Alexandre, o Grande (2004) - Oliver Stone
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O professor é uma professora, a dra. Luísa Alves.lud81 wrote:Numa breve nota, na altura que vi este filme, voltei à Premiere e li os artigos que lá estavam sobre o Alexander, um deles como antevisão escrito por um professor de História (não tenho a revista aqui e não me lembro o nome dele, desculpem...) e vendo os vários pontos que ele focou e que disse que teriam de ser abordados por Stone para fazer um bom filme sobre Alexandre, vejo que Stone preencheu por completo tais pontos! Ora, vão lá vocês constatar, peguem na Premiere de novembro (penso que seja essa) e leiam o que diz o professor e comparem com o que viram no filme. Verão que está tal e qual o professor disse. A relação com a mãe, as cobras, a relação com Hephaistion e outras coisas referidas pelo professor como indispensáveis estão todas lá! Por isso, além de ser um excelente filme é também muito fiel à realidade conhecida, ao contrário do que possam dizer os detractores de Stone.
Em relação aos pontos que ela focou e que disse que teriam de ser focados por Stone para fazer um bom filme, penso que não é só isso, isto é, o importante não é só focar, mas a forma como isso é feito. Aliás, remeto-vos para o sugestivo artigo que ela escreveu depois de ver o filme e que irá sair na revista de Janeiro...
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Acho que é injusto colocar as coisas nesses termos. Por um lado, ignora um pouco qual o papel do crítico, por outro, querer ver o povo como um todo, atribuindo-lhe uma identidade única e uma unicidade de opinião, não é correcto, atenta contra a variedade. Afinal de contas, em Portugal o "Catwoman" e o "Garfield" foram grandes sucessos e também se podia falar então no povo a dar bailinho aos críticos e os filmes, afinal, eram bons.lud81 wrote:(...) como eu já disse, achei o filme muito bom e também a maioria das pessoas deste forum que foram ver o filme, pensando que seria mau por acreditarem nos críticos. O povo a dar o bailinho aos críticos.

Se querem que vos diga, ainda bem que as pessoas aqui no fórum gostaram do filme. Se as pessoas conseguiram com o "Alexander" celebrar mais uma vez aquilo que é importante, o acto de ir ao cinema e de ver um filme, já valeu a pena. Acho que não há prazer nenhum em detestar um filme e é triste quando vemos um "espetar-se".
Eu não vi esses dois filmes, mas não duvido que sejam maus....Nuno Antunes wrote:Afinal de contas, em Portugal o "Catwoman" e o "Garfield" foram grandes sucessos e também se podia falar então no povo a dar bailinho aos críticos e os filmes, afinal, eram bons.Será que eram?...
Mas o que interessa aqui é distinguir entre sucesso e feedback positivo! Esses dois filmes podem ter tido sucesso, mas será que o feedback foi positivo como está a ser para o Alexander (pelo menos neste forum e é claro que não considero o "povo" como uma entidade única, é uma generalização)? O Alexander está a ser bem falado, independentemente de ter sido sucesso ou não, não é o sucesso que está em causa, mas o word of mouth.
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Pois, mas realmente não dá para avaliar o word of mouth apenas por este fórum, pois então eu podia citar o espaço dedicado ao filme no CINEMA2000, em que há opiniões em todos os sentidos. Mas concedo que este espaço é capaz de ir mais ao encontro das preferêncais do grande público que vai ao cinema do que os espaços de opinião no CINEMA2000.
Tanto «O Último Samurai» (405 mil espectadores) como o «Tróia» (364 mil) e o «Rei Artur» (248 mil) resultaram muito bem em Portugal, por isso será depois com esses números que teremos de comparar este filme do Oliver Stone (principalmente com o primeiro, que é o que mais se aproxima em termos de época de estreia) e assim perceber como funcionou o word of mouth. A ciência de interpretação dos resultados de bilheteira ainda não está na maturidade (para quem não é de uma distribuidora), mas arrisco dizer, como Colin Farrell ainda não é assim uma "grande estrela" e é quem vende o filme (para além de Oliver Stone), que para se falar em grande sucesso, «Alexandre» terá de ficar definitivamente acima do «Rei Artur» (também sem grandes nomes) e abaixo do «Tróia», talvez à volta dos 300 mil, talvez um bocado menos por ter três horas.
Tanto «O Último Samurai» (405 mil espectadores) como o «Tróia» (364 mil) e o «Rei Artur» (248 mil) resultaram muito bem em Portugal, por isso será depois com esses números que teremos de comparar este filme do Oliver Stone (principalmente com o primeiro, que é o que mais se aproxima em termos de época de estreia) e assim perceber como funcionou o word of mouth. A ciência de interpretação dos resultados de bilheteira ainda não está na maturidade (para quem não é de uma distribuidora), mas arrisco dizer, como Colin Farrell ainda não é assim uma "grande estrela" e é quem vende o filme (para além de Oliver Stone), que para se falar em grande sucesso, «Alexandre» terá de ficar definitivamente acima do «Rei Artur» (também sem grandes nomes) e abaixo do «Tróia», talvez à volta dos 300 mil, talvez um bocado menos por ter três horas.
Mas Nuno, eu não sou dos que ligam a esses números que fazem o sucesso monetário. Por acaso conheço pessoas que andam sempre em cima desses assuntos, como budgets, receitas no 1º fim de semana, críticas de cada país, etc... A mim, isso não me interessa minimamente, é trabalho de produtor. O que eu quero é ver os filmes. 
Já agora, só para dizer o que penso dos 3 filmes referidos, muito brevemente, nada elaborado, Ultimo Samurai é um pastelão que copia o conceito de Dança Com Lobos (infinitamente superior); do Tróia gostei, sinceramente. Esperava outra coisa, um filme de acção cheio de batalhas cansativas mas o filme acabou por não ser nada disso. É até muito pessoal e íntimo. O Rei Artur não gostei... A única coisa que se aproveita lá é o Stellan Skarsgard. Cada vez e a cada novo filme, Fuqua prova que Dia de Treino foi apenas um acaso...

Já agora, só para dizer o que penso dos 3 filmes referidos, muito brevemente, nada elaborado, Ultimo Samurai é um pastelão que copia o conceito de Dança Com Lobos (infinitamente superior); do Tróia gostei, sinceramente. Esperava outra coisa, um filme de acção cheio de batalhas cansativas mas o filme acabou por não ser nada disso. É até muito pessoal e íntimo. O Rei Artur não gostei... A única coisa que se aproveita lá é o Stellan Skarsgard. Cada vez e a cada novo filme, Fuqua prova que Dia de Treino foi apenas um acaso...
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Tudo bem, concordo contigo. Porém, como falaste no "povo", na "crítica", no "word of mouth" para falar do sucesso do filme, digamos que me entusiasmei. Em última análise, embora eu tenha que saber estes pormenores, não tanto para fazer uma crítica ao filme, mas para escrever e contextualizar as notícias que tenho de colocar no site onde colaboro, o que me interessa também é se o filme é bom.
Aliás, posso dar um exemplo muito concreto: o filme «A Vila» foi destroçado pela crítica norte-americano e fez abaixo das expectativas nos EUA e temi o pior, e acabou por ser o meu 5.º filme do ano e está muito bem classificado no TOP da redacção que a Premiere vai revelar em Janeiro. Ou seja, aconteceu o mesmo que aqui com vocês e o filme do Oliver Stone, em que as más expectativas da crítica portuguesa colocaram aqui algumas pessoas de pé atrás e que depois acabaram por gostar muito do filme.
Aliás, posso dar um exemplo muito concreto: o filme «A Vila» foi destroçado pela crítica norte-americano e fez abaixo das expectativas nos EUA e temi o pior, e acabou por ser o meu 5.º filme do ano e está muito bem classificado no TOP da redacção que a Premiere vai revelar em Janeiro. Ou seja, aconteceu o mesmo que aqui com vocês e o filme do Oliver Stone, em que as más expectativas da crítica portuguesa colocaram aqui algumas pessoas de pé atrás e que depois acabaram por gostar muito do filme.
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Devo dizer que gostei muito do ÚLTIMO SAMURAI, sinto uma inclinação especial por este tipo de filmes. O TRÓIA vi apenas um mês depois de estrear, ou seja, depois de ter os ouvidos cheios pelas pessoas da crítica com quem falei, e também fiquei positivamente surpreendido. Acho que tem algumas limitações, mas a verdade é que aquilo tem duas horas e meia que não me aborreceram. O REI ARTUR foi o que francamente gostei menos: não é épico, as interpretações ou a história não me disseram nada (esta mania de dismistificar parece não resultar: o cinema não tem de ser uma lição de história) e realmente senti que aquilo estava retalhado para ser classificado para maiores de 12 anos. Terei de ver o Director´s Cut, mas diga-se de passagem que o Fuqua já me tinha deixado uma má impressão com o que fez dos últimos 15 minutos do DIA DE TREINO.lud81 wrote:Já agora, só para dizer o que penso dos 3 filmes referidos, muito brevemente, nada elaborado, Ultimo Samurai é um pastelão que copia o conceito de Dança Com Lobos (infinitamente superior); do Tróia gostei, sinceramente. Esperava outra coisa, um filme de acção cheio de batalhas cansativas mas o filme acabou por não ser nada disso. É até muito pessoal e íntimo. O Rei Artur não gostei... A única coisa que se aproveita lá é o Stellan Skarsgard. Cada vez e a cada novo filme, Fuqua prova que Dia de Treino foi apenas um acaso...
Cumprimentos.
Concordo plenamente! Comigo aconteceu o mesmo, com a diferença de que não liguei às más críticas americanas.Nuno Antunes wrote:Aliás, posso dar um exemplo muito concreto: o filme «A Vila» foi destroçado pela crítica norte-americano e fez abaixo das expectativas nos EUA e temi o pior, e acabou por ser o meu 5.º filme do ano e está muito bem classificado no TOP da redacção que a Premiere vai revelar em Janeiro. Ou seja, aconteceu o mesmo que aqui com vocês e o filme do Oliver Stone, em que as más expectativas da crítica portuguesa colocaram aqui algumas pessoas de pé atrás e que depois acabaram por gostar muito do filme.


Desiludiu-me um bocado. Mas era algo que já estava à espera...
Quando se tenta fazer um filme sobre o Alexandre o Grande em 3 horas... é um pouco como fazer o LOTR em 2 horas (a trilogia)... Há coisas que vão perder importância..
Por exemplo: O Alxandre foi o tipo que conquistou mais território na história da humaniade e no entanto poucas batalhas se vêem. É dado um enfoque muito maior às relações amorosas e demónios interiores (que já é subjectivo e nada de factual).
A batalha de Gaugamela merecia por si só um filme de 3 horas. Neste filme não se percebe nem a grandiosidade da batalha nem o diferencial de tropas nem a estratégia montada por alexandre que ilude por completo Dário. Nem mostra a grandiosidade de Parménio que era o seu melhor general e que lhe permitiu vencer a batalha...
Ou seja a vida do homem dava para mais que uma trilogia, mas a escolha dos momentos marcantes acho que não foi bem feita.
Por outro lado, o miudo que faz de alexandre em pequeno é mau de mais para ser verdade. Notava-se mesmo que estava com o dialogo decorado...
Também não gostei da opção de narração para a história, se bem que em determinados momentos resulte.
Actores que goste foram: Angelina Jolie, Val Kilmer e Jared Leto. Estes estiveram em grande, os outros não.
Batalhas muito más... Não percebo. Depois do exemplo do Braveheart qual é a dificuldade de copiar????
Antes copiar bem que inventar mal...
O único momento GRANDE em batalha é a queda de alexandre com aquele slow-motion fabuloso do cavalo a aguentar com tudo e o elefante idem aspas.
6/10 porque já previa que ia ser assim.
ps. Oliver Stone é dos meus realizadores preferidos (entre os 3 primeiros). Este para mim foi o pior dele.
Quando se tenta fazer um filme sobre o Alexandre o Grande em 3 horas... é um pouco como fazer o LOTR em 2 horas (a trilogia)... Há coisas que vão perder importância..
Por exemplo: O Alxandre foi o tipo que conquistou mais território na história da humaniade e no entanto poucas batalhas se vêem. É dado um enfoque muito maior às relações amorosas e demónios interiores (que já é subjectivo e nada de factual).
A batalha de Gaugamela merecia por si só um filme de 3 horas. Neste filme não se percebe nem a grandiosidade da batalha nem o diferencial de tropas nem a estratégia montada por alexandre que ilude por completo Dário. Nem mostra a grandiosidade de Parménio que era o seu melhor general e que lhe permitiu vencer a batalha...
Ou seja a vida do homem dava para mais que uma trilogia, mas a escolha dos momentos marcantes acho que não foi bem feita.
Por outro lado, o miudo que faz de alexandre em pequeno é mau de mais para ser verdade. Notava-se mesmo que estava com o dialogo decorado...
Também não gostei da opção de narração para a história, se bem que em determinados momentos resulte.
Actores que goste foram: Angelina Jolie, Val Kilmer e Jared Leto. Estes estiveram em grande, os outros não.
Batalhas muito más... Não percebo. Depois do exemplo do Braveheart qual é a dificuldade de copiar????
Antes copiar bem que inventar mal...
O único momento GRANDE em batalha é a queda de alexandre com aquele slow-motion fabuloso do cavalo a aguentar com tudo e o elefante idem aspas.
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"Caprichos de um edipiano megalómano vistos por uma mitómana alexandrina", seria talvez o título mais correcto para o artigo. Duas páginas de trivia histórico mascarados de pseudo-crítica. Completa falta de objectividade, logo a alertar pelo cabeçalho "(...) OLIVER STONE DEIXA A SUA MARCA INCONFUNDÍVEL NA FIGURA MAIS GRANDIOSA DA HISTÓRIA." A mais grandiosa, não uma das mais grandiosas ? Será a História do mundo tão medíocre que só sobressaia um homem que viveu apenas 33 anos ? Ou é a fantasia expansionista alicerçada numa figura núbil ? Logo aqui se faz a preparação para o que se seguirá, um rol de apontamentos às incorreções, ou se calhar heresias, de Oliver Stone ao herói da professora. Não digo que não seja curioso este tipo de intervenções, e faço votos que todo o épico histórico que vá saindo, seja posto à prova pela Drª, mas esta mitómania começa a ganhar contornos de excentricidade e anedota, quando refere que o nome Elessar (Aragorn rei na obra de Tolkien) é um anagrama de Alesser. De facto é, mas tal como outros incontáveis anagramas inúteis que se podem fazer com inúmeras palavras. São duas páginas com interesse, pela curiosidade histórica, mas também duas páginas de "birra" pela heresia de Oliver Stone (se quisesse um filme de super-heróis, alugava "Tróia"). Uns queixam-se de que o Homem-Aranha agora lança teias orgânicas. Ou que Johnny Storm devia ser louro como a irmã. Outros porque Alexandre devia ter sido um documentário. Fanboys e fangirls são dificeis de agradar... Haja paciência.Nuno Antunes wrote:Em relação aos pontos que ela focou e que disse que teriam de ser focados por Stone para fazer um bom filme, penso que não é só isso, isto é, o importante não é só focar, mas a forma como isso é feito. Aliás, remeto-vos para o sugestivo artigo que ela escreveu depois de ver o filme e que irá sair na revista de Janeiro...
Concordo perfeitamente.
Aliás como disse no meu post, a minha desilusão já era esperada porque não achava possivel que se focasse em 3 horas a história dele...
Depois para quem quer realmente ver como se processou a grandiosa batalha de gaugamela tem por aí um documentário não sei se do canal história ou national geographic que a retrata na perfeição...
Aliás como disse no meu post, a minha desilusão já era esperada porque não achava possivel que se focasse em 3 horas a história dele...
Depois para quem quer realmente ver como se processou a grandiosa batalha de gaugamela tem por aí um documentário não sei se do canal história ou national geographic que a retrata na perfeição...
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Li o artigo apesar de não ter visto o filme. Também me pareceu pouco objectivo e com demasiadas "pedras"...Argaroth01 wrote:A mais grandiosa, não uma das mais grandiosas?
Será a História do mundo tão medíocre que só sobressaia um homem que viveu apenas 33 anos?
De facto, ela deveria ter dito "uma das mais" grandiosas. Mas, Argaroth, idade não é documento.
Consigo rapidamente lembrar-me de outro senhor que viveu só 33 anos e que marcou para sempre a história de parte da humanidade

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Isaac: It's an interesting group of people, your friends are.
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Isaac: Like the cast of a Fellini movie.
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