The Adventures of Tintin (2011) - Steven Spielberg

[Gollum]

P.S. Também vejo alguns blockbusters. Não tenho qualquer problema em o afirmar. Vejo muito cinema na vertente do DVD e TV. Agora ir ao cinema e ver um blockbuster isso é mais difícil de acontecer. Aí o critério é outro.

Repito aquilo que me parece mais importante no meio de tanta discussão sobre o valor dos conteúdos, que é a disponibilidade dos filmes feitos fora do circuito de estúdio de Hollywood.
Somos inundados por lixo e é necessário procurar os melhores filmes que, na maioria das vezes, não sempre, não se encontram em destaque.

E estar a criticar as críticas é talvez o maior ataque à liberdade de expressão que pode existir. Faz-me confusão qualquer discussão sobre o valor das participações quando me parece óbvio que cada um partilha as ideias que tem da melhor forma que consegue. Somos aqui novos e velhos, diferentes pessoas com um interesse comum e não me parece correcto tentar inibir a participação da forma desejada. Os conteúdos dos posts devia ser a base da nossa discussão. Se houver desejo de participação única de pessoas de determinado perfil, então há que haver uma disponibilização desse perfil.

Se há interesse maior nos blockbuster nada tem a ver com o tamanho da testa. É esperado que para os adolescentes mais jovens, que viram menos filmes, os blockbusters tenha muita atracção e novidade. É como Bill hicks diz num sketch-"14 year olds will think your original and deep"

[Von Paulus]

Faz-me confusão qualquer discussão sobre o valor das participações quando me parece óbvio que cada um partilha as ideias que tem da melhor forma que consegue. Somos aqui novos e velhos, diferentes pessoas com um interesse comum e não me parece correcto tentar inibir a participação da forma desejada. Os conteúdos dos posts devia ser a base da nossa discussão.

Concordo.
Não acho nada estéreis estas trocas de ideias.

[brainX]

Acho que os media têm alguma culpabilidade nesta discussão. Passo a explicar porquê. Com todos os seus defeitos, a Premiere ainda conseguia fazer chegar a Portugal, de forma bastante acessível (comparado com revistas internacionais), todo um conjunto de informação acerca do que se ia passando no cinema não só no circuito blockbuster mas também fora deste sendo uma fonte de informação mensal e localizada; ia-se ao quiosque e estava "tudo" ali. Podia não agradar a muita gente, e se calhar 60% dos utilizadores deste fórum escolheriam outros conteúdos; mas um pouco é melhor que nada (e não me venham dizer que para o pouco quer era nada seria melhor).
Tudo bem que há esse mundo gigante de informação chamado Internet mas andar a circular em "n" sites à procura de novidades e coisas alternativas e com qualidade, e filtrar resultados, assim como andar atento às salas e encomendar DVDs daqui ou de acolá é time-consuming, nem todos estão muito para isso (eu incluído, se não fosse o fórum provavelmente muitos filmes me passariam ao lado) nem está ao alcance de todos. Os jornais generalistas em Portugal não são propriamente ricos nesta matéria e as revistas internacionais de cinema como, por exemplo, a Empire, não são acessíveis como era a Premiere portuguesa (quer pela questão linguagem, quer pelo preço, quer pela distribuição).
Alguma culpa também para os multiplex. Pessoalmente, é muito mais simples ir a um multiplex, em que saio de casa, meto o carro no parque e está a andar, do que ir a um cinema no centro do Porto por exemplo. E tal como eu pensa muita gente. E nesses locais as escolhas muitas vezes deixam a desejar. O UCI e o Lusomundo do Parque Nascente é que vão tendo mais coisas porque têm muitas salas.
E o DVD é muito bonito mas ainda é mais barato ir ao cinema do que gastar €€€ num filme que se tinha curiosidade para ver mas não o suficiente para dar assim 15€ do nada. Há o aluguer é certo, mas video clubes com escolha diversificada não há propriamente em todo o lado. Além de que uma coisa é assistir na sala de cinema outra coisa é em casa (por acsao tenho opinião contrário ao que disseram antes, no cinema prefiro ver os blockbusters, é para ver espectacularidade vejo-a com tudo o que uma sala oferece, muitos outros filmes vêm-se perfeitamente em casa).

Obviamente que quem gosta de cinema se dá ao trabalho de procurar coisas novas e informação assim como ir aqui ou acolá para ver este ou aquele filme, não é isso que estou a discutir. Estou a falar do cidadão médio que se calhar às vezes até pensa "gostava de ver algo diferente" mas que não sabe o quê nem onde ver. Mais fácil é ir a um multiplex e escolher um blockbuster para fazer um overloading aos sentidos em vez de ao que está entre as orelhas.

[Gollum]

Acho que os media têm alguma culpabilidade nesta discussão. Passo a explicar porquê. Com todos os seus defeitos, a Premiere ainda conseguia fazer chegar a Portugal, de forma bastante acessível (comparado com revistas internacionais), todo um conjunto de informação acerca do que se ia passando no cinema não só no circuito blockbuster mas também fora deste sendo uma fonte de informação mensal e localizada; ia-se ao quiosque e estava "tudo" ali.

Há realmente neste momento um vazio de mercado de revistas de cinema em português, mas se acabaram todas(e ainda eram 3) alguma razão financeira haviam de ter(ou não ter).
Para quem navega na net, suponho que saiba ler inglês, e como tal, tem ainda muitas revistas de qualidade que se encontram com facilidade. Não substitui o prazer de uma revista em português, mas quem não tem cão caça com explosivos.

[Ricardo Ribeiro]

Acho que os media têm alguma culpabilidade nesta discussão. Passo a explicar porquê.

Acho que acabaste por não explicar porquê que os media têm alguma culpabilidade nesta discussão.

Indepentemente do que essa explicação devesse ter sido ou venha a ser, eu tenho uma novidade para ti: em Portugal é impossível haver imprensa dedicada ao cinema e/ou ao home theater porque simplesmente não há anunciantes. A tacanhez de espírito das maiores editoras / distribuidoras estabelecidas em Portugal vai dar uma grande volta: para quê gastar dinheiro se acabam por ter publicidade gratuita, quer porque as publicações genéricas acabam por publicitar em forma de notícia os seus lançamentos, quer porque acabam por colocar publicidade em "media" do mesmo grupo?

No que à DVD Mania diz respeito, não me vou alongar muito, mas vou já dizendo que há editoras de DVD que nem o par de Euros que lhe custa a produção de um DVD acha que vale a pena investir em publicidade, ou seja, nem um DVD para análise (com incontornável publicidade indirecta) enviam para aqui. Em tempos, soube de editoras que propuseram a revistas da especialidade o pagamento de publicidade.... em géneros! Do tipo... Ok... queremos uma página de publicidade, mas para pagar isso só podemos disponibilizar 20 DVD's. Rica negociata!

[Ludovico]

É como eu. Por isso é que não quero misturas. Deixem os livros ser livros e os filmes serem filmes, e assim é-se fiel a todos. O único problema é que o cinema americano está seco e estéril, com ares de quem não pode já sobreviver sem parasitar outros canais artísticos.

Até podem ser grandes filmes... para quem nunca ouviu falar em Tintim (só de imaginar o repórter a falar em inglês dá calafrios)... bom... e mesmo assim..................

Percebo e partilho o desanimo pela qualidade de filmes americanos que enchem os cartazes. Mas continua-se a fazer muitos bons filmes em Hollywood. Parece-me é que há hoje em dia mais do que sempre filmes direccionados para o público mais jovem que não se importa de ver efeitos especiais sem nenhum argumento.

Em relação aos livros serem livros, continuam a ser e não custa relembrar que grande parte dos melhores filmes já feitos são adaptações de livros.

E imaginar o tintin a falar inglês...nos meus livros sempre falou português.
Posto isto, também não tenho muita fé no resultado final, mas não me importava de ser surpreendido.

Subescrevo este comentário,tirando a parte de Tintin .
Só queria acrescentar algo de muito,muito importante.
A febre dos blockbusters está de facto a ser perniciosa para o Cinema porque ofusca (e mesmo em alguns casos)impede a distribuição dos outros géneros de filmes .
O cinema não se pode esgotar em blockbusters,em filmes que são feitos para render milhões,em filmes-acontecimentos que depois são explorados em sequelas em catadupa.
Eu sou daqueles que não gosta em geral de blockbusters,só os vou ver muito esporádicamente.
Então,adaptações da Marvel só mesmo em DVD.
Só quando gosto do realizador é que não é assim.
Vejo-os habitualmente em DVD ou na televisão porque já vi tantos filmes até hoje que só pelo tacto já vejo o que pode sair de lá.
Às vezes engano-me,é óbvio mas são poucos os casos desses quando falo da Marvel.
Eu gosto,tenho a maior apetência em ver filmes "normais" filmes que se esgotam únicamente no final das duas horas e que não dão azo a continuações.
Também tenho a opinião que há de facto uma crise de ideias em Hollywood mas da mesma forma,a maior parte dos filmes que vejo são americanos que não são blockbusters embora veja (e tente ver cada vez mais)filmes europeus recentes e antigos.
Esta década tem sido fulgurante no que diz respeito à qualidade do "outro" cinema americano,digo-o com muita experiência .
Podia enumerar os filmes subjectivamente miraculosos que Hollywood fez desde o inicio desta década sem serem blockbusters mas acho que neste tópico não faz sentido fazê-lo.
Agora existe de facto o perigo de se querer transformar tudo em blockbusters em filmes que são feitos para serem "consumidos" por adolescentes,isso é realmente um perigo,é algo de assustador que tem que ser combatido em força.
Que existam blockbusters mas que a sua existência não ofusque nem impeça que sejam distribuidos os outros filmes que não rendem nas bilheteiras.Que os dois géneros coexistam,é isso que tem que acontecer.

De entre os futuros blockbusters que irei ver em sala sem dúvida será esta saga de Tintin .Por ter estes autores por trás é um sinal téorico de que está em muito boas mãos .Eu nunca fui fã do personagem nem sei dos detalhes que muitos sabem nem quero saber apenas via a magnifica série de televisão que deu à muitos anos atrás.Mas quando vou ver filmes não me interessa em geral saber de onde é que o filme veio nem a matéria que lhe serviu de base.O que eu quero é ficar arrebatado com aquilo que é contado,é ficar absorvido naquelas duas horas de filme.
Acho que este projecto é daqueles que mais desejo ver nos cinemas,será revolucionário e dentro do seu género será também inovador.
Por isso estou à espera e acho que vão começar a rodar já este mês se bem que vai ter um enorme trabalho de pós produção o que origina que estreie só dentro de muito tempo ,o que é uma pena.

[Gollum]

A dizer-se a verdade, filmes sem serem blockbusters e de qualidade estreiam aqui em Portugal; o problema é que mantêm-se muito pouco tempo nas salas.

[Giribi]

Esbarrei com esta noticia que certamente será relevante para os interessados no filme. Neste momento a dupla Spielberg/Jackson ficou sem estúdio que financia-se o projecto. Assustados com as exigências financeiros dos autores quer a nível de orçamento quer com a percentagem dos lucros, a Universal afastou-se da produção do Tintin.
O projecto terá sido oferecido à Paramount, mas os realizadores ainda esperam uma resposta. Com filmagens anunciadas para se iniciarem no final do mês corrente, o tempo começa a escassear.
A noticia mais desenvolvida aqui:
http://www.empireonline.com/news/story.asp?NID=23290

[DarkPhoenix]

Boas notícias para o cinema e para a bd!

Spileberg e Jackson que deixem de ser sanguessugas da criatividade alheia.

[Gollum]

Isto é talvez a mais impressionante recusa de todos os tempo e mostra bem a crise que vai nos estúdios. Uma recusa a Spielberg/Jackson é muito, muito mau.
Por outro lado, é capaz de ser também a melhor ilustração do afastamento entre os criativos e os homens de negócio de Hollywood que dão luz verde aos projectos.

Seja como for, não me parece que eles desistam do projecto só porque um estúdio recusou. Só tenho é pena que a animação hoje seja toda digital; ainda hoje me sinto mais atraído pela animação tradicional.

[siroco]

Talvez esteja aqui a salvação do projecto, ainda vamos ter um Tintim "moreno" com muitas canções e porradaria...

Gigante de Bollywood chega a acordo com DreamWorks

A empresa indiana Reliance Big Entertainment, propriedade do multimilionário Anil Ambani, chegou a um acordo com Steven Spielberg para formar um novo estúdio em Hollywood, informaram hoje fontes ligadas ao negócio.
O grupo Ambani injectará 550 milhões de dólares na produtora de Spielberg, DreamWorks, para desligá-la da sua actual proprietária, Viacom, e formar um projecto diferente.

Além do investimento directo de capital, outros 750 milhões de dólares entrarão no negócio como crédito da entidade investidora norte-americana JP Morgan Chase, segundo as agências de notícias indianas Ians e PTI.

A DreamWorks foi criada em 1994, mas foi vendida para a Viacom dois anos depois por 1,6 mil milhões de dólares.

Em Maio deste ano, a Reliance Big Entertainment já tinha tornado pública, em Cannes, a sua intenção de entrar em Hollywood e em produtoras de que participam importantes actores, como Brad Pitt, Tom Hanks, Nicholas Cage, Jim Carrey e George Clooney.

[Tojal City]

As razões da Universal são bastante genuínas.
Há uma enorme crise no sector financeiro, tudo o que signifique investir muito milhões encontra-se em hold. Por isso 130 milhões para este projecto, mesmo tendo estes dois grandes nomes é sempre um risco avultado.

TinTin para os americanos não representa nada, não é um símbolo americano, como são os Transformers, os heróis Marvel ou DC. Na Europa é garantia de sucesso absoluto, como tem sido os Asterix, mesmo sem qualquer ponta de qualidade, mas para os estúdios um filme tem de lucrar primeiro nos país de origem do filme e só depois no resto do mundo.

A animação 3d real ainda não convenceu os espectadores, se há razão para isto ou não, não me cabe a mim dizer, mas a verdade é que animação 3d só tem obtido lucros quando esta se distância do real, para o fantástico.

Por isso entendo as interrogações da Universal.

[siroco]

Sony e Paramount admitem financiar «Tintin» a 3D

A Sony Pictures Entertainment e a Paramount Pictures admitem financiar o projecto de adaptação para o cinema em 3D da banda desenhada «Tintin», do belga Hergé (1907-1983), informou a revista Variety.
A adaptação é um projecto de Steven Spielberg e Peter Jackson e os estúdios Universal desistiram do financiamento por considerar que era pouco rentável.

Após resolver o dilema da separação entre a Paramount e a DreamWorks, «Tintin» voltou a ser uma prioridade para Spielberg, segundo a revista.

A Paramount chegou a oferecer 135 milhões de dólares para o projecto.

Nem a Sony nem a Paramount comentam o caso, mas confirmam existência de negociações.

Spielberg esperava já estar a produzir a longa-metragem, mas agora tem como meta completar «Tintin» a tempo para lançá-lo em 2020. Jackson vai realizar o filme.

No acordo actualmente em negociação, a Paramount planeia distribuir o filme no mercado norte-americano e noutros de língua inglesa. A Sony ficaria com outros mercados. Contudo, «Tintin» não teria nenhuma associação com a DreamWorks.

[DvDStranger]

."..Spielberg esperava já estar a produzir a longa-metragem, mas agora tem como meta completar «Tintin»
a tempo para lançá-lo em 2020..."
Cum carago será que estarão vivos nessa altura

[Ludovico]

."..Spielberg esperava já estar a produzir a longa-metragem, mas agora tem como meta completar «Tintin»
a tempo para lançá-lo em 2020..."
Cum carago será que estarão vivos nessa altura

De certeza que a data é um engano,como é óbvio.
Será em 2010,certamente,porque o trabalho de pós-produção será longo mas é caso para perguntar:
Vai ser o próximo dele? ou vai fazer outro filme antes?.