The Terminal

Discussão de filmes; a arte pela arte.

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Frances
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Post by Frances »

Desde 1999 que é um homem livre, mas optou por continuar a viver lá. Insiste em ser tratado por "Sir Alfred" e apenas se queixa da comida que come, ou seja, fast-food. Recebeu 500.000 dólares pelos direitos de autor.
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bisard
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Post by bisard »

Segundo a Premiere deste mês foram 250 000 dólares.
Frances
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Post by Frances »

Segundo o Público (Y) desta semana foram 500 mil dólares.
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Oblivion
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Post by Oblivion »

O mais certo é ter recebido os tais $500.000

E mais certo ainda é $250.000 terem ido para impostos heheheh :wink:
Last edited by Oblivion on September 14th, 2004, 12:05 pm, edited 1 time in total.
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daffyduck
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Post by daffyduck »

sim, mas tratam-no como iraniano e ele quer a nacionalidade inglesa, a que tem direito da parte da mãe.
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daffyduck
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Post by daffyduck »

sim, mas tratam-no como iraniano e ele quer a nacionalidade inglesa, a que tem direito da parte da mãe.

isso de ter recebido o dinheiro pelos direitos da história acho muito bem! Já fico mais contente!
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Thanatos
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Post by Thanatos »

Oblivion wrote:O mais certo é ter recebido os tais $500.000

E mais certo ainda é $250.000 terem ido para impostos hehehehe em UK não brincam...
:wink:
E porque é que ele havia de pagar os impostos à Grã-Bretanha se está em solo francês? :roll:
Frances
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Post by Frances »

Bem, parece que afinal nem ele sabe muito bem. Leiam este pequeno excerto que tirei da entrevista dele ao Y:

"Spielberg pagou-me 500 mil dólares pelos direitos de autor, garante Mehran no dia em que o Y o encontrou. Noutros dias, fala em 300 mil dólares. Também já disse 450 mil.. O gabinete do seua dvogado, Christian Bourguet, declara que esse valor é confidencial."

(...)

"Única concessão, graças a Spielberg: veste hoje roupa chique comprada nas lojas do aeroporto."
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savage24
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O terminal de aeroporto

Post by savage24 »

João Luís wrote:Fui ver ontem o The Terminal e encontrei mesmo aquilo de que já estava à espera...mais um excelente filme do Spielberg.
Esta parceria Spielberg/Tom Hanks tem resultado muito bem e tem tudo para continuar já que é neste excelente actor que reside a grande alma deste filme.

Nota: 8/10
Partilho perfeitamente desta opinião. Vi o filme no último domingo e gostei imenso.

O Spielberg disse numa reportagem que vi na TV que queria fazer filmes mais "light" e queria variar também os temas. Na década de 90 o tema guerra foi muito explorado por ele e de uma forma muito séria.

Perfeitamente normal ele querer variar o tema e tipo de registo cinamatográfico.

Claro que não se pode agradar a toda a gente. :-)
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DarkPhoenix
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Post by DarkPhoenix »

Não gostei.

Cheguei a um ponto em que até tentei gostar, mas simplesmente não dá.

Já não posso com os estereotipos do Spielberg face aos "estrangeiros", ou seja a todos os que não sejam cidadãos dos USA.

A personagem interpretada pelo Tom Hanks ( esforçado demais, a fazer lembrar pelas piores razões o Robin Williams exagerado ) é-me completamente desengraçada, pirosa e surreal.
Aliás, é o maior falhanço deste filme, pois ao contrário das obras do Spielberg de outros tempos em que as personagens dos seus filmes nos obrigavam quase a simpatizar com elas, aqui não consigo sentir senão uma enorme indiferença pelo protagonista, tal é a péssima caracterização.

Claro que nem tudo é mau e algumas cenas arrancam-me um sorriso dos lábios ( aquela do anel é muito boa ), mas decididamente no seu todo não posso senão considerá-lo o pior filme do Spielberg que eu já vi ( só não vi o Amistad ), sem contar com o "Jurassic Park 2 : Lost World", pois para mim "aquilo" não é Spielberg.

A machadada final vem na forma daquele final forçado, escrito em cima do joelho só para agradar aos USA, pois afinal de tudo eles até são uns gajos porreiros e deixam ir embora o pobre homem...
No meu entender, pura palhaçada, e é com pesar que o digo.
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Post by alan_smithee »

Lá vou eu discordar do Dark :wink: (apesar de "OTerminal" estar longe de ser uma das melhores obras de Spielberg).

O Terminal lembra muito os filmes de Frank Capra, onde a “bondade” de um homem comum, vence a insensibilidade e a diferença daqueles que o rodeiam. Talvez por a base do cinema de Spielberg ser os sentimentos, e porque o seu cinema sentimental tem sempre aspirações maiores que a vida, Spielberg é de uma forma geral acusado de melodramático.
Spielberg é, isso sim, o maior herdeiro do cinema humanista de Frank Capra. Tal como Capra, Spielberg continua a demonstrar filme após filme, uma fé inabalável na humanidade e uma crença no ser humano e na sua capacidade de entre ajuda nos momentos difíceis (vide a cena em que em que Hanks está prestes a sair do aeroporto).

Tal como o cinema de Capra “O Terminal” é acima de tudo uma fábula. Para alguns “O Terminal” é uma representação do microcosmos da América, para outros uma “crítica” a política de emigração americana. Para mim é uma fábula sobre o tempo, sobre a “espera”. Em “o Terminal” todos “esperam”. Hanks espera pela resolução do seu problema, Zeta Jones espera um telefonema do “amante”, o pai de Tom Hanks espera por “algo” há 40 anos. De certa forma também todos nós estamos sempre a espera de algo, vivemos na expectativa dos nossos sonhos, dos nossos objectivos e das nossas metas.

È bom ver, que por mais voltas que o cinema de Spielberg dê, ele continua sempre o mesmo, ou seja, estão lá os temas de sempre. A família (a relação de Tom Hanks com o pai) e o regresso a casa.

Que nos dias de hoje, exista um cineasta que continue a acreditar na humanidade com tal “fervor”, é de louvar.

Muito mais do que “um filme piegas” ou de “puro divertimento”, como já o vi referenciado, “O Terminal” (tal como “Apanha-me se Puderes”) é essencialmente uma obra extremamente pessoal, e autoral, do amor de um filho pelo pai.
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DarkPhoenix
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Post by DarkPhoenix »

Eu não consigo perdoar a excessiva "leveza" na caracterização das personagens :

O Indiano que subitamente começa a admirar o Navorski, enquanto até ali só o desprezava e lhe fazia a vida dificil.
Ainda por cima, o seu épico sacrifício é completamente desnecessário e inútil, já que também os outros "colegas" do Navorski estão sob a chantagem do director.
No entanto, nem uma palavra mais nos é dada acerca do seu radiante futuro.
Erro de palmatória no argumento.

O Dixon que no fim, após fazer tanto espalhafato ( e ser o gajo mau durante todo o filme ) até deixa que o Hanks abandone o aeroporto e nem uma repreensão dá ao chefe da polícia, tendo ele desobedecido a uma ordem directa... Se isto não é um user-friendly-all-family-happy-ending, então não sei. :shock:

O Tom Hanks alterna a sua personagem entre um génio e um símio.

Para dizer a verdade, só mesmo a Zeta-Jones consegue dar alguma credibilidade à Amelia Warren, uma mulher que simplesmente não consegue "abdicar do pager" definitivamente.

Será o cinema humanista inversamente proporcional a um argumento decente, que evite o espalhafato desnecessário e ligue as pontas soltas, ou a uma cuidada caracterização das personagens?
Eu penso que não.

O mesmo Spielberg já o demonstrou em "Catch Me If You Can", que embora não sendo dos meus favoritos, é incomparavelmente melhor do que isto.
Aliás, o facto é que ao ver "The Terminal" fiquei a gostar bastante mais do "Catch..." :idea:

Quanto aos temas recorrentes, sim eles estão lá. Mas o inferno também está cheio de boas intenções.

E a piada é que desde o "Saving Private Ryan" que não vejo um Spielberg ao nível.
Apesar de ter achado o "Minority Report" engraçadinho, não chega.
:-(
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Post by alan_smithee »

Em alguns aspecto até concordo contigo. Tal como digo logo no início do meu post, “o Terminal esta longe de ser uma das melhores obras de Spielberg”.
Mas discordo pelo menos em dois pontos:
DarkPhoenix wrote: O Dixon que no fim, após fazer tanto espalhafato ( e ser o gajo mau durante todo o filme ) até deixa que o Hanks abandone o aeroporto e nem uma repreensão dá ao chefe da polícia, tendo ele desobedecido a uma ordem directa...
Supostamente na vida “real” esta situação seria inverosímil... mas estamos a falar de cinema. Eu sou daqueles que entende, que o cinema não tem que imitar a vida.
Por ex. os Westerns. Alguém acredita que os “duelos” aconteciam tal como Ford, Leone ou Hawks nos mostram? Se lermos algo sobre aquele período verificamos que os ”duelos” aconteciam mais ou menos desta maneira; Um tipo escondia-se num sítio qualquer, e quando o “inimigo” passava, dava-lhe um tiro nas costas.
Todo aquele ritual, que geralmente acontece num terreno árido já ao entardecer, com dois homens de olhos nos olhos a desafiar a morte, separados por algumas dezenas de metros... é uma situação muito mais inverosímil do que qualquer uma das que acontece no “Terminal”. No entanto, do ponto de vista cinematográfico, muitos dos “duelos” são momentos fantásticos de cinema. E isso para mim é o que interessa.
Se isto não é um user-friendly-all-family-happy-ending, então não sei. :shock:
E daí? O facto de um filme ter um “Happy-Ending” nada me diz em relação a qualidade do mesmo. Provavelmente 50% das obras-primas da sétima arte têm “Finais Felizes”.
Se me disserem que o fim é bom ou mau, aí sim, já é um critério de "valor". Mas dizerem que o filme tem um “Happy- Ending” ou um “Unhappy-Ending”, é mais ou menos a mesma coisa que me dizerem que o filme é um drama, uma comédia, ou ficção científica. Ou seja, sobre o valor do filme nada sei.
E por outro lado estamos a falar de um filme de Spielberg. Se há uma coisa que sabemos antes de vermos um filme de Spielberg, é que este vai ter um Happy Ending. È uma das principais marcas do autor. Critica-lo por este aspecto.... :roll:
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Post by DarkPhoenix »

Alan, obviamente que eu não critico o Happy-End só pelo simples facto de o ser... :roll:
Não gosto nem desgosto de finais felizes.
Apenas gosto de bons finais, aparentemente coerentes com o resto do filme e não desenquadrados.

Como disseste e muito bem, falamos de um filme do Spielberg, ora bolas!
O Happy-Ending é quase sempre uma certeza no seu cinema.

O que eu critico é a forma desengonçada e disparatada como ele foi ali parar. Então já não respeitamos a evolução gradual e sustentada das personagens? Já não necessitamos de escrever boas histórias, portanto... :-?

Quanto ao outro ponto que rebateste, não consigo estabelecer facilmente a analogia entre a mitologia Western e o sucedido na última cena do "The Terminal".
Se nos referimos ao grafismo próprio do Western ( ou de qualquer outro tipo de cinema ) com todos os seus clichés e verosimilhanças dúbias, também temos que aceitar que as tais cenas da praxe estão enquadradas no seu tipo de cinema

E isso leva-me a outro ponto na análise a este "The Terminal", pois parece-me que o filme divaga, dir-se-ia perdido entre diferentes géneros. Ora é comédia física, ora drama sentimental, ora feel-good movie, logo a seguir comédia negra... Enfim. :|

O facto é que o discurso final do Dixon não é coerente com o resto da sua conduta ao longo do filme. Além disso, nada no argumento nos leva a crer que fosse mudar a sua atitude face ao Victor, naqueles momentos fulcrais que antecedem o climax, em que ele ordena ferozmente ao guarda que o detenha, vociferando alarvemente do seu posto de observação.
Para mim, isto são sinónimos de má escrita e tentativa de forçar um happy-ending, ilibando as culpas do responsável pelo Aeroporto, pois afinal tudo não passara de um jogo divertido, eheheheheheh... mau-)

Afinal, a única personagem ( tragicamente ) má acaba por ser a da Zeta-Jones. Tem piada, pois também é a única que tem alguma dimensão humana no filme, ao lado de figuras de cartão animadas.
E pensar que até tem poucas cenas para conseguir executar o seu papel e fá-lo tão bem.

Apesar de tudo, ainda bem que temos, desta vez, ideias opostas em relação a um filme. :wink:
É sinal de que o cinema consegue ainda tocar as pessoas de forma diversa e essa é uma das qualidades da arte.

Eu não gostei. teimoso-)
4/10.
alan_smithee
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Post by alan_smithee »

E ainda bem que neste fórum, algumas pessoas, "ainda" gostam de "discutir" cinema :-)
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