Amália, O Filme (2008) - Carlos Coelho da Silva
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Re: Amália, O Filme (2008) - Carlos Coelho da Silva
Interessante (se calhar para a ideia de alguns do cinema português), sem ser original, no seu fio narrativo, com as constantes analepses.
Realização com os seus momentos, num estilo acelerado, a valer-se muito da montagem, que se por um lado ajuda a manter o interesse nas duas horas de filme, choca um bocadinho com o registo a que alguns podem estar habituados (ainda não vi o La Môme) de um biopic de uma personalidade de cariz mais clássico. Nota-se que muitas partes foram cortadas, para a tal mini-série a estrear no próximo ano.
Sandra Barata Belo é muito bonita, tem algumas semelhanças com Amália, mas o seu contributo é muito inconstante (em alguns momentos algo fraca mesmo), sendo que melhora na fase mais adulta da Amália. Infelizmente em muitas partes nota-se bastante o seu (único) passado de teatro...
De resto, nos actores, destaca-se claramente Carla Chambel (no papel de irmã de Amália, Celeste), desde há alguns anos que acompanho alguns dos seus trabalhos e considero-a, se não a melhor, uma das melhores actrizes de teatro, televisão e cinema em Portugal na actualidade... Uma naturalidade impressionante, rouba as cenas só para ela.
O filme não foca de facto com muito pormenor a carreira artistica de Amália, apostando nos amores e desamores, fantasmas de diva e questões familiares, sempre numa toada muito leve. Mesmo assim, acho que para apreciadores de fado, ou quem o sinta (como eu) alguns momentos tocarão mais facilmente... Tem pelo menos umas duas boas cenas muito bem conseguidas em termos emocionais.
É um filme, que como muitos em Portugal, ainda é bastante penalizado pela soma de pequenos defeitos, erros, cenas fracas, diálogos mal construidos, falhas de som (algumas dessincronizações à dobragem), mas no geral razoável, a ficar a sensação que, com um bocadinho mais de trabalho e um argumento aprimorado, poderia ter resultado num filme bastante aceitável.
6/10
Realização com os seus momentos, num estilo acelerado, a valer-se muito da montagem, que se por um lado ajuda a manter o interesse nas duas horas de filme, choca um bocadinho com o registo a que alguns podem estar habituados (ainda não vi o La Môme) de um biopic de uma personalidade de cariz mais clássico. Nota-se que muitas partes foram cortadas, para a tal mini-série a estrear no próximo ano.
Sandra Barata Belo é muito bonita, tem algumas semelhanças com Amália, mas o seu contributo é muito inconstante (em alguns momentos algo fraca mesmo), sendo que melhora na fase mais adulta da Amália. Infelizmente em muitas partes nota-se bastante o seu (único) passado de teatro...
De resto, nos actores, destaca-se claramente Carla Chambel (no papel de irmã de Amália, Celeste), desde há alguns anos que acompanho alguns dos seus trabalhos e considero-a, se não a melhor, uma das melhores actrizes de teatro, televisão e cinema em Portugal na actualidade... Uma naturalidade impressionante, rouba as cenas só para ela.
O filme não foca de facto com muito pormenor a carreira artistica de Amália, apostando nos amores e desamores, fantasmas de diva e questões familiares, sempre numa toada muito leve. Mesmo assim, acho que para apreciadores de fado, ou quem o sinta (como eu) alguns momentos tocarão mais facilmente... Tem pelo menos umas duas boas cenas muito bem conseguidas em termos emocionais.
É um filme, que como muitos em Portugal, ainda é bastante penalizado pela soma de pequenos defeitos, erros, cenas fracas, diálogos mal construidos, falhas de som (algumas dessincronizações à dobragem), mas no geral razoável, a ficar a sensação que, com um bocadinho mais de trabalho e um argumento aprimorado, poderia ter resultado num filme bastante aceitável.
6/10
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