Qual foi o último filme que viram ?

[p_alucinado]

(..)vocês provavelmente são ainda demasiado jovens para o perceber. Há coisas que só a vida ensina e este filme está impregnado de vida.

Explica-me isso melhor que eu não percebi bem, SFF!

Eh eh! Não leves a mal o meu comentário, como disse respeito as opiniões e gostos de cada um. No entanto, há filmes que só são devidamente apreciados com o passar do tempo, com a vivência e a observação que temos das coisas. Como disse o Cabeças, há coisas que só se sentem (e portanto, só se percebem) com o passar dos anos. Não sei a tua idade e nem eu sou um grande guru que já viveu tudo o que havia p'ra viver. Aliás, nem aos 30 cheguei ainda. De qualquer forma, experimenta ver este filme daqui a uns 10 anos e verás que talvez a tua percepção dele será diferente. Ou então talvez não e eu é que estarei enganado.

[kubrick]

Eu infelizmente já fiz 30...

[_RaDiOaCtIvE_]

Não penso que seja um caso de relação com a idade de quem vê o filme, há pessoas que com muitos anos em cima continuam insensíveis, imorais e irresponsáveis, ficam adolescentes para a via toda (atenção que não estou a dizer que é o caso nem estou a falar para ninguém particularmente). O que quero dizer é que para apreciar o todo do RR se calhar é preciso ter certas experiências de vida, neste caso conjugais.

[kubrick]

Parece que se está a falar destes obras de arte...









Por aí fora...

[jimmy]

Tirando o Taxi Driver , prefiro o Revolutionary Road a todos esses. Uma pena que tenha passado tão despercebido...ou se calhar não pois imagino que muito publico nao gostasse de ver um retrato tão duro de algo com que se possam verdadeiramente relacionar....uma vida a dois.



Hatari do Howard Hawks

Chiça que este filma parece quem tem 4 horas (são apenas duas e meia)...nao é bom sinal. Já não me lembrava nada deste filme , concerteza um dos piores do Hawks. O John Wayne está pior do que nunca (o que é difícil) num filme que devia ser de aventuras e diversão mas é uma verdadeira seca. Salva-se as cenas inicias de captura dos animais.

[hoklik2]

Eu achei o Revolutionary Road simplesmente fenomenal, uma obra-prima em absoluto. O Leonardo, a Kate Winslet e o Michael Shannon estavam incríveis e a realização do Sam Mendes com a música do Thomas Newman formam qualquer coisa de especial.
O que posso dizer mais que ainda não tenho sido dito pelo p_alucinado...

O que menos gosto do Sam Mendes é o Road to Perdition e mesmo assim é um belo filme. (Roger Deakins sempre a dar o seu melhor)

[gladiator37]

o forrest gump é genial

[rui sousa]

Acabando a conversa do Revolutionary Road, e do filme estar «cheio de vida», acho que há MUITOS mas MUITOS mais filmes que têm muito mais vida que esse. E um deles, é o «Forrest Gump», e agora lembro-me de outros dois italianos que adorei, «A vida é bela» e a «melhor juventude». A noção de vida aplica-se bem nestes filmes!

O problema do Revolutionary road, para mim, é um pouco o Leonardo Di Caprio. Não sei porquê, tive sempre uma má opinião sobre ele neste filme, acho que, enfim, não está na sua melhor prestação. Já tinha uma aversãozinha a ele com o Titanic (não gostei, pronto!). É claro que ele fez filmes muito bons, como estes dois últimos (Shutter Island e Inception), mas... neste não está bom. E a história, pouco original.

Para mim, filmes cheios de vida são mesmo os que estão excelentes, quer em nível de actores, quer de argumento e de realização.

(e sim, exagerei um pouco no shit... sorry)

Por vezes, chateia-me pessoas dizerem-me que x filme é muito bom por retratar uma certa época, ou por retratar uma história real Ok, pode ter isso lá, mas não é por isso que é um bom filme!!! E a crítica também tem essa mania. Todos os filmes «datados», dizem muito bem.

Muitos filmes assim são bons, mas este não é um deles, de certeza!!! É razoavelzinho, vá (para não dizer shit, que é exagerado)

[kubrick]

(...)

AMEN! Concordo inteiramente.

A esses dois filmes BRUTAIS italianos, junto outro... "Cinema Paraiso" se é que há chance para o RR.
Num combate de boxe, caia ao 1º soco.

[rui sousa]

E agora, uma pequena review de alguns filmes que vi estes dias que me lembro.



7/10

Revi este filme, e o Sean Penn é um excelente actor, todos os filmes que eu vi com ele (foram só 4, mas enfim), gostei imenso da sua interpretação. Neste filme, que conta um caso real, ele faz de um homem que a vida parece que o quer destruir. Um pouco lento, mas o final achei arrebatador,

em que ele brinca com um aviãozinho (vá-se lá saber porquê, gostei imenso deste final. Talvez por me ter dado um pequeno «arrepio» involuntário )

Ah, lembrei-me de uma coisa. O Leonardo Di Caprio é um dos produtores executivos deste filme é mesmo engraçado
escrever isto depois de ter dito mal dele.




6/10

A professora de História passou este filme na aula. Não há dúvidas que o primeiro é muito mas muito melhor. Aliás, a mística do primeiro perde-se um pouco no segundo. Lembro-me que, há tempos, vi um destes filmes, que os chineses mandaram produzir (fizeram 3), já era uma total palhaçada (devia ser o III ou o IV). O I, ao menos, retrata uma situação que é mais engraçada. Mas este não deixa de ter muita piada




7/10

Este filme comprova o que todos sabem. Ricky Gervais é um grande comediante, um dos melhores do seu tempo. Depois de fazer «The office» e «Extras», chega esta comédia sobre um mundo em que não existe mentira. A ideia está deliciosa, e o argumento muito bom. Não é a melhor de sempre, mas vê-se bem. Pena não ter passado cá nos cinemas, se bem me lembro...




8/10

Outra história original, com um bom elenco, e com bons laivos de comédia.




8/10

Excelentes história e actores, mas destaco o Dustin Hoffman. É dos meus actores favoritos




8/10

Gosto muito destes dois. Cuba Gooding Jr e Robert de Niro. Grande filme!

[CDT]

I Love You Phillip Morris

[DarkPhoenix]

Esse "Men Of Honor" é a mancha na minha colecção de dvds.
Comprei naqueles tempos em que ainda achava o deNiro uma marca de confiança...
Redondamente enganado, o filme é uma xaropada moralista, insuportável Cuba Gooding, o horror do tom militarista...
Já pensei mais do que uma vez em atirá-lo pela janela.
Opiniões.


PS - o único filme que expulsei da minha colecção foi o intragável, horrendo, vomitável "Sleepers", também com o deNiro e mais uma montanha de nomes sonantes, e um realizador que já mereceu o meu respeito.

[kubrick]

"Sleepers" é muito bom na minha opinião (8/10). Bem que podias ter mandando para minha casa DarkPhoenix, sempre tinha poupado uns belos euros...

Que dirás então do "Mysterious Skin"? Esse filme fui a correr vender por 50centimos... Por ser sem dúvidas... "intragável, horrendo, vomitável"

Vi este à pouco.



8/10.

Obrigado Nova Gente! :D

[Telmo R.]

Os últimos dois filmes que vi.


Numa onda de ver e rever alguns filmes da colecção dos "Monstros". O próximo será "O Homem Invisível"
Incontestavelmente um clássico do seu género.


Outro excelente exemplo de um clássico do seu género que me surpreendeu muito pela forma como praticamente sem efeitos criou logo de inicio um clima de incerteza, de tensão e paranóia que (nos) segue até ao fim do filme.

Em relação ao Revolutionary Road considero-o um bom filme e de uma grande sensibilidade, para mim chega mesmo a ser melhor que o American Beauty.

[p_alucinado]

Bons filmes que tens visto, Rui Sousa. Desses, divido-me entre a sobriedade do Assassínio do Richard Nixon e a originalidade do Goodbye Lenin. Já o Men of Honor... bem, é melhor não dizer nada.

Quando disse que o Revolutionary Road estava cheio de vida queria mesmo dizer isso. Sou fã do Forest Gump e do Taxi Driver. Venero a Cidade de Deus. Todos eles diferentes, incomparáveis. Mas nenhum deles tem mais vida que o Revolutionary Road. Podem ter tanta vida como ele (em pontos de vista diferentes, obviamente) mas pronto... O que acontece com o Revolutionary Road está nos detalhes. Não é óbvio e escarrapachado para o espectador comer. É um filme feito para fazer pensar. Alguém disse que depende das experiências de vida de cada um mais do que da idade, mas com isso já não concordo tanto. Não acredito que ninguém com mais de 25 anos não consiga rever-se neste filme, quer seja através da própria experiência, quer através da experiência de amigos, familiares, etc. O que ali está não é apenas a história de um casal. É a história dos toxicodependentes que todos os dias vemos pedir moedinhas nos parques de estacionamento; é a história do padeiro que o é porque quando tinha 18 anos preferiu ir trabalhar a aceitar a vaga na universidade que até era um bocadinho longe de casa; é a história do executivo de sucesso que envelhece odiando-se a si mesmo porque um dia decidiu não fazer um interrail com os amigos. Todos eles eram pessoas cheias de sonhos que "se perderam" por... porque era mais fácil assim.

Neste caso temos o outro lado também. O de quem decidiu não desistir e se vê directamente afectado por decisões alheias (Kate Winslet). É a sua revolta, mas sobretudo a sua vontade de "voar" que a faz ter o fim que tem. E é nesse momento catártico que talvez o personagem de Di Caprio reavalie todas as decisões que tomou. Pode ser tarde... e o arrependimento irreversível pode ser dos sentimentos mais dolorosos que uma pessoa pode ter na vida. Pode ser um passo de regresso ao sonho agora triste. Pode ser um passo para a auto-destruição. Ou pode apenas ficar tudo na mesma e viver dia-a-dia o calvário que lhe sobra na vida.

Não é fácil olhar tão despudoradamente para aquilo que realmente É a vida. Por vezes dói. Mas é uma das faces de que ninguém tem coragem de falar e, se mais méritos não tivesse (e tem-nos!), Revolutionary Road teria sempre pelo menos esse.