Dragonball Evolution (2009) - James Wong

[Enigma]

Bem, confesso já que devo ser dos poucos que não conhece minimamente, ou melhor, não conheço praticamente nada de Dragonball. Se calhar até devo mesmo ser o unico que nunca viu um episódio inteiro sequer desta série. Foi um fenómeno que me passou completamente ao lado. Gostei de Tom Sawyer, Thundercats, He-Man, Bravestarr e outros mas nunca consegui achar piada a esta série anime.

Porém, espreitei de vez em quando (até para perceber porque raio a malta, em grande numero e em pleno liceu adiantado faltava às aulas e enchia o bar para ficarem colados á televisão) e pelo que pude perceber das personagens etc, parecia-me algo óbvio que seria algo muito limitado ao mundo possivel da animação, de tal modo que mesmo hoje com os avanços dos efeitos em cinema vejo muito dificil, para não dizer impossivel, transformar aquele mundo num mundo real minimamente verosimel com humanos a transformarem-se (?) ou a lutarem nos céus e a mandar raios de energia (?)...

Como tal, eu, um não-fã da série assumido, consigo perceber que o filme sobre Dragonball, a partir do momento em que é feito em imagem real, se passa num mundo real e actual, com actores de carne e osso e numa história que quer também abranger e agarrar um público que (como eu) não ligou patavina à série, tenha de ser uma adaptação, com algumas (muitas) mudanças ao formato original da animação, para a tornar lógicamente mais... cinematográfica.

Acho mesmo que para agradar verdadeiramente aos fãs acérrimos, filme, filme... só um episódio Dragonball com altos valores de produção ou uma história independente em tom épico, esticado a mais de 90 minutos. Em animação.

[lud81]

Ja toda a gente sabe que isto não é dragonball. Alias era muito difícil fazer um filme realista mantendo todos os elementos do anime.

Não concordo. Epá, todos, todos, sim talvez fosse. Afinal há 150 episódios de DB e 300 de DBZ e mais uns quantos de GT e não sei que mais...
Mas não era nada difícil fazer uma boa adaptação de DB num tom sério e dramático. A única coisa necessária é vontade, coisa que o trailer mostra que não houve.

Como ando a jogar o jogo Oblivion, deu-me vontade de finalmente voltar a ver os filme LOTR. Antes de ontem vi o FOTR, ontem vi o TTT e esta noite vou ver o ROTK, e é espantoso como ao fim de 7 anos ainda mais ninguém aprendeu nada com estes fantásticos filmes, a maneira como recriaram de forma séria e adulta um mundo de Fantasia que para um qualquer marmelo de um estúdio tipo Fox seria infantil e estúpido. Ao ver os filmes LOTR tem-se mesmo a sensação que se está a ver um filme histórico, passado na época medieval e não num mundo de Fantasia onde há hobbits, magos, elfos, orcs e goblins.

Este filme do DB não foi levado a sério...



Enigma, eu também não vi o DB inteiro, aliás tenho aqui em casa a série completa do DB original para começar a ver do início um destes dias... mas ainda não comecei. São 153 episódios.

Acho mesmo que para agradar verdadeiramente aos fãs acérrimos, filme, filme... só (...) uma história independente em tom épico, esticado a mais de 90 minutos.

Claro! Mas é que isso nem devia ser sequer ponderado, devia ser instinto imediato! Qualquer pessoa que pensasse fazer um filme de DB de 90 ou 100 minutos devia ser fuzilada. A única maneira de fazer um bom filme de DB é mesmo fazer um épico de 3 horas, com uma história bem contada e com tempo, e num universo retratado de forma séria. Não é preciso incluir todos os elementos de DB, basta levar a sério aqueles que se incluírem. Em LOTR luta-se pelo destinho de Middle Earth e nos filmes sente-se essa urgência e perigo real. Em DB luta-se pelo destino do universo e deve-se sentir o perigo real. Não é uma brincadeira de putos. Ou se faz um filme a sério ou então esquece-se.
E não duvides de que haveria público para ver um DB bem feito de 3 horas! Eu que nem vi a série inteira e também não sou um fanático, veria. Apenas gosto de cinema sério e épico. Agora tolices de estúdios, não.

[Argaroth01]

Antes de ontem vi o FOTR, ontem vi o TTT e esta noite vou ver o ROTK, e é espantoso como ao fim de 7 anos ainda mais ninguém aprendeu nada com estes fantásticos filmes, a maneira como recriaram de forma séria e adulta um mundo de Fantasia que para um qualquer marmelo de um estúdio tipo Fox seria infantil e estúpido.

Há muitos factores que explicam isso. Desde já, e talvez o mais importante, é que tinhas um realizador com visão e um estúdio que não se intrometeu nas suas decisões. Depois tens a obra em si que é escrita quase como um épico antigo, com bastante cuidado e erudição (nota-se bem na forma como o Tolkien usa um tom mais académico que literário).

Claro! Mas é que isso nem devia ser sequer ponderado, devia ser instinto imediato! Qualquer pessoa que pensasse fazer um filme de DB de 90 ou 100 minutos devia ser fuzilada. A única maneira de fazer um bom filme de DB é mesmo fazer um épico de 3 horas, com uma história bem contada e com tempo, e num universo retratado de forma séria. Não é preciso incluir todos os elementos de DB, basta levar a sério aqueles que se incluírem. Em LOTR luta-se pelo destinho de Middle Earth e nos filmes sente-se essa urgência e perigo real. Em DB luta-se pelo destino do universo e deve-se sentir o perigo real. Não é uma brincadeira de putos. Ou se faz um filme a sério ou então esquece-se.
E não duvides de que haveria público para ver um DB bem feito de 3 horas! Eu que nem vi a série inteira e também não sou um fanático, veria. Apenas gosto de cinema sério e épico. Agora tolices de estúdios, não.

Dificilmente se conseguiria fazer um filme de Dragonball com a dimensão épica de um LOTR (também há que entender as diferenças entre os universos) sem que para isso se tivesse que descaracterizar em demasia o seu universo. Não sei a que ponto as concessões feitas para uma adaptação não seriam demasiado extensas. Mas a própria ideia de um filme live-action de Dragonball já é em si, para mim, ridícula.

[Enigma]

Enigma, eu também não vi o DB inteiro, aliás tenho aqui em casa a série completa do DB original para começar a ver do início um destes dias... mas ainda não comecei. São 153 episódios.

Acho mesmo que para agradar verdadeiramente aos fãs acérrimos, filme, filme... só (...) uma história independente em tom épico, esticado a mais de 90 minutos.

Claro! Mas é que isso nem devia ser sequer ponderado, devia ser instinto imediato! Qualquer pessoa que pensasse fazer um filme de DB de 90 ou 100 minutos devia ser fuzilada. A única maneira de fazer um bom filme de DB é mesmo fazer um épico de 3 horas, com uma história bem contada e com tempo, e num universo retratado de forma séria. Não é preciso incluir todos os elementos de DB, basta levar a sério aqueles que se incluírem. Em LOTR luta-se pelo destinho de Middle Earth e nos filmes sente-se essa urgência e perigo real. Em DB luta-se pelo destino do universo e deve-se sentir o perigo real. Não é uma brincadeira de putos. Ou se faz um filme a sério ou então esquece-se.
E não duvides de que haveria público para ver um DB bem feito de 3 horas! Eu que nem vi a série inteira e também não sou um fanático, veria. Apenas gosto de cinema sério e épico. Agora tolices de estúdios, não.

Eu ia responder num post mais longo, mas penso que o Argaroth acabou por se antecipar bem e tocar nos pontos essenciais.

Mas eu percebo-te. Aliás nem sabia que eram assim tantos episódios, embora tenha a consciência (pela cultura niponica e pelos conceitos básicos do anime) que não faltarão motivos e influências para dar uma história (bem recheada de pericépias) de Dragonball com mais de 3 horas de filme. Porém, e apesar de continuar a entender onde querias chegar, com o exemplo do Lord of the Rings eu acho que estamos a colocar no mesmo patamar a Fantasia/Tolkien e o Anime/Dragonball, que penso terem algumas diferenças decisivas na adaptação para cinema. Como o Argaroth disse bem, são universos diferentes. Entre muitos outros pormenores...

E reafirmando que mesmo não sabendo praticamente nada de Dragonball, aquilo que espreitava, que me contavam ou é de conhecimento geral, faz-me achar que é um mundo mais possivel (ou só possivel) de se "levar a sério" num contexto de animação. Lá está, a menos que hajam bastantes concessões ao mundo Dragonball tal como é conhecido e adorado pelos fãs. Mas assumo que pode não ser assim tão simples. Aceito que um qualquer "Peter Jackson do Dragonball" (que, como também dizes bem, não é claramente o que se fala neste projecto) ainda possa tentar fazer-me mudar de ideias...

[Pusher]

Concordo que talvez fosse dificil fazer um filme de Dragonball sério, mas o que me parece (e ai estou com o lud) é que isto nem houve uma tentativa...
Vocês já viram bem o trailer?! é que aquilo não tem ponta por onde se lhe pegue... é a desgraça total. Parece que foi feito à pressa e sem dinheiro. Os efeitos são maus, o wirefu é horrivel... é tudo mau! É obviamente uma daqueles casos em pegaram no nome da franchise e o colaram a algo que não tem nada a ver com a mesma. Basta ver que, se no trailer não dissessem os nomes dos personagens, ninguém os reconheceria.

Seria assim tão dificil, pegar no DBZ e contar apenas a invasão dos Super Sayans por exemplo? Daí, partiasse para uma sequela em Namek (ou como raio se escreve) com o Freeza e o catano...
Mas nunca em filmes de 90 minutos. Basta ver o que o Zack Snyder _parece_ ter feito com o Watchmen. Desde que o script, o realizador e os estúdios levassem o material a sério, era perfeitamente possivel termos um filme de Dragonball decente.

[lud81]

Eu não estou a colocá-los no mesmo patamar. A única comparação que estou a fazer é a do espírito da abordagem, e não do material em si. LOTR foi levado a sério, e antes dele (e depois também....) contam-se pelos dedos de uma só mão os que o fizeram. O primeiro Conan, de John Milius, é um. O Neverending Story do Wolfgang Petersen é outro. Mas para cada um deses há 5 filmes parvos, e refiro aqui por exemplo a sequela do Conan.

Concordo que é difícil em termos de execução retratar o universo DB em imagem real, requer muito trabalho de efeitos especiais, mas também muito de caracterização e guarda-roupa.
Mas em termos de "espírito de abordagem", é possível. Aqui está a prova:
http://www.youtube.com/watch?v=GCcM5cRtEok

[jimmy]

Eu nao precisava de uma abordagem mais séria. Se o material de origem é um pouco limitado , também nao deixa de ser verdade que é extenso e tem imensa coisa por onde se pegar. É um universo que pegado por alguem talentoso tinha imenso para trabalhar desde o tom mais fantasioso de DragonBall ou mais sci-fi do Z , e sem necessidade de grandes cargas dramaticas (apesar de basicamente quase toda a gente morrer pelo menos uma vez na serie ). O Speed Racer aqui era obviamente o trabalho a seguir. Um festival autentico a nivel visual , a captar verdadeiramente um certo espirito que também existe no DB.

[DREAMASTER]

Ja toda a gente sabe que isto não é dragonball. Alias era muito difícil fazer um filme realista mantendo todos os elementos do anime.

Não concordo. Epá, todos, todos, sim talvez fosse. Afinal há 150 episódios de DB e 300 de DBZ e mais uns quantos de GT e não sei que mais...
Mas não era nada difícil fazer uma boa adaptação de DB num tom sério e dramático. A única coisa necessária é vontade, coisa que o trailer mostra que não houve.

Como ando a jogar o jogo Oblivion, deu-me vontade de finalmente voltar a ver os filme LOTR. Antes de ontem vi o FOTR, ontem vi o TTT e esta noite vou ver o ROTK, e é espantoso como ao fim de 7 anos ainda mais ninguém aprendeu nada com estes fantásticos filmes, a maneira como recriaram de forma séria e adulta um mundo de Fantasia que para um qualquer marmelo de um estúdio tipo Fox seria infantil e estúpido. Ao ver os filmes LOTR tem-se mesmo a sensação que se está a ver um filme histórico, passado na época medieval e não num mundo de Fantasia onde há hobbits, magos, elfos, orcs e goblins.

Este filme do DB não foi levado a sério...



Enigma, eu também não vi o DB inteiro, aliás tenho aqui em casa a série completa do DB original para começar a ver do início um destes dias... mas ainda não comecei. São 153 episódios.

Acho mesmo que para agradar verdadeiramente aos fãs acérrimos, filme, filme... só (...) uma história independente em tom épico, esticado a mais de 90 minutos.

Claro! Mas é que isso nem devia ser sequer ponderado, devia ser instinto imediato! Qualquer pessoa que pensasse fazer um filme de DB de 90 ou 100 minutos devia ser fuzilada. A única maneira de fazer um bom filme de DB é mesmo fazer um épico de 3 horas, com uma história bem contada e com tempo, e num universo retratado de forma séria. Não é preciso incluir todos os elementos de DB, basta levar a sério aqueles que se incluírem. Em LOTR luta-se pelo destinho de Middle Earth e nos filmes sente-se essa urgência e perigo real. Em DB luta-se pelo destino do universo e deve-se sentir o perigo real. Não é uma brincadeira de putos. Ou se faz um filme a sério ou então esquece-se.
E não duvides de que haveria público para ver um DB bem feito de 3 horas! Eu que nem vi a série inteira e também não sou um fanático, veria. Apenas gosto de cinema sério e épico. Agora tolices de estúdios, não.

Bem, conseguiste dizer aquilo q eu penso e de uma boa maneira. Eu não faria melhor

Aliás com uma serie tão vasta como o DB e DBZ, podam fazer varios filmes, concluindo cada saga no ultimo filme. Assim foi feito pra o LOTR, Matrix, está a ser feito com o Harry Potter e as Cronicas de Narnia.
Tb cacho q mesmo depois do LOTR, muitos filmes epicos feitos na base de livros abusaram e continuam a a busar dos efeitos CGI e na cor. Nos filmes q mencionei acima, o 1º Matrix é excelente e nunca foi pensado em fazer-se sequelas logo a seguir. o 2º e 3º filme é um abuso de efeitos e a historia é uma confusão pegada. Fico-me pelo primeiro, obrigado. Depois, temos as Cronicas de Narnia, q apesar de ser pra crianças não precisava de abusar no tom infantil. Ali aparece repesentado um universo alternativo e bem antigo mas como o filme não foi pensado nos termos do LOTR como o LUd disse "Ao ver os filmes LOTR tem-se mesmo a sensação que se está a ver um filme histórico, passado na época medieval e não num mundo de Fantasia onde há hobbits, magos, elfos, orcs e goblins." Coisa q não acontece aqui. Os filme tem cores garridas, supercoloridas q até pareçe q estamos a ver desenhos animados. Tudo muito exagerado. É pena pq a obra tem potencial.

[DREAMASTER]

Eu não estou a colocá-los no mesmo patamar. A única comparação que estou a fazer é a do espírito da abordagem, e não do material em si. LOTR foi levado a sério, e antes dele (e depois também....) contam-se pelos dedos de uma só mão os que o fizeram. O primeiro Conan, de John Milius, é um. O Neverending Story do Wolfgang Petersen é outro. Mas para cada um deses há 5 filmes parvos, e refiro aqui por exemplo a sequela do Conan.

Concordo que é difícil em termos de execução retratar o universo DB em imagem real, requer muito trabalho de efeitos especiais, mas também muito de caracterização e guarda-roupa.
Mas em termos de "espírito de abordagem", é possível. Aqui está a prova:
http://www.youtube.com/watch?v=GCcM5cRtEok

Não esquecer o Excalibur, ( e já não falo no Ben-Hur em q o filme consegue ser melhor q o livro, na minha opinião).

[DREAMASTER]

Eu nao precisava de uma abordagem mais séria. Se o material de origem é um pouco limitado , também nao deixa de ser verdade que é extenso e tem imensa coisa por onde se pegar. É um universo que pegado por alguem talentoso tinha imenso para trabalhar desde o tom mais fantasioso de DragonBall ou mais sci-fi do Z , e sem necessidade de grandes cargas dramaticas (apesar de basicamente quase toda a gente morrer pelo menos uma vez na serie ). O Speed Racer aqui era obviamente o trabalho a seguir. Um festival autentico a nivel visual , a captar verdadeiramente um certo espirito que também existe no DB.

Mas filmes assim feitos não deixam lembranças e tornam-se mais um filme na espuma do tempo. O excelente trabalho feito no LOTR tour estes filmes memoraveis e automaticamente uns classicos e q serao relembrados por varias gerações.

Posso dizer q vejo cinema desde miudo por culpa do meu pai e nunca tinha visto nada assim deste gabarito á muitos anos e depois deles quase nada q se compare, infelizmente.

[lud81]

Não esquecer o Excalibur

É verdade, já há muitos anos que não vejo esse excelente filme.

O excelente trabalho feito no LOTR tour estes filmes memoraveis e automaticamente uns classicos e q serao relembrados por varias gerações.

Acabei ontem de rever a trilogia, com o ROTK. A última vez que tinha visto qualquer dos 3 filmes tinha sido em inícios de 2005!! Esta obra marcou a história do cinema e é das coisas mais importantes de sempre que se fez na área do cinema, quer se goste, quer não. Pelos quase 10 anos que demorou a completar, pelas pessoas envolvidas, ainda me emociona o facto de terem usado Alan Lee e John Howe como consultores de arte e o nível de envolvimento de ambos (o conhecimento de história medieval de Howe e o empenho artístico de Lee que até decorou os cenários), os laços de amizade que se formaram entre membros da equipa e actores, o nível de detalhe em cada armadura e arma individual pela WETA e pela excelência do "storytelling". Tudo documentado nas excelentes edições especiais.
Revi agora os 3 em dias seguidos e quando acaba o 3º com os desenhos personalizados de cada actor junto ao seu nome, é mesmo um sentimento muito especial de que se acabou de viver uma grande aventura junto de todos eles. São os geek movies de uma nova geração, assim como os Star Wars o foram nos anos 70/80. E memorável é a cena de diálogo entre um fan Star Wars e um fan LOTR em Clerks 2.

[Argaroth01]

Eu não estou a colocá-los no mesmo patamar. A única comparação que estou a fazer é a do espírito da abordagem, e não do material em si. LOTR foi levado a sério, e antes dele (e depois também....) contam-se pelos dedos de uma só mão os que o fizeram. O primeiro Conan, de John Milius, é um. O Neverending Story do Wolfgang Petersen é outro. Mas para cada um deses há 5 filmes parvos, e refiro aqui por exemplo a sequela do Conan.

Aqui o cerne da questão é o que se entende por "levado a sério" e as variantes que existem na seriedade. LOTR foi levado a sério daquela forma porque a obra de onde é adaptado está escrita duma forma (como já disse, o Tolkien prova enormemente a sua mestria académica na trilogia, não só pela forma como desenvolveu as línguas, mas até pelo próprio inglês usado, mais próximo do vitoriano) que propícia essa abordagem. E mesmo assim, ainda me lembro por aqui o veneno que corria contra LOTR: TT, algumas das vezes por cair no rídiculo através da personagem do Gimli. Agora, será que esse nível de seriedade não desvirtuaria DB ? Até que ponto o ser levado demasiado a sério não o tornaria o exacto extremo oposto daquilo que se esperaria ? Qual seria o nível de seriedade correcto ? E será que, qualquer que seja a abordagem, o universo DB consegue o salto para o celulóide ?

O Conan de Millius, por exemplo, por muito que goste do filme, se dessem um nome diferente aos personagens, ninguém identificaria o filme como um Conan, porque muitos dos elementos do personagem estão ausentes. O próprio Conan é o exacto oposto do personagem tal como foi escrito pelo Robert E. Howard.

Agora, não esqueçamos que isto é um filme Fox, covil de Tom Rothman que já minou vários projectos com as suas exigências (outra vítima: "X-Men Origins: Wolverine").

[lud81]

Aqui o cerne da questão é o que se entende por "levado a sério" e as variantes que existem na seriedade. LOTR foi levado a sério daquela forma porque a obra de onde é adaptado está escrita duma forma (como já disse, o Tolkien prova enormemente a sua mestria académica na trilogia, não só pela forma como desenvolveu as línguas, mas até pelo próprio inglês usado, mais próximo do vitoriano) que propícia essa abordagem.

Não acho que a escrita de Tolkien torne a abordagem séria mais fácil de conseguir. Mais fácil de se estar para aí inclinado, concordo, mas mais fácil de conseguir, não concordo. Qualquer material pode ser abordado de forma séria.

E mesmo assim, ainda me lembro por aqui o veneno que corria contra LOTR: TT, algumas das vezes por cair no rídiculo através da personagem do Gimli.

Sim, e em muitos casos era eu. E ainda sinto esse veneno, vi os filmes nos últimos 3 dias e cenas do Gimli em TTT (combate contra wargs) e ROTK (Paths of the Dead) são ridículas. Mas o tom geral dos filmes é sério, e é a isso que me refiro. Continuo absolutamente contra a forma como PJ tratou Gimli em certas cenas.

Agora, será que esse nível de seriedade não desvirtuaria DB ? Até que ponto o ser levado demasiado a sério não o tornaria o exacto extremo oposto daquilo que se esperaria ? Qual seria o nível de seriedade correcto ? E será que, qualquer que seja a abordagem, o universo DB consegue o salto para o celulóide ?

A série DB era séria, Argaroth. Tinha momentos de comédia ridícula, sim, mas os combates eram a coisa mais séria do mundo!

O Conan de Millius, por exemplo, por muito que goste do filme, se dessem um nome diferente aos personagens, ninguém identificaria o filme como um Conan, porque muitos dos elementos do personagem estão ausentes. O próprio Conan é o exacto oposto do personagem tal como foi escrito pelo Robert E. Howard.

Eu sei, já li o Conan de Howard. Gosto igualmente de ambos os universos, o de Howard é muito racional e analítico, Conan muitas vezes em vez de andar à porrada, mete-se em argumentos de lógica com os seus inimigos e isso é engraçado de ler, e o universo que Milius criou é muito diferente, mais virado para cinema do que literatura. Mas o que me importa aqui é a verosimilhança do universo que Milius retratou no seu filme. Aquela terra é real, para todos os efeitos, os seus povos são reais, com conflitos reais. É um universo de Fantasia retratado com respeito e esse respeito é alargado ao espectador do filme também, que não é tratado como uma criança. Este foi sempre ponto fulcral do que quero dizer.

[airjoca]

300, Sin City, Watchmen, Speed Racer, LOTR, Dark Knight. Apenas alguns exemplos de filmes que respeitam o material de origem e o tentam elevar a um novo patamar. Era fazer exactamente o mesmo com este Dragon Ball.

O que vai acontecer com este filme é semelhante ao que fizeram ao Street Fighter com o Van Damme por exemplo. O material de origem é o melhor possível tal como está, mas os hollywood execs têm sempre de tentar estragar os filmes com as suas ideias do que é que as pessoas querem e o que é que vende...

Apenas a sequência de abertura do filme de animação feito na mesma altura eclipsa o filme live action por completo:
http://www.youtube.com/watch?v=o-lCLgN9rfc

Bastava fazer algo semelhante, e sem o Van Damme... :)

[jimmy]

Sinceramente acho muitas comparacoes completamente descabidas.Dragon Ball nunca se leva demasiado a sério no seu material original. É uma serie (seja tv ou manga) com elementos tipicos de aventura , onde as ideias mais abordadas sao num sentido amplo tipicamente o bem vs mal , e pouco mais que isso. A unica carga dramática existente na série deriva das mortes das personagens , mas acabando por ser atenuado muito devido á ideia das dragon ball. Agora em toda a série percorre um certo espirito (comum em anime) que é tudo menos sério. Existe temas e conceitos interessantes a explorar na série ? Sim claro mas o caminho nunca pode ser muito sério , pois a partir de certo limite isso já nao era Dragon Ball. E a personagem principal da série (Son Goku) , evoca bem o sentido e estilo da historia.