Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004) - Michel Gondry

Discussão de filmes; a arte pela arte.

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alentejano_alternativo
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Post by alentejano_alternativo »

Frances wrote:Em relação à tua contra-argumentação sobre o "meio-termo" acho que estás a generalizar e a levar para uma perspectiva negativa. Se queres entrar por aí eu também posso perguntar-te: gostas de tomar banho com água a ferver, gelada ou morna? :wink:
E eu podia responder-te: mais ou menos... :wink: que não é resposta nenhuma :-))) Eu estava a falar de coisas mais lineares: gostas ou não gostas, sim ou não.
Obviamente que estou a generalizar, mas se em algumas situações parece ridículo, na maior parte delas é assim que funciona, acho eu. Não se costuma dizer que a excepção confirma a regra?
Mas não te quero estar a impingir a minha opinião, são opiniões, e opiniões não se discutem. Ou como diz a minha mãe: "Cada tolo com a sua mania" :wink:

EnyGmaTiK wrote:Não te esqueças que estamos a falar de arte, não de algo material...

É a mesma coisa que veres um quadro de um pintor qualquer, ou gostas ou odeias e não suportas ver um quadro dele, isso acontece muitas vezes.
Com o cinema é exactamente a mesma coisa, um dos casos mais flagrantes é David Lynch, este é um realizador que ou adoras, ou odeias simplesmente não existe meio-termo.

Embora com a maior dos artistas, existe o "meio-termo".
Eu referi algo de material que poderia ser um quadro, uma escultura, um dvd, um cd... a arte não é material mas precisa de um meio para chegar às pessoas, um meio material.
Quanto ao restante do que dizes, desculpa mas não te entendo... afinal achas que há ou não o meio-termo? Dizes que com um pintor qualquer não há, assim como no caso do Lynch, mas na maior parte dos artistas há... :-?
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Frances
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Post by Frances »

alentejano_alternativo wrote:E eu podia responder-te: mais ou menos... :wink: que não é resposta nenhuma
Mas não te quero estar a impingir a minha opinião, são opiniões, e opiniões não se discutem.
Neste exemplo (tolo) que dou "morno" é um "mais ou menos", é um "meio-termo", logo é uma resposta.
Não estás a impingir uma opinião (penso eu), estás a partilhar. :wink:

Já agora... o off-topic fica por aqui e voltamos ao filme, ok? :wink:
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Post by alentejano_alternativo »

Ok :!: :wink:

Voltando então ao filme, deixo aqui a minha avaliação aos filmes
com argumento do GRANDE Charlie Kaufman (os que já vi):

Being John Malkovich 9/10
Adaptation 9/10
Eternal Sunshine of the Spotless Mind 10/10

E uma notícia do IMDb: Spike Jonze vai voltar a realizar um filme com argumento de Charlie Kaufman, previsto para 2005 e ainda sem título.
Será que vai ser "The Three"? (Quem viu o Adaptation sabe do que é que eu estou a falar...)
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EnyGmaTiK
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Post by EnyGmaTiK »

alentejano_alternativo wrote:
EnyGmaTiK wrote:Não te esqueças que estamos a falar de arte, não de algo material...

É a mesma coisa que veres um quadro de um pintor qualquer, ou gostas ou odeias e não suportas ver um quadro dele, isso acontece muitas vezes.
Com o cinema é exactamente a mesma coisa, um dos casos mais flagrantes é David Lynch, este é um realizador que ou adoras, ou odeias simplesmente não existe meio-termo.

Embora com a maior dos artistas, existe o "meio-termo".
Eu referi algo de material que poderia ser um quadro, uma escultura, um dvd, um cd... a arte não é material mas precisa de um meio para chegar às pessoas, um meio material.
Quanto ao restante do que dizes, desculpa mas não te entendo... afinal achas que há ou não o meio-termo? Dizes que com um pintor qualquer não há, assim como no caso do Lynch, mas na maior parte dos artistas há... :-?
Talvez não tenha sido claro...
Com a maioria dos artistas existe o chamado "meio-termo", pois muitas das suas obras são mais facilmente perceptíveis e mainstream, neste caso (pegando no cinema) podes adorar um filme dele, no entanto, pode haver outro que não gostes tanto...

Referente a artistas à lá David Lynch, ou gostas do estilo dele e a forma como ele "vê" o mundo, ou não gostas, não existe meio-termo.
O mesmo podes dizer de um Tim Burton...

Frances, desculpa o off-topic, back on topic! :-D
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Post by alentejano_alternativo »

Ok, já percebi a tua opinião :wink:

Só para acrescentar que o novo filme de Spike Jonze/Charlie Kaufman será de TERROR :!: :o
Daí o meu palpite de ser o "The Three".
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katorio
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Post by katorio »

Bruno Dias wrote:Estou deslumbrado!

<b>SPOILER</b>

As minhas expectativas não estavam muito altas pois receava que Charlie Kaufman aplicasse mais do mesmo. Estamos novamente perante a manipulação da mente e das imagens que esta cria. Felizmente o argumentista partindo da matéria-prima a que está habituado lança o filme numa nova direcção. Se no primeiro filme de Spike Jonze a atenção vai para a ideia de manipulação da mente humana e a história gira basicamente à volta disso, neste filme – apesar de esta também ocorrer –, a relação entre Clementine e Joel transcende-a. Na realidade “O Despertar da Mente” é uma das melhores histórias contemporâneas sobre relacionamento entre um homem e uma mulher e tudo o que isso envolve. A teia que se estabelece entre a vida e a memória dessas pessoas, os erros que cada um deles comete e os pequenos – na altura – momentos que vivemos ultrapassa a “engenharia mental” na sequência final onde Jim Carrey e Kate Winslet revivem a fuga de Joel. Este filme obtém aquilo que o cinema independente americano procura – uma reflexão sobre a dificuldade de duas pessoas se relacionarem sem entrarem em quezílias e recriminações de parte a parte.

As memórias que pouco a pouco vão desaparecendo da mente de Joel, levam este a perceber que são precisamente estas as responsáveis pelo ser humano que nos tornamos. Aquilo que fazemos estabelece uma memória única e irrepetível para cada um de nós, como Patrick (Elijah Wood) testemunha da maneira mais dolorosa.

É brutal assistir aos desabafos registados nas cassetes de um em relação ao outro. Cada um diz que afinal não pensa daquela maneira – Joel diz a Clementina que afinal gosta do penteado desta, apesar de não ser isso que ouvimos na cassete. E a verdade é que sentimos que ele está a ser sincero. Quando uma relação acaba acabamos por efectuar um processo igual ao realizado pela empresa “Lacuna”. De alguma forma queremos apagar as boas memórias da pessoa amada e a forma de o fazermos é precisamente realçar o pior dela.

Temos novamente uma visita ao inconsciente mais profundo – a infância e os episódios mais recalcados, tal como em “Being John Malkovich” – mas muito melhor aproveitados neste filme. O facto de Clementine assistir a esses episódios (a mãe que percebe que o filho se está a masturbar, que não lhe dá atenção e os amigos que o humilham) permite estabelecer entre eles uma intimidade que devido à timidez de Joel não existia no início da relação.

O final na casa de praia revela duas pessoas maduras que finalmente estão preparadas para assumir uma relação sabendo que vão sempre existir problemas que tem de ser resolvidos, sendo que a mudança na cor do cabelo não é seguramente a solução. Ambos falam finalmente abertamente sobre as atitudes de cada um, mesmo aquelas mais embaraçosas, as que infelizmente frequentemente evitamos. São estas que se devem discutir pois só superando-as é possível construir a tal relação madura baseada na confiança no outro necessária para enfrentar as próximas. Quando Joel ouve pela primeira vez a cassete de Clementine expulsa-a do carro mas rapidamente percebe que esta não é a solução. Não se pode apagar uma pessoa da nossa vida simplesmente porque ela tem opiniões sobre nós que não nos são muito favoráveis. É por isso que Joel vai ter com Clementine depois desta ficar destroçada com o que ele disse dela nas cassetes. Ele sabe que por muitos defeitos que a sua namorada tenha estes são menos importantes do que aquilo que ela lhe proporcionou. A união e confiança entre eles era agora elevada. Para isso tiveram de conhecer o pior da personalidade de cada um, indo muito para além dos sorrisos e das faces simpáticas dos primeiros encontros. É por isso que na sequência inicial, que afinal é um sonho, Joel altera o modo como eles se encontraram e cria-lhe uma imagem fantasiada e mágica que conquista imediatamente o espectador. Joel sabia agora que Clementine era a mulher da sua vida.

O final do filme remete para a sequência inicial e só então temos acesso ao modo como verdadeiramente eles se encontraram. O início do filme foi o modo que eles encontraram para se encontrarem pela última vez antes das suas memórias serem esvaziadas. Apesar de eles perceberem através das cassetes a asneira que fizeram já não podiam evita-la e por isso aproveitam a sua última memória – o assalto à casa de praia – para ficarem em paz um com o outro. A harmonia entre eles é alcançada quando estão prestes a ficarem sem recordação um do outro. É com uma tragédia que encerra o melhor filme do ano, até ver!

Por tudo isto:

Eternal Sunshine of the Spotless Mind - 9/10

Nota: resta saber se Mary (Kirsten Dunst) conseguiria acabar com a empresa "Lacuna" ao mostrar os danos que a falta de memória podem causar a cada um de nós. Nesse caso todas as memórias poderiam ser restituidas e assim as memórias de Joel e Clementine seriam recuperadas.

Recupero este tópico, porque acabei agora mesmo de (re)ver este filme. Digo (re)ver porque eu tinha a ligeira sensação que já o tinha visto, mas não conseguia ter a certeza disso. Agora já me recordo e efectivamente vi-o.

Vi-o na cinema em 2004, e muito sinceramente... não gostei nada. Não me lembro dos motivos porque não gostei (a minha memória já apagou esses detalhes), e agora que o revi, ainda menos entendo porque não gostei.

Porque agora, faço minhas as palavras do Bruno Dias (razão pela qual citei logo no início o post dele). Não vou dizer que adorei, e em relação a notas daria um 8/10. Mas gostei do filme, da relação entre eles e da mensagem passada que é algo em que acredito. Tudo aquilo que fazemos, tudo aquilo que passamos, bom e mau, é o que nos faz quem somos hoje. Uma relação que falhou, não tem obrigatoriamente que ter sido má. Foi composta por momentos, bons e maus, e tanto uns como os outros nos fizeram evoluir como pessoas.

E talvez seja esse o motivo pelo qual na altura não gostei do filme... porque talvez acima de tudo não o compreendia... Tinha 18 anos na altura, e apesar de tudo, quer se queira quer não queira, com essa idade a experiência de vida ainda não é nenhuma... Já lá vão quase 10 anos, muita coisa passou e muitas recordações, boas e más ficaram. Hoje o filme fez sentido para mim. E por isso passei a gostar dele...


PS: numa nota (mesmo) mais pessoal... eu fui ver este filme no cinema com a minha namorada da altura (talvez 1 dos 3 ou 4 filmes que vi só os 2 juntos, já que costumávamos ir sempre em grupo com amigos). Essa foi uma relação muito marcante para mim, e que acabou de forma inesperada para mim, o que não foi lá muito bom..
Mas é precisamente essa a relação que me vem à cabeça quando penso que apesar de algo ter acabado mal, não se deve "apagar" esse evento da memória, porque também houve momentos bons, que hoje são recordações boas e fazem parte de quem nós somos.
Não deixa de ser curioso para mim ter visto este filme pela primeira vez com a pessoa que me fez ter a experiência que me iria fazer compreender o filme anos mais tarde. :-)
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Snider
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Re: Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004) - Michel Go

Post by Snider »

Como eu te percebo katorio...

As vezes vemos filmes que não gostamos na altura, mas ate reconhecemos que estão bem feitos (etc), e depois passado um tempo damos novamente oportunidade a um tal filmque nao gostamos e passamos a gostar dele, mas nem sempre. Porque a visão com que tu vês esta arte depende do momento, depende da tua pessoa, depende da tua disposição, depende dos acontecimentos que tens passado, depende de muita coisa.
Tambem passei por uma situação igual a tua, e reconheço que este filme faz muito sentido... Ha tantas e tantas mensagens neste filme que nos fazem pensar e questionar. Na altura quando o vi ate gostei. Da segunda vez que o vi passei a adoralo (mas ainda não tinham acabado comigo)

Abraço
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Re: Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004) - Michel Go

Post by rui sousa »

How happy is the blameless vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot.
Eternal sunshine of the spotless mind!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd.


É do poema «Eloisa to Abelard» do autor Alexander Pope (do qual estão transcritos quatro versos neste post) que surgiu o título original para «O Despertar da Mente», este romance genial escrito pelo imparável Charlie Kaufman (que se trata, provavelmente, de um dos argumentistas mais originais que Hollywood deu ao Mundo nos últimos anos, responsável também por outros filmes tão inovadores como «Inadaptado» e «Sinédoque, Nova Iorque», filme este que também realizou), realizado pelo francês Michel Gondry (e que teve com este filme o seu trabalho mais notável e reconhecido) e protagonizado pelos dois surpreendentes Jim Carrey e Kate Winslet comprovou que o Cinema contemporâneo ainda tem muito de bom e de novo para proporcionar aos espectadores, utilizando novas fórmulas e novas perspetivas cinematográficas, não deixando escapar, contudo, a humanidade nas histórias que o público sempre gosta de ver no ecrã. Sendo aclamado pelo Mundo fora como um dos melhores filmes do século XXI e por diversos críticos americanos e europeus, «O Despertar da Mente» revela ser um filme muito bonito, e sem dúvida, muito identificável para cada ser humano. Este filme foi um autêntico murro no estômago para quem já estava desacreditado da arte cinematográfica e centrava as suas atenções unica e exclusivamente para as novidades do mundo televisivo. Contudo, a Sétima Arte é ainda o único meio que consegue retratar as histórias e paixões humanas de uma forma mais profunda e poética, e que puxa mais por nós.

Por vezes, a nossa memória falha tantas vezes que até nos parece que foi "remexida" misteriosamente. E noutras vezes, nós é que gostávamos que a nossa cabecinha não se lembrasse de certos e determinados acontecimentos, principalmente nos momentos menos adequados para a lembrança dessas recordações. E neste filme, que mistura em parte alguma ficção científica, esta ideia, que a todo o indivíduo surge de quando em vez, é totalmente materializada. «O Despertar da Mente» é a história de Joel (interpretado por Jim Carrey, num dos papéis mais impressionantes de toda a sua carreira, pontuada excessivamente demais pela participação em comédias totalmente idiotas e sem qualquer tipo de piada), que depois de perceber que Clementine (Kate Winslet numa personagem completamente eletrizante, irrequieta e poeticamente bonita) apagou da sua memória todas as recordações que guardou do namoro que teve com ele, decide enveredar pelo mesmo processo e conseguir, de uma vez por todas, esquecer uma relação que terminou de uma maneira muito triste. Contudo, à medida que o processo de "apagamento" de Clementine prossegue, Joel apercebe-se que não quer perder, apesar de tudo, os bons e memoráveis momentos que viveu com ela. E em várias tentativas de "fuga" à lavagem cerebral, ele vai tentar vencer aquela batalha mental, deambulando pelos seus mais inúmeros pensamentos e memórias. Mais uma mensagem que se adequa perfeitamente à nossa realidade, "humana" e menos ficcional: provavelmente sentimo-nos também assim muitas vezes, com estas necessidades de apagar as memórias más da nossa vida, mas não serão mesmo essas memórias que causaram as memórias boas ou são causadas pelas mesmas, e/ou vão criar algo melhor que se sucederá nas nossas vidas? «O Despertar da Mente» mostra ser, por isso, um romance com toques de comédia que nos mostra todas as falhas que as relações amorosas possuem e que são inevitáveis. E que por terem esse grau de inevitabilidade não devem ser vistas como algo que nunca pode nem deve falhar, porque irá sempre haver qualquer coisa que escapará à perfeição desejada para uma relação. Nada é perfeito, e se formos a ver bem, se tudo assim fosse, qual seria a graça da vida?

«O Despertar da Mente» possui uma bonita fotografia e uma montagem consistente e quase sempre bem ritmada, que perdeu para mim algum efeito por se tornar demasiado rápida em certas partes de uma maneira despropositada. Contudo, este filme é surpreendente e impressionante pela sua originalidade e inventividade (que poderá não agradar a todos - aliás, os filmes escritos por Charlie Kaufman nunca costumam ser consensuais), e é um mimo ver Jim Carrey e Kate Winslet nesta obra, interpretando um casal apaixonado, real, e muito humano. A maior surpresa é sem dúvida Carrey que mostrou mais uma vez a sua versatilidade, como é habitual nos poucos projetos diferentes da "palhaçada" com que ficou conhecido e que lhe dá mais dinheirinho (recomendo, dentro dos ditos "poucos" projetos: «The Truman Show: A Vida em Direto», «The Majestic» e «Homem na Lua»), mas Winslet é igualmente magistral no ecrã. O filme não retrata só os desamores de Joel e Clementine como também das quatro restantes personagens centrais da trama, que são os próprios clínicos que fizeram as operações de "apagamento" de memórias. O que nos prova também a humanidade das personagens e como elas próprias se sentem vulneráveis em relação ao produto que vendem. A vida faz-se dos pequenos momentos, mais relevantes para cada um de nós e para a nossa felicidade do que as partes mais pessimistas da existência humana. E mesmo que queiramos esquecer o lado mau da vida, este é indissociável das partes boas da mesma.

* * * * 1/2
THX
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Re: Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004) - Michel Go

Post by THX »

Ainda não vi este filme, não sei bem porquê mas escapou-me :roll: .
Mas depois do que já li aguçaram muito o meu apetite pato-) .
Acho que é mesmo daquele género de filme que eu adoro, e como também adoro a Kate... :-D

Vai para a minha lista.
Os meus 200 filmes inesquecíveis :
http://www.imdb.com/list/ls077088728/?s ... s077088728
drakes
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Re: Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004) - Michel Gondry

Post by drakes »

Filme principal de ontem foi "Eternal Sunshine of the Spotless Mind" ,apesar de já estar tudo comentado, merece ser citado acerto do atores envolvidos, Jim Carey muito bem como o atormentado Joel Barish e Kate Winslet como a problemática Clementine Kruczynski, ainda tem Mark Ruffalo, Elijah Wood, Kirsten Dunst e Thomas Jay Ryan.

Jim Carey consegue ao mesmo tempo de ser dramático ter algumas cenas como alivio cômico, discute-se se ele não usa muito as caretas, mas em alguns papéis é perfeito. Roteiro de Charlie Kaufman consegue captar todo o arco de um relacionamento até um final que não deixa de ser agridoce (palavra da moda AKA).

Como apreciador da sétima arte ter perdido esse filme no cinema e só assistir agora, até estou pensando para ter ocorrido este fato.
Last edited by drakes on February 26th, 2017, 12:39 pm, edited 1 time in total.
Samwise
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Re: Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004) - Michel Gondry

Post by Samwise »

Olha - embora não seja recente, é um exemplo que me esqueci de referir no (agora) tópico da FC, no prato dos grandes exemplos do género. FC ou Fantasia? :-)))

Este filme é uma "ganda loucura!!!" :-D
«The most interesting characters are the ones who lie to themselves.» - Paul Schrader, acerca de Travis Bickle.

«One is starved for Technicolor up there.» - Conductor 71 in A Matter of Life and Death

Câmara Subjectiva

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