Miracle at St. Anna (2008) - Spike Lee

[Shivers]

"Miracle at St. Anna" chronicles the story of four black American soldiers who are members of the US Army as part of the all-black 92nd "Buffalo Soldier" Division stationed in Tuscany, Italy during World War II.

They experience the tragedy and triumph of the war as they find themselves trapped behind enemy lines and separated from their unit after one of them risks his life to save an Italian boy.

Directed by Spike Lee from a screenplay written by James McBride, the author of the acclaimed novel of the same name, the film explores a deeply inspiring, powerful story drawn from true history, that transcends national boundaries, race, and class to touch the goodness within us all.

http://www.miraclemovie.com/
trailer: http://movies.yahoo.com/movie/1809947151/video/8293703

[Tony Soprano]

13/6/2008

De Eastwood para Spike Lee: "Cale-se"


Spike Lee acusou Clint Eastwood de não ter tido coragem de incluir personagens negras em "As Bandeiras dos Nossos Pais" e "Cartas de Iwo Jima", filmes sobre a batalha entre americanos e japoneses pela ilha de Iwo Jima. É um argumento recorrentemente utilizado por Spike Lee: o de que cineastas brancos incorrem em estereótipos de representação (ou não representação) das personagens negras.

Eastwood respondeu-lhe na semana passada, numa entrevista ao diário britânico "Guardian": as tropas negras que participaram nesse episódio da II Guerra Mundial não tiveram intervenção alguma no içar da bandeira no cimo do Monte Suribachi, em Iwo Jima, momento icónico dessa batalha e a "cena primitiva" nos seus dois filmes. "Se eu tivesse posto ali um afro-americano as pessoas diriam: ''Este tipo está louco''. Quer dizer: não seria rigoroso". E, depois, sobre Spike Lee: "O tipo devia mas é calar-se".

As críticas de Spike Lee foram produzidas numa conferência de imprensa em que o cineasta afro-americano promovia o seu novo filme, "Miracle at St Anna", a história de uma divisão do exército americano, a 92nd Buffalo Division, que era toda constituída por negros e que combateu em Itália na II Guerra - é um filme que tem propósito de corrigir o que a História oficial conta. "Clint Eastwood fez dois filmes sobre Iwo Jima, que duravam, no total, mais de quatro horas, e não havia um único actor negro no ecrã. Se vocês, jornalistas, os tivessem no sítio perguntar-lhe-iam porquê. Não imagino porque é que ele fez isso... Mas sei que lhe fizeram esse reparo a tempo de a coisa ser emendada. Não foi como se não tivesse sabido."

Clint Eastwood também fez um reparo. Lembrou que realizou um filme, "Bird" (1989, sobre Charlie Parker), em que 90 por cento dos intérpretes eram de raça negra, e que mesmo assim Spike Lee protestou. "Ele criticou o facto de um realizador branco estar a filmar essa história. De facto poderia ter sido ele a fazêlo. Não o fez, estava a realizar outro filme qualquer. Fui eu que o fiz."

O próximo projecto de Eastwood, que se seguirá a "Changelling", já apresentado no Festival de Cannes, será "The Human Factor", sobre os esforços de Nelson Mandela para garantir a unidade nacional da África do Sul pós-apartheid.

Garantias de rigor histórico, senhor Eastwood? "Não se preocupem, não vou fazer de Nelson Mandella um tipo branco."

PÚBLICO

Como diria o Diácono Remédios: "O artista é um bom artista, não havia nechexidade…"

São os dois bons artistas - e que artistas! - (aprecio mais a filmografia de Eastwood) mas Spike Lee parece ter disparado para o alvo errado. Que tal pedir um sistema de quotas para reduzir o incómodo de Lee? Se cada um andasse a fazer o seu trabalho sem se julgar dono da verdade histórica...isso é que era. Ou será apenas um golpe de marketing? Nos dias de hoje...

[lud81]

O Spike Lee é um bom cineasta mas já anda a dizer merda há anos.... Essa do Eastwood ter realizado o Bird é uma delas. Realmente, o Lee fazia melhor era calar-se...

[Shivers]

Estreia esta semana:

O Milagre em Sant'Anna

Um épico sobre a Segunda Guerra Mundial que narra a história de quatro soldados afro-americanos pertencentes ao exército americano, à Divisão Buffalo Soldiers, estacionada na Toscânia, Itália. Eles experimentam a tragédia e o triunfo da guerra e vêem-se encurralados dentro de linhas inimigas e separados da sua unidade, depois de um deles ter arriscado a vida para salvar um menino italiano.

[Strangelove]

Ainda estou indeciso quanto a este.
Muita palha no meio de muitas cenas prodigiosas.
A agenda de culpabilização do espectador é que não ajuda.

[Cabeças]

Alguém viu este filme?

Estou curioso, gosto dos filmes do Spike Lee, tenho quase todos, mas gostava de saber quais as impressões que este filme deixou a quem o viu.

Quanto ao spike lee, sempre o achei racista. Daqueles mesmo chatos à brava. Faz-me lembrar aquelas mulheres que ao aderirem ao feminismo ficam absolutamente insuportáveis.

Spike Lee? "Se chove a culpa é do homem branco, se não chove a culpa é do homem branco". Ninguém põe em causa discriminações que subsistem e séculos de escravatura. Mas o gajo é mesmo chato e racista, na minha opinião. Ele próprio procede relativamente aos brancos como acusa os brancos de proceder com os pretos. É é chatissimo de ouvir quando começa com essas tretas.

Mas gosto bastante dos filmes dele. E dos do Clint, já agora!

[jimmy]

Eu vi e estava a espera de algo diferente. É um filme de guerra diferente do habitual , com uma interpretação de um menino absolutamente fantástica. O Spike não resiste a dar as suas picadas raciais mas o filme está longe de ser um manifesto do realizador. Se gostas dos filmes dele , não percas. É um bocadinho grande e exageradamente melodramático no final , quando o tom no resto do filme (apesar de não ser ligeiro) não é de todo esse.

[p_alucinado]

Ainda não vi o filme mas vê-lo-ei em breve porque me chama a atenção. Gosto de Lee e de Eastwood nas mesmas doses, ou seja, moderadamente. Ambos são capazes de grandes filmes mas também de obras bem menores. No entanto, parece-me que Eastwood consegue atingir os dois extremos com mais eficácia. Nenhum filme de Lee chega ao nível de Mystic River ou Unforgiven. Mas também não atinge a mediocridade de Million Dollar Baby (opinião pessoal, claro está!).

[Bladder]

Ainda não vi o filme mas vê-lo-ei em breve porque me chama a atenção. Gosto de Lee e de Eastwood nas mesmas doses, ou seja, moderadamente. Ambos são capazes de grandes filmes mas também de obras bem menores. No entanto, parece-me que Eastwood consegue atingir os dois extremos com mais eficácia. Nenhum filme de Lee chega ao nível de Mystic River ou Unforgiven. Mas também não atinge a mediocridade de Million Dollar Baby (opinião pessoal, claro está!).

Também não gramo la muito o Spike Lee, acho-o um realizador com um certo brilho, pecando por um certo cheirinho algo racialmente panfletário (ainda não vi o Summer Of Sam) mas acho o 25ª Hora com o Edward Norton um bom filme, muito acima da média e sobre os citados posso dizer que rivaliza com o Mystic River em termos de qualidade.

Não tenhas vergonha de dizer, o Million Dollar Baby é mesmo um vómito.

[Cabeças]

... ainda não vi o Summer Of Sam...

Esse filme é só sacanage!!!...

Por acaso gostei muito, vi-me doido para o arranjar. Grandes interpretações do John Leguizamo, do Adrian Brody (como nunca o viram e provalvelmente não verão novamente), da Mira Sorvino (nhac!) e da Jennifer Esposito!

Um must, este filme! O bom saber dos velhos tempos.

[p_alucinado]

... ainda não vi o Summer Of Sam...

Esse filme é só sacanage!!!...

Por acaso gostei muito, vi-me doido para o arranjar. Grandes interpretações do John Leguizamo, do Adrian Brody (como nunca o viram e provalvelmente não verão novamente), da Mira Sorvino (nhac!) e da Jennifer Esposito!

Um must, este filme! O bom saber dos velhos tempos.

É pá, já nem me lembrava do Summer of Sam. Grande, grande filme! E o 25th Hour, obra-prima, sem dúvida! Engraçado que todos os filmes do Spike que me ocorreram foram os de temática racial muito acentuada, isto apesar dos melhores nem o serem, como o caso dos referidos.

[hoklik2]

Malcolm X, Summer of Sam e 25th Hour são dos meus favoritos!

O Bamboozled nem o consegui acabar de ver... Achei muito mau.

[DarkPhoenix]

Na minha opinião, The 25th Hour é uma obra-prima, não perde para os melhores Eastwood.

[jimmy]

Do The Right Thing e o 25th Hour são duas obras ao alcance de muitos poucos. A filmografia do Spike é fantástica e tem 2 picos difíceis de atingir por quem quer que seja.