Faleceu Mário Ventura Henriques
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Faleceu Mário Ventura Henriques
Mário Ventura Henriques, falecido hoje com 70 anos, acumulou o trabalho de jornalista com a escrita de ficção e uma paixão pelo cinema que o levou a criar, em 1984, o Festroia - Festival Internacional de Cinema.
Nascido em Lisboa em 1939, Mário Ventura Henriques estreou-se na ficção em 1963 com «A Noite da Vergonha», primeiro livro de uma obra que somou cerca de dezena e meia de títulos em vários estilos, do romance ao conto, do memorialismo à narrativa.
Em 1966 publicou «à Sombra das Árvores Mortas», dois anos depois «O Despojo dos Insensatos» e em seguida reuniu nos volumes «Alentejo Desencantado» (1969) e «Morrer em Portugal» (1976) narrativas sobre várias regiões do país.
Regressando ao romance em 1979 com «Outro Tempo Outra Cidade», o jornalista e escritor publicou seis anos depois «Vida e Morte dos Santiagos», que venceu o Prémio de Ficção do Pen Clube e o Prémio Literário do Município de Lisboa.
Em 1986 nasceu a colectânea de diálogos com escritores «Conversas», enquanto «Março Desavindo», sobre um episódio ocorrido num momento acesso da revolução portuguesa, apareceu em 1987, surgindo «Évora e os Dias da Guerra», título que arrebatou novo prémio do Pen Clube, em 1992.
Mário Ventura cobriu em 1997, com «A Revolta dos Herdeiros», três décadas da realidade portuguesa, antes e depois do 25 de Abril.
Em 1999 lançou «O Segredo de Miguel Zuzarte», enquanto em 2001 editou o seu primeiro livro de memórias, «Quarto Crescente», e o álbum «Portugal - Geografia do Fatalismo», uma antologia de textos sobre a paisagem humana portuguesa com fotos de João Francisco Vilhena.
Seguiram-se «Atravessando o Deserto» (2002) e, no ano seguinte, uma reedição de «A Noite da Vergonha», para assinalar os 40 anos de vida literária do escritor.
O último romance a ser lançado foi «O Reino Encantado», publicado em 2005 e que tem por base um caso verídico: um movimento sebastianista no Brasil de Oitocentos. No mesmo ano, a editora Casa das Letras reeditou «Vida e Morte dos Santiagos» para assinalar os 20 anos da obra.
Como jornalista, Mário Ventura Henriques passou pelo Diário Popular e Diário de Notícias, pertenceu ao conselho de redacção da revista Seara Nova, foi director do semanário Extra e chefiou a agência noticiosa Europa Press.
A partir de 1968 foi correspondente da imprensa espanhola, função que abandonou em meados da década de 90, tendo chegado a dirigir a edição portuguesa da Cambio 16.
Presidente da Associação Portuguesa de Escritores no início da década de noventa, Mário Ventura Henriques ficou conhecido também como mentor e presidente do Festival Internacional de Cinema Festroia.
O corpo de Mário Ventura será trasladado hoje à tarde para a igreja de S. Paulo, em Setúbal, de onde sairá o funeral no sábado, para o cemitério de Nossa Senhora da Piedade, na mesma cidade.
Diário Digital / Lusa
Nascido em Lisboa em 1939, Mário Ventura Henriques estreou-se na ficção em 1963 com «A Noite da Vergonha», primeiro livro de uma obra que somou cerca de dezena e meia de títulos em vários estilos, do romance ao conto, do memorialismo à narrativa.
Em 1966 publicou «à Sombra das Árvores Mortas», dois anos depois «O Despojo dos Insensatos» e em seguida reuniu nos volumes «Alentejo Desencantado» (1969) e «Morrer em Portugal» (1976) narrativas sobre várias regiões do país.
Regressando ao romance em 1979 com «Outro Tempo Outra Cidade», o jornalista e escritor publicou seis anos depois «Vida e Morte dos Santiagos», que venceu o Prémio de Ficção do Pen Clube e o Prémio Literário do Município de Lisboa.
Em 1986 nasceu a colectânea de diálogos com escritores «Conversas», enquanto «Março Desavindo», sobre um episódio ocorrido num momento acesso da revolução portuguesa, apareceu em 1987, surgindo «Évora e os Dias da Guerra», título que arrebatou novo prémio do Pen Clube, em 1992.
Mário Ventura cobriu em 1997, com «A Revolta dos Herdeiros», três décadas da realidade portuguesa, antes e depois do 25 de Abril.
Em 1999 lançou «O Segredo de Miguel Zuzarte», enquanto em 2001 editou o seu primeiro livro de memórias, «Quarto Crescente», e o álbum «Portugal - Geografia do Fatalismo», uma antologia de textos sobre a paisagem humana portuguesa com fotos de João Francisco Vilhena.
Seguiram-se «Atravessando o Deserto» (2002) e, no ano seguinte, uma reedição de «A Noite da Vergonha», para assinalar os 40 anos de vida literária do escritor.
O último romance a ser lançado foi «O Reino Encantado», publicado em 2005 e que tem por base um caso verídico: um movimento sebastianista no Brasil de Oitocentos. No mesmo ano, a editora Casa das Letras reeditou «Vida e Morte dos Santiagos» para assinalar os 20 anos da obra.
Como jornalista, Mário Ventura Henriques passou pelo Diário Popular e Diário de Notícias, pertenceu ao conselho de redacção da revista Seara Nova, foi director do semanário Extra e chefiou a agência noticiosa Europa Press.
A partir de 1968 foi correspondente da imprensa espanhola, função que abandonou em meados da década de 90, tendo chegado a dirigir a edição portuguesa da Cambio 16.
Presidente da Associação Portuguesa de Escritores no início da década de noventa, Mário Ventura Henriques ficou conhecido também como mentor e presidente do Festival Internacional de Cinema Festroia.
O corpo de Mário Ventura será trasladado hoje à tarde para a igreja de S. Paulo, em Setúbal, de onde sairá o funeral no sábado, para o cemitério de Nossa Senhora da Piedade, na mesma cidade.
Diário Digital / Lusa
Pois...mais outro da única corrente literária que incomodou.
Pois assim foi. Todos (os que contam, de verdade) perdemos.
E na nossa TV, obteve quase o mesmo destaque que o caso daquele jovem debutante nas telenovelas rascas que faleceu num desastre de automovel.
Coisas muito nossas!...
O que vale é que até a Carris diz que apoia a selecção...
Não é mesmo?
HN
E na nossa TV, obteve quase o mesmo destaque que o caso daquele jovem debutante nas telenovelas rascas que faleceu num desastre de automovel.
Coisas muito nossas!...
O que vale é que até a Carris diz que apoia a selecção...
Não é mesmo?
HN