Tópico sobre fanatismo religioso e perseguição religiosa (na nossa era)

[JoséMiguel]

Introdução

Este não é um tópico acerca de nenhuma religião ou de debate religioso. Tendo em conta que Portugal está na linha da frente da liberdade e tolerância religiosa, a par com a actual ideologia do Conselho Europeu (que proibiu o ensino da pseudo teoria biológica do Criacionismo) e com os valores introduzidos pela Revolução Francesa do século XVIII, o nosso país é uma utopia e um sonho de liberdade para cidadãos de países retrógados como a Irlanda ou os EUA.

O tópico é livre e geral, mas da minha parte não tenciono falar dos países desgraçados com teocracias islâmicas, nem com fascismo do culto religioso da personalidade da Coreia do Norte (estilo a URSS Estalinista ou a China Maoista), pois tratam-se claramente de países atrasados em oposição aos ideais europeus da "Era da Razão" e do Iluminismo.

Mas quando o governo de um estado-membro da União Europeia mata pessoas, em nome da religião católica (Irlanda), e quando o regime totalitário dos EUA pretende extinguir a espécie humana, num apocalipse nuclear, em nome do deus de Abraão, eu tenho de criticar.



Caramba! Este discurso feito em 8 de Março de 1983, mostra o fanatismo religioso do líder americano Ronald Reagen , que estava disposto a arrasar o mundo inteiro, e a matar crianças, para que as crianças morram fanáticas religiosas e não se tornem ateias e cresçam felizes.

Meus amigos leitores... na minha qualidade de entusiasta pelo cinema soviético, e com base em tudo o que li e pesquisei, traduzido do russo, atrevo-me a dizer que o regime religioso/teocrático totalitário norte-americano da presidência Reagan era visto pelo governo e povo soviético, da mesma forma como o povo português vê os líderes do Estado Islâmico no ano de 2016!!! Ponham-se no lugar do cidadão comum soviético, ao verem este sujeito Ronald Reagan, equivalente ao líder do Estado Islâmico, com um discurso de fanatismo religioso a ameaçar que prefere matar todas as crianças do mundo (com recurso a armas nucleares), com medo que elas deixem de seguir o fundamentalismo religioso (puritanismo protestante) norte-americano.

Em 1983 o regime norte-americano era visto como um estado religioso terrorista, pelos povos do bloco de leste, e com base no vídeo acima, eles tinham toda a razão!

Irlanda

Mudando de assunto, há uns anos (há 2-5 anos) morreu uma mulher na Irlanda (Irlanda do Sul). Essa senhora era uma turista estrangeira, que estava grávida quando visitou a Irlanda. A meio da gravidez, ela teve dores horríveis e foi a um hospital na Irlanda do sul (atenção portugueses, porque esse é um país estado-membro da UE!). Os médicos irlandeses admitiram que mataram essa mulher e nunca foram presos, pois estão protegidos por uma lei religiosa irlandesa, ainda hoje em vigor, que permite matar pessoas, por motivos meramente religiosos, em nome de deus...

Tenham calma que já irei explicar os detalhes e enquadramento do que se passou na Irlanda... Mas primeiro quero recordar que antes dos médicos irlandeses matarem essa mulher em nome de deus, existiram dois referendos em Portugal sobre o Aborto, nos quais eu votei a favor. Mas calminha aqui, porque mesmo antes dos dois referendos portugueses, o nosso país já estava livre desse tipo de fanatismo religioso irlandês, em que matam pessoas, em nome de deus.

E já agora, mesmo antes desses dois referendos portugas sobre o aborto, nenhum médico português teria morto essa mulher em nome de deus, porque o povo português não é fanático religioso e porque a nossa Ordem dos Médicos é rigorosa e não permite nenhum homicídio em nome de Deus, nem a nossa Polícia Judiciária permite tal coisa, quanto mais a nossa Ordem dos Médicos autorizar o tal médico irlandês a permanecer no exercício da sua função, após ele ter morto a mulher.

Eu soube desta notícia no Euronews, e vi uma reportagem onde entrevistavam o médico director do hospital irlandês, onde ele disse "A Irlanda é um país católico", como justificação moral e jurídica para matarem a mulher grávida cheia de dores que foi de urgência ao hospital irlandês pedir um aborto.

Basicamente a lei irlandesa e a moral religiosa (fanática) irlandesa ditam que se uma mulher grávida, com grandes dores, com um feto todo ensanguentado, com sangue e pus a escorrerem pela vagina abaixo, dá entrada numa urgência de um hospital irlandês, eles são proibidos de lhe salvarem a vida, em nome do deus Abraão do Antigo Testamento. O Escândalo para o cidadão europeu comum (cidadão português) é ver a pinta com que o médico assassino e o director do hospital se safam, dizendo numa entrevista para a Euronews que "A Irlanda é um país católico" (e como tal, as mulheres com interrupção involuntária de gravidez devem todas morrer, em nome da religião católica, nalguma interpretação irlandesa da bíblia, saída da Idade das Trevas).

Eu não fui procurar o vídeo no site da Euronews, mas peço que o coloquem aqui, caso encontrem.

Eu tenho uma teoria que explica o fanatismo religioso medieval da Irlanda (do sul):

Aquilo é um país cheio de atentados terroristas separatistas, com a Irlanda dividida ao meio, entre colonos ingleses protestantes ao norte e o povo nativo católico ao sul. No meio das bombas e historial de violência e opressão pela Inglaterra, os tipos do sul tornaram-se fanáticos religiosos (Católicos) contra os opressores (Protestantes).

Essa explicação é uma coisa, mas outra coisa é um gajo português ir passar 2 semanas à Irlanda com uma esposa grávida, e se de repente ela tem um aborto espontâneo, os médicos irlandeses não a operam, e ela morre, pelo motivo meramente religioso de ir contra a versão fanática irlandesa do catolicismo (que não existe em Portugal). Já pensaram bem nisto!? Então um cidadão português julga que pode ir passar 2 semanas de férias à Irlanda, e que usufrui dos mesmos direitos médicos do resto da UE, e de repente a mulher grávida morre, em nome de deus, e em plena violação do juramento hipocrático, por motivos de fanatismo religiosos, extintos na Europa, com o final da Idade Média?

Lamento, mas na minha opinião a Irlanda é um país de merda, atrasado e perigoso, que deveria ser multado ou expulso da UE. Infelizmente a Irlanda do sul não faz parte do "Brexit", e vamos continuar a ter um país perigoso como esse no seio da UE.

American Fascist

De seguida irei mostrar um clip de intervenção sócio-política, cujo autor é um ex-soldado americano matulão bisonte, de cabeça rapada.

Embora o autor de cabeça rapada pareça algum skinhead, nada estará mais longe da verdade, e pela minha parte este homem é um herói que merece o mesmo respeito e admiração que detenho pelo cientista Carl Sagan.



Outro vídeo dele, que merece o meu destaque e admiração, e que serve para o leitor português deste fórum abrir os olhos para o regime norte-americano teocrático (não-democrático), onde um bom professor, que dava aulas a meninos drogados e criminosos do guetto, perdeu o emprego, quando um dos alunos drogados psicótico fez queixa do professor por ser ateu. Na sociedade americana é bem aceite um adolescente ser drogado, com heroína ou cocaína, visto não violar o Antigo Testamento.

Mas ser ateu merece ser queimado na fogueira, ou expulso do país devido a "un-american activities", porque um ateu é sinónimo de comunista, que atenta contra o "The American Way of Life". Vejam o vídeo:

[JoséMiguel]

Entretanto andei à procura da análise mais brutal, baseada num caso verídico ocorrido nos EUA, que o tal matulão ex-soldado americano (um homem muito inteligente e de bom coração) divulgou:




Comentários pessoais sobre Portugal:

No tópico da censura no cinema, relatei que fui obrigado (forçado a, sob pena de castigos corporais) a benzer-me na escola primária da cidade de Lisboa, no início da década de 1980.

Mas na realidade, eu depreendo que vivi os momentos finais do fanatismo religioso português, já ilegais perante a nossa lei, quando ainda restavam algumas professoras primárias do antigo regime salazarista, a endoutrinar ilegalmente as crianças nas escolas públicas portuguesas.

Essas professoras portuguesas, fanáticas religiosas (com perturbação mental), estavam a "disparar os últimos cartuchos de artilharia" e a tentar endoutrinar à força as últimas crianças lisboetas, já sabendo que estavam a cometer um acto criminoso e ilícito, perante a lei portuguesa. É uma situação análoga a uma evacuação de um campo de extermínio nazi, perante o avanço iminente das forças soviéticas na frente leste, onde os oficiais das SS tentavam matar o maior número possível de judeus, e queimar documentos incriminatórios, horas antes do exército vermelho libertar o dito campo...

Eu não me importo de ter sido uma das últimas vítimas dessas professoras malucas religiosas/criminosas, sabendo que o problema ficou resolvido em Portugal, na geração seguinte.

Mas fico preocupado com os EUA, um país que começou com uma constituição liberal, semelhante à constituição francesa (líder e exemplo para a Europa), onde os fanáticos religiosos querem reverter os avanços da constituição do século XVIII (quando a América e a França eram mais avançadas do que Portugal e Inglaterra).