King Kong (2005) - Peter Jackson
Moderators: waltsouza, mansildv
Esta topic lembra-me os treinadores de bancada
Tanta crítica quanto à duração do filme, aos resultados de bilheteira, ao guião que estou impressionado!
Faz-me lembrar os que falam mal dos EUA e da Globalização mas quando temos uma cadeia Fast Food a oferecer pérolas a .... lá vão eles a correr.....que pena não haver um menu King Kong incluído com oferta do braindead ou do bad Taste assim as opiniões seriam bem diferentes.

Tanta crítica quanto à duração do filme, aos resultados de bilheteira, ao guião que estou impressionado!
Faz-me lembrar os que falam mal dos EUA e da Globalização mas quando temos uma cadeia Fast Food a oferecer pérolas a .... lá vão eles a correr.....que pena não haver um menu King Kong incluído com oferta do braindead ou do bad Taste assim as opiniões seriam bem diferentes.
Eu também concordo que um filme deste cariz (uma adaptação "leve" de King Kong sem a forte conotação sexual do original), que procura apenas entreter, não deveria ser tão longo. Quando fui ver o filme, os putos que estavam na sala, na 2ª parte já excitados com a pipoca e cola, não se calavam, mexiam-se etc etc. Para mim foi uma semi-decepção, visto que as expectativas já não eram muitas. Penso que daqui a uns meses já nem me lembro que o vi.
Muito efeito, muita técnica e pouco mais. A 1ª parte ainda me fez acreditar num bom filme mas depois resvala por completo e perde-se. Vale por nos dar a oportunidade de ver uma das melhores actrizes que anda por aí (para mim): Naomi Watts.

-
- DVD Maníaco
- Posts: 3178
- Joined: August 11th, 2003, 9:00 pm
- Location: Portugal
Er... pode me ter escapado alguma coisa, mas já que tanta gente se queixa do filme ser desequilibrado, alguém podia ao menos justificar o porquê ? É que só vejo é queixas, queixas, mas ninguém sabe dizer onde e porquê é desequilibrado. Pode sempre me ter escapado qq coisa...
Eu tenho o original em DVD e por preguiça minha, ainda não me dei ao trabalho de o ver (apanhei aí ao acaso num canal da TV Cabo a versão de 1976, que é melhor deixar esquecida), mas a ideia que tenho é que o filme tem essencialmente a mesma estrutura que o do Peter Jackson, havendo mais enfase em algumas partes na Skull Island (curioso mencionarem a parte dos insectos, porque estive a ler na Wikipedia que o original era para ter tido uma cena com aranhas) e um prólogo longo na Nova Iorque de 1933. Não considero o filme desequilibrado, pelo simples motivo de que as cenas mais enfatizadas são precisamente onde está o "sumo" do filme, ainda que a parte final seja a mais importante.
O prólogo que vai levar até à chegada à ilha foi bem estendido e permite desenvolver os 3 personagens humanos principais, as suas motivações e relações. Já em Skull Island, é o mundo novo e perigoso e é o alvo fácil para as pessoas começarem a atacar o exagero de efeitos especiais, o porquê não sei, nem para quê, porque Skull Island é o sitio ideal para deixar a imaginação divagar (porra, mas isto tb não é um filme de aventuras ?). Sim, nota-se claramente que alguns efeitos especiais, são mais efeitos que outros, mas nunca um filme ainda conseguiu com as mesmas tecnologias criar do principio ao fim um universo que não fosse marcado por alguns desses "lapsos" (basta ver a trilogia do Senhor dos Anéis para um sem fim de close ups onde se nota claramente que o personagem está a representar num bluescreen - então se com CGI é assim, o que dirão do "arcaico" stop-motion, que por acaso tem uma mecânica algo similar). Sinceramente, sem querer ofender quem não gostou do filme, creio que quem não apreciou o dito foi porque já estava um pouco de pé atrás, e não digo isto por questões de antipatias com o realizador ou a quantidade de efeitos especiais, mas porque provavelmente a história já não lhes dizia tanto e passar 3 horas assim, é obviamente um sufoco (posso sempre estar enganado, o que é mais certo).
Eu tenho o original em DVD e por preguiça minha, ainda não me dei ao trabalho de o ver (apanhei aí ao acaso num canal da TV Cabo a versão de 1976, que é melhor deixar esquecida), mas a ideia que tenho é que o filme tem essencialmente a mesma estrutura que o do Peter Jackson, havendo mais enfase em algumas partes na Skull Island (curioso mencionarem a parte dos insectos, porque estive a ler na Wikipedia que o original era para ter tido uma cena com aranhas) e um prólogo longo na Nova Iorque de 1933. Não considero o filme desequilibrado, pelo simples motivo de que as cenas mais enfatizadas são precisamente onde está o "sumo" do filme, ainda que a parte final seja a mais importante.
O prólogo que vai levar até à chegada à ilha foi bem estendido e permite desenvolver os 3 personagens humanos principais, as suas motivações e relações. Já em Skull Island, é o mundo novo e perigoso e é o alvo fácil para as pessoas começarem a atacar o exagero de efeitos especiais, o porquê não sei, nem para quê, porque Skull Island é o sitio ideal para deixar a imaginação divagar (porra, mas isto tb não é um filme de aventuras ?). Sim, nota-se claramente que alguns efeitos especiais, são mais efeitos que outros, mas nunca um filme ainda conseguiu com as mesmas tecnologias criar do principio ao fim um universo que não fosse marcado por alguns desses "lapsos" (basta ver a trilogia do Senhor dos Anéis para um sem fim de close ups onde se nota claramente que o personagem está a representar num bluescreen - então se com CGI é assim, o que dirão do "arcaico" stop-motion, que por acaso tem uma mecânica algo similar). Sinceramente, sem querer ofender quem não gostou do filme, creio que quem não apreciou o dito foi porque já estava um pouco de pé atrás, e não digo isto por questões de antipatias com o realizador ou a quantidade de efeitos especiais, mas porque provavelmente a história já não lhes dizia tanto e passar 3 horas assim, é obviamente um sufoco (posso sempre estar enganado, o que é mais certo).
Venho de ver o filme e achei-o bom mas não especial.
Penso q a história até a chegada à ilha está demasiado desenvolvida. Cheguei a pensar q o filme ia acabar sem ter oportunidade de ver o king kong. Tanto pormenor nesta parte inicial para depois o KK aparecer em NY como q por magia.
Em relação aos efeitos, bem acho q poderiam ter-se esmerado um pouco na cena em q o pessoal corre entre os dinossaurios. Parece um simples copy&paste. Outro pormenor é o tamanho do king kong. O gajo crescia e encolhia conforme as necessidades do momento, no final após a queda viu-se q era nitidamente mais pequeno. Neste ponto deveria manter-se uma certa coerência.
Sinceramente as 3 horas sentiram-se. Este é aquele tipo de filme q não precisa de um desenvolvimento tão gde.
A meu ver o filme tem 2 pontos q jogam contra:
1. História já conhecida pela generalidade do público, logo sem gde margem de manobra.
2. O PJ desenvolveu demasiado a história, principalmente antes da descoberta da ilha, qse q fazendo esquecer q o KK é o tema do filme.
Penso q a história até a chegada à ilha está demasiado desenvolvida. Cheguei a pensar q o filme ia acabar sem ter oportunidade de ver o king kong. Tanto pormenor nesta parte inicial para depois o KK aparecer em NY como q por magia.
Em relação aos efeitos, bem acho q poderiam ter-se esmerado um pouco na cena em q o pessoal corre entre os dinossaurios. Parece um simples copy&paste. Outro pormenor é o tamanho do king kong. O gajo crescia e encolhia conforme as necessidades do momento, no final após a queda viu-se q era nitidamente mais pequeno. Neste ponto deveria manter-se uma certa coerência.
Sinceramente as 3 horas sentiram-se. Este é aquele tipo de filme q não precisa de um desenvolvimento tão gde.
A meu ver o filme tem 2 pontos q jogam contra:
1. História já conhecida pela generalidade do público, logo sem gde margem de manobra.
2. O PJ desenvolveu demasiado a história, principalmente antes da descoberta da ilha, qse q fazendo esquecer q o KK é o tema do filme.
Concordo. Ainda assim, daquilo que eu consegui apreciar, apesar de ter gostado da introdução desde o principio até Ann entrar no barco, a parte da viagem até à chegada a Skull Island permanece para mim a menos conseguida em termos gerais, apesar de ter uma ou outra cena muito boa, principalmente na fase em que o Jack se apaixona por Ann. O resto, tirando a tal questão dos efeitos, gostei. Mas terei mesmo de rever o filme.Argaroth01 wrote:O prólogo que vai levar até à chegada à ilha foi bem estendido e permite desenvolver os 3 personagens humanos principais, as suas motivações e relações. Já em Skull Island, é o mundo novo e perigoso e é o alvo fácil para as pessoas começarem a atacar o exagero de efeitos especiais, o porquê não sei, nem para quê, porque Skull Island é o sitio ideal para deixar a imaginação divagar (porra, mas isto tb não é um filme de aventuras ?).
Enigma Files
E não só. Desenvolve-se uma das melhores relações do filme (fora a de Ann e Kong) que é entre o puto Jimmy e o carismático Mr. Hayes. Adorei o Mr. Hayes. E também o Lumpy (Andy Serkis). Grandes personagens.Argaroth01 wrote: O prólogo que vai levar até à chegada à ilha foi bem estendido e permite desenvolver os 3 personagens humanos principais, as suas motivações e relações.

Enfim, é um filme para quem gosta. Já se esperava que nem toda a gente iria gostar deste filme. Eu adorei e venha de lá uma Edição Ultra Especial em DVD daquelas que só Peter Jackson sabe fazer!

-
- DVD Maníaco
- Posts: 3178
- Joined: August 11th, 2003, 9:00 pm
- Location: Portugal
Acho que o problema das 3 horas pode ser proporcional à familiariadade com a história. Sabendo de antemão a estrutura da história, o final, torna-se provavelmente mais dificil de suportar a duração. Talvez não tenha dado pelo tempo porque nunca fui grande apreciador do King Kong, nunca vi o original na totalidade (e preguiça das preguiças, nem com este novo a estrear fui ver a minha cópia do original), vi a versão de 1976 qdo era miúdo e revi recentemente (que rica porcaria) metade do filme. Basicamente, apesar de saber a história, fui praticamente "virgem" para o filme. Só lamento não poder dizer nada da cena dos brontossauros, porque infelizmente dormitei nessa cena (e não foi por aborrecimento, foi mesmo por cansaço).
-
- Iniciado
- Posts: 119
- Joined: February 16th, 2005, 8:25 am
- Location: Barcelona
- Contact:
Er... pode me ter escapado alguma coisa, mas já que tanta gente se queixa do filme ser desequilibrado, alguém podia ao menos justificar o porquê ? É que só vejo é queixas, queixas, mas ninguém sabe dizer onde e porquê é desequilibrado. Pode sempre me ter escapado qq coisa...
Argaroth: acho q as pessoas q acharam o filme desequilibrado já mencionaram porquê, não acredito q ainda não tenhas lido. Podes é não estar de acordo...
Mas para eu não estar a escrever tudo outra vez, vê a crítica do PJGS, foi exactamente o q eu escrevi, mas por outras palavras. Eu acho q é fácil ver q há um desequilibrio no filme. E só porque o original é assim isso não é desculpa; mas afinal o remake foi feito para q?? Para ser uma cópia do original? Assim estavam quietos... e como eu já mencionei, este filme não é igual ao original, tem 1 hora e tal a mais...
Argaroth: acho q as pessoas q acharam o filme desequilibrado já mencionaram porquê, não acredito q ainda não tenhas lido. Podes é não estar de acordo...

Mas para eu não estar a escrever tudo outra vez, vê a crítica do PJGS, foi exactamente o q eu escrevi, mas por outras palavras. Eu acho q é fácil ver q há um desequilibrio no filme. E só porque o original é assim isso não é desculpa; mas afinal o remake foi feito para q?? Para ser uma cópia do original? Assim estavam quietos... e como eu já mencionei, este filme não é igual ao original, tem 1 hora e tal a mais...

Last edited by César Ribeiro on December 20th, 2005, 1:26 pm, edited 1 time in total.
-
- Entusiasta
- Posts: 331
- Joined: January 13th, 2005, 2:09 pm
Então quer dizer que se tivesse a mesma duração seria igual? Não encontras diferenças nas interpretações? Na realização? Na música?César Ribeiro wrote:
E só porque o original é assim isso não é desculpa; mas afinal o remake foi feito para q?? Para ser uma cópia do original? Assim estavam quietos... e como eu já mencionei, este filme não é igual ao original, tem 1 hora e tal a mais...
Só porque certos enquadramentos e cenas ecoam o antigo, quer dizer que é o mesmo filme?
Exorcist: The Begining de Renny Harlin e Dominion: Prequel To The Exorcist de Paul Schrader serão o mesmo filme? Esses dois até têm os mesmos actores e mais ou menos o mesmo argumento. Devem ser o mesmo filme, então.

Hmm... eu tb, acontece é que não achei as 3 horas do Kong fantasticas... e prefiro um filme de 2 horas boazinhas a um de 3 horas boazinhas...Leão de Ouro wrote:Achei o filme excelente! E desculpem eu não concordar com a vossa questão da duração do filme...prefiro um filme com 3 horas fantásicas d que um com 2 horas fantásticas...mas isso é ao critério de cada um...
- waltsouza
- Moderador
- Posts: 3698
- Joined: March 19th, 2005, 8:26 am
- Location: Sobreda, Terra dos cães e dos gatos
- Contact:
AVISO: esta critica contêm spoilers
Finalmente vi King Kong, numa sala do Alvaláxia de ecrã de tamanho generoso e som a condizer. Não mais do que 20 a 30 pessoas. 20 horas de ontem. E muito sucintamente a minha opinião é que estamos perante um bom blockbuster de Peter Jackson. Li todas as vossas criticas para trás e concordo com muita coisa que foi aqui dissecado. No essencial não achei o filme nada secante, os 187 minutos não custam assim tanto a passar. Desde que os nossos protagonistas se metem a caminho da Ilha da Caveira, o filme arranca a partir daí, encontrando um ou outro desiquilibrio, quase sem importância.
É sobretudo a nível dos efeitos que encontro algumas das suas fraquezas. A cena dos dinossauros a correrem sobre os nossos hérois em alguns momentos está bastante pouco credível, nota-se uma montagem e colagem mal feita. Onde o filme ganha imenso brilho e sobe a sua fasquia para parâmetros de qualidade muito altos é em todas as cenas em que King Kong aparece. O realismo empregue na recriação do monstro mais famoso do cinema é de um profissionalismo sem mácula. Grande trabalho da Weta. Mas tal também já não é surpersa para ninguém. Esta empresa de fx já começa a ser uma das mais conceituadas no ramo, indo ao ponto de começar a ultrapassar a ILM.
Quanto ao resto, os actores estão todos a um nível bastante aceitável. Não noto nada de especial para apontar defeitos a Jack Black. Penso que ele pode perfeitamente enquadrar-se nestes papéis que fogem um pouco ao registo que estamos habituados a vê-lo representar. Adrien Brody tem uma prestação bem conseguida, segura e eficaz q.b e Naomi Watts mostra que está ali uma actriz a ter em conta.
O jogo de olhares entre ela e King Kong são o ponto forte deste filme, e onde emanam a maior dose emotividade que nos tenta (e consegue) comover. Também seria dificil não ficar emocionado com aqueles grandes olhos de Naomi a lacrimejar. Só um ser insensível poderia ficar indiferente.
Em suma, King Kong não sendo uma obra-prima e tendo algumas pequenas falhas, é mais uma demonstração de força de Peter Jackson e uma sincera homenagem ao clássico com o mesmo título de 1933. Não é inferior nem superior ao antigo filme a preto e branco. É um King Kong blockbuster do século XXI com umas nuances de nostalgia bem patentes ao cinema espectáculo de outrora.
Umas últimas palavras para Kong: dorme em paz amigo e compreende que a ganância humana ao contrário do teu instinto animalesco é capaz de usar a inteligêcia para fazer o mal... Tenta perdoar-lhes, se conseguires...
Finalmente vi King Kong, numa sala do Alvaláxia de ecrã de tamanho generoso e som a condizer. Não mais do que 20 a 30 pessoas. 20 horas de ontem. E muito sucintamente a minha opinião é que estamos perante um bom blockbuster de Peter Jackson. Li todas as vossas criticas para trás e concordo com muita coisa que foi aqui dissecado. No essencial não achei o filme nada secante, os 187 minutos não custam assim tanto a passar. Desde que os nossos protagonistas se metem a caminho da Ilha da Caveira, o filme arranca a partir daí, encontrando um ou outro desiquilibrio, quase sem importância.
É sobretudo a nível dos efeitos que encontro algumas das suas fraquezas. A cena dos dinossauros a correrem sobre os nossos hérois em alguns momentos está bastante pouco credível, nota-se uma montagem e colagem mal feita. Onde o filme ganha imenso brilho e sobe a sua fasquia para parâmetros de qualidade muito altos é em todas as cenas em que King Kong aparece. O realismo empregue na recriação do monstro mais famoso do cinema é de um profissionalismo sem mácula. Grande trabalho da Weta. Mas tal também já não é surpersa para ninguém. Esta empresa de fx já começa a ser uma das mais conceituadas no ramo, indo ao ponto de começar a ultrapassar a ILM.
Quanto ao resto, os actores estão todos a um nível bastante aceitável. Não noto nada de especial para apontar defeitos a Jack Black. Penso que ele pode perfeitamente enquadrar-se nestes papéis que fogem um pouco ao registo que estamos habituados a vê-lo representar. Adrien Brody tem uma prestação bem conseguida, segura e eficaz q.b e Naomi Watts mostra que está ali uma actriz a ter em conta.
O jogo de olhares entre ela e King Kong são o ponto forte deste filme, e onde emanam a maior dose emotividade que nos tenta (e consegue) comover. Também seria dificil não ficar emocionado com aqueles grandes olhos de Naomi a lacrimejar. Só um ser insensível poderia ficar indiferente.
Em suma, King Kong não sendo uma obra-prima e tendo algumas pequenas falhas, é mais uma demonstração de força de Peter Jackson e uma sincera homenagem ao clássico com o mesmo título de 1933. Não é inferior nem superior ao antigo filme a preto e branco. É um King Kong blockbuster do século XXI com umas nuances de nostalgia bem patentes ao cinema espectáculo de outrora.
Umas últimas palavras para Kong: dorme em paz amigo e compreende que a ganância humana ao contrário do teu instinto animalesco é capaz de usar a inteligêcia para fazer o mal... Tenta perdoar-lhes, se conseguires...