Million Dollar Baby (2004) - Clint Eastwood
Moderators: waltsouza, mansildv
- DarkPhoenix
- DVD Maníaco
- Posts: 4022
- Joined: February 13th, 2004, 2:58 pm
- Location: Norte
Frances, nem só aos olhos do "Público", pois os do "JN" também exageraram, a meu ver, na classificação...
Em quatro críticos, três deles deram 5 estrelas a este filme, enquanto a maioria dos filmes analisados se esforçam por atingir as quatro.
O "The Aviator", por exemplo tem uma média de 3 estrelas, assim como o excelente "Vera Drake".
É uma verdadeira onda de euforia que está a varrer a crítica, habitualmente mais comedida nos entusiasmos...
São fenómenos engraçados, sem dúvida!
Há grandes filmes que lhes passam ao lado, e de repente, lembram-se todos de glorificar este ou aquele.
Seres humanos como nós sujeitos a paixões sem explicação, ou cedência a interesses menos claros?
Por vezes, tenho cá as minhas dúvidas...
Em quatro críticos, três deles deram 5 estrelas a este filme, enquanto a maioria dos filmes analisados se esforçam por atingir as quatro.
O "The Aviator", por exemplo tem uma média de 3 estrelas, assim como o excelente "Vera Drake".
É uma verdadeira onda de euforia que está a varrer a crítica, habitualmente mais comedida nos entusiasmos...
São fenómenos engraçados, sem dúvida!
Há grandes filmes que lhes passam ao lado, e de repente, lembram-se todos de glorificar este ou aquele.
Seres humanos como nós sujeitos a paixões sem explicação, ou cedência a interesses menos claros?
Por vezes, tenho cá as minhas dúvidas...

"I WAS fire and life incarnate!"
https://www.youtube.com/user/darkphoenixPT
http://ultrawideangle.blogspot.com/

https://www.youtube.com/user/darkphoenixPT
http://ultrawideangle.blogspot.com/
Desculpem o off topic, mas é só para dizer que Sideways é melhor filme que o Million Dollar Baby e o Aviator juntos. Mas infelizmente não tou nada a ver o Sideways ganhar o que quer que seja. A minha aposta continua a ir para este Million Dollar Baby, como vencedor de melhor filme. Acho o filme bom, mas não material de melhor filme do ano.
-
- Especialista
- Posts: 1251
- Joined: June 17th, 2003, 12:45 am
- Location: Lisboa/Sintra
E esta onde de euforia, varre não só a crítica portuguesa, mas também o resto da crítica europeia e a critica americana. E mesmo nas comunidades cinéfilas (basta olhar para outros sites portugueses) chovem os elogios.DarkPhoenix wrote: É uma verdadeira onda de euforia que está a varrer a crítica, habitualmente mais comedida nos entusiasmos...
Neste caso, nós aqui no DvdMania parecemos a aldeia do Asterix, uma pequena comunidade cinéfila que resiste a onda eufórica.

A melhor palavra para definir Million Dollar Baby é cliché.
O filme explora uma série de clichés alguns já com barbas. Todos os “maus” são personagens caracterizados de uma maneira caricata. Chega a ser cruel a forma como Clint retracta a família de Maggie. Personagens de papel sem qualquer densidade narrativa. O mesmo pode-se aplicar a ultima oponente de Maggie, uma lutadora de boxe que parece saída de um qualquer “Karatye Kid”, o cliché do lutador de mau caracter que usa todas as formas (mesmo as não permitidas pela lei) para vencer o seu oponente, tendo ao seu lado o seu técnico como cúmplice.
E o pior é que fica a sensação que este clichés são utilizados propositadamente na narrativa, para ajudar a defender um determinado ponto de vista por parte do realizador, cujo o único objectivo é manipular as emoções do público.
Por outro lado Clint interpreta pela “centésima” vez a mesma personagem. Um homem “duro” que esconde os seus sentimentos, mas lá no fundo é um ser extremamente sensível, e Morgan Freeman interpreta outro cliché, o velho sábio, dono das verdades absolutas. Em todos os filmes americanos relacionados com desporto existe sempre um “velho sábio”.
Vá lá que o filme não repete aquelas histórias heróicas, onde o protagonista depois de passar pelas maiores dificuldade vence tudo e todos. Aqui Clint mostra a sua grandeza: O seu gesto de nobreza final é qualquer coisa de muito especial. Eu nunca pensei que Clint teria coragem de ir tão longe.
Apesar de, para mim, ser um filme menor na filmografia de Clint, continuo a pensar que Clint é o cineasta americano contemporâneo, que mais perto está do imaginário e mesmo da qualidade de John Ford.
Já vi 3 dos cinco filmes candidatos aos oscares (Ray, Million Dollar Baby e A Procura da Terra do Nunca) e não gostei de nenhum. Garden State por ex., apesar das suas limitações, tem mais cinema nas veias, do que qualquer um destes três filmes
Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos. Millor Fernandes
-
- Iniciado
- Posts: 82
- Joined: December 22nd, 2002, 7:35 pm
Completamente em desacordo: este é um dos grandes, grandes filmes dos últimos anos e certamente um dos melhores de sempre do Eastwood.
Não é que costume orientar-me pelas estrelinhas do Público e muitas vezes estou em desacordo com as supostas obras de arte que unanimente "descobrem" mas neste caso, rendo-me. O filme, para mim, é mesmo aquilo tudo. Não costumo repetir filmes no cinema e o que é certo é que este estreou na passada quinta e até Domingo já o tinha visto duas vezes (o Kingkard também ajuda...).
Acho que o filme trata mesmo de algumas das "coisas" mais importantes da vida - e num dos artigos ... do Y do Público dizia e eu concordo que esta é matéria de que são feitas as religiões. Se não lerem e tiverem a oportunidade do o fazer, aconselho. O filme é tão pouco sobre boxe que por exemplo "a ultima oponente de Maggie, uma lutadora de boxe que parece saída de um qualquer “Karatye Kid”, o cliché do lutador de mau caracter que usa todas as formas (mesmo as não permitidas pela lei) para vencer o seu oponente" (não discordo), tanto podia ser uma lutadora como um camião descontrolado ou um atirador furtivo. Francamente acho pouco relevante.
Já dizer-se que, em tom de crítica negativa, que "o único objectivo é manipular as emoções do público.", é para um mim quase desconcertante! Tenho para mim que esse pode ser precisamente um dos objectivos do realizador, só que poucos conseguem fazê-lo bem. Manipular tem uma carga demasiado negativa mas interpreto como "conduzir as reacções do público para o sítio que se quer".
A forma como o Eastwood conduz todo o filme, e aquela extraordinária fotografia não é de certeza irrelevante, afastando-nos precisamente do chorinho fácil (e aqui era mesmo, mesmo muito fácil), diz tudo. Aquela três personagens tão cedo não me vão sair da cabeça.
Não há rigorosamente nada neste filme que não seja estritamente necessário para a história que se quer contar (incluíndo a família, o pessoal do ginásio, obviamente o padre e a filha, etc). É seco, é verdade. Os grandes clássicos normalmente são-no.
E, apesar de ter passado a "segunda parte" do filme a sentir-me um verdadeiro saco de pancada, acho que o filme é muito "uplifting", mas isto é provavelmente só o Eastwood a manipular-me...
Não é que costume orientar-me pelas estrelinhas do Público e muitas vezes estou em desacordo com as supostas obras de arte que unanimente "descobrem" mas neste caso, rendo-me. O filme, para mim, é mesmo aquilo tudo. Não costumo repetir filmes no cinema e o que é certo é que este estreou na passada quinta e até Domingo já o tinha visto duas vezes (o Kingkard também ajuda...).
Acho que o filme trata mesmo de algumas das "coisas" mais importantes da vida - e num dos artigos ... do Y do Público dizia e eu concordo que esta é matéria de que são feitas as religiões. Se não lerem e tiverem a oportunidade do o fazer, aconselho. O filme é tão pouco sobre boxe que por exemplo "a ultima oponente de Maggie, uma lutadora de boxe que parece saída de um qualquer “Karatye Kid”, o cliché do lutador de mau caracter que usa todas as formas (mesmo as não permitidas pela lei) para vencer o seu oponente" (não discordo), tanto podia ser uma lutadora como um camião descontrolado ou um atirador furtivo. Francamente acho pouco relevante.
Já dizer-se que, em tom de crítica negativa, que "o único objectivo é manipular as emoções do público.", é para um mim quase desconcertante! Tenho para mim que esse pode ser precisamente um dos objectivos do realizador, só que poucos conseguem fazê-lo bem. Manipular tem uma carga demasiado negativa mas interpreto como "conduzir as reacções do público para o sítio que se quer".
A forma como o Eastwood conduz todo o filme, e aquela extraordinária fotografia não é de certeza irrelevante, afastando-nos precisamente do chorinho fácil (e aqui era mesmo, mesmo muito fácil), diz tudo. Aquela três personagens tão cedo não me vão sair da cabeça.
Não há rigorosamente nada neste filme que não seja estritamente necessário para a história que se quer contar (incluíndo a família, o pessoal do ginásio, obviamente o padre e a filha, etc). É seco, é verdade. Os grandes clássicos normalmente são-no.
E, apesar de ter passado a "segunda parte" do filme a sentir-me um verdadeiro saco de pancada, acho que o filme é muito "uplifting", mas isto é provavelmente só o Eastwood a manipular-me...

-
- Especialista
- Posts: 1251
- Joined: June 17th, 2003, 12:45 am
- Location: Lisboa/Sintra
Quando todos os “vilões” da história são caracterizados de forma negativa, caímos no num maniqueismo. Faz lembrar “aqueles” filmes de guerra onde todos os inimigos são “feios, porcos e maus”. E Clint faz o mesmo neste filme, com toda as personagens “menos simpáticas”. A caracterização da família da Maggie, com tudo o respeito pelo senhor Clint, é quase uma “anedota". O mesmo se pode dizer da adversária da Maggie, ou do boxeador afro-americano que esmurra Danger. E quando esta caracterização é feita desta maneira, apenas para fazer sobressair a qualidade das três personagens principais, ficamos perante uma manipulação demasiadamente simplista. E o ser humano, é tudo menos simplista.CouchPotato wrote: Já dizer-se que, em tom de crítica negativa, que "o único objectivo é manipular as emoções do público.", é para um mim quase desconcertante!
Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos. Millor Fernandes
Sem dúvida.CouchPotato wrote:Completamente em desacordo: este é um dos grandes, grandes filmes dos últimos anos e certamente um dos melhores de sempre do Eastwood.
Não é que costume orientar-me pelas estrelinhas do Público e muitas vezes estou em desacordo com as supostas obras de arte que unanimente "descobrem" mas neste caso, rendo-me. O filme, para mim, é mesmo aquilo tudo. Não costumo repetir filmes no cinema e o que é certo é que este estreou na passada quinta e até Domingo já o tinha visto duas vezes (o Kingkard também ajuda...).
Acho que o filme trata mesmo de algumas das "coisas" mais importantes da vida - e num dos artigos ... do Y do Público dizia e eu concordo que esta é matéria de que são feitas as religiões. Se não lerem e tiverem a oportunidade do o fazer, aconselho. O filme é tão pouco sobre boxe que por exemplo "a ultima oponente de Maggie, uma lutadora de boxe que parece saída de um qualquer “Karatye Kid”, o cliché do lutador de mau caracter que usa todas as formas (mesmo as não permitidas pela lei) para vencer o seu oponente" (não discordo), tanto podia ser uma lutadora como um camião descontrolado ou um atirador furtivo. Francamente acho pouco relevante.
Já dizer-se que, em tom de crítica negativa, que "o único objectivo é manipular as emoções do público.", é para um mim quase desconcertante! Tenho para mim que esse pode ser precisamente um dos objectivos do realizador, só que poucos conseguem fazê-lo bem. Manipular tem uma carga demasiado negativa mas interpreto como "conduzir as reacções do público para o sítio que se quer".
A forma como o Eastwood conduz todo o filme, e aquela extraordinária fotografia não é de certeza irrelevante, afastando-nos precisamente do chorinho fácil (e aqui era mesmo, mesmo muito fácil), diz tudo. Aquela três personagens tão cedo não me vão sair da cabeça.
Não há rigorosamente nada neste filme que não seja estritamente necessário para a história que se quer contar (incluíndo a família, o pessoal do ginásio, obviamente o padre e a filha, etc). É seco, é verdade. Os grandes clássicos normalmente são-no.
E, apesar de ter passado a "segunda parte" do filme a sentir-me um verdadeiro saco de pancada, acho que o filme é muito "uplifting", mas isto é provavelmente só o Eastwood a manipular-me...
Excelente filme. e a reviravolta na história da uns valentes socos no estômago tal como o irreversible ou mytic river. Por vezes é bom que manipulem as nossas emoções.
Quem não gosta pode sempre ver o aviador. (ainda estou para perceber se foi o desespero que levou o scorcese a fazer este filme)
HTPC->PJ=WOW
alan_smithee wrote:Quando todos os “vilões” da história são caracterizados de forma negativa, caímos no num maniqueismo. Faz lembrar “aqueles” filmes de guerra onde todos os inimigos são “feios, porcos e maus”. E Clint faz o mesmo neste filme, com toda as personagens “menos simpáticas”. A caracterização da família da Maggie, com tudo o respeito pelo senhor Clint, é quase uma “anedota". O mesmo se pode dizer da adversária da Maggie, ou do boxeador afro-americano que esmurra Danger. E quando esta caracterização é feita desta maneira, apenas para fazer sobressair a qualidade das três personagens principais, ficamos perante uma manipulação demasiadamente simplista. E o ser humano, é tudo menos simplista.CouchPotato wrote: Já dizer-se que, em tom de crítica negativa, que "o único objectivo é manipular as emoções do público.", é para um mim quase desconcertante!
Eu não vejo onde é que os 3 personagens pricinpais são feitos unicamente de virtudes...
O treinador nunca mais falou com a filha por razões que desconhecemos e mas que se pressupõe ser uma culpa dele que recalca. Vai à igreja apenas para irritar o padree por em causa as convicções de quem tem fé. Prejudica todos quantos treina ao não vencer o medo de os ver perder.
O funcionário do ginásio tenta que a mulher troque de treinador traindo o amigo. Não acredita nele, põe constantemente em causa as suas capacidades.
A rapariga prefere não comer, não ter nada para juntar para comprar equipamento de treino. Tem 30 e tal anos e ainda pensa brilhar na modalidade.
Os "maus" são caracterizados dessa forma mas alguém pensa que este tipo de pessoas não existe? Todos os personagens do filme são personagens que exsitem no dia a dia e que foram escolhidos para neste filme se encontrarem desta forma nesta história. Isso é clichés? Então que venham mais clichés desses!
Este clichés são os mesmos que encontramos no mystic river, ou no a perfect world...
HTPC->PJ=WOW
-
- Especialista
- Posts: 1251
- Joined: June 17th, 2003, 12:45 am
- Location: Lisboa/Sintra
-
- Iniciado
- Posts: 82
- Joined: December 22nd, 2002, 7:35 pm
Sem dúvida só que para mim esta não é uma história de "vilões" ou de "heróis". Ao que tu entendes como "vilões" eu vejo só alguns elementos que servem um único propósito: contar as histórias da Maggie e do Frankie (quem sabe até mais a dele que a dela). Esses "vilões" não terão a expessura que tu referes porque o filme não é sobre eles e como eu já tinha dito antes acho que este filme não se perde com coisas desnecessárias, é outro tipo de filme (não seria tão fácil por lá uma cenazita para "humanizar" a família ou a boxer, etc? Não seria isso o próprio "cliché"?!).Quando todos os “vilões” da história são caracterizados de forma negativa, caímos no num maniqueismo.
Eu também acho que este filme é tudo menos simplista, a não ser que o queiramos ver pré-formatado naquilo que achamos que deve ser um filme destes... e nesse caso se calhar não é só simplista mas é mesmo mauzinho. Não foi assim que eu o vi, pelo menos.
-
- Especialista
- Posts: 1251
- Joined: June 17th, 2003, 12:45 am
- Location: Lisboa/Sintra
Para mim, repetindo o que disse acima, Million Dollar Baby é um filme recheado de clichés.
Os clichés serão negativos na narração de um filme? Nem por isso. Existem filmes que eu gosto, que são férteis em clichés, noutros esta situação incomoda-me. Porquê? Não sei, nenhum ser humano consegue ser totalmente coerente, nenhum ser humano é simplista.
No caso de “Million Dollar Baby” os “lugares comuns” incomodaram-me.
O cinema, tal como todas a artes, é fascinante na maneira como várias pessoas perante o mesmo filme, vêem realidades diferentes.
Os clichés serão negativos na narração de um filme? Nem por isso. Existem filmes que eu gosto, que são férteis em clichés, noutros esta situação incomoda-me. Porquê? Não sei, nenhum ser humano consegue ser totalmente coerente, nenhum ser humano é simplista.
No caso de “Million Dollar Baby” os “lugares comuns” incomodaram-me.
O cinema, tal como todas a artes, é fascinante na maneira como várias pessoas perante o mesmo filme, vêem realidades diferentes.

Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos. Millor Fernandes
Acabei de ver o filme há poucos minutos e seja clichés ou não a verdade é que me tocou como poucos.
Foi um autêntico murro no estômago como já disseram.
Ainda não vi nenhum dos outros nomeados mas parece-me claramente um dos melhores filmes dos últimos anos e se levar umas quantas estatuetas para casa ficarei satisfeito. Merece todo o hype.
10/10
Foi um autêntico murro no estômago como já disseram.
Ainda não vi nenhum dos outros nomeados mas parece-me claramente um dos melhores filmes dos últimos anos e se levar umas quantas estatuetas para casa ficarei satisfeito. Merece todo o hype.
10/10
- DarkPhoenix
- DVD Maníaco
- Posts: 4022
- Joined: February 13th, 2004, 2:58 pm
- Location: Norte
Estou com o Alan no tocante à forma estereotipada e simplista como é caracterizada a família da Maggie e a adversária que lhe provoca a lesão.
São maus de cartão, sem qualquer densidade ou motivações. Coisa de outros tempos do sr.Dirty Harry.
Também concordo que neste filme, o Eastwood tentou jogar sujo tentando manipular o espectador, depois de tanta honestidade presente, por exemplo em "Imperdoável" ou "Mystic River", em que os dados são lançados à apreciação do espectador e não já formatados, como acontece aqui.
Continuo a dizer que o filme só vale pela primeira parte, o resto é um descalabro total e uma sucessão de bocejos com puxa-lágrimas à mistura.
Comparar isto com a excelência do "Mystic River", é para mim, uma grande piada...
São maus de cartão, sem qualquer densidade ou motivações. Coisa de outros tempos do sr.Dirty Harry.
Também concordo que neste filme, o Eastwood tentou jogar sujo tentando manipular o espectador, depois de tanta honestidade presente, por exemplo em "Imperdoável" ou "Mystic River", em que os dados são lançados à apreciação do espectador e não já formatados, como acontece aqui.
Continuo a dizer que o filme só vale pela primeira parte, o resto é um descalabro total e uma sucessão de bocejos com puxa-lágrimas à mistura.
Comparar isto com a excelência do "Mystic River", é para mim, uma grande piada...
"I WAS fire and life incarnate!"
https://www.youtube.com/user/darkphoenixPT
http://ultrawideangle.blogspot.com/

https://www.youtube.com/user/darkphoenixPT
http://ultrawideangle.blogspot.com/
concordo plenamente! o filme tinha imenso potencial e estava a ser excelente em todos os aspectos, interpretações, argumento, realização, etc. depois da lesão é realmente um sem-fim de lugares comuns, erc.DarkPhoenix wrote:Fui ver hoje e saí da sala desiludido...
Estava a adorar o filme até à lesão da protagonista.
A partir daí, sinceramente não gostei.
Com tantos caminhos interessantes para a evolução no argumento, tamanha riqueza e potencial na análise de relações humanas, o argumento decide-se precisamente pelo lado mais banal e simplista, em que questões pertinentes como o direito à morte são tratadas com uma ligeireza confrangedora.
Dá a impressão de que temos dois filmes completamente diversos, colados deficientemente com todos os defeitos inerentes ao facto.
Melhor teria sido que a lesão fosse ou o início ou o final abrupto do filme, pois só assim poderia ser honrada alguma das partes.
É triste sem dúvida, pois a primeira hora e meia é fenomenal, bem à altura de Eastwood, um dos maiores cineastas vivos e talvez o que actualmente melhor consegue filmar pessoas, toda a grandeza, espontaneidade e complexidade do ser humano, seus fantasmas e inibições e os pequenos nadas que fazem de nós indivíduos.
O trabalho dos actores é de alta qualidade, com destaque para Eastwood que tem talvez o seu melhor papel de sempre.
Hillary Swank é competente quanto baste, mas já vimos esta sua faceta...
Presença superlativa a de Morgan Freeman, de volta com toda a humanidade da sua postura.
Mau filme não é, mas definitivamente está longe de corresponder a toda a euforia que o rodeia.
7.5/10 ( apenas pela primeira parte )
quanto às interpretações clint eastwood nada de especial, hillary swank um bocado acima da média do que me habituou mas não é uma performance digna de oscar, morgan freeman oscar sem dúvida.
eu dou um 8/10, mas só em comparação com o que tenho visto ultimamente.
i'm going to make you an offer you can't refuse.