Rapariga com Brinco de Pérola (2003) - Peter Webber
Moderators: waltsouza, mansildv
-
- Especialista
- Posts: 1251
- Joined: June 17th, 2003, 12:45 am
- Location: Lisboa/Sintra
<blockquote id="quote"><font size="1" face="Verdana, Arial, Helvetica" id="quote">quote:<hr height="1" noshade id="quote"><i>Originally posted by alquimista</i>
<br />A proprosito nao anda ja por aí a venda a caixinha do Louis de Funees edição portuga ?...Quero ver se compro isso pois é outra daquelas minhas referencias de infancia. Especialmente o Gendarme e os Estraterrestres e aquele outro em que o tipo é um padre que faz um sermão num pulpito todo desconjuntado. Alguem se recorda ?
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Penso que o filme do padre é “As Aventuras do Rabbi Jacob” (Les Aventures du Rabbi Jacob) mas não tenho a certeza.
Quanto ao pack Gendarme, já coloquei essa informação algures nos fóruns. Mas a situação é a seguinte:
Na Fnac disseram-me que o Pack só sai em Novembro ou Dezembro.
A DVd Reviem diz Fevereiro.
A DVDpt aponta como data de lançamento, 22 de Janeiro de... 2003
Um dia há-de sair. [}:)]
um abraço
<br />A proprosito nao anda ja por aí a venda a caixinha do Louis de Funees edição portuga ?...Quero ver se compro isso pois é outra daquelas minhas referencias de infancia. Especialmente o Gendarme e os Estraterrestres e aquele outro em que o tipo é um padre que faz um sermão num pulpito todo desconjuntado. Alguem se recorda ?
<hr height="1" noshade id="quote"></blockquote id="quote"></font id="quote">
Penso que o filme do padre é “As Aventuras do Rabbi Jacob” (Les Aventures du Rabbi Jacob) mas não tenho a certeza.
Quanto ao pack Gendarme, já coloquei essa informação algures nos fóruns. Mas a situação é a seguinte:
Na Fnac disseram-me que o Pack só sai em Novembro ou Dezembro.
A DVd Reviem diz Fevereiro.
A DVDpt aponta como data de lançamento, 22 de Janeiro de... 2003
Um dia há-de sair. [}:)]
um abraço
Eduardo Serra, no próximo dia 29, o Óscar pela melhor fotografia pode ser dele, com o filme ‘Rapariga do Brinco de Pérola’ que estreia esta semana em Portugal. In CM.
<b><i>David Ferreira</i></b>
<hr noshade size="1">
Delta Fox Home Page
http://7mares.terravista.pt/deltafox/
Meu sistema...zito !
http://forum.dvdmania.org/Users/userdet ... asp?ID=733
<b><i>David Ferreira</i></b>
<hr noshade size="1">
Delta Fox Home Page
http://7mares.terravista.pt/deltafox/
Meu sistema...zito !
http://forum.dvdmania.org/Users/userdet ... asp?ID=733
-
- Entusiasta
- Posts: 458
- Joined: May 16th, 2002, 2:28 pm
- Location: Portugal
A pintura é também uma das minhas paixões (juntamente como o cinema e a BD) e assim que ouvi falar deste filme fiquei curioso. Mas já estou a ver que vai demorar a chegar a Coimbra.
Quem vive nesta cidade vai fazendo lista à Uma Thurman do Kill Bill. [:D] É um prazer ir riscando os filmes que estão na lista à medida que os vemos. O que eu tive de esperar para ver o Spider do David Cronenberg [:(]
Quem vive nesta cidade vai fazendo lista à Uma Thurman do Kill Bill. [:D] É um prazer ir riscando os filmes que estão na lista à medida que os vemos. O que eu tive de esperar para ver o Spider do David Cronenberg [:(]
Vi o filme hoje. Nada de extraordinário, um filme completamente banal, engraçadinho, mas nada mais. Banda sonora do mais previsível que pode haver para o género de filme que é. A fotografia é no entanto muito boa sim, mas NADA comparada com a fotografia de John Alcott em Barry Lyndon do Kubrick, que continua a ter a melhor fotografia de sempre. Aquilo sim, é fotografia que recria quadros!
Epá, e para quem recomenda o Colin Firth para 007...
fogo, ainda não vi um filme dele em que ele não tivesse uma expressão facial de enjoo... Parece que vai vomitar a qualquer momento!
Enfim, filme simpático, mas nada de especial.
* * *
5/10
Epá, e para quem recomenda o Colin Firth para 007...

Enfim, filme simpático, mas nada de especial.
* * *
5/10
-
- Especialista
- Posts: 1251
- Joined: June 17th, 2003, 12:45 am
- Location: Lisboa/Sintra
Rapariga com Brinco de pérola tem um momento de cinema com C grande. Daqueles que arrepiam. Estou a referir-me a cena em que Griet (Johansson), retira a touca sob o olhar de Johannes Vermeer (Firth). De resto é um filme demasiadamente académico (no mau sentido).
Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos. Millor Fernandes
Quando o vi no cinema, e escrevi aqui o meu comentário, uma das coisas que disse foi exactamente que não considerava este filme um "grande" filme mas que a história era comovente.
Mantenho as minhas palavras... não é, de facto, nenhuma obra-prima, também o acho um pouco académico (nesse mau sentido) na forma de contar a história e tem uma banda sonora fraca.
No entanto, não deixa de ser uma bela história e de ter essa magia presente em quase cada plano, cada um deles como se se tratasse de um belo quadro.
Aliás, ainda hoje não sei explicar muito bem qual foi esse encantamento que me levou a, depois de ver o filme, ir comprar um livro sobre o Vermeer e o livro onde é baseado o filme.
Mantenho as minhas palavras... não é, de facto, nenhuma obra-prima, também o acho um pouco académico (nesse mau sentido) na forma de contar a história e tem uma banda sonora fraca.
No entanto, não deixa de ser uma bela história e de ter essa magia presente em quase cada plano, cada um deles como se se tratasse de um belo quadro.
Aliás, ainda hoje não sei explicar muito bem qual foi esse encantamento que me levou a, depois de ver o filme, ir comprar um livro sobre o Vermeer e o livro onde é baseado o filme.
Frances Farmer
Isaac: It's an interesting group of people, your friends are.
Mary: I know.
Isaac: Like the cast of a Fellini movie.
Isaac: It's an interesting group of people, your friends are.
Mary: I know.
Isaac: Like the cast of a Fellini movie.
- Ricardo Ribeiro
- DVD Maníaco
- Posts: 4218
- Joined: November 5th, 2000, 10:57 pm
- Location: Portugal
- Contact:
Vi ontem este filme. É um dos melhores retratos históricos jamais feitos em cinema. Se não o melhor. Apesar de não ser especialista em História Moderna, adivinha-se um rigor no trabalho de investigação de grande louvor. Todos os pequenos detalhes foram obviamente estudados. Eu diria que o filme é também ele uma pintura, da Holanda setencentista, urbana e burguesa. O grande senão? O ritmo. Lento.
Tirado do IMDB:
Plot Outline: A young peasant maid working in the house of painter Johannes Vermeer becomes his talented assistant and the model for one of his most famous works.
Peasant!? Mas qual peasant? A Griet é filha de uma família burguesa de Delft. De camponesa não tem nada.
Tirado do IMDB:
Plot Outline: A young peasant maid working in the house of painter Johannes Vermeer becomes his talented assistant and the model for one of his most famous works.
Peasant!? Mas qual peasant? A Griet é filha de uma família burguesa de Delft. De camponesa não tem nada.
Ricardo Ribeiro
O Mundo da Viagem em...
http://papaleguas.wordpress.com | http://cruzamundos.wordpress.com
O Mundo da Viagem em...
http://papaleguas.wordpress.com | http://cruzamundos.wordpress.com
Fonte: www.publico.pt
"Eduardo Serra recebe Prémio do Cinema Europeu
Acaba de obter o "Óscar" do cinema europeu pelo seu trabalho de fotografia em "Rapariga com Brinco de Pérola" - "uma boa surpresa". Sobre o cinema português, onde trabalha ocasionalmente, diz que "permite fazer coisas que não se conseguem fazer noutro sítio".
O Óscar fugiu-lhe em Fevereiro (pela segunda vez), mas o português Eduardo Serra obteve sábado à noite o Prémio do Cinema Europeu como melhor director de fotografia por "Rapariga com Brinco de Pérola", adaptação por Peter Webber do romance de Tracy Chevalier inspirado no célebre quadro homónimo do mestre da pintura holandesa do século XVII, Vermeer.
Serra, 61 anos, fixou há muito residência em Paris, de onde nos falou, por telefone. Tem trabalhado, sobretudo, no circuito do cinema europeu e, ocasionalmente, nos Estados Unidos: era dele a fotografia de "O Protegido" (2002), de M. Night Shyamalan, e rodou recentemente "Beyond The Sea", filme biográfico em jeito de musical realizado e protagonizado por Kevin Spacey. "É um dos filmes mais excitantes que tenho feito até agora, a nível de trabalho e de exigência", diz. Também tem deixado a sua marca no cinema português, a última das quais em "O Delfim" (2002), de Fernando Lopes. Afirma que o cinema português "dá por vezes uma liberdade que permite fazer coisas que não se conseguem fazer noutro sítio".
PÚBLICO - Um "Óscar" europeu tem o mesmo significado, para si, de um Óscar de Hollywood?
EDUARDO SERRA - Obviamente que não. Estes prémios europeus são uma coisa recente. Ainda não se pode dizer que seja uma coisa que esteja perfeitamente acabada. Mas foi uma boa surpresa. Confesso que estava um bocado céptico... O problema é que há filmes de toda a Europa, portanto tem de haver uma primeira selecção e depende muito da qualidade dessa selecção. Uma coisa que me orgulha muito é que o nível dos meus concorrentes era bastante alto. Em particular, há dois colegas de quem admiro o trabalho há mais de 20 anos, o espanhol Javier Aguirresarobe e Lajos Koltai, que é húngaro e fez todos os filmes do István Szabó. Até fiquei muito tocado porque o Lajos disse que tinha votado por mim [risos].
Este prémio confirma o reconhecimento europeu do seu trabalho, depois do prémio Bafta por "As Asas do Amor" (1998). Um Óscar de Hollywood trar-lhe-ia o reconhecimento americano?
Duas nomeações já são um reconhecimento. Embora, evidentemente, um Óscar fosse uma consagração.
Quando se fala de "Rapariga com Brinco de Pérola", fala-se, sempre e sobretudo, da fotografia. O seu contributo visual impôs-se sobre outros aspectos do filme. O que, de certa forma, é paradoxal porque a fotografia é quase sempre um trabalho de invisibilidade, ou não?
Mas acontece, por vezes, a natureza do filme dar-lhe uma maior visibilidade. Como eu disse, aliás, no agradecimento, é um filme em que a luz é um dos personagens principais. Portanto, isso expõe muito mais o trabalho de fotografia. É evidente que o mesmo trabalho noutras situações, em que a luz não fosse importante para os personagens e não fosse um elemento dramático da narração, poderia passar despercebido.
É apenas coincidência que as suas duas nomeações para os Óscares se devam a filmes de época? É um género em que é mais fácil ser-se notado?
Indiscutivelmente. É um bocadinho injusto. Ninguém diz que [a fotografia de] "O Padrinho" tem a ver com Rembrandt; mas se eles [os actores] estivessem vestidos à século XVII toda a gente tinha percebido que aquilo é Rembrandt. Mas tal como é evidente que não se ganham prémios com comédias, um filme de época com uma boa equipa, também, de guarda-roupa, e maquilhagem, "a priori" está favorecido. É uma concorrência desleal.
Tem trabalhado ocasionalmente no cinema americano. É por vontade própria que não faz mais filmes americanos?
É, de certo modo. Podia trabalhar muito mais se me instalasse lá e aceitasse o que me propõem. Mas confesso que é mais difícil, em particular desde o 11 de Setembro: a produção baixou e o nível de risco que se toma na produção baixou. Houve uma vaga de frio em Hollywood [risos] e têm-se feito poucos filmes arriscados. O que me interessa é fazer filmes de que goste, sejam eles ingleses, americanos, franceses ou portugueses.
Sente-se mais identificado com o cinema europeu?
Sim, mas não em exclusivo. O que me interessa essencialmente é a complementaridade das coisas. Não gosto de estar exclusivamente ligado a uma coisa, porque ligando-me ao cinema europeu perco o que há de bom no americano. A variedade interessa-me muito.
Deu os seus primeiros passos no cinema português ao lado de José Fonseca e Costa ("Sem Sombra de Pecado", 1983) e o seu último trabalho por cá foi "O Delfim", de Fernando Lopes. Que relação mantém com o cinema português?
É uma relação de interesse, mas...
Distanciada?
Tem de ser distanciada. Por um lado, não quero romper, quero manter o contacto e de vez em quando fazer alguma coisa. O cinema português tem especificidades, não é? Há coisas que são possíveis de fazer no cinema português e que me interessam, coisas em que a dependência do sucesso e do público é menor do que em qualquer outro sítio. De qualquer maneira, a natureza do mercado faz com que a exigência de rentabilidade não seja a mesma em Portugal do que será em Inglaterra, nos Estados Unidos ou em França.
Algo que a nova lei do cinema pretende mudar.
Não pode ser [rentável], porque não há mercado suficiente para pagar o filme. Ou então têm de ser filmes intimistas, filmados com meios mínimos. Objectivamente, o preço de um filme normal, médio, não há espectadores em Portugal que o possam pagar. Não sou economista, mas "a priori" não penso que possa haver um cinema português que dê lucro, globalmente. Mas a situação que houve até agora dá por vezes uma liberdade que permite fazer coisas que não se conseguem fazer noutro sítio. O que não é necessariamente uma boa coisa, também dá imensos vícios: uma auto-indulgência, autoriza muitas coisas... Mas, por vezes, também dá coisas que são magníficas e únicas e que não se conseguem encontrar em parte nenhuma. Não quero perder o contacto que pode haver com isso." K.G.
"Eduardo Serra recebe Prémio do Cinema Europeu
Acaba de obter o "Óscar" do cinema europeu pelo seu trabalho de fotografia em "Rapariga com Brinco de Pérola" - "uma boa surpresa". Sobre o cinema português, onde trabalha ocasionalmente, diz que "permite fazer coisas que não se conseguem fazer noutro sítio".
O Óscar fugiu-lhe em Fevereiro (pela segunda vez), mas o português Eduardo Serra obteve sábado à noite o Prémio do Cinema Europeu como melhor director de fotografia por "Rapariga com Brinco de Pérola", adaptação por Peter Webber do romance de Tracy Chevalier inspirado no célebre quadro homónimo do mestre da pintura holandesa do século XVII, Vermeer.
Serra, 61 anos, fixou há muito residência em Paris, de onde nos falou, por telefone. Tem trabalhado, sobretudo, no circuito do cinema europeu e, ocasionalmente, nos Estados Unidos: era dele a fotografia de "O Protegido" (2002), de M. Night Shyamalan, e rodou recentemente "Beyond The Sea", filme biográfico em jeito de musical realizado e protagonizado por Kevin Spacey. "É um dos filmes mais excitantes que tenho feito até agora, a nível de trabalho e de exigência", diz. Também tem deixado a sua marca no cinema português, a última das quais em "O Delfim" (2002), de Fernando Lopes. Afirma que o cinema português "dá por vezes uma liberdade que permite fazer coisas que não se conseguem fazer noutro sítio".
PÚBLICO - Um "Óscar" europeu tem o mesmo significado, para si, de um Óscar de Hollywood?
EDUARDO SERRA - Obviamente que não. Estes prémios europeus são uma coisa recente. Ainda não se pode dizer que seja uma coisa que esteja perfeitamente acabada. Mas foi uma boa surpresa. Confesso que estava um bocado céptico... O problema é que há filmes de toda a Europa, portanto tem de haver uma primeira selecção e depende muito da qualidade dessa selecção. Uma coisa que me orgulha muito é que o nível dos meus concorrentes era bastante alto. Em particular, há dois colegas de quem admiro o trabalho há mais de 20 anos, o espanhol Javier Aguirresarobe e Lajos Koltai, que é húngaro e fez todos os filmes do István Szabó. Até fiquei muito tocado porque o Lajos disse que tinha votado por mim [risos].
Este prémio confirma o reconhecimento europeu do seu trabalho, depois do prémio Bafta por "As Asas do Amor" (1998). Um Óscar de Hollywood trar-lhe-ia o reconhecimento americano?
Duas nomeações já são um reconhecimento. Embora, evidentemente, um Óscar fosse uma consagração.
Quando se fala de "Rapariga com Brinco de Pérola", fala-se, sempre e sobretudo, da fotografia. O seu contributo visual impôs-se sobre outros aspectos do filme. O que, de certa forma, é paradoxal porque a fotografia é quase sempre um trabalho de invisibilidade, ou não?
Mas acontece, por vezes, a natureza do filme dar-lhe uma maior visibilidade. Como eu disse, aliás, no agradecimento, é um filme em que a luz é um dos personagens principais. Portanto, isso expõe muito mais o trabalho de fotografia. É evidente que o mesmo trabalho noutras situações, em que a luz não fosse importante para os personagens e não fosse um elemento dramático da narração, poderia passar despercebido.
É apenas coincidência que as suas duas nomeações para os Óscares se devam a filmes de época? É um género em que é mais fácil ser-se notado?
Indiscutivelmente. É um bocadinho injusto. Ninguém diz que [a fotografia de] "O Padrinho" tem a ver com Rembrandt; mas se eles [os actores] estivessem vestidos à século XVII toda a gente tinha percebido que aquilo é Rembrandt. Mas tal como é evidente que não se ganham prémios com comédias, um filme de época com uma boa equipa, também, de guarda-roupa, e maquilhagem, "a priori" está favorecido. É uma concorrência desleal.
Tem trabalhado ocasionalmente no cinema americano. É por vontade própria que não faz mais filmes americanos?
É, de certo modo. Podia trabalhar muito mais se me instalasse lá e aceitasse o que me propõem. Mas confesso que é mais difícil, em particular desde o 11 de Setembro: a produção baixou e o nível de risco que se toma na produção baixou. Houve uma vaga de frio em Hollywood [risos] e têm-se feito poucos filmes arriscados. O que me interessa é fazer filmes de que goste, sejam eles ingleses, americanos, franceses ou portugueses.
Sente-se mais identificado com o cinema europeu?
Sim, mas não em exclusivo. O que me interessa essencialmente é a complementaridade das coisas. Não gosto de estar exclusivamente ligado a uma coisa, porque ligando-me ao cinema europeu perco o que há de bom no americano. A variedade interessa-me muito.
Deu os seus primeiros passos no cinema português ao lado de José Fonseca e Costa ("Sem Sombra de Pecado", 1983) e o seu último trabalho por cá foi "O Delfim", de Fernando Lopes. Que relação mantém com o cinema português?
É uma relação de interesse, mas...
Distanciada?
Tem de ser distanciada. Por um lado, não quero romper, quero manter o contacto e de vez em quando fazer alguma coisa. O cinema português tem especificidades, não é? Há coisas que são possíveis de fazer no cinema português e que me interessam, coisas em que a dependência do sucesso e do público é menor do que em qualquer outro sítio. De qualquer maneira, a natureza do mercado faz com que a exigência de rentabilidade não seja a mesma em Portugal do que será em Inglaterra, nos Estados Unidos ou em França.
Algo que a nova lei do cinema pretende mudar.
Não pode ser [rentável], porque não há mercado suficiente para pagar o filme. Ou então têm de ser filmes intimistas, filmados com meios mínimos. Objectivamente, o preço de um filme normal, médio, não há espectadores em Portugal que o possam pagar. Não sou economista, mas "a priori" não penso que possa haver um cinema português que dê lucro, globalmente. Mas a situação que houve até agora dá por vezes uma liberdade que permite fazer coisas que não se conseguem fazer noutro sítio. O que não é necessariamente uma boa coisa, também dá imensos vícios: uma auto-indulgência, autoriza muitas coisas... Mas, por vezes, também dá coisas que são magníficas e únicas e que não se conseguem encontrar em parte nenhuma. Não quero perder o contacto que pode haver com isso." K.G.
Frances Farmer
Isaac: It's an interesting group of people, your friends are.
Mary: I know.
Isaac: Like the cast of a Fellini movie.
Isaac: It's an interesting group of people, your friends are.
Mary: I know.
Isaac: Like the cast of a Fellini movie.