Cinema Amoreiras - "taxa de 3D"
Re: Cinema Amoreiras - "taxa de 3D"
O que se passa é que o pessoal quer ao mesmo tempo aproveitar os diversos descontos das salas Lusomundo (catões Zon, cartões BCP, cartões LisboaViva, etc) e ao mesmo termpo ter uma sala sem barulhos...rtavares wrote:Pôrra, mas aqui a malta vive em Lisboa? A que salas vão?
Pois vou contar-vos um "segredo": descontos=malta sem cheta=malta jovem=malta tendencialmente mais barulhenta
Escolham UCIs, Saldanhas e afins e vão ver que na maior parte das vezes é uma paz... Claro que deixam de ter 2 bilhetes pelo preço de um e passam a pagar €6 por cada bilhete (p.e. Saldanha).
Mas agora é escolherem:
Red pill - 2 bilhetes pelo preço de 1 + pipocas + intervalos + barulho + telemóveis + falta de educação + salas cheias
Blue pill - €6/bilhete + silêncio + boa educação + salas com menos gente
João Casimiro
Eis a lista...
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Re: Cinema Amoreiras - "taxa de 3D"
Cabeças wrote:Wickedbug wrote:Cabeças, para já vamos deixar de lado o termo "taxa 3d".
Caro, não fui eu que inventei o termo, foi o que me disseram na bilheteira, (depois de ter achado estranho o preço e ter perguntado e não antes, o que desde logo indica má-fé, pois provavelmente há pessoas que nem reparam).
O bilhete é simplesmente mais caro, como é mais caro o bilhete para a exibição única do documentário dos Iron Maiden e ninguém está aqui a falar numa "taxa Maiden". É a natureza do formato, é mais caro a fazer e obviamente que num negócio eles vão fazer chegar esse custo ao consumidor. É um negócio, procura-se o lucro.
É aqui que divergimos fundamentalmente. O que se passa, ao inventarem uma taxa - ou uma desculpa - para o aumento dos lucros (ou dos impostos), é o reflexo da falta de ética geralmente praticada em todas as actividades comerciais (o que se passa com o domínio absoluto da banca e com a crise financeira actual é precisamente o reflexo destas práticas).
"É um negócio, procura-se o lucro" - referes tu. Claro, o que é pena é ser lucro acompanhado do descalabro relativamente à qualidade que havia numa ida ao cinema há uns anos atráso que é aliás a base da minha crítica. Eu até costumo optar quando possível pelas salas VIP, que gosto bastante, (e até só compro filmes originais e tudo), portanto critico o preço, mas fundamentalmente critico o modo como fazem as coisas. Com espertezas saloias e tentando fazer das pessoas parvas. Sendo o bilhete mais caro, tal devia ser comunicado antes às pessoas e não explicado depois "ah e tal, é a taxa 3D" como foi.
Deixemo-nos de procurar explicações para o óbvio e de tentar desculpar quem "procura o lucro" através de actos manhosos. O que se passa é que sabem perfeitamente que por um lado, se avisassem antes, muitas pessoas já não comprariam o bilhete, tal como sabem que um pai acompanhado pelos filhos, depois de comprar o bilhete, mesmo com a treta da taxa 3D em cima, como na altura que compra os bilhetes não sabe da sua existência, depois não devolve os bilhetes para não desiludir as crianaças. Na verdade, a situação parece-me tudo menos inocente, pelo contrário, é uma estratégia mais do que montada com o intuito de como referi, explorarem e enganarem as pessoas o mais possível. .
Os intervalos não acabaram, pelo contrário e na minha opinião infelizmente. Quebra completamente o ritmo do filme e há sempre quem se atrase a voltar à sala e passe à frente, etc. É tudo uma questão de custos, posso não gostar mas compreendo, quem tem um negócio aberto procura que o mesmo dê lucro.
Também não concordo contigo neste aspecto. O intervalo era fundamental, sobretudo em filmes de mais de 90 minutos. Tenta ver o Mulholand Drive ou o Inland Empire no cinema, tudo de seguida e custa-me a crer que não apreciasses um intervalo. O próprio filme, denso, "pede" uma pausa para reflexão.
O intervalo prolongava o prazer do filme, que se sabia ir ter ainda uma hora ou mais de visionamento, permitia ir à casa de banho, desentorpecer as pernas, fumar um cigarro, beber um café e fazer uma primeira crítica sobre a primeira parte. Lembro-me que no antigo S. Jorge, por exemplo, era um prazer enorme ir no intervalo, depois de beber o café, até à varanda enorme olhar para a Avenida.
Quanto a chegar atrasado e aos expectadores que depois "passam à frente", isso também acontece hoje, possivelmente até com maior frequência. E ainda temos que levar com pipocas, coca-cola, telemóveis e outras anormalidades que no outro contexto não havia. Quando havia dantes anormais, e havia poucos casos, vinham os empregados e punham os sub-humanos na rua.
Cinema é arte mas também é entretenimento de massas. Quem quer sofisticação vai à ópera
Para mim cinema é arte, indubitávelmente, é por isso precisamente a minha crítica à "massificação" à força do acto de ir ao cinema, com a óbvia perda de qualidade que isso acarretou e que é mais do que visível, sobretudo para quem tem idade suficiente para poder efectuar a comparação. Lá está, a ganância do lucro, não o objectivo de proporcionar qualidade às "massas"! E para mim, "entretenimento de massas" é o futebol, o rugby, os espectáculos ao ar livre, tipo concertos!
Quem quiser comer pipocas, rir alarvemente, falar ao telemóvel, conversar como se estivesse em casa... deve mesmo ficar em casa, a ver os filmes que queira. Os video-clubes até permitem ver os flmes por metade do preço do cinema e a geração mais jovem até costuma ripar tudo o que existe, conheça ou não os filmes. Fiquem na casinha, fiquem.
Seria bom deixar o cinema para quem gosta realmente de cinema na verdadeira acepção da palavra. Cinema pelo cinema, pelo filme e pelo contexto de ver um filme com qualidade.
E sofisticação, meu caro, tal como educação, pode e deve ter-se em todo o lado, tanto no futebol, como na ópera. E já agora, no cinema também.
Tenho q confessar q concordo com tudo o q o Cabeças disse.
Ah o S.Jorge. Q saudades do meu cinema de eleição desde a minha adolescencia.
Os intervalos davam mesmo jeito e nunca me incomodaram.
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Re: Cinema Amoreiras - "taxa de 3D"
Nunca encontrei problemas desses nos cinemas alvalaxia.
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Re: Cinema Amoreiras - "taxa de 3D"
Só um aparte curioso em relação a isso dos salários.Cabeças wrote:(...)E brasileiros a venderem os bilhetes, que mal sabem falar ou perceber quando se pergunta algo! Claro que devem ser muito bem pagos...
Posso-te dizer que à uns 8 ou 9 meses, estava à procura de trabalho e por acaso reparei num anúncio para "Lanterninha de Cinema", logo a seguir a um anúncio para "Técnico de Informática".
Os requisitos para se ser Lanterninha de Cinema eram:
- 9º Ano de escolaridade.
- Boa Apresentação.
Os requisitos para Técnico de Informática eram:
- 12º Ano de escolaridade.
- Pelo menos 2 anos de experiência na profissão.
- Conhecimentos de Windows NT, 98, Millenium, 2000, XP, Vista, Server 2003 e Small Business Server
- Conhecimentos de Visual Basic e C#
- Viatura Própria
Nos salários propostos e feitas as contas aos subsidios e descontos, o Lanterninha de Cinema chegava a casa no final do mês, com mais 20,00€ de salário que o Técnico de Informática.
On Topic:
Por norma vou ao El Corte Inglês, que é um cinema até relativamente civilizado. Claro que em filmes para publicos mais jovens, é sempre complicado manter a manada em silencio.
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Re: Cinema Amoreiras - "taxa de 3D"
Já que falaram em intervalos gostava de deixar a minha opinião.
Em regra não gosto nada. Tal como disseram, acho que quebra completamente o ritmo e sensação de continuidade; do mesmo modo não gosto de os fazer quando vejo os filmes em casa.
Mas concordo que há filmes que se tornam muito mais difíceis nestas circunstâncias e os que o Cabeças falou são bons exemplos disso. Outro que me custou imenso a ver sem intervalo foi o There Will Be Blood; mas também verdade seja dita, e por favor não me matem os adoradores do filme, este simplesmente não me estava a captar de forma alguma.
Mas porque reconheço que as salas têm regulamentos uniformes e não vão ter intervalos para uns e não para outros, a haver uma regra, que seja a ausência de intervalo.
Em relação a taxas. Quem gere as salas não está nisto de voluntariado e se vê uma oportunidade de negócio é de esperar que a aproveite (até porque, imagino, tenha havido alguma forma de investimento na tecnologia). Confesso que não sei, mas pelo que li a tal taxa não está devidamente publicitada, e isso sim está errado.
Mas acho que mais do que tudo isto, o que está em causa é a atitude das pessoas, educação, respeito por terceiros (e até por si próprias), etc. Sei que parece a tipica conversa de crise de valores que umas gerações dizem sempre das seguintes mas acho que neste momento é bastante gritante. Lembro-me de que vi o último Indiana Jones num sábado à tarde pois da estreia, na sala 16 do UCI Arrábida; a sala estava, como devem imaginar à pinha, com pessoas de vários grupos etários e comer pipocas. Pois devo dizer que todos tinham comportamento exemplar durante o filme. Não havia telemoveis, risadinhas e afins. Em compensação já assisti a sessões no Parque Nascente com meia dúzia de gatos pingados em que tive vontade de ir embora. Aliás nunca mais lá fui nem vou. Cinema só no UCI e aí nunca tive razões de queixa (e nem estou a falar do cinema em si).
Em regra não gosto nada. Tal como disseram, acho que quebra completamente o ritmo e sensação de continuidade; do mesmo modo não gosto de os fazer quando vejo os filmes em casa.
Mas concordo que há filmes que se tornam muito mais difíceis nestas circunstâncias e os que o Cabeças falou são bons exemplos disso. Outro que me custou imenso a ver sem intervalo foi o There Will Be Blood; mas também verdade seja dita, e por favor não me matem os adoradores do filme, este simplesmente não me estava a captar de forma alguma.
Mas porque reconheço que as salas têm regulamentos uniformes e não vão ter intervalos para uns e não para outros, a haver uma regra, que seja a ausência de intervalo.
Em relação a taxas. Quem gere as salas não está nisto de voluntariado e se vê uma oportunidade de negócio é de esperar que a aproveite (até porque, imagino, tenha havido alguma forma de investimento na tecnologia). Confesso que não sei, mas pelo que li a tal taxa não está devidamente publicitada, e isso sim está errado.
Confesso que não percebi claramente o que querias dizer com isto, especialmente a parte do "à força". Refereste à existencia dos multiplex? A oferta que existe actualmente provavelmente não existiria se não houvesse multiplex para permitir o escoamento. Claro que verdade seja dita, muito lixo que existe nunca veria a luz do dia. Mas lá está, se as pessoas olham para o cinema como um programa, regular ou não, como outro qualquer, e querem ver alguma coisa, sem grandes critérios por essa "coisa", o ciclo perpetuar-se-á. É uma mudança de paradigma que não tem volta.Para mim cinema é arte, indubitávelmente, é por isso precisamente a minha crítica à "massificação" à força do acto de ir ao cinema, com a óbvia perda de qualidade que isso acarretou e que é mais do que visível, sobretudo para quem tem idade suficiente para poder efectuar a comparação. Lá está, a ganância do lucro, não o objectivo de proporcionar qualidade às "massas"!
Mas acho que mais do que tudo isto, o que está em causa é a atitude das pessoas, educação, respeito por terceiros (e até por si próprias), etc. Sei que parece a tipica conversa de crise de valores que umas gerações dizem sempre das seguintes mas acho que neste momento é bastante gritante. Lembro-me de que vi o último Indiana Jones num sábado à tarde pois da estreia, na sala 16 do UCI Arrábida; a sala estava, como devem imaginar à pinha, com pessoas de vários grupos etários e comer pipocas. Pois devo dizer que todos tinham comportamento exemplar durante o filme. Não havia telemoveis, risadinhas e afins. Em compensação já assisti a sessões no Parque Nascente com meia dúzia de gatos pingados em que tive vontade de ir embora. Aliás nunca mais lá fui nem vou. Cinema só no UCI e aí nunca tive razões de queixa (e nem estou a falar do cinema em si).
Life's the shit that happens while you're waiting for moments that never come...
Re: Cinema Amoreiras - "taxa de 3D"
Não vejo onde está a falta de ética ou de escrupulos. O cinema 3-d implica que o cinema tenha projecção digital e é mais caro a produzir. Esse aumento do custo reflecte-se no preço. O cinema 3-d oferece algo ao espectador que o normal em 2-d nao oferece (se vale a pena ou não é outra discussão). O espectador toma então a decisão se quer pagar mais por isso ou não. Ser uma consumidor informado poupa muita chatice e não sentirias que estarias a ser enganado ao comprar o bilhete, porque convenhamos também dá toda a ideia e que foste mal atendido no cinema.É aqui que divergimos fundamentalmente. O que se passa, ao inventarem uma taxa - ou uma desculpa - para o aumento dos lucros (ou dos impostos), é o reflexo da falta de ética geralmente praticada em todas as actividades comerciais (o que se passa com o domínio absoluto da banca e com a crise financeira actual é precisamente o reflexo destas práticas).
Mas vamos ao que interessa. A tua filha gostou do filme? Gostou da experiência em 3-D? Se sim então deixa la as reclamações, valeu a pena ;)
Quanto aos intervalos mantenho a minha posição, sou contra. Em primeiro lugar os filmes não são feitos com eles em vista. O argumentista ou realizador não pensa "agora aqui a seguir a esta cena emocionalmente forte vem o intervalo para o espectador relaxar". Pelo contrário o filme corta de forma abrupta em qualquer cena. Isto retira o espectador do ambiente do filme. De q serve o filme estar a tentar criar uma atmosfera tensa, triste, dramática para depois cortar para um intervalo com música, conversa, gargalhadas?
Re: Cinema Amoreiras - "taxa de 3D"
brainX wrote:Confesso que não percebi claramente o que querias dizer com isto, especialmente a parte do "à força". Refereste à existencia dos multiplex? A oferta que existe actualmente provavelmente não existiria se não houvesse multiplex para permitir o escoamento. Claro que verdade seja dita, muito lixo que existe nunca veria a luz do dia. Mas lá está, se as pessoas olham para o cinema como um programa, regular ou não, como outro qualquer, e querem ver alguma coisa, sem grandes critérios por essa "coisa", o ciclo perpetuar-se-á. É uma mudança de paradigma que não tem volta.Para mim cinema é arte, indubitávelmente, é por isso precisamente a minha crítica à "massificação" à força do acto de ir ao cinema, com a óbvia perda de qualidade que isso acarretou e que é mais do que visível, sobretudo para quem tem idade suficiente para poder efectuar a comparação. Lá está, a ganância do lucro, não o objectivo de proporcionar qualidade às "massas"!
Com o "à força", refiro-me ao facto de que a "massificação" que indubitavelmente sucedeu, se realizou face a uma postura de facilitismo face a atitudes menos próprias, potenciadas por outras "pequenas" coisas como a introdução da coca-cola e das pipocas... e sim, também na minha opinião o fim dos intervalos. Tudo isso contribuiu para a tal "massificação" que resultou da procura de lucro fácil, sem qualquer preocupação com a manutenção da qualidade que existia anteriormente.
Mas acho que mais do que tudo isto, o que está em causa é a atitude das pessoas, educação, respeito por terceiros (e até por si próprias), etc. Sei que parece a tipica conversa de crise de valores que umas gerações dizem sempre das seguintes mas acho que neste momento é bastante gritante.
Concordo em absoluto e também acho que dificilmente as coisas voltarão ao que eram. As atitudes mediocres das pessoas não se vêm só nos cinemas e sim em todo o lado. Há uma mudança de paradigma em termos culturais que está relacionada com a eleição do dinheiro e do culto da imagem como as coisas mais importantes, custe o que custar. Já não interessa ver para apreciar ou compreender ou debater, mas apenas ver para dizer que se viu. E que se viu primeiro que os outros (é por isso que há pessoal que faz downloads às carradas só para dizer que já tem, etc. Também concordo contigo quando referes a "tipica conversa de crise de valores" geracional, mas como referes é muito mais do que isso. É um facto incontornável que estamos a atingir a ruptura a vários níveis e que a mediocridade e os anormais convencidos que são muito importantes estão por todo o lado. Inclusive no governo.
Tudo isto, voltando a falar de cinema, me entristece porque de certeza que se já era raro ir, depois disto ainda irei menos concerteza. Não há dúvida, bendito home-cinema, é cada vez mais a resposta para tipos como eu.
Cabeças


Re: Cinema Amoreiras - "taxa de 3D"
Wickedbug wrote:Não vejo onde está a falta de ética ou de escrupulos. O cinema 3-d implica que o cinema tenha projecção digital e é mais caro a produzir. Esse aumento do custo reflecte-se no preço. O cinema 3-d oferece algo ao espectador que o normal em 2-d nao oferece (se vale a pena ou não é outra discussão). O espectador toma então a decisão se quer pagar mais por isso ou não. Ser uma consumidor informado poupa muita chatice e não sentirias que estarias a ser enganado ao comprar o bilhete, porque convenhamos também dá toda a ideia e que foste mal atendido no cinema.É aqui que divergimos fundamentalmente. O que se passa, ao inventarem uma taxa - ou uma desculpa - para o aumento dos lucros (ou dos impostos), é o reflexo da falta de ética geralmente praticada em todas as actividades comerciais (o que se passa com o domínio absoluto da banca e com a crise financeira actual é precisamente o reflexo destas práticas).
O 3D é "mais caro a produzir?" - As produções mais caras, como os filmes do Cameron, não implicaram pagar mais dinheiro pelo preço dos bilhetes, poir não?... Além disso como referi, se os bilhetes são mais caros, as pessoas devem ser informadas (antes) dos preços, que não estão afixados (como é de lei) em lado nenhum.
Mas vamos ao que interessa. A tua filha gostou do filme? Gostou da experiência em 3-D? Se sim então deixa la as reclamações, valeu a pena ;)
Tirando o preço, as pipocas e os gritinhos e a confusão, tanto eu como ela gostamos bastante do filme.Não é nada de extraordinário, mas vê-se bastante bem. E os efeitos estão realente giros, embora sinceramente eu não aprecie o conceito. Saio de lá sempre com uma ligeira dor de cabeça.
Quanto aos intervalos mantenho a minha posição, sou contra. Em primeiro lugar os filmes não são feitos com eles em vista. O argumentista ou realizador não pensa "agora aqui a seguir a esta cena emocionalmente forte vem o intervalo para o espectador relaxar". Pelo contrário o filme corta de forma abrupta em qualquer cena. Isto retira o espectador do ambiente do filme. De q serve o filme estar a tentar criar uma atmosfera tensa, triste, dramática para depois cortar para um intervalo com música, conversa, gargalhadas?
Bom, eu diria que não se sabe se os filmes são feitos com os intervalos em vista ou não... não me lembro de ter visto nenhum realizador dizer que sim, ou que não. O que sei é que "no meu tempo" não me lembro de ter alguma vez ouvido alguém reclamar do intervalo, enquanto agora conheço várias pessoas que sentem a falta deles (confesso que a maior parte pessoal da minha idade). Também sei que quando estou em casa, fazemos sempre um intervalinho quando estamos a ver um filme, nem que seja apenas uma "pause" durante 2 ou 3 minutos... para ir buscar comida, ou bebida, ou para fazer um xi-xi...E curiosamente, lembrei-me agora que o Patton (na edição em dvd), salvo erro (não o vejo há anos, mas penso que é o Patton) tem mesmo um "intervalo" obrigatório...
Cabeças


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Re: Cinema Amoreiras - "taxa de 3D"
Cabeças wrote: Não vejo onde está a falta de ética ou de escrupulos. O cinema 3-d implica que o cinema tenha projecção digital e é mais caro a produzir. Esse aumento do custo reflecte-se no preço. O cinema 3-d oferece algo ao espectador que o normal em 2-d nao oferece (se vale a pena ou não é outra discussão). O espectador toma então a decisão se quer pagar mais por isso ou não. Ser uma consumidor informado poupa muita chatice e não sentirias que estarias a ser enganado ao comprar o bilhete, porque convenhamos também dá toda a ideia e que foste mal atendido no cinema.
O 3D é "mais caro a produzir?" - As produções mais caras, como os filmes do Cameron, não implicaram pagar mais dinheiro pelo preço dos bilhetes, poir não?... Além disso como referi, se os bilhetes são mais caros, as pessoas devem ser informadas (antes) dos preços, que não estão afixados (como é de lei) em lado nenhum.
Não é o filme que é mais caro produzir, o investimento maior foi feito na sala de cinema.
Para passarem cinema 3d há um investimento na aquisição de um projector digital DLP com determinadas características, para além dos óculos claro. Ora como filmes 3d para já saem as pingas, as salas têm de cobrir este investimento através de um valor suplementar. Se saíssem só filmes 3d, talvez ai houvesse uma uniformização dos preços dos bilhetes
E sim concordo, estes valores adicionais devem estar afixados, mas se calhar até estão, porque não perguntaste ao caixa onde estava esta informação. Se não houvesse, ameaçavas telefonar a ASAE, podia ser que te devolvessem a diferença.
