Qual foi o último filme que viram ?
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Re: Qual foi o último filme que viram ?
Ludovico, eu sei o que pretendes dizer, e como eu disse na lista que está no blog e no meu facebook, não tenho dúvidas que a mesma se modificará ao longo dos anos. Contudo, naquela lista estão filmes que já conheço, alguns, há uns anos, e outros mais recentemente. Tiveram um grande impacto na minha pessoa e moldam a minha perspetiva de ver cinema, e por agora são aqueles 56 que lá ficam. Se mudar ou não, não posso dar certezas por agora, mas penso que os filmes que tenho na minha lista não são, pelo menos a sua maioria, muito suscetíveis de serem retirados da mesma.Ludovico wrote: Aconselho-te a fazer a lista daqui a vários anos é melhor,com 17 anos é cedo para fazeres listas definitivas,escreves muito bem,tens jeito para a escrita mas ao ver as tuas criticas é raro o filme que não gostas,ora isso,não está certo.Eu,na tua idade,também gostava da maior parte dos filmes que via.Só a partir dos 20 é que comecei avaliar de uma forma definitiva os filmes que via.Agora não me entusiasmo com facilidade.
E sim, eu tenho um problema: gosto, praticamente, da maioria dos filmes que vejo. E isso deve-se a uma particularidade minha e que muita gente da minha geração não tem: eu escolho os filmes que quero ver, de uma maneira muito minuciosa e muito pesquisada previamente. Enquanto que pessoas da minha turma vêem o «Resident Evil» 1 e não gostam, depois veem o 2 e também não gostam, mas continuam a ver a saga à mesma, só porque sim, eu não faço isso. A maior parte das pessoas da minha geração banaliza o ato de ver um filme e vê tudo o que lhe aparece à frente. Eu, muito pelo contrário, aproveito para ver filmes que, se calhar, os meus colegas só irão ver quando já forem adultos. Filmes como «O Padrinho», «Apocalypse Now», «Taxi Driver», «Touro Enraivecido», «O Grande Ditador»... dizes os títulos e maior parte das pessoas de 17 anos conhece o primeiro pela mítica imagem do Marlon Brando a fazer festinhas ao gato. Mais nada.
Eu sei que posso parecer que gosto de tudo o que me aparece à frente, mas não é verdade. Apenas sou muito criterioso para nunca ter de me desiludir (aliás, como nem tenho muito tempo livre para ver filmes, tenho de o aproveitar ao máximo e não é com qualquer filme que se encontre por aí). Quer dizer, já vi uns três ou quatro filmes assim-assim este ano, mas de resto são filmes bons, muito bons ou excelentes. Gosto muito de cinema e prevejo sempre escolhas cinematográficas que me servem de guia de estudo para compreender a Sétima Arte (algumas vezes engano-me, mas acontece), escolhas que, repito, maior parte das pessoas de 17 anos não se dá ao trabalho de fazer porque, simplesmente, querem ver imagens em movimento, independentemente da qualidade do filme. Mas se for do mais banal que há, é garantido que irão ver e, depois, comentar de uma maneira tão entusiasmada o filmezeco como eu comentaria o «Era uma Vez na América» quando o vi pela primeira vez (e pela segunda... e pela terceira). E digo isto pelo que vejo à minha volta...

Dou um simples caso para mostrar o total desinteresse, por exemplo, da juventude em relação aos filmes que eu vejo: outro dia a Professora de História contou em aula que planeava passar «As Vinhas da Ira», de John Ford, para contextualizar com a crise dos EUA. Um colega meu, logo de seguida, disse que os filmes a preto e branco não prestavam e os que eram mesmo bons eram os filmes do MotelX... é que nem têm argumentos válidos para justificar a sua opinião, é só porque sim, por falta de conhecimento da matéria. E eu, entre manter-me ignorante numa arte que aprecio bastante ou ir-me informando aos poucos, ao longo de toda a vida, numa aprendizagem contínua... prefiro esta segunda opção.

Acho também que faço esta seleção mais criteriosa dos filmes que pretendo ver pelo simples motivo que não quero (e não vejas isto como uma ofensa) chegar, como tu, a uma altura em que já não me entusiasme com "facilidade". Quando vejo um filme quero ser surpreendido, e estes filmes que vou vendo, na maioria, cumprem esse papel! :)
Uma lista nunca é definitiva, aliás, basta ver-se as reatualizações a cada década das listas do AFI e do Sight and Sound... as opiniões mudam, os tempos mudam, e as vontades também. É assim a vida. E com listas ou com a ausência delas, devemos é todos apreciar os filmes que vemos e pronto.

Last edited by rui sousa on October 27th, 2012, 11:18 pm, edited 1 time in total.
Re: Qual foi o último filme que viram ?

Takeshi Kitano pode ser designado, de uma forma muito simples e concreta, o homem dos sete instrumentos do Japão. Kitano é um autêntico senhor na arte do entretenimento, que viu a sua obra ser reconhecida nos diversos setores de atividade em que participa, todos muito distintos entre si:. Na Europa e além-Atlântico, "Beat" Takeshi (tal como é conhecido pelos habitantes do Japão, seu país de origem) é mais conhecido e conceituado pelo seu trabalho na área do cinema, tanto como ator como realizador, argumentista e editor. Mas Kitano também deixa marcas do seu enorme talento e criatividade comédia (televisiva ou radiofónica), na música, na televisão como apresentador, na poesia, no design de um videojogo e na pintura. Aliás, alguns quadros de sua autoria podem ser contemplados também em «Hana-Bi: Fogo de Artifício», filme de que vos vou falar nesta crítica e que me surpreendeu por me mostrar um mundo cinematográfico que não conhecia, mas de que me tornei imediatamente admirador.
«Hana-Bi: Fogo de Artifício» é um grande filme que se torna um perfeito exemplo da diversidade e da força da visão cinematográfica de Takeshi Kitano, das suas histórias (quer envolvam a yakuza - que se trata do crime organizado japonês - quer não) e dos atores que dão vida às suas personagens (incluindo o próprio Kitano). O filme é considerado um marco na carreira de Kitano na Sétima Arte, visto que foi com ele que o realizador/autor/pintor/etc recebeu o galardão maior do Festival de Veneza: o Leão de Ouro. Com uma poderosa banda sonora da autoria do compositor Joe Hisaishi (que já assinou outras colaborações em filmes de Kitano), «Hana-Bi: Fogo de Artifício» é a prova de que vale sempre a pena alargar horizontes cinematográficos, rumo a caminhos e autores que nos eram dantes completamente desconhecidos. E digo isto porque conheço muito pouco do que se tem feito em termos de cinema oriental (em termos de títulos sim, já ouvi falar de uns quantos, que são muito prometedores, mas ver algum deles, até agora ainda não tive oportunidade para tal) e este filme foi um bom ponto de partida para explorar, com mais detalhe, não só a cinematografia japonesa, como também de outros países cujas produções (de grande diversidade e qualidade) me têm, infelizmente, passado ao lado nos últimos tempos.
«Hana-Bi: Fogo de Artifício» é um filme profundo, tocante e maravilhosamente construído, que resulta do cruzamento de diversas histórias que circulam à volta do mesmo personagem: Nishi, detetive da polícia japonesa. Nishi vê-se confrontado com inúmeros dilemas que se misturam e se entrelaçam ao longo de todo o filme: a sua esposa, doente em fase terminal, as memórias traumáticas das mortes dos seus colegas de profissão, a condição debilitada de outro agente após uma operação policial (que o leva a começar a ter tendências suicidas e um gosto pela pintura que o mantém vivo) e a dívida monetária que tem com a yakuza. O filme gira à volta destas várias situações, do impacto que as mesmas exercem sobre Nishi. Para resolver todas as problemáticas que atormentam a sua mente, o detetive decide engendrar um plano que dará uma solução viável (e feliz, em parte) às personagens que influenciam a sua vida e o seu dia a dia.
Takeshi Kitano constrói um filme belíssimo, quer em termos de sensibilidade (não caminhando para a lamechice - e isto é importante salientar), quer em termos de humanidade. Esta história passa-se numa cultura completamente diferente da nossa mas é quase impossível não nos identificarmos com ela, ou com algumas partes desta história, contada, simultaneamente, com cenas repletas de violência e de completa calma. Talvez seja essa a razão que levou o Professor com quem estou a fazer o projeto do cinema na escola a trocar o «Kikujiro» (também do Kitano) por este, depois de eu lhe ter falado que tinha gostado bastante do filme, por dar mais motivos para a reflexão do espetador em relação à sua própria vida quotidiana. É um filme pesado, sim, mas que não se esquece e que me marcou muito. Mas penso que terei de fazer um novo revisionamento, daqui a algum tempo, para retirar mais coisas novas dele. Porque «Hana-Bi: Fogo de Artifício» é daqueles raros filmes que me fez ter pena quando cheguei aos créditos finais, porque gostaria de voltar de novo a todo aquele universo sensível, humano e violento (com alguns toques de excentricidade) que caracteriza este filme galardoado de Takeshi Kitano. «Hana-Bi: Fogo de Artifício» é um filme diferente e inovador em certos aspetos que pede para ser visto. E vale mesmo a pena!
Nota: * * * * 1/2
Re: Qual foi o último filme que viram ?
Hoje estive a rever este filme
The transporter

Continua a ser para mim um dos melhores filmes do Statham
Um bom filme de acção que nos envolve do principio ao fim
Não é nenhuma obra prima é verdade
Mas é daqueles filmes que se pode rever mais do que uma vez
The transporter

Continua a ser para mim um dos melhores filmes do Statham
Um bom filme de acção que nos envolve do principio ao fim
Não é nenhuma obra prima é verdade
Mas é daqueles filmes que se pode rever mais do que uma vez
Last edited by superman on October 28th, 2012, 9:42 am, edited 1 time in total.
Re: Qual foi o último filme que viram ?

The Girl In The Park.
Realizado em 2007, considerei um drama psicológico razoável, com uma boa actuação da Sigourney Weaver. No entanto tem situações algo confusas e é um bocado previsível.
Re: Qual foi o último filme que viram ?
Seeking a Friend For The End Of The World
Comédia romântica que mistura de filme apocalíptico (mas sem o drama de Melancholia de Lars Von Trier) com road movie, em que aborda a temática que, se soubéssemos que o mundo iria acabar, com quem é que gostaríamos de ter ao pé de nós. Aborda o valor de termos alguém em comparação com o facto de não termos ninguém (solidão).
Achei interessante, uma comédia "soft". Não dá para rir às gargalhadas, mas é inteligente.
Re: Qual foi o último filme que viram ?

Night Of The Demon, de 1957, de Jacques Tourneur.
Aconselho vivamente. Dos melhores filmes de terror que já vi, com temática relacionada com os demónios. Excelente banda sonora. Filme de culto, sem dúvidas.
Re: Qual foi o último filme que viram ?

Hoje vi pela primeira vez este filme.
Tem sem duvida o estilo de Tim Burton.
Em relação a historia não tem muito de novo, mas gostei mesmo assim.
O casting, bem o Depp esta fenomenal a meu ver.
Aqueles diálogos que ele tem só ele poderia interpretar tal coisa.
Aquele jeito que ele tem mesmo característico dele é inconfundível.
A Pfeiffer já algum tempo que não a via e ate gostei da parte dela.
A Chloe só afirmou aquilo que já sabia. Vai ter um grande futuro.
O Haley fez um papel que me surpreendeu pois é muito diferente daquilo que estou habituado. Ainda não decidi se gostei ou não.
A Helena a meu ver desiludiu-me um pouco. Simplesmente não gostei muito dela neste filme. E por norma gosto sempre.
Acho que combinou bem o humor e o lado negro do filme.
Chega a ter sequências estranhas, mas é mesmo esse o sentido do filme.
Gostei do seu estilo gótico.
Agora nem tudo foi bom.
Agora algo que pode parecer um pouco estranho é que acho que se combinou demasiado o gótico com a comédia.
Não gostei de alguns aspecto de certas representações.
Pelo menos esta foi a primeira impressão que tive na primeira vez que vi o filme.
Falo por mim pelo menos, mas normalmente a minha review de um filme fica mais completa quando vejo a segunda vez onde dou mais atenção a certos aspectos do filme.
Mas por agora dou 6/10
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Re: Qual foi o último filme que viram ?

Trust conta uma historia que podia acontecer na nossa casa, de um amigo, etc. è contada de uma maneira eficaz, a historia é o esperado, ou seja, nada de especial, mas também não era o que se pedia. O filme tem como objectivo contar algo baseado em factos verídicos e é isso que faz.
Os actores estiveram muito bem, destaco a rapariga que consegue transmitir muito bem todos os estados porque passa, desde a felicidade por ter namorado novo, por saber das suas mentiras, por finalmente ter caído na realidade, o quase suicido por se sentir enganada e sozinha. Tudo muito bem representado.
Tal como os pais, um que so quer apoiar a filha e esquecer o violador, o outro so o quer apanhar e não consegue deixar de pensar nele, sente-se impotente e responsável pelo que aconteceu à filha.
A certos momentos o filme incomoda no bom sentido, senti-mo nos "mal", tal é a qualidade das interpretações. Tudo muito cru, sem abusar das cenas que podiam ser explicitas, o filme não precisa disso. Por vezes o som e o olhar bastavam.
O violador esse aparece muito pouco, já que não era preciso aparecer mais, o resto do elenco carrega bem o filme.
Não sou pai, mas só de imaginar que alguem pode passar por isto chega a incomodar.
8/10
Re: Qual foi o último filme que viram ?

A vida é como Las Vegas, umas vezes em cima, outras vezes em baixo. Mas no fim, é sempre a casa que ganha. E não quer dizer que não te tenhas divertido...
Sempre me interessei, ao ler livros, ver filmes, contemplar certas e determinadas obras de arte, em conseguir compreender qual seria a parte da "realidade" que teria estado metida na feitura desses ditos elementos da nossa cultura e que perfazem a existência de cada um de nós. Para mim é impossível que, para um dado autor ter uma determinada ideia para qualquer coisa, a mesma tenha vindo do nada. Há mais condicionalismos na criação da arte (mesmo quando se trata de obras de pura ficção) do que se possa, à partida, imaginar. E «As Faces de Harry», um dos mais inteligentes, profundos, pessoais e diretos filmes de Woody Allen, é como que uma espécie de reflexão sobre o tema, mostrando que não é por algo sair da cabeça de alguém, com personagens inventadas e imaginação à mistura, que a ficção se deixa de basear (nuns casos, de uma maneira mais identificável, noutros não tanto) em casos verídicos presenciados pelo autor (quer em relação à sua vida pessoal, quer no contacto com as outras pessoas que conheceu ao longo da sua vida, retirando, desta junção de conhecimento e socialização, alguns episódios da memória que, vendo bem, até dão uma boa história).
As personagens das histórias de Harry Block, um escritor de best-sellers interpretado por Woody Allen (que, mais uma vez, como é hábito, escreveu o argumento do filme - que foi nomeado para Oscar), são como, digo eu, as dos filmes do próprio Allen (quer sejam representadas por ele próprio, quer por "special guests", como é o caso de John Cusack em «Balas sobre a Broadway», de Larry David em «Tudo Pode dar Certo», entre outros): tratam-se do autor, em estado de espírito e ideias, mas "um bocadinho disfarçado" (como o próprio Block as caracteriza no filme).. Apenas alguns pormenores mudam, como o nome para o seu alter-ego, e o acrescento de algumas características que tornem mais atrativas a história real agora transformada em ficção. Mas falemos um pouco, então, de Harry Block: trata-se de um escritor que, tal como muitos outros autores que exercem a mesma profissão, tem a mente virada do avesso: bebe, toma comprimidos, teve várias mulheres mas nunca conseguiu, verdadeiramente, tornar-se merecedor de alguma delas, e agravando o facto que as mesmas (e os seus familiares) criarem algumas desavenças com os escritos de Block por serem demasiado colados aos episódios que se sucederam na vida real e esteve em processo de terapia com diversos psiquiatras (começando, desde logo, na sua juventude). Block sofre um bloqueio criativo que o impede de escrever novas histórias, no seu estilo inconfundível que é bastante admirado pelos críticos e pelo público, que se identifica com as personagens criadas pelo autor. E entretanto, a sua antiga universidade (de onde tinha sido expulso) convida-o para uma homenagem à sua vida e à sua obra. E enquanto Harry Block (talvez, como alguns críticos - reais - apontaram, um alter-ego, além de Allen, da personagens Antonius Block, do filme «O Sétimo Selo» de Ingmar Bergman, filme de que Woody Allen é um grande admirador, reservando-lhe um lugar no seu "top 10" pessoal dos melhores filmes de todos os tempos para a Sight And Sound) se vê no meio de todos estes problemas sem solução aparente, acompanhamos as partes da sua vida que influenciaram a criação das suas personagens, chegando o filme a uma parte em que Block vê as suas personagens a interagirem com ele na "sua" realidade, e que o fazem perceber, a pouco e pouco, as coisas que estão erradas na sua existência e no seu modo de agir com as pessoas e consigo mesmo.
«As Faces de Harry» é o filme-resposta para aqueles que se perguntam se os filmes de Woody Allen baseiam-se na sua própria vida, se todas as suas personagens (desde o humorista Alvy Singer, de «Annie Hall», até ao trapaceiro Ray Winkler de «Vigaristas de Bairro», para não ter de mencionar, em jeito de lista, outros trinta e tal alter-egos) são "ele". Woody Allen não responde, diretamente, a essa questão (aliás, basta ver os seus filmes e compará-los a sua vida real), mas mostra, como quase fosse uma espécie de confissão cinematográfica, que tem vários "eus" (não ao jeito, obviamente, de Fernando Pessoa - felizmente!) na ficção que acabam todos por ser a mesma pessoa. E Allen faz isso de uma maneira tão brilhante e cativante que me fez pensar bastante também na forma como vemos e criticamos a arte, assim como nos identificamos ou imitandos certas personagens do mundo do cinema, da televisão ou da literatura, de uma forma que faz parecer que a nossa vida se molda em volta desses nossos "ídolos" do grande ecrã, do ecrã mais pequeno e do papel, que nos alteram a forma de falar, de pensar e de, em certos casos, vestir.
O filme está recheado de grandes estrelas do Cinema Americano que, fazendo aparições mais pequenas ou com uma maior duração, não deixam de marcar a sua presença e deixarem uma memória de distinção de umas entre as outras ao espetador. O argumento de Woody Allen é algo diferente do utilizado noutros filmes do humorista, ao nível da linguagem dos diálogos e das personagens (usando um estilo um pouco mais hardcore - sou o único que faz um pouco de confusão, em certas partes do filme, ouvir Allen soltar um f*ck deliberadamente? É que, pronto, em outros filmes até é normal a sua personagem soltar uma ou outra "f-word", mas aqui é como se atingisse o estado de palavrão de Joe Pesci em «Tudo Bons Rapazes» - não façam comparações, não é esse o objetivo) e das próprias cenas, onde não existe aquele mecanismo da piada sempre imediata das personagens (que Woody Allen tem vindo a utilizar nos seus filmes mais recentes, mas também noutros que "nasceram" antes de «As Faces de Harry») e a história do filme é de uma grande complexidade e profundidade. Para mim, este tornou-se num dos Grandes filmes de toda a vasta carreira de Woody Allen (e que até agora só conheço perto de metade) e que é imprescindível ver, primeiro, pelos fãs do autor e da sua obra, como para quem gosta de variar, de vez em quando para um filme mais inteligente e que nos faça pensar. «As Faces de Harry» é um filme fabuloso que foca o pensamento de Woody Allen e a criação dos seus filmes, sendo também uma reflexão da vida moderna e da escrita na atualidade.
Nota: * * * * 1/2
Re: Qual foi o último filme que viram ?

Hoje vi este.
Criei alguma expectativa porque quando vi o primeiro ri-me tanto e diverti-me tanto que espera o mesmo.
Mas tenho de admitir que ficaram aquém do que esperava.
Teve a sua piada, mas algumas cenas prolongaram demasiado e algumas não tiveram piada nenhuma mesmo.
É um filme muito mais hardcore que o primeiro sem duvida.
Dou 5/10
Re: Qual foi o último filme que viram ?

An Affair To Remember
Belíssimo romance de 1957 com Cary Grant e Deborah Kerr.
Recomendo para todas as pessoas românticas. Para quem gosta pricipalmente de filmes de acção/terror é capaz de achar este filme lamechas, mas eu gostei bastante, pela história em si, pelos diálogos, pelas expressões dos actores, pela emoção que nos transmite.
Re: Qual foi o último filme que viram ?

21 Jump Street
Bem, o comentário mais directo que posso usar é este:
A única coisa que tem parecido com a serie é apenas o nome.
O filme ate tem a sua piada.
É um pouco diferente do que pensava.
Acho que abusaram um pouco no papel do Tatum. Fizeram-no burro de mais a meu ver.
Este é para mim o ponto negativo do filme ou pelo menos o pior para mim.
Adorei ver a parte quem que o Depp entra. Esta altamente.
6.5/10
Re: Qual foi o último filme que viram ?

Dumbo
Filme de animação da Disney, de 1941.
Bela história de um elefante com defeito (orelhas grandes) que é gozado e excluido socialmente, à excepção da sua mãe e do rato Timóteo. Mais tarde vem a secobrir que, afinal, as suas orelhas grandes lhe dão uma vantagem que não vou explicar aqui.
De referir o aspecto do Dumbo não ter falas. No entanto, como se costuma dizer, uma imagem vale por mil palavras, todas as suas expressões, fazem com que não seja necessário falar.
Re: Qual foi o último filme que viram ?
Ordinary People (1980) 10/10

Este foi um filme que eu gostei muito e que me tocou bastante. Em primeiro lugar, os atores deram atuaçaoes excelentes, do melhor que ha. So por isso o filme deve ser visto. E fiquei contente por ver 2 papeis masculinos que gostei bastante, pois quase sempre os papeis que eu mais gosto sao interpretados por mulheres. As tres atuaçoes dos protagonistas foram fantasticas, cada uma a sua maneira. E depois, a historia em si e muito intensa e emocionante. Gostei tambem da banda sonora, principalmente da musica da cena inicial. Enfim, o que mais ha a dizer se nao recomendar vivamente este grande filme? Se alguem daqui ja o viu, gostava de ouvir as vossas opinioes.

Este foi um filme que eu gostei muito e que me tocou bastante. Em primeiro lugar, os atores deram atuaçaoes excelentes, do melhor que ha. So por isso o filme deve ser visto. E fiquei contente por ver 2 papeis masculinos que gostei bastante, pois quase sempre os papeis que eu mais gosto sao interpretados por mulheres. As tres atuaçoes dos protagonistas foram fantasticas, cada uma a sua maneira. E depois, a historia em si e muito intensa e emocionante. Gostei tambem da banda sonora, principalmente da musica da cena inicial. Enfim, o que mais ha a dizer se nao recomendar vivamente este grande filme? Se alguem daqui ja o viu, gostava de ouvir as vossas opinioes.
Re: Qual foi o último filme que viram ?
Tenho curiosidade em ver este filme mas nunca li muito sobre ele, apesar de ter ganho Oscares e ter sido aclamado na altura em que estreou. A tua crítica voltou a alimentar a minha curiosidade! Espero num futuro próximo conseguir ver este filme. :)