Luis.Manuel wrote: ↑March 6th, 2023, 6:07 pm
Esta "The English" mesmo que não se goste muito da história (e eu até que gostei) tem uma fotografia belíssima, o design de produção é excelente e as interpretações de Emily Blunt, Chaske Spencer e de alguns "secundários" são bastante boas mesmo. Tem um "toque" de "Unforgiven" e " Once Upon a Time in the West"...
Vista, e muito apreciada. É um 8/10. É revisionismo de estética modernista, com um design de produção e uma queda para o pictório-horrífico que tem sido visto cada vez mais em produções recentes, como o Bone Tomahawk e o Brimstone (filmes pelos quais não nutro grandes afectos). Aqui, tais características enquadram-se bem na narrativa, e estão dotadas de um toque artístico para "bom apreciador" ver. Também me fez lembrar uma produção australiana que dá pelo nome de The Proposition - e essa, sim, é uma excelente proposta (pun intended).
Nas interpretações, gostei sobretudo do actor que calça os sapatos do vilão-mor - o Rafe Spall.
A par do 1883, uma das raras e boas séries recentes que situa a narrativa no velho oeste americano.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Samwise wrote: ↑April 10th, 2023, 1:25 pm
Vista, e muito apreciada. É um 8/10. É revisionismo de estética modernista, com um design de produção e uma queda para o pictório-horrífico que tem sido visto cada vez mais em produções recentes, como o Bone Tomahawk e o Brimstone (filmes pelos quais não nutro grandes afectos). Aqui, tais características enquadram-se bem na narrativa, e estão dotadas de um toque artístico para "bom apreciador" ver. Também me fez lembrar uma produção australiana que dá pelo nome de The Proposition - e essa, sim, é uma excelente proposta (pun intended).
Nas interpretações, gostei sobretudo do actor que calça os sapatos do vilão-mor - o Rafe Spall.
A par do 1883, uma das raras e boas séries recentes que situa a narrativa no velho oeste americano.
Fico satisfeito por teres gostado. E é sempre bom ter algum feedback (negativo ou positivo).
E aproveito para divulgar aqui mais uma excelente série (em minha opinião claro) que vi há algum tempo atráz, tambem com a chancela da BBC https://www.imdb.com/title/tt3647998/
conta com a participação de Tom Hardy e Jonathan Pryce.
Esse filme que mencionas, "The Proposition" parece ser realmente muito bom e já está na minha lista para uma visualização nos próximos tempos.
Luis.Manuel wrote: ↑April 11th, 2023, 10:15 am
Esse filme que mencionas, "The Proposition" parece ser realmente muito bom e já está na minha lista para uma visualização nos próximos tempos.
Há uns apontamentos dispersos sobre o filme aí pelo fórum. É coisa agreste, mas cinematografica e artisticamente absorvente.
O Taboo já vi, e gostei moderadamente - acho que apreciei mais a ideia do projecto em si e o ambiente de mistério e de densidade psicológica iniciais do que depois o resultado final e a concretização das coisas lá para o fim.
Entretanto, para apreciadores da temática "guerra", só tenho bem a dizer (ou quase) da série SAS - Rogue Heroes, que segue historicamente de perto as operações de uma das unidades de tropa mais "extremistas" do mundo, e que acompanha os anos da sua formação durante a 2ª guerra mundial, em teatro africano, debaixo de duríssimas condições climatéricas, com o especial objectivo de lançar o caos junto das forças de elite nazis, comandadas por Rommel. Uma unidade que tinha literalmente "carta branca" dos poderes institucionais para agir como considerasse "mais adequado", e para ignorar qualquer convenção ou regulamento ético em cenário de guerra. O tom, que oscila entre o humor desenfreado e o drama, pode não ser do agrado de todos, mais a mais porque não há filtros para a violência que é mostrada, mas para mim tudo resultou num mimo. 9/10.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
Oshi no Ko (2023– ) https://www.imdb.com/title/tt21030032/
Anime é uma crítica ao "sistema" de criar Idol no Japão, contando os bastidores através de um reencarnado filho de uma idol que ele adorava na outra vida.
Samwise wrote: ↑April 14th, 2023, 1:33 pm
O Taboo já vi, e gostei moderadamente - acho que apreciei mais a ideia do projecto em si e o ambiente de mistério e de densidade psicológica iniciais do que depois o resultado final e a concretização das coisas lá para o fim.
Entretanto, para apreciadores da temática "guerra", só tenho bem a dizer (ou quase) da série SAS - Rogue Heroes, que segue historicamente de perto as operações de uma das unidades de tropa mais "extremistas" do mundo, e que acompanha os anos da sua formação durante a 2ª guerra mundial, em teatro africano, debaixo de duríssimas condições climatéricas, com o especial objectivo de lançar o caos junto das forças de elite nazis, comandadas por Rommel. Uma unidade que tinha literalmente "carta branca" dos poderes institucionais para agir como considerasse "mais adequado", e para ignorar qualquer convenção ou regulamento ético em cenário de guerra. O tom, que oscila entre o humor desenfreado e o drama, pode não ser do agrado de todos, mais a mais porque não há filtros para a violência que é mostrada, mas para mim tudo resultou num mimo. 9/10.
Eu gostei do Taboo embora reconheça que tenhas razão, o desenvolvimento do argumento é um pouco "irregular" mas... a reconstituição da época é verdadeiramente breathtaking.
No que se refere ao SAS essa sugestão é interessante pois conheço pouca coisa;
Nomeadamente, um filme de televisão de título "Bravo Two Zero" com o Sean Bean (baseado num incidente verídico no Iraque nos anos 90) bastante bom, um documentário sobre a operação de "neutralização" do ataque terrorista a Embaixada do Irão em Londres (1980) produção da BBC, e um outro sobre a actuação deles na chamada "The Malayan Emergency" nos anos 50 (usado para formação de militares portugueses).
Esses rapazes "são danados para a brincadeira" mas muito "discretos"
Luis.Manuel wrote: ↑April 16th, 2023, 12:13 pm
No que se refere ao SAS essa sugestão é interessante pois conheço pouca coisa;
Nomeadamente, um filme de televisão de título "Bravo Two Zero" com o Sean Bean (baseado num incidente verídico no Iraque nos anos 90) bastante bom (...)
Luis.Manuel wrote: ↑April 16th, 2023, 12:13 pm
Nomeadamente, um filme de televisão de título "Bravo Two Zero" com o Sean Bean (baseado num incidente verídico no Iraque nos anos 90) bastante bom (...)
Desconhecia essa outra versão. A versão da BBC foi emitida em 2 partes, eu vi o "filme" (que junta as duas parte) num dos canais da antiga TV Cabo. Sei que é baseado num livro escrito por um ex-SAS e que causou alguma polémica na altura.
O autor é o Sarg. Steven Billy Mitchell, que comandava a patrulha (usa o pseudónimo literário de Andy McNab) e o livro foi um best-seller mundial (1.700.000 exemplares só no UK... e foi editado em 17 países). Mitchell ganhou uma pipa de massa como é obvio...
Luis.Manuel wrote: ↑April 17th, 2023, 6:30 pm
Desconhecia essa outra versão. A versão da BBC foi emitida em 2 partes, eu vi o "filme" (que junta as duas parte) num dos canais da antiga TV Cabo. Sei que é baseado num livro escrito por um ex-SAS e que causou alguma polémica na altura.
O autor é o Sarg. Steven Billy Mitchell, que comandava a patrulha (usa o pseudónimo literário de Andy McNab) e o livro foi um best-seller mundial (1.700.000 exemplares só no UK... e foi editado em 17 países). Mitchell ganhou uma pipa de massa como é obvio...
Entretanto vi isto. Gostei bastante. Nota-se que é uma produção para TV, mas é extremamente realista do ponto de vista técnico: os procedimentos, as armas, os veículos, as táticas de combate, os próprios combates, as condições de sobrevivência, etc. Muito acima da média. Fazendo um paralelo para aquilo que seria considerado "Hard Sci-fi", aqui teríamos "Hard-War".
Em termos de tom, não tem nada a ver com o Rogue Heroess, que é fortemente ficionalizado e romantizado, apesar de narrar factos históricos.
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Série se vê bem, não é um um house of cards, principalmente as duas primeiras temporadas, nem borgen, mas dentro do atual panorama é quase um oásis, tanto que assisti a primeira temporada em 2 dias .
Sinopse: The show focuses on how humans deal with the incoming invasion of a highly-advanced alien civilization called Three-Body. È a primeira obra literária traduzida a ganhar um nebula.
os 30 episódios estão aqui...em tese são abertos ao público sem problemas, mas hoje em dia é complicado entender a legislação de cada país...essa é série chinesa, teremos uma da netflix com o showrunner do GOT, por isso essa situação pode mudar no futuro PS: Existe também uma animação chinesa.
Luis.Manuel wrote: ↑March 6th, 2023, 6:07 pm
Esta "The English" mesmo que não se goste muito da história (e eu até que gostei) tem uma fotografia belíssima, o design de produção é excelente e as interpretações de Emily Blunt, Chaske Spencer e de alguns "secundários" são bastante boas mesmo. Tem um "toque" de "Unforgiven" e " Once Upon a Time in the West"...
Vista, e muito apreciada. É um 8/10. É revisionismo de estética modernista, com um design de produção e uma queda para o pictório-horrífico que tem sido visto cada vez mais em produções recentes, como o Bone Tomahawk e o Brimstone (filmes pelos quais não nutro grandes afectos). Aqui, tais características enquadram-se bem na narrativa, e estão dotadas de um toque artístico para "bom apreciador" ver. Também me fez lembrar uma produção australiana que dá pelo nome de The Proposition - e essa, sim, é uma excelente proposta (pun intended).
Nas interpretações, gostei sobretudo do actor que calça os sapatos do vilão-mor - o Rafe Spall.
A par do 1883, uma das raras e boas séries recentes que situa a narrativa no velho oeste americano.
Uma boa série é difícil de encontrar (isto é apenas uma variação muito pessoal do "A Good Man is Hard to Find" ) e, como tal, às vezes vale a pena seguir o "fio à meada". Isto para dizer que fui "investigar" aquilo que o criador do The English, Hugo Blick, tinha feito anteriormente e tropecei num diamante em bruto que remonta a 2011, e que dá pelo nome de The Shadow Line. Uma série "policial" que divide o tempo de antena entre polícias e gangsters, e que todos embrulha numa intriga multi-camada, carregada de mistérios e interrogações, excelentemente cosida e desenvolvida. Posso dizer que foi uma das poucas grandes surpresas que tive nos últimos anos relativos a séries. Tem personagens credíveis, exploradas muito para lá dos clichés habituais do género (talvez um legado que o Heat, do Mann, deixou para quem o souber "ler"), e um elenco de nomes conhecidos que não costumam estar na primeira linha dos cartazes, mas que ajudam em muito a essa credibilização. Posso ainda dizer que o espírito do John Le Carré passa por aqui...
The Shadow Line é realmente muito boa. Já a tinha visto há coisa de uns 10 anitos e ainda hoje me está na cabeça, principalmente a música divinal da intro. A ver se um dia destes a revejo.
PanterA wrote: ↑July 23rd, 2023, 8:40 pm
The Shadow Line é realmente muito boa. Já a tinha visto há coisa de uns 10 anitos e ainda hoje me está na cabeça, principalmente a música divinal da intro. A ver se um dia destes a revejo.
Não creio que a intriga/mistério principal que gera aquela situação toda (e que só é revelada no final) seja particularmente verosímil, mas as personagens são muito consistentes e estão bem trabalhadas - com labor e "carinho". E as camadas de ocultação e manipulação bem "entrosadas" nas hierarquias de poder e nas particularidades psicológicas dessas personagens. É uma "trama bem urdida", no final de contas.
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.
«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death
finalizei da temporada passada: NieR: Automata Ver 1.1a ; Jigokuraku; Mashle: Magia e Músculos ; Isekai de Cheat Skill wo Te ni Shita Ore wa, Genjitsu Sekai wo mo Musou Suru: Level Up wa Jinsei wo Kaeta; faltando Oshi no Ko e Tengoku daimakyô.
Começei: Mushoku-tensei: Isekai ittara honki dasu e Zom 100: Zombie ni Naru made ni Shitai 100 no Koto (esse é da netflix)
NieR: Automata Ver 1.1a teve muitos problemas de produção e atrasou demais, o roteiro nitidamente perde a força no que é mais interessante que é a discussão entre existência e essência. Mas apesar disso, foi uma temporada ótima em termos de ideias, claro Isekai de Cheat Skill é fraco, mas eu estava curioso como iriam utilizar o material do manga/novel para o anime.