Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Discussão de filmes; a arte pela arte.

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Helder Fialho
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by Helder Fialho »

Luis.Manuel wrote: October 19th, 2022, 8:53 am
A primeira coisa quero fazer é pedir desculpas se pareci arrogante ou (fui) mal educado. Na verdade leio sempre as as tuas publicações com bastante interesse (e obviamente não para procurar quaisqueres eventuais "falhas"). Neste caso comentei um pequeno detalhe com o qual discordo mas como refere o Samwise, e muito bem, são ambas (a minha e a tua) opiniões pessoais difíceis de fundamentar. Se se tratasse de um debate entre o Carlos Fino e o José Milhazes que assistiram "in loco" à queda da União Soviética o diferendo de opinião ganharia seguramente outra importância :mrgreen: .
Só para explicar um pouco melhor o porquê do meu "desacordo", minha visão da "Rússia" implica um país com cerca de 144 milhões de habitantes de 160 diferentes grupos étnicos que falam russo e outras 31 línguas cooficiais, espalhados por 17 124 442 km2. Na verdade os acontecimentos principais da perestroika tiveram lugar na capital Moscovo, uma cidade europeia, e aí talvez tenha havido uma maior contestação a Gorbachov mas nem sempre o que se passa em Moscovo (nem as decisões de Putin) representam (em minha opinião) a esmagadora maioria dos 140 milhões de habitantes da Federação. E sim, admito publicamente a minha profunda admiração pela figura de Mikhail Gorbatchov (e a minha oposição total à invasão da Ucrânia.)
Dada esta explicação espero ter clarificado qualquer mal entendido e continuarei a ler os teus comentários com toda a atenção. salut-)

Não há nada para desculpar ou não desculpar, estamos somente a conversar. Pessoalmente não senti arrogância das suas palavras. Claro, por isso é que eu disse que é uma percepção minha, que é baseada em tudo o que tenho lido e ouvido ao longo dos anos, inclusivamente do próprio José Milhazes. Não é uma afirmação categórica e peremptória, precisamente porque nunca vivi na Rússia.

É verdade o que diz. Tem razão e admito que me concentrei demasiado em Moscovo como se a Rússia fosse apenas Moscovo.
drakes
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by drakes »

Justiça derruba vídeo de Leo Lins e proíbe piadas contra minorias
Vídeo com piadas sobre escravidão, perseguição religiosas e outras minorias deve ser apagado, segundo ordem judicial


Leo Lins se envolveu em mais um imbróglio na última terça-feira (16/5). Desta vez, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que o humorista apague um de seus vídeos cômicos no YouTube devido a piadas com minorias.

Segundo a juíza Gina Fonseca Correa, o vídeo com mais de 3 milhões de acessos estaria "reproduzindo discursos e posicionamentos que hoje são repudiados", como piadas sobre escravidão, perseguição religiosas e outras minorias. A decisão atendeu um pedido do Ministério Público de São Paulo.

A magistrada ainda determinou que o Leo Lins não transmita, publique ou mantenha em determinados dispositivos arquivos de "conteúdo depreciativo ou humilhante em razão de raça, cor, etnia, religião, cultura, origem, procedência nacional ou regional, orientação sexual ou de gênero, condição de pessoa com deficiência ou idosa, crianças, adolescentes, mulheres, ou qualquer categoria considerada como minoria ou vulnerável".

Leo Lins precisou retirar de seu canal no YouTube, qualquer vídeo que faça menção para os grupos minoritários e ficou proibido de mencioná-los em piadas futuras. Além disso, a juíza também proibiu que o comediante deixe São Paulo sem autorização judicial por mais de dez dias.

A decisão também exige que o humorista compareça mensalmente em juízo para justificar todas as suas atividades. Caso não cumpra as ordens, Leo Lins terá que pagar multa diária de R$ 10 mil.

A defesa de Leo Lins irá recorrer da decisão: "Entendemos que isso configuraria censura prévia, o que é proibido pela Constituição", afirmou.



https://www.terra.com.br/diversao/gente ... ulk4z.html
agora no Brasil tem censura do bem...
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by Helder Fialho »

48 anos depois do final do franquismo e da morte de Franco, a censura voltou a Espanha. O resultado dos acordos de governo entre o PP e o Vox em vários municípios, fruto dos resultados das eleições autonómicas, já está a fazer-se sentir na Cultura. Vários filmes e peças de teatro estão a ser ou censurados ou proibidos ou cancelados pelos novos executivos de câmaras municipais liderados pelo PP e pelo Vox, de extrema-direita. Na cidade de Bezana, na Cantábria, numa iniciativa de cinema de Verão, de exibição de cinema ao ar livre, um dos filmes que ia ser exibido seria o Lightyear, o filme sobre o Buzz do Toy Story. A Vereadora da Cultura, que é do Vox, com o aval da Presidente da Câmara, que é do PP, decidiu proibir a projecção do Lightyear e censurar o filme por causa de uma cena em que aparecem duas mulheres a beijarem-se. A Vereadora da Cultura decidiu substituir o Lightyear por um filme chamado Tipos Malos (original inglês: The Bad Guys). É perfeitamente adequado: os bad guys estão agora in charge. Dia 23 há eleições em Espanha...

https://www.lasexta.com/noticias/cultur ... 8ba36.html
ZédaAdega
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by ZédaAdega »

Helder Fialho wrote: July 9th, 2023, 6:41 pm 48 anos depois do final do franquismo e da morte de Franco, a censura voltou a Espanha. O resultado dos acordos de governo entre o PP e o Vox em vários municípios, fruto dos resultados das eleições autonómicas, já está a fazer-se sentir na Cultura. Vários filmes e peças de teatro estão a ser ou censurados ou proibidos ou cancelados pelos novos executivos de câmaras municipais liderados pelo PP e pelo Vox, de extrema-direita. Na cidade de Bezana, na Cantábria, numa iniciativa de cinema de Verão, de exibição de cinema ao ar livre, um dos filmes que ia ser exibido seria o Lightyear, o filme sobre o Buzz do Toy Story. A Vereadora da Cultura, que é do Vox, com o aval da Presidente da Câmara, que é do PP, decidiu proibir a projecção do Lightyear e censurar o filme por causa de uma cena em que aparecem duas mulheres a beijarem-se. A Vereadora da Cultura decidiu substituir o Lightyear por um filme chamado Tipos Malos (original inglês: The Bad Guys). É perfeitamente adequado: os bad guys estão agora in charge. Dia 23 há eleições em Espanha...

https://www.lasexta.com/noticias/cultur ... 8ba36.html
Boas pessoal!

Ainda há uns dias regressei de férias em Espanha, e apanho com uma reportagem da RTP ontem domingo 9 de Julho, sobre as "câmaras municipais" espanholas, onde ganharam partidos de extrema direita, estarem a censurar as artes:

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/munic ... e_v1498633

"Em Espanha, em alguns municípios e Comunidades Autónomas onde o VOX e o PP governam em coligação estão a ser censuradas peças de teatro e mesmo filmes de animação da Disney. A justificação é que temas como a transsexualidade ou o beijo entre duas mulheres não são adequados. Outro movimento de extrema-direita - o DESOKUPA - está a ser criticado por fazer campanha com cartazes xenófobos." (RTP)

A RTP entrevista uma senhora de uma região perto de Madrid, onde foi proibido o filme da Disney, em nome do Deus Cristão, como faziam no tempo do Franco e Salazar, que diz que se continuam assim, ela vai morar para Portugal, para não ter de gramar com censura religiosa e fascista.

Epá! Eu li muito sobre a História de Espanha durante o Franquismo e aquilo não foi bem igual à História fascista de Portugal, por várias razões, aquela democracia instaurada em 1982 nunca foi tranquila e pacífica como a democracia portuguesa de 1974. A diferença entre Espanha e Portugal é que aquilo sempre foi um barril de pólvora onde os chefes de estado têm medo de aprovar leis de liberdade religiosa e sexual, por medo do exército se revoltar contra o governo, e marchar militarmente sobre Madrid, em nome de Deus.

Para um português ateu como eu, sei que posso ser preso ao atravessar Espanha, se quiser estar numa tasca ou esplanada a beber uns copos e dizer mal do menino Jesus. Tenho liberdade religiosa em Portugal e França para estar numa esplanada bêbado a dizer que sou ateu e a criticar o menino Jesus e a Santa Sé! Mas serei preso se o fizer em Espanha, pelo crime medieval de Blasfémia, que ainda está em vigor e onde muita gente vai presa nos dias de hoje. Essa lei de blasfémia é geral e total em todas as comunidades e autonomias espanholas.

Na verdade já estive sozinho em Espanha a discutir política e religião, em tabernas com espanhóis que não conhecia de lado nenhum, em diversas ocasiões e em diversos locais de Espanha. Nunca tive nenhum problema e os tipos pagavam-me copos e tapas e ficavam impressionados com o meu conhecimento da história da guerra civil espanhola e do franquismo, embora a ideologia de alguns deles fosse oposta à minha.

Mas voltando ao cerne da questão:

Algumas regiões de espanha possuem autonomia jurídica para censurar moralmente um filme ou teatro, a seu pelo prazer, neste caso porque contém homossexualidade. Um dos alvos é o filme de animação Buzz Lightyear ou algo assim, mas outro alvo é a peça Orlando, que já foi adaptada num filme genial que apresentei aqui no fórum em 2017:

viewtopic.php?p=632893

Em Portugal, eu tenho a liberdade de escrever um tópico com excertos de vídeo do filme Orlando, no fórum DVD Mania, mas em Espanha eu podia ir preso, bem como o nosso grande Rui Santos, dono do fórum DVD Mania, por crimes de Blasfémia contra o Deus Católico e crimes Sociais contra os bons costumes, por o filme conter cenas de transsexualidade.



Por isso ainda bem que o fórum DVD Mania é português, e a malta política espanhola (fascistas de extrema-direita) do Vox e PP não tem ainda um subterfúgio jurídico para me mandar a mim e ao Rui Santos para os calabouços de uma prisão, pois o vídeo acima já é proibido por lei em Espanha, nalgumas regiões sob o governo do Vox e PP, pelo crime de estar a promover a transexualidade.

Nota:

O livro Orlando de 1928, adaptado para filme em 1992, está a ser especificamente censurado nas regiões sob governo fascista de Espanha, em 2023. Eu tive imenso trabalho e gosto em escrever a crítica e apresentação desse filme, aqui no fórum em 2017, e estou furioso com a censura moral-religiosa-fascista em 2023, no país vizinho. Essa obra é especificamente descrita na reportagem da RTP deste fim de semana, como estando banida por motivos morais. Isto é muito triste, termino com o meu vídeo fan-made que me levaria à prisão em Espanha, mas que os compatriotas portugueses poderão ver graças ao 25 de Abril de 1974:

Sou o JoséMiguel.

Esqueci-me da minha password... :wink:
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by Helder Fialho »

ZédaAdega wrote: July 10th, 2023, 4:23 am
aquela democracia instaurada em 1982 nunca foi tranquila e pacífica como a democracia portuguesa de 1974. A diferença entre Espanha e Portugal é que aquilo sempre foi um barril de pólvora onde os chefes de estado têm medo de aprovar leis de liberdade religiosa e sexual, por medo do exército se revoltar contra o governo, e marchar militarmente sobre Madrid, em nome de Deus.

O problema é que a transição democrática em Espanha não se deu através de uma revolução mas sim do regresso da Monarquia. O mesmo Franco que aboliu a Monarquia e levou a que Juan Carlos tivesse de exilar-se foi o mesmo Franco que autorizou o regresso dele e lhe devolveu o poder de Chefe de Estado (o primeiro-ministro, que em Espanha se chama Presidente del Gobierno, não é o Chefe de Estado). Assim, a Monarquia foi restaurada e foi redigida uma nova Constituição. Juan Carlos ainda hoje é muito mal visto pelos sectores da Esquerda à esquerda do PSOE por ter recebido o Poder das mãos de Franco. Os franquistas nunca perderam o medo de se mostrarem e andaram "por aí" porque nunca foram devidamente arredados da vida política e castigados. Por outro lado, e por ironia da História, os mais fiéis defensores da Monarquia e do Rei são hoje precisamente os saudosistas do Franquismo (o mesmo Franquismo que aboliu a Monarquia), os que apoiaram o regime na altura e os seus filhos, sobrinhos, quiçá já os netos também, muitos deles hoje nas fileiras do Vox. Outros preferem não "aparecer à superfície" e continuarem subterrâneos.

Não sei se será tanto por medo do exército. Não sei se actualmente o exército faria ou apoiaria um golpe militar. Creio que não. Eles - todos os partidos de Poder - têm medo é dos apoiantes da Monarquia, que ainda são muitos, sobretudo na Justiça. Há muitos juízes espanhóis que são abertamente franquistas. No Supremo Tribunal então... E da Igreja Católica, que em Espanha tem um poder fortíssimo (já teve mais, talvez). Mas houve várias tentativas de golpe de estado por parte do exército desde 1976 para restaurar o Franquismo, a mais conhecida foi a invasão ao Congreso de los Diputados em 1981, liderada pelo tenente-coronel Antonio Tejero. Os buracos das balas que ele disparou ainda hoje estão no tecto do Congreso.




ZédaAdega wrote: July 10th, 2023, 4:23 amPara um português ateu como eu, sei que posso ser preso ao atravessar Espanha, se quiser estar numa tasca ou esplanada a beber uns copos e dizer mal do menino Jesus. Tenho liberdade religiosa em Portugal e França para estar numa esplanada bêbado a dizer que sou ateu e a criticar o menino Jesus e a Santa Sé! Mas serei preso se o fizer em Espanha, pelo crime medieval de Blasfémia, que ainda está em vigor e onde muita gente vai presa nos dias de hoje. Essa lei de blasfémia é geral e total em todas as comunidades e autonomias espanholas.

Pois não. Em Espanha há uma habilidade parva com as palavras que faz com que, no fundo, vá dar tudo ao mesmo. Embora a blasfémia tenha deixado de ser crime desde 1988, o artigo 525 do Código Penal espanhol, que vem do último Código Penal franquista de 1973 (embora com um artigo diferente), contempla o crime de escárnio da religião cristã ou outra:

1. Incurrirán en la pena de multa de ocho a doce meses los que, para ofender los sentimientos de los miembros de una confesión religiosa, hagan públicamente, de palabra, por escrito o mediante cualquier tipo de documento, escarnio de sus dogmas, creencias, ritos o ceremonias, o vejen, también públicamente, a quienes los profesan o practican.
2. En las mismas penas incurrirán los que hagan públicamente escarnio, de palabra o por escrito, de quienes no profesan religión o creencia alguna.

Isto não é outra coisa senão blasfémia. :lol: É ridículo... e nenhum Governo ainda teve coragem para alterar isto. Respeitar uma religião e os seus praticantes, sim, mas isto é ir contra a liberdade de expressão. Isto acontece porque Espanha é uma Monarquia (ainda que Constitucional) e não uma República. Se fosse uma República, como Portugal, isto não acontecia. As Monarquias Constitucionais estiveram sempre tiveram uma ligação umbilical com a Igreja e têm ainda uma grande influência da religião. A única excepção nas Monarquias Constitucionais da Europa será talvez o Reino Unido onde não há multas nem penas de prisão por se criticar a Igreja Anglicana mas se criticares em público o Rei ou a Monarquia, és detido pelo menos para interrogatório. Porque, embora o poder executivo esteja na figura do Primeiro-Ministro e do Governo, o Rei / Rainha é que é o Chefe de Estado. Isso viu-se de forma clara na semana do funeral da Isabel II onde houve algumas pessoas que defendem que o Reino Unido seja uma República, protestaram contra a Monarquia durante a passagem do caixão, sobretudo na Escócia.


ZédaAdega wrote: July 10th, 2023, 4:23 amAlgumas regiões de espanha possuem autonomia jurídica para censurar moralmente um filme ou teatro, a seu pelo prazer, neste caso porque contém homossexualidade. Um dos alvos é o filme de animação Buzz Lightyear ou algo assim, mas outro alvo é a peça Orlando, que já foi adaptada num filme genial que apresentei aqui no fórum em 2017:


Sim. Eu não falei na adaptação para o Cinema do Orlando porque o que foi censurada foi a peça da Virginia Woolf. Mas o precedente está criado e provavelmente a seguir irão proibir o filme (um excelente filme e com uma interpretação soberba da magnífica Tilda Swinton). É uma vergonha o que se está a passar aqui ao lado e um alerta para o que poderá vir a acontecer cá.
Last edited by Helder Fialho on July 11th, 2023, 9:34 pm, edited 2 times in total.
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

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O que é perdido quando os censores se irritam com os filmes clássicos.

Uma nova edição de ‘ A conexão francesa ’ remove uma ofensa racial. Mas escolher obras antigas de arte por violar as regras atuais e inevitavelmente torna mais difícil ver o quadro completo.
textp abaixo:
https://www.nytimes.com/2023/07/06/maga ... -slur.html
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

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O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) anunciou nesta segunda-feira (10) que censurou um trailer do filme live action da Barbie, estrelado por Margot Robbie (foto).

A medida se dá por uma representação ética, da qual a Warner Bros., produtora do filme, pode recorrer.

O Conar vetou a exibição do trailer nos cinemas por conter “cenas de não-urbanidade, ausência de boas maneiras ou ato violento/inseguro” e estar “em exibição ostensiva para o público infantil”.

A nota do órgão não especifica qual cena específica

A decisão do órgão se dá alguns dias depois de o Vietnã banir qualquer exibição de Barbie por um motivo diferente: a promoção do imperialismo chinês.

https://oantagonista.uol.com.br/brasil/ ... -em-parte/
Luis.Manuel
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by Luis.Manuel »

drakes wrote: July 11th, 2023, 11:33 pm O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) anunciou nesta segunda-feira (10) que censurou um trailer do filme live action da Barbie, estrelado por Margot Robbie (foto).

A medida se dá por uma representação ética, da qual a Warner Bros., produtora do filme, pode recorrer.

O Conar vetou a exibição do trailer nos cinemas por conter “cenas de não-urbanidade, ausência de boas maneiras ou ato violento/inseguro” e estar “em exibição ostensiva para o público infantil”.

A nota do órgão não especifica qual cena específica

A decisão do órgão se dá alguns dias depois de o Vietnã banir qualquer exibição de Barbie por um motivo diferente: a promoção do imperialismo chinês.

https://oantagonista.uol.com.br/brasil/ ... -em-parte/
Eu confesso que apesar de o Mark Cousins o ter referenciado positivamente, não tinha o mínimo interesse em ver esse "Barbie" mas agora com toda esta polémica fiquei com alguma curiosidade. Pelo menos de o alugar no video clube da operadora.
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

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https://www.globalexpressionreport.org/

80% da população com menos liberdade de expressão do que há 20 anos

Portugal aparece no 15.º lugar, com 87 pontos (de 0 a 100), após uma queda de sete lugares face ao ano passado. Os primeiros 13 lugares da tabela são todos ocupados por países europeu

O estudo conclui que, em 2022, apenas 13% da população vivia em países que são classificados como “abertos” – ou seja, que apresentaram uma classificação entre 80 e 100 – naquela que é uma quebra face aos 22% registados em 2000. Na verdade, a maior fatia da população (34%, ou seja, 2,7 mil milhões de pessoas) vivia em países em que a liberdade de expressão está “em crise” – pontuação entre 0 e 19.

As restantes categorias dividem-se entre pouco restrito (60-79), restrito (40-59) e altamente restrito (20-39).

No total, são 35 os países (1,056 mil milhões de pessoas) classificados como abertos em termo de liberdade de expressão, 40 (683 milhões) os pouco restritos, 26 (1,242 mil milhões de pessoas) os restritos, 22 (2,203 mil milhões) os altamente restritos e 38 (2,715 mil milhões de pessoas) os países em que a liberdade de expressão é classificada como em crise.

A Dinamarca (95), a Suécia (93) e a Noruega (93) compõem os três primeiros lugares do pódio. No top 10, por esta ordem, encontram-se ainda a Suíça (93), a Finlândia (92), a Estónia (92), a Bélgica (92), a Irlanda (92), a Alemanha (89) e a Itália (89).

Portugal aparece no 15.º lugar, com 87 pontos, numa queda de sete lugares face ao ano passado, em que apresentou uma pontuação de 91 pontos. Na verdade, 2022 foi o ano em Portugal apresentou a pior classificação (e o primeiro ano em que ficou abaixo dos 90 pontos) desde 2000. A melhor classificação portuguesa ocorreu em 2017, quando 93 pontos garantiram o quinto lugar.

Os primeiros 13 lugares da tabela são todos ocupados por países europeus. O primeiro país não pertencente ao continente europeu a aparecer na lista, na 14.ª posição, é a Nova Zelândia, com uma pontuação de 88.

Já em sentido contrário, no fundo tabela aparece a Coreia do Norte, com zero pontos e a Síria e o Turquemenistão, ambos com um ponto.

Uma das maiores quedas verificadas em 2022 foi a da Rússia, cuja pontuação caiu de 15 para sete, preenchendo a 141.ª posição, facto justificável se se tiver em conta, por exemplo, que mais de 250 meios de comunicação – incluindo a BBC, Voice of America e Novaya Gazeta, foram bloqueados na Rússia desde o início da guerra com a Ucrânia, refere a Press Gazette.

Em termos de avanços e recuos quanto à liberdade de expressão, a nível global, são maiores os recuos verificados, quer a análise seja feita a 10, cinco ou a um ano.

Nos últimos 10 anos, 6,3 mil milhões de pessoas (de 81 países) verificaram um declínio na sua liberdade de expressão, enquanto 452 milhões (21 países) experienciaram avanços neste campo. Fazendo esta avaliação a cinco anos, foram 4,7 mil milhões de pessoas (de 51 países) as que experienciaram um declínio, enquanto 673 milhões (de 25 países) viram avanços.

Já relativamente ao último ano, foram 363 milhões de pessoas (de 12 países) as que experienciaram um recuo na liberdade de expressão, em oposição aos 165 milhões (de sete países) verificaram avanços.

https://eco.sapo.pt/2023/07/13/80-da-po ... a-20-anos/
relatório da matéria é desse site: https://www.globalexpressionreport.org/

O Brasil conseguiu se igualar ao Haiti, parabéns aos poderes constituídos.
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

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Reflexões sobre a cultura Woke e o seu impacto no Cinema.
https://www.youtube.com/live/SJIPt-d5HVQ?feature=share
Luis.Manuel
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

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technicolor wrote: March 7th, 2018, 9:22 pm Não sei se já alguém aqui terá abordado o estranho caso deste filme:
Helga - Vom Werden des menschlichen Lebens 1967 (Helga – O Segredo da Maternidade / a revolução sexual)

Bom eu pesquisei mas não encontrei qualquer menção a ele (também não sou grande "pesquisador" :mrgreen: ) por isso coloco as únicas referências que encontrei sobre este curioso "levantamento pontual" da censura durante a ditadura do estado novo para permitir a exibição deste documentário alemão...
Nesse ano de 1969, no final do Verão, o Porto foi surpreendido com a estreia, no Cinema São João-Cine, do filme «Helga – O Segredo da Maternidade» ("Helga - Vom Werden des menschlichen Lebens), de 1967, falado em português de Erich F. Bender, protagonizado por Ruth Gassmann. Um filme que abordava, com «alguma crueza» para a época, os segredos da reprodução humana. Esse filme foi autorizado para um público com mais de 21 anos e avisava-se, que seria pedido o bilhete de identidade aos espectadores sobre quem houvesse dúvida na idade.
Espantosamente, no jornal de 18 de Agosto de 1969, anunciava-se: «prepare-se para ver na próxima sexta-feira o filme escândalo da temporada».
No entanto, a 21 de Agosto de 1969, anunciava-se «o filme educativo de carácter documental cientificamente elaborado».
O filme estreou, no S. João-Cine do Porto, no dia 22 de Agosto de 1969 (sessões das 15H e 30 e 21H e 30), para o escalão etário de maiores de 21 anos.
Era de facto, apenas, um filme com pretensões pedagógicas sobre a fecundação a gravidez e o parto.
Vi esse filme, na Base Aérea do Ota, no início de 1972, durante a recruta. Eu tinha apenas 20 anos acabados de fazer. Nessa altura, a maioridade só se atingia aos 21 anos de idade. Os meus pais tinham assinado um documento a autorizar a minha entrada na Força Aeres, porque eu, á luz da legislação da época, era ainda menor.
Todos os recrutas eram aliás menores de 21 anos. Alguns, pouco mais de 18 anos teriam. Julgo que as autoridades consideraram a projecção desse filme de carácter científico, aos recrutas, como um acto útil e até necessário.
No entanto, algo inquietos com as consequências de mostrar um parto e com a possibilidade de desmaios ou outros acontecimentos perturbadores da saúde mental dos recrutas, montaram um grande aparato de ambulâncias, médicos e enfermeiros prontos a entrevir em qualquer altura. Lembro-me também de que a sala de cinema era patrulhada por olhares atentos a qualquer acontecimento provocado pela projecção do filme.

Porto, domingo, 14 de Julho de 2013
António Tavares

Informação baseada nos anúncios dos cinemas do jornal «O Primeiro de Janeiro» da época.
https://www.facebook.com/GostarDeCinema ... 6000800266


Edit: mais uma escassa referência à exibição do filme em portugal em agosto de 1968
No Verão de 1969, um dos filmes em voga, em Portugal, era o alemão Helga, com o subtítulo O segredo da maternidade. Filme equívoco que suscitava a curiosidade de se poder ver a nudez do corpo da mulher, filmado integralmente...coisa rara no cinema de então.

O filme foi mencionado no número 18, de 15 de Agosto de 1969, na revista Mundo Moderno. A protagonista Ruth Grassman, foi entrevistada:

MM- Este seu filme e uma história de sexo ou amor?
RG- É antes do mais uma história de amor, um hino à mãe, à mulher.
in http://lojadeesquina.blogspot.pt/2009/08/

A sinopse no blog de Julio Ribeiro:
"Helga é um documentário que trata dos aspectos físicos da anatomia humana e da reprodução. Desde os primeiros estágios da gravidez, ao parto, a câmera segue Helga por todo lado, até que ela tenha o seu bebê.Este filme é um documentário que se baseia fortemente na informação médica e educacional.O parto é filmado em "close-up" com notáveis sequências."
o filme só chegaria a portugal no ano seguinte, e... (o que se segue é apenas especulação estilo "diz-se que...") depois de um "violento" eh-) debate entre os ministros da Saúde e Assistência(Joaquim de Jesus Santos) e da Educação (José Hermano Saraiva), contra a Comissão de Censura com o apoio da facção mais reaccionária da Igreja. Curiosamente estes dois ministros de Salazar entraram em funções em Agosto de 1968, a data da exibição do filme :wink: substituindo outras duas velhas carcaças que lá estavam desde 1963. E Salazar? bom o "António" umas semanas antes (3 de Agosto de 1968), tinha dado um "tralho" de uma cadeira de lona na esplanada no forte de Santo António do Estoril onde passava férias e ficou completamente KO até à sua morte em 70 :shock: Coincidência? :como referia tudo isto não passa de especulação dos velhotes que (dizem :mrgreen: ) se lembram destes tempos, mas o certo é que o filme já estaria provavelmente com distribuição prevista, apesar de ter estreado em apenas 2 salas (nos antigos Cinema VOX em Lisboa e no Cinema São João no Porto)

https://pt.wikipedia.org/wiki/10.%C2%BA ... (Portugal) https://www.dn.pt/arquivo/2008/interior ... 26667.html

...e um trailer (americano) no tube. Nada de chocante... mas o ano era 1967 :shock: e Lisboa não era San Francisco (67 foi o ano em que eu nasci :-))) e agosto de 68 foi o meu primeiro verão na Caparica como?-) )



Para quem possa pensar que este foi apenas mais um documentário sobre a sexualidade/maternidade fica o link da wiki onde é relatado o seu impacto a nível europeu. https://en.wikipedia.org/wiki/Helga_%E2 ... hen_Lebens.~

Os emigrantes lusos (alguns) na então RFA (e na França, Belgica, Luxemburgo, Suiça) viram lá o filme e "trouxeram notícias" para a terrinha que dominaram as conversas nos cafés. Obviamente que nesse tempo consta que terão sido pouquíssimas as mulheres (as principais interessadas) que terão acompanhado os maridos, companheiros, namorados às sessões. O homens portugueses da época achavam, na sua grande maioria, que não aquele era um filme para mulheres "sérias" e quanto menos elas soubessem sobre sexo menos exigentes (conscientes dos seus direitos) seriam.

P.S: A página do IMDb do filme, com outro subtítulo (Helga e a revolução sexual!? ), refere como data (ano) de estreia em Portugal 1981 o que não corresponde à verdade. Segundo as informações da filmportal.de o filme teve duas sequelas: "Helga und Michael", 1968, de Erich F. Bender e "Helga und die Männer - Die sexuelle Revolution", 1969, de Roland Cämmerer. Pelo título terá sido o último o que estreou cá em 1981, seis anos após a queda da ditadura e 12 anos depois de ter sido produzido.
Ah! e... também nessa altura foi cá editado um livro elaborado em conjunto com o documentário (patrocinados pelo ministério da saúde da RFA) com o mesmo título... http://www.cybermadeira.com/classificad ... ender.html (não sou eu o vendedor :lol: )
Que chatice, tenho que ser sempre eu a completar os posts deste Agfacolor. E ainda há quem diga que somos a mesma pessoa! :mrgreen: bom aqui fica então a documentação que o Fujicolor não conseguiu encontrar. E que esse tal Kodacolor, ou lá como ele se chama, aprenda a fazer as coisas bem feitas, que eu não duro sempre.

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Espero que seja legível assim

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Adeus ó Ektacolor salut-)
Helder Fialho
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by Helder Fialho »

Um livro interessante que saiu em 2017. "Censura ao Erotismo e Violência: Cinema no Portugal Marcelista (1968-1974), de Ana Bela Morais.

À venda na Livraria Linha de Sombra: https://www.linhadesombra.com/product/c ... ela-morais
drakes
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by drakes »

Por piadas, Léo Lins tem redes sociais derrubadas e vira réu em processo criminal

A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo é deste domingo (4), e o processo corre em segredo de justiça. Se condenado, o humorista pode ficar até dez anos preso por contar piadas.

O alegado descumprimento de ordem judicial tem a ver com decisão proferida em maio pela juíza Gina Fonseca Correa. Na ocasião, além da censura ao especial de comédia que contava com 3,3 milhões de acessos, a magistrada também ordenou que o humorista apagasse todos os vídeos, imagens e textos que contivessem “conteúdo depreciativo ou humilhante” em relação a “qualquer categoria considerada como minoria ou vulnerável” sob pena de R$ 10 mil diários por descumprimento.

Em paralelo, impôs censura prévia ao proibir o humorista de fazer qualquer tipo de piada contra grupos considerados minoritários ou vulneráveis em seus shows, com o mesmo valor de multa por descumprimento a cada evento ocorrido. A Justiça paulista considera que o humorista descumpriu as medidas.

Na época, a juíza decidiu acatar os argumentos do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que alegou que o comediante estaria “reproduzindo discursos e posicionamentos que hoje são repudiados”, mencionando em suas piadas temas como escravidão, perseguição religiosa, minorias e pessoas idosas e com deficiências.

A denúncia do Ministério Público à Justiça menciona a chamada “lei antipiadas”, sancionada pelo presidente Lula (PT) em janeiro que, dentre outras medidas, enquadra como crime de racismo a contação de piadas sobre grupos que possam ser considerados minoritários. As novas regras preveem que a pena máxima para piadas com esses grupos seja maior do que para crimes como furto e sequestro.

Um dos trechos da norma sancionada por Lula determina que os crimes previstos na Lei do Racismo passam a ter as penas aumentadas de um terço até a metade “quando ocorrerem em contexto ou com intuito de descontração, diversão ou recreação”. A lei também determina que se a prática do suposto racismo ocorrer no contexto de atividades artísticas ou culturais destinadas ao público, o autor também será proibido de frequentar esses locais por três anos.

Como mostrado pela Gazeta do Povo, um dos riscos para o possível enquadramento como racismo de declarações meramente jocosas, que fazem parte da atividade humorística em palcos de stand-up, por exemplo, é que a lei traz uma grande amplitude para as condutas que podem ser consideradas criminosas ao mesmo tempo em que não especifica a quais grupos as piadas estão proibidas.

Em maio, quando houve a primeira censura ao comediante, alguns dos principais humoristas do país, de diferentes alinhamentos políticos, posicionaram-se contra a censura e apontaram graves riscos da decisão à atividade humorística e à liberdade de expressão.

A reportagem tentou contato com Léo Lins e seu advogado, mas não houve retorno.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e- ... -criminal/
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drakes
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by drakes »

Não é tv ou cinema, mas arte...

Rui Moreira tinha decidido remover a estátua de Camilo Castelo Branco, do Largo Amor de Perdição, no Porto, após uma petição a chamar de “ultraje” e “um exemplo mais ou menos pornográfico”. No entanto, o presidente da câmara do Porto dá agora um passo atrás.

“Ao contrário da informação que estava na posse do presidente da Câmara do Porto, a doação previa também a colocação da estrutura no Largo Amor de Perdição, doação essa que tinha sido aprovada pelo executivo municipal em 2012”, explica a declaração enviada ao jornal Público à agência Lusa, ao qual o Observador também teve acesso.

A nota revela ainda que, “neste contexto, não pode o presidente da câmara anuir, sem mais, ao que foi solicitado pelo abaixo-assinado, que é do conhecimento do público”.

“Naturalmente, isso não se impede que, futuramente, e em qualquer momento, o assunto possa a vir ser suscitado no mesmo órgão municipal”, remata.

De acordo com a ata da reunião do executivo municipal de 23 de outubro de 2012, “a aceitação da doação da estátua foi aprovada por unanimidade”, avança o Público.
https://observador.pt/2023/09/15/rui-mo ... onde-esta/
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

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O STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou nesta quarta-feira (29) uma tese que trata da possibilidade de responsabilização de empresas jornalísticas que publicarem entrevistas que imputem de forma falsa crime a terceiros, quando há indícios concretos de que as declarações são mentirosas.

https://www.acessa.com/politica/2023/11 ... idade.html
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