Lá Fora (2004) - Fernando Lopes
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<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote"><i>Originally posted by Francesco Zappa</i>
<br />Agora a minha crítica foi da maneira como colocaste as coisas, ou seja: como numa conversa de telemóvel de 5 minutos eles não dizem os nomes é um desperdício, e com isto eu, que nem sequer vi o filme, não posso concordar.
A questão da informação depende do como o realizador a quer fazer passar.
Até podes ter um filme que não tenha narrativa e que queira apenas transmitir sensações, ambientes e que se esteja a marimbar para a história dando só importância às imagens e ao visual, mas isso é outra história. [;)]
Mas se numa cena entre um homem e uma mulher eu perceber pelas suas expressões que se amam (e se fosse esta a informação que o realizador quisesse passar), que interessa a mim que eles se chamem Maria e Manel ou que vivam em Portugal?
Isso pode ou não ser importante consoante o rumo do filme e as intenções do realizador. Percebes onde quero chegar?<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Não, na verdade não percebo! O que percebo é que qualquer bom filme dos últimos 70 anos revela informação crucial como o nomes dos personagens nos primeiros 5, 10, a esticar até aos 15 minutos, num caso excepcional como <b>O Exorcista.</b>
Agora não leves isto a peito - mas se realmente mais pessoas pensarem como tu assim acerca dos filmes, então o cinema em Portugal realmente não vai mudar. Nunca!
[:(]
Forget it, Jake; it's Chinatown!
<br />Agora a minha crítica foi da maneira como colocaste as coisas, ou seja: como numa conversa de telemóvel de 5 minutos eles não dizem os nomes é um desperdício, e com isto eu, que nem sequer vi o filme, não posso concordar.
A questão da informação depende do como o realizador a quer fazer passar.
Até podes ter um filme que não tenha narrativa e que queira apenas transmitir sensações, ambientes e que se esteja a marimbar para a história dando só importância às imagens e ao visual, mas isso é outra história. [;)]
Mas se numa cena entre um homem e uma mulher eu perceber pelas suas expressões que se amam (e se fosse esta a informação que o realizador quisesse passar), que interessa a mim que eles se chamem Maria e Manel ou que vivam em Portugal?
Isso pode ou não ser importante consoante o rumo do filme e as intenções do realizador. Percebes onde quero chegar?<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Não, na verdade não percebo! O que percebo é que qualquer bom filme dos últimos 70 anos revela informação crucial como o nomes dos personagens nos primeiros 5, 10, a esticar até aos 15 minutos, num caso excepcional como <b>O Exorcista.</b>
Agora não leves isto a peito - mas se realmente mais pessoas pensarem como tu assim acerca dos filmes, então o cinema em Portugal realmente não vai mudar. Nunca!
[:(]
Forget it, Jake; it's Chinatown!
- Francesco Zappa
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Eumenides,
do cinema português já disse que não sou grande fã, nem de filmes na linha do Lá Fora, nem do Leonel Vieira, nem de outro qualquer para dizer a verdade.
Agora se há coisa que gosto no cinema é a sua liberdade.
Quem disse que o nomes dos personagens é uma informação crucial em todos os filmes? (coitado do Resnais)
Quem disse que o cinema tem que ter uma narrativa linear, ou sequer uma narrativa?
O bom filme para ti, não o é forçosamente para todos.
Não digo que gosto ou que não gosto, nem é isso que está aqui em causa.
Agora, não digo de certeza, é que tem que ser assim ou não pode ser assado.
----------------------------------------------------------------
Manuel Teixeira
"Virgin wool comes from ugly sheep"
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do cinema português já disse que não sou grande fã, nem de filmes na linha do Lá Fora, nem do Leonel Vieira, nem de outro qualquer para dizer a verdade.
Agora se há coisa que gosto no cinema é a sua liberdade.
Quem disse que o nomes dos personagens é uma informação crucial em todos os filmes? (coitado do Resnais)
Quem disse que o cinema tem que ter uma narrativa linear, ou sequer uma narrativa?
O bom filme para ti, não o é forçosamente para todos.
Não digo que gosto ou que não gosto, nem é isso que está aqui em causa.
Agora, não digo de certeza, é que tem que ser assim ou não pode ser assado.
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Manuel Teixeira
"Virgin wool comes from ugly sheep"
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- Paulo Sousa Dias
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- Location: Lisboa / Portugal
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote"><i>Originally posted by thirtysomething</i>
<br />[
Nao vi, mas disseram-me que era bastante bom, descontando o habitual problema do pessimo som (nao se percebia metade do que as personagens diziam...)
Guida, Lisboa
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Olá,
Péssimo som? Fui ver o filme duas vezes ao cinema, da segunda com uma amiga escocesa que até estava a aprender português na altura (sabia espanhol) e nem eu nem ela tivemos algum problema em perceber o que as personagens diziam [?]
E tenho o filme em VHS (que eu saiba, ainda não saiu em DVD), e aí também não noto nada de errado com o som...
Paulo Dias
A minha colecção: http://www.dvdprofiler.com/mycollection.asp?alias=PD
<br />[
Nao vi, mas disseram-me que era bastante bom, descontando o habitual problema do pessimo som (nao se percebia metade do que as personagens diziam...)
Guida, Lisboa
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Olá,
Péssimo som? Fui ver o filme duas vezes ao cinema, da segunda com uma amiga escocesa que até estava a aprender português na altura (sabia espanhol) e nem eu nem ela tivemos algum problema em perceber o que as personagens diziam [?]
E tenho o filme em VHS (que eu saiba, ainda não saiu em DVD), e aí também não noto nada de errado com o som...
Paulo Dias
A minha colecção: http://www.dvdprofiler.com/mycollection.asp?alias=PD
A minha opinião sobre o cinema português é muito semelhante à do Eumenides. É simplesmente mau. O último filme português que vi foi "O Delfim" e a única coisa boa era o argumento (foi uma boa adaptação) mas para isso fico em casa a ler o livro. A fotografia era também boa, mas o director de fotografia não está envolvido na "mafia" do cinema português (talvez por isso tenha tanta qualidade). O som do filme era horrível.
Também vi "A Janela" e não gostei. A parte mais interessante foram os monólogos do Vieira, mas também se pode ir ver os Irmãos Catita ao vivo. Nunca percebi porque acharam a Lúcia Sigalho extraordinária nesse filme. Mas os críticos portugueses costumam achar que qualquer personagem feminina a cair para o histerismo é "forte" e uma demonstração das enormes capacidades dramáticas da atriz.
Não consigo escrever um texto tão claramente como o Eumenides, mas ele descreveu bem os meus pensamentos.
Enquanto em Portugal não se começar a olhar para o cinema como algo que tem que ter qualidade e interesse para o espectador(ainda por cima financiado pelos contribuintes) nada vai mudar. Os "cineastas" portugueses criticam a industria americana por serem capitalistas mas a verdade é que os melhores profissionais estão lá. E quando Hollywood quer fazer filmes bons faz.
Olha-se para "A Última Hora" ou mesmo o "Mystic River" e percebe-se que nós nunca faremos filmes assim. Querem bons argumentistas, realizadores, actores, directores de fotografia, som, enfim, profissionais? Então têm que lhes pagar bem e apresentar condições de trabalhos dignas. E isso não acontecerá enquanto o financiamento vier do estado decidido por um júri com umas regras no mínimo pouco claras e previlegiar obras de cineastas que não têm interesse em fazer filmes para um público ver.
/End of rant
Também vi "A Janela" e não gostei. A parte mais interessante foram os monólogos do Vieira, mas também se pode ir ver os Irmãos Catita ao vivo. Nunca percebi porque acharam a Lúcia Sigalho extraordinária nesse filme. Mas os críticos portugueses costumam achar que qualquer personagem feminina a cair para o histerismo é "forte" e uma demonstração das enormes capacidades dramáticas da atriz.
Não consigo escrever um texto tão claramente como o Eumenides, mas ele descreveu bem os meus pensamentos.
Enquanto em Portugal não se começar a olhar para o cinema como algo que tem que ter qualidade e interesse para o espectador(ainda por cima financiado pelos contribuintes) nada vai mudar. Os "cineastas" portugueses criticam a industria americana por serem capitalistas mas a verdade é que os melhores profissionais estão lá. E quando Hollywood quer fazer filmes bons faz.
Olha-se para "A Última Hora" ou mesmo o "Mystic River" e percebe-se que nós nunca faremos filmes assim. Querem bons argumentistas, realizadores, actores, directores de fotografia, som, enfim, profissionais? Então têm que lhes pagar bem e apresentar condições de trabalhos dignas. E isso não acontecerá enquanto o financiamento vier do estado decidido por um júri com umas regras no mínimo pouco claras e previlegiar obras de cineastas que não têm interesse em fazer filmes para um público ver.
/End of rant
-
- Especialista
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- Joined: June 17th, 2003, 12:45 am
- Location: Lisboa/Sintra
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote"><i>Originally posted by Frances</i>
<br />Trailer mau ou bom, penso que grande parte do que foi aqui escrito faz parte de um preconceito em relação ao cinema português.
Eu vi o filme. Ao menos isso, antes de criticar.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Concordo totalmente com estas palavras da Frances. È verdade que a cinematografia portuguesa não é das mais ricas, antes pelo contrário, mas existe muito preconceito contra o cinema português. Não se vê porque é português. Mas então se não se vê, como é que se crítica? Só se pode criticar algo que conhecemos razoavelmente bem. [}:)]
É verdade que o cinema português é um cinema um tanto ou quanto estranho, a fazer lembrar algum cinema francês dos anos 80. Um cinema que não é “nacional” (e nacional no sentido de o público sentir uma identificação com as situações e personagens), mas também não é “universal”, (como é por ex. o cinema americano).
E mais estranho, é olharmos para as primeiras obras de jovens cineastas, sejam elas curtas metragens, ou por ex. os telefilmes da SIC, e vermos o cinema português ser abordado de uma forma um tanto ou quanto diferente, e depois quando estes mesmos cineastas realizam a sua primeira longa metragem... lá temos o cinema português do costume.
Mas neste cinema português do costume, há obras interessantes.
Dois dos meus filmes portugueses favoritos são “As Ilhas Encantadas” e “Uma Pedra no Bolso”, alguém viu? “Aparelho voador a Baixa Altitude”, um dos poucos filmes portugueses de ficção científica portugueses, alguém viu?
Aposto que pouca gente viu, mas tenho a certeza que muita gente, á boa moda dos mitos urbanos, ouviu alguém dizer algures, que “não valiam nada”.[}:)]
Há tantas questões a volta do cinema português que podiam ser debatidas. Por ex. a velha questão de sermos um país pequeno. E que é uma realidade. Para vós dar um ex. a cidade de Madrid tem mais cinemas que Portugal inteiro. Em França por ex. um filme francês pode estrear em 250/300 salas. Um Portugal, um filme português estreia em quantas salas... 15/20 ? Ou seja, a capacidade de gerar receitas, que depois poderiam ser aplicadas no próprio cinema português, é bastante limitada.
E depois por ex. a questão da vocação, do passado histórico. Ao contrário de Espanha, França Itália ou Alemanha, nunca tivemos grande vocação cinematográfica (ao contrário da literatura onde temos pergaminhos). Se compararmos a nossa cinematografia com a grega, essa sim uma comparação equilibrada, estamos ela por ela.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
(...)Escola Superior de Teatro e Cinema (...)
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Desculpem o off-topic, mas é para vos contar uma história (verdadeira)
Na primeira vez que candidatei-me a Escola Superior de Teatro e Cinema, apanhei na segunda fase (que no seu essencial era uma entrevista, de pouco mais de vinte minutos) um júri formado por 4 elementos, do qual o chefe do mesmo, era um cineasta português bastante conhecido.
Com os meus 18 anos, e um pouco tímido por natureza, na presença de um júri de 4 elementos fiquei bloqueado. Dizia apenas “sim”, “não” e “talvez”. As tantas, o chefe do júri diz: “você faz-me lembrar quando tinha a sua idade, também eu era assim, um rapaz de poucas falas... era mesmo um pouco depressivo... você é depressivo?... eu quando tinha a sua idade só pensava em duas coisas, em suicidar-me ou em fazer cinema [:D]... após muito pensar, lá decidi por fazer cinema...”[:D]
A porta da sala onde estavam a decorrer as entrevistas estava semi-aberta, e um dos tipos que estava lá fora a espera de ser entrevistado, introduziu a cabeça e disse “E fêz muito bem o senhor doutor, a perca que teria sido para o cinema português se o senhor doutor se tivesse suicidado” [:D][:D]
O "senhor doutor" ficou com um sorriso de orelha a orelha.
Aposto que aquele tipo consegui entrar para a escola naquele ano.[}:)]
um abraço
<br />Trailer mau ou bom, penso que grande parte do que foi aqui escrito faz parte de um preconceito em relação ao cinema português.
Eu vi o filme. Ao menos isso, antes de criticar.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Concordo totalmente com estas palavras da Frances. È verdade que a cinematografia portuguesa não é das mais ricas, antes pelo contrário, mas existe muito preconceito contra o cinema português. Não se vê porque é português. Mas então se não se vê, como é que se crítica? Só se pode criticar algo que conhecemos razoavelmente bem. [}:)]
É verdade que o cinema português é um cinema um tanto ou quanto estranho, a fazer lembrar algum cinema francês dos anos 80. Um cinema que não é “nacional” (e nacional no sentido de o público sentir uma identificação com as situações e personagens), mas também não é “universal”, (como é por ex. o cinema americano).
E mais estranho, é olharmos para as primeiras obras de jovens cineastas, sejam elas curtas metragens, ou por ex. os telefilmes da SIC, e vermos o cinema português ser abordado de uma forma um tanto ou quanto diferente, e depois quando estes mesmos cineastas realizam a sua primeira longa metragem... lá temos o cinema português do costume.
Mas neste cinema português do costume, há obras interessantes.
Dois dos meus filmes portugueses favoritos são “As Ilhas Encantadas” e “Uma Pedra no Bolso”, alguém viu? “Aparelho voador a Baixa Altitude”, um dos poucos filmes portugueses de ficção científica portugueses, alguém viu?
Aposto que pouca gente viu, mas tenho a certeza que muita gente, á boa moda dos mitos urbanos, ouviu alguém dizer algures, que “não valiam nada”.[}:)]
Há tantas questões a volta do cinema português que podiam ser debatidas. Por ex. a velha questão de sermos um país pequeno. E que é uma realidade. Para vós dar um ex. a cidade de Madrid tem mais cinemas que Portugal inteiro. Em França por ex. um filme francês pode estrear em 250/300 salas. Um Portugal, um filme português estreia em quantas salas... 15/20 ? Ou seja, a capacidade de gerar receitas, que depois poderiam ser aplicadas no próprio cinema português, é bastante limitada.
E depois por ex. a questão da vocação, do passado histórico. Ao contrário de Espanha, França Itália ou Alemanha, nunca tivemos grande vocação cinematográfica (ao contrário da literatura onde temos pergaminhos). Se compararmos a nossa cinematografia com a grega, essa sim uma comparação equilibrada, estamos ela por ela.
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote">
(...)Escola Superior de Teatro e Cinema (...)
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Desculpem o off-topic, mas é para vos contar uma história (verdadeira)
Na primeira vez que candidatei-me a Escola Superior de Teatro e Cinema, apanhei na segunda fase (que no seu essencial era uma entrevista, de pouco mais de vinte minutos) um júri formado por 4 elementos, do qual o chefe do mesmo, era um cineasta português bastante conhecido.
Com os meus 18 anos, e um pouco tímido por natureza, na presença de um júri de 4 elementos fiquei bloqueado. Dizia apenas “sim”, “não” e “talvez”. As tantas, o chefe do júri diz: “você faz-me lembrar quando tinha a sua idade, também eu era assim, um rapaz de poucas falas... era mesmo um pouco depressivo... você é depressivo?... eu quando tinha a sua idade só pensava em duas coisas, em suicidar-me ou em fazer cinema [:D]... após muito pensar, lá decidi por fazer cinema...”[:D]
A porta da sala onde estavam a decorrer as entrevistas estava semi-aberta, e um dos tipos que estava lá fora a espera de ser entrevistado, introduziu a cabeça e disse “E fêz muito bem o senhor doutor, a perca que teria sido para o cinema português se o senhor doutor se tivesse suicidado” [:D][:D]
O "senhor doutor" ficou com um sorriso de orelha a orelha.
Aposto que aquele tipo consegui entrar para a escola naquele ano.[}:)]
um abraço
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote"><i>Originally posted by alan_smithee</i>
<br />
Há tantas questões a volta do cinema português que podiam ser debatidas. Por ex. a velha questão de sermos um país pequeno. E que é uma realidade. Para vós dar um ex. a cidade de Madrid tem mais cinemas que Portugal inteiro. Em França por ex. um filme francês pode estrear em 250/300 salas. Um Portugal, um filme português estreia em quantas salas... 15/20 ? Ou seja, a capacidade de gerar receitas, que depois poderiam ser aplicadas no próprio cinema português, é bastante limitada.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Alan, apesar de achar que tens razão, o nosso mercado é muito mais reduzido penso que esta questão é mais utilizada pelos realizadores para justificarem as baixas audiências. A verdade é que o filme até pode estrear em poucas salas, mas se for interessante e de qualidade as pessoas vão ver na mesma. Mas o cinema que se faz em Portugal é dedicado aos realizadores e à seua horde de seguidores, não ao público. Enquanto esta mentalidade não se mudar não evoluimos.
E apesar de tudo não precisas de ter visto todos os filmes portugueses para conhecer o estado do cinema português.
<br />
Há tantas questões a volta do cinema português que podiam ser debatidas. Por ex. a velha questão de sermos um país pequeno. E que é uma realidade. Para vós dar um ex. a cidade de Madrid tem mais cinemas que Portugal inteiro. Em França por ex. um filme francês pode estrear em 250/300 salas. Um Portugal, um filme português estreia em quantas salas... 15/20 ? Ou seja, a capacidade de gerar receitas, que depois poderiam ser aplicadas no próprio cinema português, é bastante limitada.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Alan, apesar de achar que tens razão, o nosso mercado é muito mais reduzido penso que esta questão é mais utilizada pelos realizadores para justificarem as baixas audiências. A verdade é que o filme até pode estrear em poucas salas, mas se for interessante e de qualidade as pessoas vão ver na mesma. Mas o cinema que se faz em Portugal é dedicado aos realizadores e à seua horde de seguidores, não ao público. Enquanto esta mentalidade não se mudar não evoluimos.
E apesar de tudo não precisas de ter visto todos os filmes portugueses para conhecer o estado do cinema português.
Alan:
Sempre acabaste por entrar para a ESTC? Ultimamente, tenho pensado muito em candidatar-me e abandonar o meu curso de Letras, que me deixou completamente desiludido em relação às minhas expectativas.
On-topic:
Concorda, myrias! E se um bom filme ainda falhar nos cinemas porque ninguém sabe que ele existe, normalmente fazem lucro quando saem em DVD...
... foi esse o caso do <b>Donnie Darko</b> e <b>Fight Club,</b> desastres de bilheteira, mas depois venderam milhões em DVD. Eu não acredito que este será o caso com um filme português, porque eles não são ignorados porque ninguém sabe da existência, simplesmente ninguém os quer comprar em DVD também porque esperam uma porcaria.
Forget it, Jake; it's Chinatown!
Sempre acabaste por entrar para a ESTC? Ultimamente, tenho pensado muito em candidatar-me e abandonar o meu curso de Letras, que me deixou completamente desiludido em relação às minhas expectativas.
On-topic:
Concorda, myrias! E se um bom filme ainda falhar nos cinemas porque ninguém sabe que ele existe, normalmente fazem lucro quando saem em DVD...
... foi esse o caso do <b>Donnie Darko</b> e <b>Fight Club,</b> desastres de bilheteira, mas depois venderam milhões em DVD. Eu não acredito que este será o caso com um filme português, porque eles não são ignorados porque ninguém sabe da existência, simplesmente ninguém os quer comprar em DVD também porque esperam uma porcaria.
Forget it, Jake; it's Chinatown!
-
- Novato
- Posts: 3
- Joined: April 12th, 2004, 5:14 pm
O cinema português está a tentar mudar!
titulos como tudo isto é fado e Maria e as outras aproximam-se do público.
Isto sem contar com aquele que promete vir ser um dos filmes portugueses mais cómicos: Balas&Bolinhos - o regresso.
Existe uma nova geração que está a tentar criar um novo cinema português, dentro evidente das conhecidas limitações orçamentais.
titulos como tudo isto é fado e Maria e as outras aproximam-se do público.
Isto sem contar com aquele que promete vir ser um dos filmes portugueses mais cómicos: Balas&Bolinhos - o regresso.
Existe uma nova geração que está a tentar criar um novo cinema português, dentro evidente das conhecidas limitações orçamentais.
-
- DVD Maníaco
- Posts: 4047
- Joined: February 16th, 2001, 1:37 am
- Location: Portugal
- Contact:
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote"><i>Originally posted by alquimista</i>
<br />[quote]Alquimista,
A edição do Solaris que tenho é esta http://www.loaded247.co.uk/index.php?s=2&id=5161.
Atenção que aparentemente existem duas versões desta edição com conteudos extra minimamente diferentes. Além de uma outra edição da Criterion que toda a gente diz ser superior.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
A edição que tens é a da Ruscico (Russian Cinema Council) re-branded pela Artificial Eye para venda no UK.
Podes comprar esse, como muitos outros títulos soviéticos directamente à Ruscico (www.ruscico.com). Teem (praticamente) todos legendas PT, oferecem os portes, e têm uma qualidade audio/video muito acima da média (como pudeste constatar no solaris). Com a vantagem de enviarem via Bélgica, logo, sem problemas alfandegários.
Existem versões em PAL e NTSC, se lá comprares não te esqueças de escolher o sistema correcto, no caso de não teres uma TV multi-sistema.
Quem fôr cinéfilo "a sério" e com dinheiro para gastar, pode subscrever a colecção "clássicos", que é composta por 120 filmes, e eles mandam 5 por mês a preço reduzido.
Um abraço,
http://www.dvdprofiler.com/mycollection ... Skywatcher
http://www.pmr446mania.com
<br />[quote]Alquimista,
A edição do Solaris que tenho é esta http://www.loaded247.co.uk/index.php?s=2&id=5161.
Atenção que aparentemente existem duas versões desta edição com conteudos extra minimamente diferentes. Além de uma outra edição da Criterion que toda a gente diz ser superior.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
A edição que tens é a da Ruscico (Russian Cinema Council) re-branded pela Artificial Eye para venda no UK.
Podes comprar esse, como muitos outros títulos soviéticos directamente à Ruscico (www.ruscico.com). Teem (praticamente) todos legendas PT, oferecem os portes, e têm uma qualidade audio/video muito acima da média (como pudeste constatar no solaris). Com a vantagem de enviarem via Bélgica, logo, sem problemas alfandegários.
Existem versões em PAL e NTSC, se lá comprares não te esqueças de escolher o sistema correcto, no caso de não teres uma TV multi-sistema.
Quem fôr cinéfilo "a sério" e com dinheiro para gastar, pode subscrever a colecção "clássicos", que é composta por 120 filmes, e eles mandam 5 por mês a preço reduzido.
Um abraço,
http://www.dvdprofiler.com/mycollection ... Skywatcher
http://www.pmr446mania.com
-
- Especialista
- Posts: 1251
- Joined: June 17th, 2003, 12:45 am
- Location: Lisboa/Sintra
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote"><i>Originally posted by Eumenides</i>
<br />Alan:
Sempre acabaste por entrar para a ESTC? Ultimamente, tenho pensado muito em candidatar-me e abandonar o meu curso de Letras, que me deixou completamente desiludido em relação às minhas expectativas.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Off-Topic
Não.
Acabei por tirar um outro curso de cinema de 6 meses, essencialmente teórico, que serviu apenas para me tornar um “melhor” espectador.
Depois a vida tomou outra direcção... e o sonho do “cinema” acabou.
Se achas que é isso que queres, candidata-te. O cinema português está a precisar de pessoas, que o olhem de uma forma diferente. [:)]
um abraço
<br />Alan:
Sempre acabaste por entrar para a ESTC? Ultimamente, tenho pensado muito em candidatar-me e abandonar o meu curso de Letras, que me deixou completamente desiludido em relação às minhas expectativas.
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Off-Topic
Não.
Acabei por tirar um outro curso de cinema de 6 meses, essencialmente teórico, que serviu apenas para me tornar um “melhor” espectador.
Depois a vida tomou outra direcção... e o sonho do “cinema” acabou.
Se achas que é isso que queres, candidata-te. O cinema português está a precisar de pessoas, que o olhem de uma forma diferente. [:)]
um abraço
Hm, não há maneira de mandarmos PM's uns aos outros, aqui? Assim não tinha que obstruir o lugar com conversas off-topic [?]
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote"><i>Originally posted by alan_smithee</i>
Não.
Acabei por tirar um outro curso de cinema de 6 meses, essencialmente teórico, que serviu apenas para me tornar um “melhor” espectador.
Depois a vida tomou outra direcção... e o sonho do “cinema” acabou.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Que pena [:(] então o que aconteceu?
E como é que era esse curso teórico?
Forget it, Jake; it's Chinatown!
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote"><i>Originally posted by alan_smithee</i>
Não.
Acabei por tirar um outro curso de cinema de 6 meses, essencialmente teórico, que serviu apenas para me tornar um “melhor” espectador.
Depois a vida tomou outra direcção... e o sonho do “cinema” acabou.<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Que pena [:(] então o que aconteceu?
E como é que era esse curso teórico?
Forget it, Jake; it's Chinatown!