Movies of the 70's
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Walt, um dos nomes que apontas como sendo de alto nível (categorização com a qual até concordo) é Alfred Hitchcock - justamente um realizador não experimentou "um pouco de tudo" e que praticamente toda a sua carreira contou sempre as mesmas histórias de culpas, falsos culpados, enganos e crimes.
Isto para dizer que o facto de Shyamalan se manter no mesmo género não é handicap de forma alguma.
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Donnie: Why do you wear that stupid bunny suit?
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O waltsouza tem razão quando fala na banalização da palavra génio.
Qualquer realizador que comece a sua carreira nos dias de hoje, e que "realize" um filme acima da média, é logo catalogado de "génio". Foi assim com Shyamalan, Sam Mendes, Paul Thomas Anderson, Spike Jonze, Alex Proyas, Sofia Coppola etc,... ou seja, hoje em dia basta um filme com uns movimentos de câmara mais arrojados, com um visual um pouco diferente... e já temos génio.
Para mim na actualidade só existe um génio. Um senhor chamado Ingmar Bergman.
Por outro lado concordo com o Donnie quando diz que um realizador não tem que experimentar todos os géneros cinematográficos para provar a sua genialidade. Eu até acho que os bons realizadores passam a vida inteira a “fazer” o mesmo filme.
Qualquer realizador que comece a sua carreira nos dias de hoje, e que "realize" um filme acima da média, é logo catalogado de "génio". Foi assim com Shyamalan, Sam Mendes, Paul Thomas Anderson, Spike Jonze, Alex Proyas, Sofia Coppola etc,... ou seja, hoje em dia basta um filme com uns movimentos de câmara mais arrojados, com um visual um pouco diferente... e já temos génio.

Para mim na actualidade só existe um génio. Um senhor chamado Ingmar Bergman.

Por outro lado concordo com o Donnie quando diz que um realizador não tem que experimentar todos os géneros cinematográficos para provar a sua genialidade. Eu até acho que os bons realizadores passam a vida inteira a “fazer” o mesmo filme.
Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos. Millor Fernandes
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Bora láwaltsouza wrote:Francesco Zappa
Vamos lá ver se nos entendemos![]()

Eu nunca o coloquei ao nível de ninguém. Usar outros nomes juntamente com o de Shyamalan não é automaticamente igualá-los, serve para demonstrar um ponto de vista.waltsouza wrote:Descontando as devidas diferenças de estilo e épocas, colocas o Shyamalan ao nível de um Alfred Hitchcock, Stanley Kubrick, Ridley Scott, Francis Ford Coppola, John Ford?
Apenas contestei, de forma irónica, a tua lógica de: fez "apenas" 6 filmes por isso não é um génio.
Kubrick, em 50 anos, fez pouco mais de 10 filmes, Tarkovsky tem "apenas" 8 longas metragens no seu currículo, Malick, que referi no outro post, tem apenas 3 filmes, Laughton, como referiu, e muito bem, o Nuno Antunes, realizou apenas um filme, e que filme, um filme de "génio".
Já agora, pergunto eu, o que está o Ridley Scott a fazer ao lado desses nomes?

waltsouza wrote:Shyamalan é sem dúvida um realizador acima da média (mesmo não se gostando dos seus filmes ou da sua forma de filmar) mas não necessitará este homem ainda de percorrer um caminho para ganhar mais maturidade, exprimentar outros géneros e sobretudo diferentes histórias, que não tenham de uma forma ou outra a ver quase somente com o sobrenatural/sobre-humano? Que tal um filme de terror realizado por ele? E porque não um épico de guerra? Ou então um Western?
Donnie Darko wrote:Walt, um dos nomes que apontas como sendo de alto nível (categorização com a qual até concordo) é Alfred Hitchcock - justamente um realizador não experimentou "um pouco de tudo" e que praticamente toda a sua carreira contou sempre as mesmas histórias de culpas, falsos culpados, enganos e crimes.
Isto para dizer que o facto de Shyamalan se manter no mesmo género não é handicap de forma alguma.
Neste ponto concordo com o Donnie e o Alan, o percorrer de vários géneros não demonstra qualidade/genialidade mas sim versatilidade.alan_smithee wrote:Por outro lado concordo com o Donnie quando diz que um realizador não tem que experimentar todos os géneros cinematográficos para provar a sua genialidade. Eu até acho que os bons realizadores passam a vida inteira a “fazer” o mesmo filme.
Concordo completamente, já parece a imprensa britânica especializada de música todos os meses anuncia "the next big thing"alan_smithee wrote:O waltsouza tem razão quando fala na banalização da palavra génio.
Qualquer realizador que comece a sua carreira nos dias de hoje, e que "realize" um filme acima da média, é logo catalogado de "génio". Foi assim com Shyamalan, Sam Mendes, Paul Thomas Anderson, Spike Jonze, Alex Proyas, Sofia Coppola etc,... ou seja, hoje em dia basta um filme com uns movimentos de câmara mais arrojados, com um visual um pouco diferente... e já temos génio.![]()

Para terminar, e para clarificar de uma vez, eu também não considero o Shyamalan um génio, nem pouco mais ou menos. Acho-o um realizador muito interessante, um dos mais interessantes dos que surgiram nos últimos anos, e cuja obra realizada até agora me dá vontade de acompanhar com atenção os seus filmes vindouros.
É inconcebível que o melhor futebol e jogadores não possam estar numa festa tão importante e bonita como o Mundial.
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Kubrick realizou 16 filmes (fiz pesquisa) e Ridley Scott realizou Blade Runner e Alien. Seguindo a tese «o que importa não é a quantidade mas sim a qualidade» será que Scott não merece ser "Géniozito"? Será assim tão descabido considerar Ridley Scoot como mais um dos "predestinados", ele que fez uma simbiose quase perfeita, e inovadora na altura, entre ficção científica/terror.
Ou será que Ridley Scott é apenas mais um realizador interessante?
Tudo depende do ponto de vista...
Kubrick realizou 16 filmes (fiz pesquisa) e Ridley Scott realizou Blade Runner e Alien. Seguindo a tese «o que importa não é a quantidade mas sim a qualidade» será que Scott não merece ser "Géniozito"? Será assim tão descabido considerar Ridley Scoot como mais um dos "predestinados", ele que fez uma simbiose quase perfeita, e inovadora na altura, entre ficção científica/terror.

Ou será que Ridley Scott é apenas mais um realizador interessante?

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Devias ter feito melhor essa pesquisawaltsouza wrote:Kubrick realizou 16 filmes (fiz pesquisa)

Desses 16, 3 são curtas metragens e 2 mal passam os 60 minutos mas que sejam 16, ainda assim, e querendo eu demonstrar que quantidade não é sinónimo de qualidade, 16 filmes em 50 anos não é muito, pois não?
Mau. Então, está a dar-me razão?waltsouza wrote:Ridley Scott realizou Blade Runner e Alien. Seguindo a tese «o que importa não é a quantidade mas sim a qualidade» será que Scott não merece ser "Géniozito"?

Eu gosto dele, e as suas 3 primeiras longas metragens, The Duelists/Alien/Blade Runner são mais que suficientes para colocar o nome dele em qualquer livro de cinema.waltsouza wrote:Será assim tão descabido considerar Ridley Scoot como mais um dos "predestinados", ele que fez uma simbiose quase perfeita, e inovadora na altura, entre ficção científica/terror.![]()
Ou será que Ridley Scott é apenas mais um realizador interessante?![]()
Tudo depende do ponto de vista...
O meu problema com ele é que o acho muito irregular. Não que mesmo os considerados os supra-sumos não possam fazer de vez em quando coisas menos boas.
Mas o Ridley é regular na sua irregularidade

De qualquer forma é um realizador visualmente/estilisticamente deslumbrante, com uma marca muito própria e pessoal.
Por tudo isto eu não o colocaria ao lado dos que referiste: Hitchcock, Kubrick ou Ford, estes estão num campeonato diferente.
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Não é uma questão de dar-te razão ou não. Trata-se somente chegar à conclusão óbvia que cada um dá importância/relevância aquilo que quer: para ti diversidade não é sinómino de genialidade (pode ser sempre o mesmo tipo de filme ou género cinematográfico) mas para mim diversidade com qualidade é um argumento com uma maior força para se chegar à tal genialidade.
Não é uma questão de dar-te razão ou não. Trata-se somente chegar à conclusão óbvia que cada um dá importância/relevância aquilo que quer: para ti diversidade não é sinómino de genialidade (pode ser sempre o mesmo tipo de filme ou género cinematográfico) mas para mim diversidade com qualidade é um argumento com uma maior força para se chegar à tal genialidade.

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Estás a falar de coisas diferentes, não se trata de dar relevância ao que eu quero, trata-se de fazer uma constatação: que não é por fazer 200 filmes que se torna um génio e não é por fazer 1/2 dúzia que não o pode ser, as coisas não são tão simples, só isso. 

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Voltamos a estar de costas voltadas.
Eu a falar do aspecto formal e do conteúdo das obras na filmografia (diversidade) de um realizador e tu no comentário a seguir vens falar-me em números. Mas eu alguma vez disse que um realizador com uma resma enorme de filmes no seu currículo seria por decreto um génio? Então no mundo da pornografia encontrariam-se uns quantos
Voltamos a estar de costas voltadas.

Eu a falar do aspecto formal e do conteúdo das obras na filmografia (diversidade) de um realizador e tu no comentário a seguir vens falar-me em números. Mas eu alguma vez disse que um realizador com uma resma enorme de filmes no seu currículo seria por decreto um génio? Então no mundo da pornografia encontrariam-se uns quantos

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Ó walt, mas tudo isto começou com uma questão de números. Tu é que puseste em causa o Shyamalan (eu sei que foi em tom de provocação devido ao outro tópico
) poder ser considerado um génio pelo simples facto de ter realizado apenas 6 filmes, ao que eu (também em jeito de provocação
) aludi ao facto de haver realizadores com 3 filmes (tendo em vista o Malick) que eram considerados génios. Como vês tudo uma questão de números.
Quanto à diversidade, já o referi anteriormente, é uma questão relativa. É claro que aprecio um realizador que realiza óptimos filmes dentro de vários géneros, que dirija com a mesma qualidade um thriller, um filme de terror, de FC, etc, demonstra mestria no domínio das várias linguagens, mas não é por isso que vou automaticamente dar-lhe mais valor/gostar mais doutro que se situa sempre no mesmo género mas com igual mestria.
Chama-se a isso versatilidade. Claro que é uma qualidade de salutar mas não será, para mim, uma questão primordial.
Até porque, normalmente, os grandes realizadores, ainda que os situem em géneros diferentes, têm na génese dos seus filmes os mesmos problemas/dilemas/temas como pano de fundo. As suas marcas pessoais (fantasmas) permanecem lá independentemente de ser um drama ou um thriller.



Quanto à diversidade, já o referi anteriormente, é uma questão relativa. É claro que aprecio um realizador que realiza óptimos filmes dentro de vários géneros, que dirija com a mesma qualidade um thriller, um filme de terror, de FC, etc, demonstra mestria no domínio das várias linguagens, mas não é por isso que vou automaticamente dar-lhe mais valor/gostar mais doutro que se situa sempre no mesmo género mas com igual mestria.
Chama-se a isso versatilidade. Claro que é uma qualidade de salutar mas não será, para mim, uma questão primordial.
Até porque, normalmente, os grandes realizadores, ainda que os situem em géneros diferentes, têm na génese dos seus filmes os mesmos problemas/dilemas/temas como pano de fundo. As suas marcas pessoais (fantasmas) permanecem lá independentemente de ser um drama ou um thriller.
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Um dos melhores exemplos do que tu escreveste é dado pelo realizador Fritz Lang que adaptou o imaginário alemão para o western americano. Além disso, juntamente com outros relizadores alemães, contribuíu para a criação um dos melhores géneros de Hollywood: o film-noir.Francesco Zappa wrote:Até porque, normalmente, os grandes realizadores, ainda que os situem em géneros diferentes, têm na génese dos seus filmes os mesmos problemas/dilemas/temas como pano de fundo. As suas marcas pessoais (fantasmas) permanecem lá independentemente de ser um drama ou um thriller.
Voltando ao assunto inicial...
Falta ainda referir "Morte em Veneza" e "O Inocente" de Luchino Visconti e os filmes de Luis Buñuel (Tristana (1970), "O Charme Discreto da Burguesia"(1972), "O Fantasma da Liberdade" (1972) e "Este Obscuro Objecto do Desejo" (1977).
E já agora podemos também acrescentar os filmes de Alain Resnais, Claude Chabrol, Jacques Tati e Rainer Werner Fassbinder pelo menos...
Life is like arriving late for a movie, having to figure out what was going on without bothering everybody with a lot of questions, and then being unexpectedly called away before you find out how it ends.
Joseph CAMPBELL
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Então e o "Last Detail", com o Jack Nicholson? Não se remetam aos meis óbvios. Estamos a falar da melhor década de sempre em cinema!!!!
Um clássico por semana, visto pela primeira vez, em UMA PARAGEM NO DRIVE-IN (http://umaparagem.blogspot.pt)
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- DVD Maníaco
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Já agora, meus senhores, deixem essa discussão pa outro tópico e vamos mas é descobrir cinema dos 70's.
Um clássico por semana, visto pela primeira vez, em UMA PARAGEM NO DRIVE-IN (http://umaparagem.blogspot.pt)
Não sei se alguém já os referiu, mas também são do meu agrado:
- "Monty Python and the Holy Grail", (1975)
- "The Sting", (1973) PS: Redford allez !
- "Patton", (1970)
- "Midnight Express", (1978)
Em suma, os anos 70 foram muito generosos em matéria de obras cinematográficas.
- "Monty Python and the Holy Grail", (1975)
- "The Sting", (1973) PS: Redford allez !
- "Patton", (1970)
- "Midnight Express", (1978)
Em suma, os anos 70 foram muito generosos em matéria de obras cinematográficas.
The greatest trick the Devil ever pulled was convincing the world he didn't exist.. and poof, just like that he's gone