Salvador (1986) - Oliver Stone
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Salvador (1986) - Oliver Stone
Hoje devido a um principio de gripe (espero que não seja a das aves...) redimi-me de um dos meus pecados e finalmente vi esta obra de Mr. Stone.
Curioso que o filme fez 20 anos e nem por isso se encontra desactualizado no tema, ditaduras em Países em Vias de Desenvolvimento e interferência externa.
Este filme é também uma homenagem ao fotojornalismo, bem como as suas questões éticas.
Visionar este filme 2 décadas após a sua realização pode ser perigoso, pois por vezes alguns filmes tendem a ser dtados pelo tempo, não é o caso deste, estão lá os traços característicos da década de ´80, personagens à beira da destruição, ou uma banda sonora com sons tão próprios daquela época.
Outra curiosidade é ver a carreira destes actores, tanto James Woods, James Belushi e John Savage têm mais de cem entradas no IMDB, no entanto nenhum deles conseguiu um lugar ao sol, James Woods foi o que ainda se conseguiu destacar, mas, nunca para a "primeira liga".
Oliver Stone, um homem que nota-se que adora o seu País, no entanto gosta de confrontá-lo com os seus "pecados".
8/10
Curioso que o filme fez 20 anos e nem por isso se encontra desactualizado no tema, ditaduras em Países em Vias de Desenvolvimento e interferência externa.
Este filme é também uma homenagem ao fotojornalismo, bem como as suas questões éticas.
Visionar este filme 2 décadas após a sua realização pode ser perigoso, pois por vezes alguns filmes tendem a ser dtados pelo tempo, não é o caso deste, estão lá os traços característicos da década de ´80, personagens à beira da destruição, ou uma banda sonora com sons tão próprios daquela época.
Outra curiosidade é ver a carreira destes actores, tanto James Woods, James Belushi e John Savage têm mais de cem entradas no IMDB, no entanto nenhum deles conseguiu um lugar ao sol, James Woods foi o que ainda se conseguiu destacar, mas, nunca para a "primeira liga".
Oliver Stone, um homem que nota-se que adora o seu País, no entanto gosta de confrontá-lo com os seus "pecados".
8/10
Exactamente, perigoso agora, perigosíssimo na altura (deu muito que falar, e também muito que "abafar", eh, eh). Um filme que se vê sem qualquer discrepância hoje em dia, também pouco ou nada mudou desde então...eeeehh, é melhor deixar para outra altura...Visionar este filme 2 décadas após a sua realização pode ser perigoso, pois por vezes alguns filmes tendem a ser dtados pelo tempo, não é o caso deste, estão lá os traços característicos da década de ´80,
"Politiquices" à parte não deixa de ser o melhor filme de Stone, para mim.
"Fear is the mind killer..."
- Ricardo Ribeiro
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Hummmm não era esta filme que te ando a "mandar" ver vai para dois anos?Hoje devido a um principio de gripe (espero que não seja a das aves...) redimi-me de um dos meus pecados e finalmente vi esta obra de Mr. Stone.
Isto não é um bocado exagerado? É um filme violento? Sim, mais ou menos. Como tantos outros. Uma das coisas que mais me cativou no filme foi a banda sonora, marcada por músicas "campesinas" sul-americanas, de cariz revolucionário. Sâo o tempero perfeito para este filme tantas vezes (injustamente) esquecido.E um filme violentíssimo, que me impressionou imenso. A cena das violações anda hoje me faz sentir mal.
Ricardo Ribeiro
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Era o também muito bom "Killing Fields".Hummmm não era esta filme que te ando a "mandar" ver vai para dois anos?
Um gnomo por dia, dá saúde e alegria!
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- DarkPhoenix
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Também é um dos meus preferidos do Stone, juntamente com o "Talk Radio" e, num estilo mais domesticado, o tour-de-force "JFK".
Infelizmente, já não revejo "Salvador" há mais de uma década.
Daqueles tempos saudosos em que o Oliver Stone ainda sabia o que raio queria ele dizer nos seus filmes...
Antes de tomar ácidos e perder-se com desvarios pretensiosos mais ou menos falhados ( The Doors, NBK, U Turn, Any Given Sunday, Alexander,... )
Sempre comparei "Salvador" com "The Killing Fields", pois são ambos excelentes retratos da violência exercida contra civis, em tempos de ditadura ou guerra social.
Infelizmente, já não revejo "Salvador" há mais de uma década.
Daqueles tempos saudosos em que o Oliver Stone ainda sabia o que raio queria ele dizer nos seus filmes...
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Sempre comparei "Salvador" com "The Killing Fields", pois são ambos excelentes retratos da violência exercida contra civis, em tempos de ditadura ou guerra social.
"I WAS fire and life incarnate!"
https://www.youtube.com/user/darkphoenixPT
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- Ricardo Ribeiro
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É engraçado que também costumo pensar neles como um par. As semelhanças são evidentes, e, para além das que referiste, há os anos de produção (1984 e 1986). Ambos contém ainda uma crítica mais ou menos explícita à política externa dos EUA, sobretudo Salvador, mas também Killing Fields; ambos oferecem uma banda sonora poderosa, num tom mais suave em Salvador, e numa violência inusitada, em pelna harmonia com o filme, em Killing Fields, num trabalho único de Mike Oldfield, cujo álbrm tenho a felicidade de possuir.Sempre comparei "Salvador" com "The Killing Fields", pois são ambos excelentes retratos da violência exercida contra civis, em tempos de ditadura ou guerra social.
Ricardo Ribeiro
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- Victor Melo
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Curiosamente eu também sempre relacionei ambos os filmes (“Salvador”, “The Killing Fields”) e, inclusivamente, tenho-os juntos na colecção.
São dois óptimos exemplos cinematográficos do tenso universo fotojornalístico.
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«The bigger the director/picture, the more "fun" people have acting like they're above it.»
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Ora aí está algo com que não concordo. Dizer que o James Woods nunca atingiu a "primeira liga" é um tanto ou quanto um atentado à história de um actor que esteve em filmes como Against All Odds, Nixon, JFK, Casino, Contact, True Crime, Virgin Suicides ou Any Given Sunday, isto para apenas referir alguns. Até porque a quantidade e variedade de "bonecos" que interpretou está ao nivel dos melhores actores de Hollywood. Espero que não se deixem influenciar pelo facto do homem ultimamente preferir dar prestígio a (brilhantes) filmes independentes como por exº, Pretty Persuasion. James Woods está mesmo lá. E de que maneira...Outra curiosidade é ver a carreira destes actores, tanto James Woods, James Belushi e John Savage têm mais de cem entradas no IMDB, no entanto nenhum deles conseguiu um lugar ao sol, James Woods foi o que ainda se conseguiu destacar, mas, nunca para a "primeira liga".
- DarkPhoenix
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- Joined: February 13th, 2004, 2:58 pm
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Dizer que o James Woods nunca conseguiu entrar para a primeira liga, não é o mesmo que considerar negativa a sua prestação...
Desses filmes todos que referiste, ele é sempre actor secundário.
Não vês o seu nome escrito em letras garrafais no poster do filme...
A marca "James Woods" não vende filmes USA, o mesmo acontecendo com Ed Harris, Christopher Walken, Robert Duvall, Harvey Keitel, Roy Scheider...
Todos eles, excelentes actores, mas sem papéis principais disponíveis. É o star system em acção.
No seu melhor filme até à data - "Once Upon a Time in America" ( Sergio Leone ) - James Woods consegue até ofuscar algum do trabalho magnífico do Robert DeNiro.
DeNiro, que actualmente prima por uma mediocridade militante nos filmes que escolhe para trabalhar.
E nem por isso, o seu nome deixa de estar sempre no poster, sempre em grande destaque!
Desses filmes todos que referiste, ele é sempre actor secundário.
Não vês o seu nome escrito em letras garrafais no poster do filme...
A marca "James Woods" não vende filmes USA, o mesmo acontecendo com Ed Harris, Christopher Walken, Robert Duvall, Harvey Keitel, Roy Scheider...
Todos eles, excelentes actores, mas sem papéis principais disponíveis. É o star system em acção.
No seu melhor filme até à data - "Once Upon a Time in America" ( Sergio Leone ) - James Woods consegue até ofuscar algum do trabalho magnífico do Robert DeNiro.
DeNiro, que actualmente prima por uma mediocridade militante nos filmes que escolhe para trabalhar.
E nem por isso, o seu nome deixa de estar sempre no poster, sempre em grande destaque!
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Re: Salvador (1986) - Oliver Stone
Num espaço de poucos dias…novo filme de Oliver Stone. Desta feita ”Salvador” (1986).
Grande filme, daqueles que não nos deixam indiferentes. Uma homenagem também ao fotojornalismo. Richard Boyle (James woods) convida-nos a uma viagem de procura de uma nova oportunidade, não só profissionalmente mas também enquanto Homem. Stone e Richard Boyle (o próprio) oferecem-nos um argumento bem limado, sem grandes rodeios e voltas desnecessárias, resultando num retrato forte e cru de El Salvador. A redenção de Boyle está também naquele amor difícil que o faz regressar e que o faz querer logo partir, mas nem o regresso é fácil nem a partida feliz.
As imagens são fortes (algumas são mesmo fortes) e as emoções surgem naturalmente, sem cair na violência gratuita ou na comiseração para com quem sofre. O filme faz-se no meio do povo mas também nas esferas políticas e militares. Destaque também para os grandes momentos de tensão e “gozo” entre Woods e John Savage, no papel de John Cassady. Uma química que passa bem para este lado.
Woods aguenta-se bem como protagonista mas parece-me algo limitado em termos emocionais, talvez demasiado controlado. Realização competente de Stone num filme bem ritmado e que se desenvolve bem entre o retrato geral da História e o acompanhamento da história das personagens.
Deixo também o trailer para quem não conhece:
Grande filme, daqueles que não nos deixam indiferentes. Uma homenagem também ao fotojornalismo. Richard Boyle (James woods) convida-nos a uma viagem de procura de uma nova oportunidade, não só profissionalmente mas também enquanto Homem. Stone e Richard Boyle (o próprio) oferecem-nos um argumento bem limado, sem grandes rodeios e voltas desnecessárias, resultando num retrato forte e cru de El Salvador. A redenção de Boyle está também naquele amor difícil que o faz regressar e que o faz querer logo partir, mas nem o regresso é fácil nem a partida feliz.
As imagens são fortes (algumas são mesmo fortes) e as emoções surgem naturalmente, sem cair na violência gratuita ou na comiseração para com quem sofre. O filme faz-se no meio do povo mas também nas esferas políticas e militares. Destaque também para os grandes momentos de tensão e “gozo” entre Woods e John Savage, no papel de John Cassady. Uma química que passa bem para este lado.
Woods aguenta-se bem como protagonista mas parece-me algo limitado em termos emocionais, talvez demasiado controlado. Realização competente de Stone num filme bem ritmado e que se desenvolve bem entre o retrato geral da História e o acompanhamento da história das personagens.
Deixo também o trailer para quem não conhece: