Emperor of the North Pole (1973) - Robert Aldrich

[ZédaAdega]

Wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Emperor_of_the_North_Pole

Sinopse:

Emperor of the North Pole is a 1973 American action adventure film directed by Robert Aldrich, starring Lee Marvin, Ernest Borgnine, Keith Carradine, and Charles Tyner. It was later re-released on home media (and is more widely known) under the shorter title Emperor of the North, ostensibly chosen by studio executives to avoid being mistaken for a heartwarming holiday story. This original title is a homage to the historic joke among Great Depression-era hobos that the world's best hobo was "Emperor of the North Pole", a way of poking fun at their own desperate situation, implying that somebody ruling over the North Pole would reign over nothing but a vast, barren, cold, empty, and stark wasteland.

The film depicts the story of two hobos' struggle (esp. vs. "The Establishment") during the Great Depression in 1930s Oregon. Its screenplay is quite significantly inspired by three separate yet inter-related self-published seminal writings from earlier decades: Jack London's 1907 travel memoir, The Road; and two lesser-known books, both by legendary hobo "A-No.-1", pen-name of Leon Ray Livingston: The Trail of the Tramp (1913) and From Coast to Coast with Jack London, his 1917 travelogue.

in Wikipedia

[ZédaAdega]

Este é um filme totalmente original, bastante aclamado e acarinhado, onde o velho ator bruto e mau-da-fita do Ernest Borgnine fez o grande papel da sua carreira: O ajudante de maquinista sádico e psicótico que matava os vagabundos à marretada, com o seu martelo, no contexto da Grande Depressão Norte-Americana.

A cena abaixo ilustra este aspecto:



O trailer oficial que coloquei na "ficha técnica" é um bocado palerma e pouco sério, pois é um trailer feito nos anos 70, pelo que o excerto acima é um melhor indicador da seriedade e qualidade do filme.

O realizado Robert Aldrich, aqui já em final de carreira, é o sujeito que realizou o clássico "Os 12 Indomáveis Patifes", ele fazia aqueles filmes de guerra/ação/aventura, que tipicamente os homens adoravam e as mulheres odiavam .

No entanto aqui, talvez sem querer, ele fez um belo clássico, com mais maturidade e que reflete um pouco uma mensagem social acerca da Grande Depressão.

Eu herdei esta cassete VHS original do meu avô, que faleceu em 1997, ele também foi fogueiro e depois maquinista das locomotivas a vapor da CP nos anos 1930 e 1940, e tinha uma cara parecida com este Ernest Borgnine. Ainda bem que em Portugal não haviam estes vagabundos nos comboios da CP, senão o meu avô, bruto como era, era bem capaz de se comportar como o animal do personagem "Shack". Mas vá lá... Portugal é um país europeu e apesar do fascismo, mais civilizado do que a terra das coca colas e dos cowboys...

Quer o meu avô, quer o meu pai, eram também cinéfilos como eu, mas eu era da geração do Arnold Schwarzenegger. Ainda podia gramar com o "duro" do Charles Bronson dos anos 70, mas estes "duros" do Lee Marvin e Ernest Borgnine eram dos anos 60 e achei um bocado foleira a capa da cassete deste filme, com o Ernest de martelo na mão.

Entretanto lá vi o filme no final dos anos 90 e fiquei francamente surpreendido pela positiva, pois é um filme muito bem feito, que me cativou e não senti que fosse um filme "velho" ou "foleiro".

Em muitos aspetos, o Cinema americano viveu uma "Golden Age" na década de 1970, nomeadamente a originalidade dos argumentos, mais livres do guião formulaico dos grandes estúdios de Hollywood. Este filme é um bom exemplo disso. O "Desafio de Gigantes" (título em Portugal) não pretende ser nenhum filme erudito ou artístico, candidato a Óscar, mas está muito bem filmado, executado e é bastante cativante e sério. É um filme de que gostei muito e que recomendo.