Interstellar (2014) - Christopher Nolan

[Cabeças]

Acabo de ler a crítica a este filme na revista Visão desta semana e é absolutamente arrasadora

Já eu acabei de ler a crítica do João Mourinha no Público, que diz muito bem e dá 4/5.

Eu mantenho as altas expectativas para este filme.

[Lorde X]

Não era para escrever já hoje algo sobre este filme, pois queria deixar algumas ideias amadurecerem, mas como estive a pesquisar no youtube excertos da banda sonora, para poder comprovar uma ideia com que fiquei, aqui vamos...

Em primeiro lugar, as comparações entre este filme e o 2001 justificam-se e, mais do que isso, são mesmo necessárias.

Aliás, em alguns momentos quase que me pareceu que estava a ver um remake do 2001 ou, melhor dizendo, um 2001 feito para no século XXI e para pessoas do séc. XXI...

Para mim, que adoro o 2001 e o considero um dos expoentes máximos da FC e um marco inegável do cinema, este Interstellar é uma digna homenagem, mas não atinge o patamar daquela obra prima.
Mas acredito que quem não aprecie o 2001, devido a considerá-lo um filme frio e desprovido de sentimentos, irá de certeza gostar bem mais deste Interstellar no qual o Nollan deu prioridade à caracterização dos personagens e ao aprofundamento dos seus dramas pessoais.

É certo que estamos perante um filme de FC cuja história se situa num futuro possível, num cenário pós apocalíptico. E é inegável que o filme aborda interessantes e variadas teorias científicas, só que estas são usadas como um instrumento para explorar o que em termos emocionais nos caracteriza como humanos, centrando-se, em especial, na relação que se desenvolve entre pais e filhos.

Neste aspecto, o filme está muito bem construído, com diálogos muito bem escritos e falas memoráveis. Em especial, uma ficou-me na lembrança e que é mais ou menos assim: "a partir do momento que os nossos filhos nascem, nós vivemos para ser memórias do seu futuro"...

Quanto às interpretações, verdadeiramente memoráveis de vários dos actores, principalmente, para mim, a do Matthew McConaughey.

Mas voltando às influências do 2001, aqui também temos um "Hal" só que a IA pode ser programada segundo o nível percentual que se pretende de honestidade, humor, bem como de outras características humanas.
Também temos um Robot que é uma homenagem óbvia ao 2001, já que mais parece um "monólito com pernas"...
E temos algumas cenas que parecem um upgrade visual de cenas saídas do 2001. Sobre elas não vou adiantar nada para não fazer spoiler.

Quanto ao aspecto visual, as cenas situadas no espaço estão tratadas como se um documentário fossem. Aliás, todo o filme foi tratado com a maior preocupação com a credibilidade, com a veracidade (aqui também um paralelismo com o filme do Kubrick). Algumas cenas são inclusivamente tão reais que parecem ter sido retiradas de um documentário sobre a estação espacial internacional ou sobre o telescópio Hubble, dados os ângulos de câmara usados. Ou seja, nem sempre as cenas do espaço são tão atraentes como poderiam ser. Algumas, contudo, são realmente deslumbrantes, mas não são assim tantas, pelo menos para os meus gostos. Aqui não temos, como no 2001, a câmara a deleitar-se longos minutos com uma estação espacial em rotação no espaço. Este é um dos defeitos que encontro neste filme. Tendo eu um fetiche por imagens do espaço, gostava de ter muito mais "eye candy" do que aquele que me foi oferecido... Neste aspecto em particular o filme soube-me a pouco...

Quanto à OST do Hans Zimmer, devo dizer que é belíssima. Intrusiva no bom sentido, já que não se traduz num mero ambiente sonoro de segundo plano, mas fornece-nos melodias que marcam indelevelmente as cenas, acabando por dotar o filme de uma identidade e uma intensidade muito própria.
Todavia, tal como o argumento e a história, bem como muitas das cenas do filme, não me soou muito original...
O tema principal lembrou-me, em demasia, o tema do koyaanisqatsi composto pelo Philip Glass.
Aqui o tema principal do Interstellar:

E aqui o tema do Koyaanisqatsi:

Já agora ouçam e digam-me de vossa justiça...

Noutro momento da banda sonora, julgo que detectei influências muito fortes do Heaven & Hell do Vangelis, precisamente do excerto que foi usado como tema da série Cosmos do Carl Sagan...

Em suma, um filme que recicla, com grande competência muitos temas e ideias já vistos anteriormente.

Obrigatório para quem é fã de FC já que raros são os filmes actuais deste gênero, ainda para mais com este grau de seriedade. Aliás, espero que deste Insterstellar resulte uma nova vaga de filmes de FC "pura e dura" em detrimento dos remakes, sequelas, prequelas, e trilogias de filmes com homens mascarados...

9/10 (Muito bom), mas não uma obra prima.

[Cabeças]

Ena, Lorde X, obrigado!

Já estou mais descansado! 9/10 para mim é aquilo que eu pensava e chega perfeitamente!

[NFCDS]

Considerando a apetência do Nolan em filmar em IMAX, vale a pena ir ao Colombo?

[LeMarquisDeSade]

Também já tinha pensado se valeria a pena ir ao Colombo.

Estive a investigar no site do filme e há duas versões IMAX, uma normal e outra 70mm, que só será projectada em 15 salas nos EUA.

Li isto na Wikipedia:

Because 70mm film and projectors are costly and difficult to mass produce, IMAX debuted a digital projection system in 2008. It uses two projectors that can present either 2D or 3D content in DCI or IMAX Digital Format (IDF) (which in itself is a superset of DCI). As of 2012, IDF uses 2K-resolution Christie projectors with Texas Instruments' Digital Light Processing (DLP) technology alongside parts of IMAX's proprietary formats. The two 2K images are projected over each other to make the image brighter.

The digital installations have caused some controversy, as many theaters have branded their screens as IMAX after merely retrofitting standard auditoriums with IMAX digital projectors. The screen sizes in these auditoriums are much smaller than those in the purpose-built auditoriums of the original 15/70 IMAX format. These theaters charge the same premium pricing as the purpose-built IMAX theaters, resulting in consumer confusion.

Another disadvantage is the much lower resolution of digital IMAX compared to traditional IMAX film, which is estimated to be up to 8,700 lines of vertical resolution on the camera negative and 4,500 on a release print.[21] Some reviewers also note that many non-IMAX theaters are already projecting films at 4K resolution, while digital IMAX has deployed both 2K and 4K products.

Despite these concerns, IMAX has consistently chosen to hold to a uniform marketing position of "The IMAX Experience" regardless of the various underlying technologies and screen sizes.

Alguém me sabe explicar se a do Colombo é mesmo a sério?

[Telmo R.]

Gostei bastante deste filme apesar de não poder dizer que me tenha deslumbrado, em certas cenas esperava uma maior ousadia visual, contudo conseguiu sempre prender-me até ao final e sai muito satisfeito da sala. A comparação com o 2001 é inevitável, numa cena (perto do final) em particular senti esse upgrade de que fala o Lorde X. Julgo que o mais importante neste filme são os efeitos estarem ao serviço da história e dos personagens e não o contrário (o que acontece infelizmente em muito boa parte do cinema actual). Em relação a banda sonora acompanha de uma forma muito competente todo o filme e faz-se sentir ainda mais em momentos chave, também me apercebi dessa parecença com o tema de Philip Glass mas não acho que lhe retire o mérito. Um ponto menos bom para mim é a falta daquelas cenas de deleite no espaço de que também fala o Lorde X, o filme é longo mas julgo que não perderia nada se tivesse mais uns quantos minutos, também a cena final que me pareceu um pouco precipitada. Opiniões valem o que valem, de qualquer forma, nota 8/10.

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http://www.magazine-hd.com/apps/wp/inte ... nacionais/
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/In ... id=4221838

[Lorde X]

Ena, Lorde X, obrigado!

Já estou mais descansado! 9/10 para mim é aquilo que eu pensava e chega perfeitamente!

Tenho a certeza que irás adorar este filme, por variadas razões, algumas das quais comungas comigo (o amor que temos pelas nossas filhas! ).

Muito mais poderia ter dito, mas deixo isso para o THX que pertinentemente se apercebeu de aspectos que me tinham passado desapercebidos. Um deles, respeitante à OST, é uma analogia muito feliz, feita pelo Hans Zimmer e que roça mesmo a genialidade. Mas não quero fazer Spoiler sobre o que ele irá aqui comentar. Só dizer que mais uma vez foi um prazer ter ido com ele ao cinema ver um filme de FC e que, não fosse ele, esse momento da OST teria me passado completamente desapercebido. Ainda bem que ele estava ao meu lado e mo apontou!

Gostei bastante deste filme apesar de não poder dizer que me tenha deslumbrado, em certas cenas esperava uma maior ousadia visual.

Julgo que o mais importante neste filme são os efeitos estarem ao serviço da história e dos personagens e não o contrário (o que acontece infelizmente em muito boa parte do cinema actual).

Um ponto menos bom para mim é a falta daquelas cenas de deleite no espaço de que também fala o Lorde X, o filme é longo mas julgo que não perderia nada se tivesse mais uns quantos minutos.

Agora vou ser politicamente incorrecto e propositadamente exagerado por isso não dêem muito crédito àquilo que eu vou escrever , mas na FC o que me interessa são teses que me fascinem e imagens deslumbrantes do espaço. Tudo o resto é perfeitamente dispensável... Acompanhar as agruras e os amores das formiguinhas, vulgo nós, perante a imensidão do Cosmos, não é coisa que muito me atraia... Por isso é que eu gosto tanto do 2001. O Kubrick centrou-se naquilo que eu realmente gosto. Por outro lado, teve o toque de génio de eliminar o máximo possível de explicações. Voltou a fazer o mesmo no Shinning, o qual também foi injustamente criticado.

O Nolan além de ter cometido esse pecado, o de não ter cedido mais espaço ao eye candy visual, deu, a meu ver, explicações a mais para o que tinhamos visto. Algumas delas em duplicado, para o caso do espectador não ter percebido à primeira...

É o caso do pai ser o fantasma da filha. Já tinhamos percebido isso e ele naturalmente sabia que ela se tinha apercebido disso. Porém, quando se reencontram no final, ele volta a repetir o que ambos já sabiam... a meu ver foi para o caso de algum espectador mais desatento ainda não o ter percebido...

Acho que devia ter deixado mais por explicar, mais para a nossa imaginação descobrir. Alguma ponta solta que nos fizesse sonhar, equacionar, projectar... Assim, da forma que o filme foi feito, tivemos direito a um diagrama de todo o sucedido, o que nem nos deixou pensar muito durante o filme e não deixou nada para nós pensarmos após o seu visionamento...

O filme desenrola-se de forma lenta, principalmente na primeira parte. Não desgostei de nenhuma dessas cenas, mas se me dessem a escolher entre uma das primeiras de caracterização das personagens, por exemplo:

aquela em que ele vai às escola falar com os professores sobre o aproveitamento escolar e futuro dos seus filhos

e mais uns minutos de cenas no espaço, prefereriria estas últimas sem qualquer hesitação...

Mais uma nota (positiva) para as cenas de suspense, que estão feitas com muita intensidade e realismo. Mas, tal como as cenas do espaço, souberam a pouco...

Ainda não comentei as teses científicas que o filme aborda. Até perto do final, pareceu-me que o filme tentou manter-se o mais apegado possível à realidade ou, pelo menos, a teorias científicas com bases sólidas. Nas cenas finais, todavia, mais do que ficção científica, acaba por se tornar uma "fantasia científica"... Julgo que tal tem sido algo criticado, mas também estamos a "entrar literalmente em algo sobre o qual nada sabemos" (depois de verem o filme, perceberão melhor esta expressão), por isso... Não é por aí que o filme desilude a meu ver...

[Telmo R.]

Também concordo que menos explicações teriam beneficiado o filme, em parte o deslumbramento de que falo também esta ai, no desconhecido...

O filme desenrola-se de forma lenta, principalmente na primeira parte. Não desgostei de nenhuma dessas cenas, mas se me dessem a escolher entre uma das primeiras de caracterização das personagens, por exemplo:

aquela em que ele vai às escola falar com os professores sobre o aproveitamento escolar e futuro dos seus filhos

e mais uns minutos de cenas no espaço, prefereriria estas últimas sem qualquer hesitação...

Não sei se essa cena em concreto era dispensável ou não, contudo concordo que (a ideia) poderia ser apresentada de uma forma mais eficiente

nessa cena para além de serem desenvolvidos os personagens, o espectador começa a aperceber-se de que o pensamento sobre as viagens espaciais mudou completamente e os recursos estão agora virados para a agricultura. não tenho a certeza se eles falam anteriormente nisso, julgo que sim, nesse caso esta é uma cena que apenas reforça uma ideia que já sabíamos ou prevíamos e que mais tarde na nasa, se não me engano, irá ser novamente mencionada.

para dar mais espaço ao prolongamentos de outras cenas, como por exemplo as do espaço ou dos planetas.

[lud81]

Para mim, um dos principais atractivos no filme, para além de ser do Nolan e ser de FC, é os efeitos especiais terem sido feitos baseados em ciência real. Por isso, estou em pulgas para ver o que é que fizeram.

[nimzabo]

A banda sonora e o som em geral são notáveis, penso que é capaz de receber umas estatuetas à conta da parte sonora. Todo o filme tem bastante intensidade e tensão e a banda sonora está muito bem, também ao acompanhar a ação.

Hoje li numa critica algures que o filme acaba por cair num buraco negro e eu concordo em parte. O desenlace é um bocado fantasioso demais para dizer a verdade. Acho que não faz sentido e penso que o filme perde credibilidade por isso.
Nesse sentido lembrou-me do Gone Girl, interessante e muito intenso durante o grosso do tempo mas com um desenlace menos satisfatório que o resto do filme.

Penso que a parte em que ele passa de agricultor para astronauta acontece depressa demais. Nem testes médicos lhe fizeram. Penso que essa parte poderia ter sido mais bem trabalhada, colocar aí mais uns minutos. Será que poderá fazer parte de uma versão director's cut?

Para os que viram:

Não percebi porque é que ele diz 'stay' e ao mesmo tempo dá as coordenadas da Nasa. Não fez sentido para mim.

É um filme completamente diferente do gravidade, com muito mais ação, menos sumptuoso visualmente, mas bastante mais interessante.
O filme tem também uma parte reflexiva e filosófica sobre a vida e o amor e o tempo. Mesmo que não concorde com tudo penso que acaba também por ser uma mais valia. Obriga a pensar e não é apenas mais um filme de ação vazio.

Achei muito interessante a parte dos ritmos diferentes do tempo refletidos nos filhos envelhecerem mais depressa que o pai e como isso afetou a relação entre eles mas acho exagerada a reação emocional dos filhos à ausência do pai.
Colocando-me no lugar deles: se o meu pai fosse para o espaço sem bilhete de volta enquanto eu fosse jovem, mesmo que inicialmente pudesse reagir mal, com o tempo teria que me conformar e seguir com a minha vida. No filme isso não acontece, parece sempre que o homem acabou de se ir embora e que isso é uma ferida ainda recente. O mesmo em relação à Anne Hathaway e ao pai dela.

Resumindo acho que é um must see, o que não quer dizer que não tenha encontrado um ou outro pormenor que penso poderia ter sido melhor.

[Telmo R.]

Uma coisa que achei muito interessante neste filme foi a permanente presença do pó na Terra, quantos filmes já vimos em que o pó marca a sua presença, neste filme como noutros é sinonimo de desolação, desolação essa ao que parece a escala global, o alimento vai-se esgotando, fica o pó. No espaço a desolação mantém-se de uma outra forma, no negro do desconhecido, nos planetas estéreis por onde a nave vai passando. Para além de tudo isso sobra o amor de um pai por uma filha até a reencontrar de novo.

A propósito, Tarantino e Nolan sobre o filme http://omelete.uol.com.br/interstellar/ ... F02JfmsWSo II http://www.slashfilm.com/quentin-tarant ... erstellar/

Hoje li numa critica algures que o filme acaba por cair num buraco negro e eu concordo em parte. O desenlace é um bocado fantasioso demais para dizer a verdade. Acho que não faz sentido e penso que o filme perde credibilidade por isso. Nesse sentido lembrou-me do Gone Girl, interessante e muito intenso durante o grosso do tempo mas com um desenlace menos satisfatório que o resto do filme.

Concordo, na parte final só vamos usufruir do filme se ligarmos o tal suspension of disbelief, até ai julgo que mais teoria menos teoria seguia a via mais credível cientificamente, pelo menos do meu ponto de vista de leigo na matéria.

http://screenrant.com/interstellar-endi ... me-travel/

Penso que a parte em que ele passa de agricultor para astronauta acontece depressa demais. Nem testes médicos lhe fizeram. Penso que essa parte poderia ter sido mais bem trabalhada, colocar aí mais uns minutos. Será que poderá fazer parte de uma versão director's cut?

Também concordo que poderia ter havido outro tipo de detalhe e pormenores antes da partida para o espaço. Do que me recordo a partida foi demasiado abrupta.

[Lorde X]

A propósito, Tarantino e Nolan sobre o filme http://omelete.uol.com.br/interstellar/ ... F02JfmsWSo II http://www.slashfilm.com/quentin-tarant ... erstellar/

Acho curioso pois são vários os filmes sobre os quais o Tarantino se pronuncia e, mais do que isso, aqueles que ele recomenda / promove. Já vi em, pelo menos, uma dezena de edições em dvd, recomendações do Tarantino: "Passei-me com este filme" (aqui: http://static.fnac-static.com/multimedi ... 359665.jpg), "Um excelente filme" (aqui: http://www.dvdpt.com/f/fire_sem_nada_a_perder.php), "Considerado por Quentin Tarantino como fazendo parte dos melhores filmes de Kung Fu de todos os tempos" (aqui: http://www.dvdpt.com/a/a_36_camara_de_shaolin.php), "Corajoso, Arrebatador e Duro!" (aqui: http://www.dvdpt.com/h/homem_em_furia_e ... pecial.php), etc, etc...

Algumas das recomendações levaram-me a ver / comprar filmes que não me agradaram, pelo que deixou de merecer a minha confiança.

Hoje li numa critica algures que o filme acaba por cair num buraco negro e eu concordo em parte. O desenlace é um bocado fantasioso demais para dizer a verdade. Acho que não faz sentido e penso que o filme perde credibilidade por isso.

Concordo. Também preferia que no final não tivesse descambado tanto para uma ideia demasiado inverosímel...

Penso que a parte em que ele passa de agricultor para astronauta acontece depressa demais. Nem testes médicos lhe fizeram. Penso que essa parte poderia ter sido mais bem trabalhada, colocar aí mais uns minutos. Será que poderá fazer parte de uma versão director's cut?

Apesar de o Nolan ter dedicado muito do tempo do filme à caracterização das personagens, suas intenções e progressão, realmente algumas partes houve que foram um pouco abruptas. Julgo que nem seriam necessários mais minutos de película. Nessa situação ele foi convidado sem mais para aquele lugar. Ora, bastava que não existisse um convite de imediato, mas apenas que lhe colocassem a possibilidade, ficando ela dependente de ele aceitar, mas também da realização de uma série de testes. Nem seria necessário mostrá-los, pois logo que constatássemos, numa cena posterior, que ele tinha sido escolhido, facilmente deduziriamos que eles tinham corrido a preceito.

Mas houve uma outra cena em que a celeridade com que foi tratada, me incomodou mais e que foi

o encontro dele com a filha no final. Tantos anos depois, ainda para mais mantendo o pai o aspecto que tinha antes e a filha em menos de um minuto dá-lhe um pontapé no rabo e manda-o embora?!! Claro que o argumento usado é perfeitamente compreensível, mas se foi um reencontro que soube a pouco a nós, espectadores, então a eles, com tantos sentimentos recalcados, com tanta saudade para saciar, sendo ainda por cima o último momento que teriam os dois... foi tudo despachado com demasiada rapidez...

[Telmo R.]

Mas houve uma outra cena em que a celeridade com que foi tratada, me incomodou mais e que foi

o encontro dele com a filha no final. Tantos anos depois, ainda para mais mantendo o pai o aspecto que tinha antes e a filha em menos de um minuto dá-lhe um pontapé no rabo e manda-o embora?!! Claro que o argumento usado é perfeitamente compreensível, mas se foi um reencontro que soube a pouco a nós, espectadores, então a eles, com tantos sentimentos recalcados, com tanta saudade para saciar, sendo ainda por cima o último momento que teriam os dois... foi tudo despachado com demasiada rapidez...

Como já referi na minha primeira intervenção as cenas finais pareceram-me realmente precipitadas. Num momento acorda, noutro já está a rever a casa, noutro já está no quarto com a filha, nem fala com o resto da família que lá está, no meio disso tudo, se não me engano, ele nem chega a ver o filho que pode ou não ter falecido...

Uma outra teoria para o final http://www.cinemablend.com/new/Why-Inte ... 68115.html

[nimzabo]

E há mais coisas:

- Os robôs têm uma forma algo estranha que não parece muito funcional, incluindo o próprio material que se assemelha a metal. Apesar de se desdobrarem o material de que são feitos aparente ser rígido, pouco adaptável e com pouco atrito. É um estranha a forma como se movimentam. Qualquer animal, e há-os de muitas maneiras, parece superior.
Em termos de conceção são demasiado simples: 4 colunas em forma de paralelipipedo que se articulam. Não têm grande atrativo visual na minha maneira de ver.

- As ondas. Então eles não sabem que se sucedem umas às outras?
Ficam no conversa em vez de fugir. Primeiro o instinto de sobrevivência, depois o resto.

-

A história não faz sentido pois é como a história do ovo e da galinha. O que apareceu primeiro?
Se ele não tivesse feito de fantasma não ia e se não fosse não teria havido fantasma ----» não faz sentido ----» nunca teria ido nem nunca teria sido fantasma

[Lorde X]

Uma outra teoria para o final http://www.cinemablend.com/new/Why-Inte ... 68115.html

Obrigado pelo link! Gostei de ler e, ao contrário do que me pareceu incialmente, até tem a sua pertinência e fundamentação. Mas não me parece que seja a explicação correcta do que sucedeu. Isto porque a história até esse ponto foi tratada de forma muito linear, com muita clareza e parece-me que se a intenção dos Nolans fosse realmente levar a história nesse sentido, não me parece que deixassem as coisas tão ambíguas...

Parece-me, isso sim, que tiveram uma "crise de lamechice" a la Spielberg que no IA, por exemplo, também terminou de forma fantasiosa o filme de forma a torná-lo emocionalmente mais satisfatório.

Agora gostava que um Director's Cut do Interstellar, ou uma entrevista do realizador, pusesse de forma definitiva uma pedra sobre esta questão pois não estamos perante um thriller psicológico e esta dúvida não favorece o filme.