Million Dollar Baby (2004) - Clint Eastwood
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Desculpem lá, mas eu passo-me com as asneiradas que são para aqui ditas. Tenho de defender este filme, que para mim é um dos melhores dos último anos. Realização sublime (ultra depurada), interpretações fantásticas, fotografia imaculada (os jogos de sombras são magníficos) e um argumento impecável. Mete num bolso o Mystic River e é um clássico imediato. Quando daqui a uns largos anos fizerem a leitura do cinema desta época este estará no topo da lista com toda a certeza. Uma obra-prima.
p.s. Quem considera isto um filme recheado de clichés e que "morre" na segunda parte, que o vá ver segunda vez pois não percebeu nada do que foi "contado".
p.s. Quem considera isto um filme recheado de clichés e que "morre" na segunda parte, que o vá ver segunda vez pois não percebeu nada do que foi "contado".

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Aquilo que tu chamas “asneiradas”, eu chamo de opiniões. Há muitas opiniões que eu discordo, mas nunca as catalogaria de “asneiradas”. Todos nos vemos e sentimos “o cinema” de forma diferente, porque todos nós somos diferentes, os gostos são diferentes as sensibilidades são diferentes. Chamar as opiniões dos outros de “asneiradas” é no mínimo, um pouco arrogante.Malick wrote:Desculpem lá, mas eu passo-me com as asneiradas que são para aqui ditas.
Só aqueles que têm uma opinião igual a tua é que perceberam o filme?Malick wrote: p.s. Quem considera isto um filme recheado de clichés e que "morre" na segunda parte, que o vá ver segunda vez pois não percebeu nada do que foi "contado".

Felizmente no cinema não existem verdades absolutas, nem opiniões absolutas. A tua opinião, (tal como a minha), vale tanto como qualquer outra opinião, de qualquer um dos membros do fórum.
Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos. Millor Fernandes
Concordo totalmente contigo alan. Mas acabei de ver o filme e quando vejo uma obra belíssima ser "assassinada" desta forma não consigo ficar indiferente. Todas as opiniões são válidas mas tenho pena que algumas pessoas não consigam ver o grande filme que este Million Dollar Baby é.
Cumprimentos e se ofendi alguém as minhas desculpas.
Cumprimentos e se ofendi alguém as minhas desculpas.
Por acaso li o teu post pela primeira vez e também tive vontade de responder como o Alan. Depois li 2ª vez e mais do que ofensa a alguém ou desrespeito, vi a defesa apaixonada de alguém por um filme
Eu ainda não o vi

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Frances Farmer
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Isaac: Like the cast of a Fellini movie.
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Ok, então eu não percebi mesmo nadinha. Obrigado pela sugestão.p.s. Quem considera isto um filme recheado de clichés e que "morre" na segunda parte, que o vá ver segunda vez pois não percebeu nada do que foi "contado".


"I WAS fire and life incarnate!"
https://www.youtube.com/user/darkphoenixPT
http://ultrawideangle.blogspot.com/

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Bom, depois de ver este filme é caso para dizer que não sobra espaço para outros este ano. É claramente um justo vencedor dos Óscares, mesmo contando que a Academia não costuma premiar obras polémicas.
Daí parece-me que o que realmente conta aqui não é o boxe, mas sim a metáfora da vida que está representada por toda a história.
O que realmente o filme mostra é o mundo em que vivemos, em que a mediocridade, a trapassa e o chico-espertismo levam a melhor.
Quanto ao efeito lacrimejante, acho o filme mais chocante e não tanto sentimental.
Não me parece que haja personagens "leves" neste filme. A familia da Swank é aquilo que acontece com a maioria das pessoas naquela situação. Orgulhosas e estúpidas.
10/10
Bons filmes.
Daí parece-me que o que realmente conta aqui não é o boxe, mas sim a metáfora da vida que está representada por toda a história.
O que realmente o filme mostra é o mundo em que vivemos, em que a mediocridade, a trapassa e o chico-espertismo levam a melhor.
Quanto ao efeito lacrimejante, acho o filme mais chocante e não tanto sentimental.
Não me parece que haja personagens "leves" neste filme. A familia da Swank é aquilo que acontece com a maioria das pessoas naquela situação. Orgulhosas e estúpidas.
10/10
Bons filmes.
Paulo Alho
Perfeição
Se Mystic River era um 10 redondo, este Million Dollar Baby é um 10 perfeito, curvilíneo, sem mácula. Eastwood consegue o mesmo jogo de emoções sentido em Mystic - a análise à paternidade, aqui perdida e reencontrada, continua a ser chave - com uma história ainda mais simples, sem precisar de forçar os acontecimentos (e sentimentos). À luz da singeleza de formas e conteúdos de MDB, as linhas mestras que fizeram o sucesso de Mystic ficam mais esventradas (mas não esmorecem, continua uma obra-prima). Mas aqui tudo encontra o tempo e o lugar perfeito. E a veterania, a experiência de vida, a renúncia ao facilitismo, é intrínseca à forma como evolui o dilema final. O que muitos entendem como o prolongamento artificial da lamechiche, representa a sabedoria de um homem que conhece cada vez melhor as difíceis escolhas e situações que a vida coloca aos seres humanos. E ninguém está a conseguir transpor melhor estes sentimentos para o cinema.
Saí da sala a pensar que bastava assistir a um filme deste calibre por ano para me sentir feliz com o cinema.
Saí da sala a pensar que bastava assistir a um filme deste calibre por ano para me sentir feliz com o cinema.
PMM
- Ricardo Ribeiro
- DVD Maníaco
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- Joined: November 5th, 2000, 10:57 pm
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Há aqui pessoas que escrevem com a certeza da verdade absoluta, sobre algo tão subjectivo como a "qualidade", e note-se as aspas, de uma obra artística, de uma interpretação, de uma composição. Pessoalmente, não compreendo, e nunca compreenderei, o gosto pela obra cinematográfica típica de Clint Eastwood e de uma forma de fazer cinema que traz ao de cima sentimentos negativos, de tristeza, miséria, injustiça ou quaisquer outros. Não suporto os filmes-desgraça como Mystic River e O Paciente Inglês, e, pelo que sei, este Million Dollar Baby.
Não admito a ideia de gastar do meu tempo, e muito provavelmente do meu dinheiro, para estar 2 horas a ser agredido com desgraças alheias, que, apesar de não passarem de um filme, penetram na nossa mente como reais, provocado, de forma geral, as respectivas reacções ao que é triste e mau. E não são reacções saborosas, de prazer. Continuarei para sempre sem compreender a apreciação positiva daquilo que supostamente tem na sua essência a transmissão de boas sensações - o cinema - para o efeito diametralmente oposto.
Contudo, que prefere ser agredido nas chagas em vez de acariciado... hey... é o seu tempo e o seu dinheiro... quem sou eu para dizer que comete "asneiradas". Vejo nas palaras do utilizador Gunthi o espelho fiel da ideia que não consigo compreender:
"é um grandíssimo filme.
é duro, é cruel, é mesmo insensível em diversos momentos. tal e qual a vida."
Que bom! Duro, cruel e mesmo insensível. Como é que posso compreender a conjugação destes adejectivos com uma conclusão plena de admiração. Para mim, é o enaltecimento do Mal. Um grandessisimo filme para mim é o cinema de A Rosa Púrpura do Cairo, o refúgio da dureza, crueldade e mesmo insenssibilidade da vida. Porque para dureza, crueldade e mesmo insensibilidade, todos temos a própria vida. O cinema seria suposto constituir a magia que falta no dia a dia de quase todos nós. Magia branca, entenda-se.
Não admito a ideia de gastar do meu tempo, e muito provavelmente do meu dinheiro, para estar 2 horas a ser agredido com desgraças alheias, que, apesar de não passarem de um filme, penetram na nossa mente como reais, provocado, de forma geral, as respectivas reacções ao que é triste e mau. E não são reacções saborosas, de prazer. Continuarei para sempre sem compreender a apreciação positiva daquilo que supostamente tem na sua essência a transmissão de boas sensações - o cinema - para o efeito diametralmente oposto.
Contudo, que prefere ser agredido nas chagas em vez de acariciado... hey... é o seu tempo e o seu dinheiro... quem sou eu para dizer que comete "asneiradas". Vejo nas palaras do utilizador Gunthi o espelho fiel da ideia que não consigo compreender:
"é um grandíssimo filme.
é duro, é cruel, é mesmo insensível em diversos momentos. tal e qual a vida."
Que bom! Duro, cruel e mesmo insensível. Como é que posso compreender a conjugação destes adejectivos com uma conclusão plena de admiração. Para mim, é o enaltecimento do Mal. Um grandessisimo filme para mim é o cinema de A Rosa Púrpura do Cairo, o refúgio da dureza, crueldade e mesmo insenssibilidade da vida. Porque para dureza, crueldade e mesmo insensibilidade, todos temos a própria vida. O cinema seria suposto constituir a magia que falta no dia a dia de quase todos nós. Magia branca, entenda-se.
Ricardo Ribeiro
O Mundo da Viagem em...
http://papaleguas.wordpress.com | http://cruzamundos.wordpress.com
O Mundo da Viagem em...
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Mas isso é mais ou menos possível. Dificilmente se encontra alguém a dizer que a música composta por Mozart ou Beethoven não tem "qualidade" ou elevado nível artístico. Mesmo quando não se gosta - aí sim entra o valor subjectivo - pode-se fazer uma análise o mais objectiva, e isenta, possível. Nunca será uma fórmula matemática claro, mas basta ler uns livros sobre cinema para perceber certo e determinado tipo de características que quando presentes num filme lhe dão um vínculo de qualidade. Já o gosto, isso é outra história. Um filme pode ter qualidade artística - a nível de montagem, como por exemplo O Couraçado Potemkine, ou de qualquer outro componente que faz parte de um filme - e pode-se não gostar dele. E o inverso também se aplica (muitas obras de série B e série Z são disso exemplificativas).Ricardo Ribeiro wrote:Há aqui pessoas que escrevem com a certeza da verdade absoluta, sobre algo tão subjectivo como a "qualidade", e note-se as aspas, de uma obra artística, de uma interpretação, de uma composição.
Hollywood manteve-se incólume, de forma artificial, a esses sentimentos durante vários anos. Era como se o cinema vivesse num mundo diferente. Independentemente das desgraças por que as pessoas passavam, dos horrores que o mundo ia conhecendo, em Hollywood era tudo brilhante, glamoroso, risonho. Um mundo feliz. Este tipo de escapismo, levado ao extremo, é uma excelente forma de esconder a realidade [não é por acaso que o cinema produzido em Portugal durante o Estado Novo se resumia a comédias...]. Sim, as pessoas morriam nas guerras, passavam fome, eram exploradas no trabalho, mas se fossem ao cinema só viam coisas maravilhosas. As telenovelas brasileiras utilizam o mesmo tipo de premissa: os pobres tornam-se rapidamente ricos, o amor é arrebatador, etc. O pior é que algumas pessoas, quer de dentro do cinema, quer de fora, acharam ou começaram a achar que o cinema poderia transpor a barreira da ilusão e ter uma intervenção social, políctica, cultural. E esse foi o amadurecimento do cinema, tal como acontece com um ser humano. Quando somos bebés e crianças, desconhecemos o conceito do Mal. Mas à medida que vamos crescendo, percebemos como funciona o mundo. Claro que se pode virar a cara às injustiças, ao sofrimento, à morte, ao ódio, a todos os sentimentos "negativos" (embora muito humanos), mas isso não os faz desaparecer. Felizmente que há cineastas que não viraram a cara, humanizando o cinema. O cinema tornou-se deste modo uma arte.Ricardo Ribeiro wrote: Pessoalmente, não compreendo, e nunca compreenderei, o gosto pela obra cinematográfica típica de Clint Eastwood e de uma forma de fazer cinema que traz ao de cima sentimentos negativos, de tristeza, miséria, injustiça ou quaisquer outros. Não suporto os filmes-desgraça como Mystic River e O Paciente Inglês, e, pelo que sei, este Million Dollar Baby.
A premissa de só ir ver coisas "bonitas" é tão válida como as pessoas que preferem ver coisas "realistas".Ricardo Ribeiro wrote: Não admito a ideia de gastar do meu tempo, e muito provavelmente do meu dinheiro, para estar 2 horas a ser agredido com desgraças alheias, que, apesar de não passarem de um filme, penetram na nossa mente como reais, provocado, de forma geral, as respectivas reacções ao que é triste e mau. E não são reacções saborosas, de prazer. Continuarei para sempre sem compreender a apreciação positiva daquilo que supostamente tem na sua essência a transmissão de boas sensações - o cinema - para o efeito diametralmente oposto.
Enaltecimento do Mal? Este raciocínio é que eu não compreendo mesmo. Não compreendo como A Lista de Schindler, por exemplo, possa enaltecer o Mal. Até até acho que devia ser, juntamente com uma série de actividades paralelas (enquadramento histórico por livros, documentários, etc) um filme obrigatório no ensino. Precisamente para que não corressemos o risco de esquecer certas coisas. Ou seja, um filme pode também representar um alerta, uma memória, uma crítica. O Mal não fica enaltecido, fica exposto.Ricardo Ribeiro wrote: Que bom! Duro, cruel e mesmo insensível. Como é que posso compreender a conjugação destes adejectivos com uma conclusão plena de admiração. Para mim, é o enaltecimento do Mal.
Pelo menos, grande parte do cinema não contribui para criar gerações à custa dos contos de fada e histórias cor-de-rosa que depois geram, em muitos casos, uma inadequação às agruras da vida real. "Ah mas há pessoas más na vida? E acontecem coisas que nos fazem sofrer? É que nos filmes não há!"
PMM
Realmente é curioso que se entenda que o cinema deve ser apenas exaltação de sentimentos positivos, vulgo histórias cor-de-rosa, onde tudo acaba em bem, com os bons premiados e os maus castigados.
O cinema mais realista, mesmo quando estamos perante casos extremos, como ex. "Dancer in the Dark", contém momentos sentimentais do mais puro que é possível encontrar.
SPOILER
O MDB nem sequer se enquadra, quanto a mim, no filme tragédia, já que apesar do seu final ser aparentemente trágico, não podemos esquecer que a pugilista realizou o seu sonho e o treinador encontrou a paz que procurava.
SPOILER
E não me esqueço que filmes dentro da lógica do final feliz também conseguem momentos únicos, como ex. "Seabiscuit", os denominados "feel good movies".
E claro que não concordo que filmes tristes não possam ser considerados obras-primas.
Assim como a vida é triste e alegre, acho que o cinema bem pode viver com as duas tonalidades.
O cinema mais realista, mesmo quando estamos perante casos extremos, como ex. "Dancer in the Dark", contém momentos sentimentais do mais puro que é possível encontrar.
SPOILER
O MDB nem sequer se enquadra, quanto a mim, no filme tragédia, já que apesar do seu final ser aparentemente trágico, não podemos esquecer que a pugilista realizou o seu sonho e o treinador encontrou a paz que procurava.
SPOILER
E não me esqueço que filmes dentro da lógica do final feliz também conseguem momentos únicos, como ex. "Seabiscuit", os denominados "feel good movies".
E claro que não concordo que filmes tristes não possam ser considerados obras-primas.
Assim como a vida é triste e alegre, acho que o cinema bem pode viver com as duas tonalidades.
Paulo Alho
Pegando noutro tópico sobre qual o grande derrotado dos óscares, para mim a resposta é clara, foram os próprios oscares!
Melhor filme??
Melhor realizador??
Se este é o melhor filme do ano chego facilmente à conclusão de que este foi um fraco ano de cinema.
SPOILERS
O filme está claramente dividido em 2, sendo a primeira parte (2 terços) um filme de boxe, que retrata a velhinha história do herói ou heroína cuja paixão por um desporto (neste caso o boxe) e força de vontade de vencer é tão grande que acaba por vencer todos os obstáculos e triunfar. Com a ajuda do velho sábio e desconfiado que no ínicio não lhe dava grande crédito, mas que depois de muita persuasão parte junto com ela em busca da glória.
Clichê?? Não que ideia. Mas claro, é realizado por Clint Eastwood!
A segunda parte, feita propositadamente para nos fazer chorar, retrata a queda da nossa heroína. Coitada, para além de pobre, feia (digo eu) e desprezada pela família fica completamente paralisada. Até uma perninha teve de ser amputada! Esta de facto foi a melhor parte. Digam lá que isto não está ali somente para comover (ainda mais) o espectador??
E o tema desta segunda parte, passa a ser a eutanásia (polémica, pois claro), tema esse tb presente em Mar Adentro, outro dos vencedores da fantochada oscariana deste ano. Cabe ao velho e torturado professor acabar com o sofrimento da heroína, acto que acaba por cometer depois de muito protestar. Interessante a sua relação com a filha (o motivo do tormento) que nunca é explicada, aliás muita coisa não é explicada.
Resultado: Um filme lamechas, cuja única diferença com qualquer telefilme televisivo sobre supostos casos da vida é ter sido realizado e (mal) interpretado pelo senhor Clint Eastwood que virou este ano em Hollywood a "bola da vez".
Eu, que sou uma lamechas assumida e que me comovo muito com certos dramas retratados no cinema, confesso que não fui capaz de chorar por sentir que tanto rol de desgraças tinha um único e só objectivo. Comover!
Pelo menos em mim esse objectivo não foi atingido.
P:S- Esta é a minha opinião e é tão válida como qualquer outra. Não têm de concordar com ela apenas respeitá-la!

Melhor filme??

Melhor realizador??

Se este é o melhor filme do ano chego facilmente à conclusão de que este foi um fraco ano de cinema.
SPOILERS
O filme está claramente dividido em 2, sendo a primeira parte (2 terços) um filme de boxe, que retrata a velhinha história do herói ou heroína cuja paixão por um desporto (neste caso o boxe) e força de vontade de vencer é tão grande que acaba por vencer todos os obstáculos e triunfar. Com a ajuda do velho sábio e desconfiado que no ínicio não lhe dava grande crédito, mas que depois de muita persuasão parte junto com ela em busca da glória.
Clichê?? Não que ideia. Mas claro, é realizado por Clint Eastwood!
A segunda parte, feita propositadamente para nos fazer chorar, retrata a queda da nossa heroína. Coitada, para além de pobre, feia (digo eu) e desprezada pela família fica completamente paralisada. Até uma perninha teve de ser amputada! Esta de facto foi a melhor parte. Digam lá que isto não está ali somente para comover (ainda mais) o espectador??
E o tema desta segunda parte, passa a ser a eutanásia (polémica, pois claro), tema esse tb presente em Mar Adentro, outro dos vencedores da fantochada oscariana deste ano. Cabe ao velho e torturado professor acabar com o sofrimento da heroína, acto que acaba por cometer depois de muito protestar. Interessante a sua relação com a filha (o motivo do tormento) que nunca é explicada, aliás muita coisa não é explicada.
Resultado: Um filme lamechas, cuja única diferença com qualquer telefilme televisivo sobre supostos casos da vida é ter sido realizado e (mal) interpretado pelo senhor Clint Eastwood que virou este ano em Hollywood a "bola da vez".
Eu, que sou uma lamechas assumida e que me comovo muito com certos dramas retratados no cinema, confesso que não fui capaz de chorar por sentir que tanto rol de desgraças tinha um único e só objectivo. Comover!
Pelo menos em mim esse objectivo não foi atingido.
P:S- Esta é a minha opinião e é tão válida como qualquer outra. Não têm de concordar com ela apenas respeitá-la!
