamin Button, nem do Seven... Porque a historia nao da muito por onde fugir. Mas o inicio do filme, a forma como conta a historia, voltando atras e a frente, e o final é muito bom. A frase que mais gostei foi "Tu não és um cretina mas esforças-te para o ser"

7.5/10

[Telmo R.]

Fui no sábado ver "The Social Network " ao cinema, apesar de não me interessar particularmente o tema, como já tinha dito fui ver com algumas expectativas.

Gostei do filme porém não o acho de todo um bom filme, como foram o Fight Club, Zodiac ou mesmo o Seven e Benjamin Button, quanto a mim consegue sair-se razoavelmente bem naquilo que se propõem, contar a criação do facebook sem cair no erro dos filmes típicos de adolescentes, mas fica-se por ai simplesmente porque não consegue ao longo do filme desenvolver de alguma forma um tema que se mostra demasiado restrito, nem de longe chega ao seu melhor e isso é motivo mais que suficiente para achar "The Social Network" apenas um filme razoável de Fincher, uma espécie de abrandar na sua carreira.