The Adventures of Tintin (2011) - Steven Spielberg

[rui sousa]

Vou daqui a bocado ver este filme. Expetativas em alta :D

[rui sousa]

Um grande espetáculo visual e cinematográfico. É assim que, em meia dúzia de palavras, se pode resumir «As aventuras de Tintin: O segredo do Licorne», capítulo primeiro de uma saga que, espero eu e muita gente, dure e muito! Pelo menos mais um capítulo, para concluir este.

Mas prosseguindo, gostaria de dar a minha opinião sobre Spielberg e Indiana Jones. Muitos dizem que este filme do Tintin fazem parecer uma espécie de «Indiana Jones V». Nego essa ideia, acho que é exatamente o contrário. Todos os filmes do Indiana Jones são spin-offs do Tintin. Aliás, acho que o Tintin é bem melhor que o Indy (desculpai o que eu acabei de dizer, adoradores da famosa personagem de Harrison Ford!). Eu sou um grande fã da personagem belga, sou capaz de ter lido cada álbum umas setecentas vezes (sem exageros), e acho que o filme é extraordinário. É claro que as histórias foram adaptadas de uma forma diferente, e vários elementos dos álbuns «O caranguejo das tenazes de ouro» e «O segredo do Licorne» foram misturado (bem como uma cena de homenagem ao álbum «Explorando a Lua», que me parece que, até agora, apenas alguns notaram), mas o filme não perde nada por isso. Digo até que esta é a melhor adaptação cinematográfica da obra de Hergé. Mas se quiserem ver uma adaptação mais fiel aos livros, vejam a série animada dos anos 90. Senão, vejam esta versão Spielbergiana do Tintin, que contém uma série de pormenores que achei muito mas muito interessantes, como o facto de Hergé aparecer no início do filme (a pintar o próprio Tintin), e também o jornal que aparece no filme se chamar... «Le petit Vingtième».

Em suma, aconselho a que vejam a versão francesa. Se forem como eu e se tiverem habituado, desde novos, ao mundo do Tintin nessa língua, vale a pena ver a dobragem francesa. E gostava de salientar que se nota perfeitamente que quem fez aquele filme (todas as pessoas envolvidas, não só o Spielberg) tem um grande carinho e admiração ao mundo de Tintin, porque se assim não fosse, o filme não teria sido bom. Porque o argumento dá as voltas que dá, mas é muito dentro do espírito de aventura das obras de Hergé (que, a esta hora, deve estar contente de alegria, esteja onde estiver). Spielberg consegue fazer um extraordinário filme não precisando de fazer cenas mirabolantes e a caminhar mais para o desinteressante, como acontece em algumas das suas sagas como «Jaws» e «Jurassic Park», fazendo um filme que agrada a todos, admiradores ou não do Tintin. Por isso, com mil milhões de mil macacos, ide visionar esta fita!

Nota: ****1/2

[rui sousa]

Um texto muito interessante que li há pouco, da autoria de Benoit Peeters, especialista da obra de Hergé:

Os primeiros contactos entre Hergé e Steven Spielberg remontam a Novembro de 1982, pouco antes da morte do desenhador. Spielberg descobre Tintin, compra os direitos e pede na mesma altura a Hergé para não exercer qualquer controlo sobre o filme, o que ele nunca fez com ninguém. Mas Hergé admite que Spielberg precisa da sua liberdade de criador. Teria dito: “Serei certamente traído, mas com ele sê-lo-ei de forma talentosa.”

O filme "Duel" (1971) tinha maravilhado Hergé, que admirava o seu princípio de economia. Não só tirava o fôlego ao espectador apenas com um automóvel e um camião, como estava próximo do mito. Logo que viu o filme, Hergé reconheceu um irmão em Spielberg. É pena que os dois homens nunca tenham conseguido encontrar-se.

O filme leva cerca de 30 anos a concretizar-se. Spielberg não se situa num registo de oportunismo comercial, pois quis sinceramente prestar homenagem à obra de Hergé. Pessoalmente, quando vi os primeiros filmes anúncio fiquei um pouco aterrorizado pelo lado caricatural de Haddock e o aspecto pueril de Tintin. Mas o filme, no seu conjunto, convenceu-me e deixei-me arrebatar.

Com outra técnica e no contexto de uma super-produção americana, Spielberg conseguiu encontrar algo do espírito de Hergé. Estamos, pois, confrontados com uma tripla desproporção. Em primeiro lugar, entre a pequena Bélgica e o poderio comercial dos Estados Unidos. Depois, entre Hergé, artista solitário que desenvolveu a sua obra a partir dos anos 1930, e o cineasta mais visto de Hollywood, aliado a Peter Jackson.

Finalmente, entre a tecnologia minimalista e barata da banda desenhada e uma super-produção que é o desenlace de anos de investigação sobre a "motion capture", os efeitos especiais e a imagem 3D. Porque é Golias-Spielberg que quer que os americanos e os espectadores de todo o mundo descubram Hergé e Tintin. Ele dá à obra de Hergé a imensa oportunidade de uma nova vida. Uma das forças do filme é a de aliar uma tecnologia ultra-moderna a um universo que evoca os anos 1940-50.

Como Hergé, Spielberg é platónico no tratamento dos objectos e dos veículos: a ideia da mota, a ideia do avião, a ideia do cargueiro, mais do que este ou aquele modelo de ontem ou de hoje. No filme, não há qualquer telemóvel, computador ou hambúrguer. Estamos num universo mais inglês do que americano com um pequeno toque bruxelense na sequência do velho mercado. E a realidade chega-nos filtrada.

O filme tem uma forma de intemporalidade que nos conduz à Aventura com maiúscula. É claro que no tratamento das personagens estamos perante uma outra estética, diferente da dos álbuns. O aspecto hiper-realista da pele não tem nada a ver com as superfícies planas nos rostos de Hergé.

Aceito o Tintin de Spielberg pela suavidade do seu rosto, aceito Haddock porque a barba desempenha um papel de ocultação e “veste” o seu rosto. Mas por vezes a mistura de realismo e caricatura desagrada-me. Com os Dupond(t) e com a Castafiore, incomodam-me os seus narizes, cujo aspecto gráfico me parece que se impõem demasiado. Mas, simultaneamente, é preciso compreender que uma transcrição literal do estilo de Hergé teria raiado o ridículo.

Nos anos 1980, Spielberg optara por argumentos originais. Teve a intuição de se aperceber que isso não funcionava. Mas pegar literalmente nos álbuns também não teria funcionado. Ao criar uma ponte entre "O Caranguejo das Tenazes de Ouro" e "O Segredo do Licorne", Spielberg inventou uma história que lhe pertence, apesar de nos fazer pensar permanentemente nos álbuns. O verdadeiro tema do filme é a criação de um laço forte entre Tintin e Haddock, entre um quase miúdo e esse destroço que deve atravessar a sua história de família para reencontrar a sua identidade.

Mesmo as sequências provenientes dos álbuns – como o relato de Haddock sobre os feitos do seu antepassado – utilizam soluções diferentes. E isso é um momento de coragem tanto em Hergé como em Spielberg. É conveniente não olhar para o filme com uma atitude purista, como os melómanos que, no concerto, não conseguem tirar os olhos da partitura. O filme existe, com a sua linguagem e o seu estilo.

E os álbuns de Hergé continuam a existir plenamente, quando não há uma nova aventura de Tintin desde 1976. Pessoalmente, apetece-me agradecer a Spielberg: ele vai dar a centenas de milhares de pessoas o desejo de descobrir os álbuns de Hergé.

In Cinecartaz

[gil5335]

Um grande espetáculo visual e cinematográfico. É assim que, em meia dúzia de palavras, se pode resumir «As aventuras de Tintin: O segredo do Licorne», capítulo primeiro de uma saga que, espero eu e muita gente, dure e muito! Pelo menos mais um capítulo, para concluir este.

Mas prosseguindo, gostaria de dar a minha opinião sobre Spielberg e Indiana Jones. Muitos dizem que este filme do Tintin fazem parecer uma espécie de «Indiana Jones V». Nego essa ideia, acho que é exatamente o contrário. Todos os filmes do Indiana Jones são spin-offs do Tintin. Aliás, acho que o Tintin é bem melhor que o Indy (desculpai o que eu acabei de dizer, adoradores da famosa personagem de Harrison Ford!). Eu sou um grande fã da personagem belga, sou capaz de ter lido cada álbum umas setecentas vezes (sem exageros), e acho que o filme é extraordinário. É claro que as histórias foram adaptadas de uma forma diferente, e vários elementos dos álbuns «O caranguejo das tenazes de ouro» e «O segredo do Licorne» foram misturado (bem como uma cena de homenagem ao álbum «Explorando a Lua», que me parece que, até agora, apenas alguns notaram), mas o filme não perde nada por isso. Digo até que esta é a melhor adaptação cinematográfica da obra de Hergé. Mas se quiserem ver uma adaptação mais fiel aos livros, vejam a série animada dos anos 90. Senão, vejam esta versão Spielbergiana do Tintin, que contém uma série de pormenores que achei muito mas muito interessantes, como o facto de Hergé aparecer no início do filme (a pintar o próprio Tintin), e também o jornal que aparece no filme se chamar... «Le petit Vingtième».

Em suma, aconselho a que vejam a versão francesa. Se forem como eu e se tiverem habituado, desde novos, ao mundo do Tintin nessa língua, vale a pena ver a dobragem francesa. E gostava de salientar que se nota perfeitamente que quem fez aquele filme (todas as pessoas envolvidas, não só o Spielberg) tem um grande carinho e admiração ao mundo de Tintin, porque se assim não fosse, o filme não teria sido bom. Porque o argumento dá as voltas que dá, mas é muito dentro do espírito de aventura das obras de Hergé (que, a esta hora, deve estar contente de alegria, esteja onde estiver). Spielberg consegue fazer um extraordinário filme não precisando de fazer cenas mirabolantes e a caminhar mais para o desinteressante, como acontece em algumas das suas sagas como «Jaws» e «Jurassic Park», fazendo um filme que agrada a todos, admiradores ou não do Tintin. Por isso, com mil milhões de mil macacos, ide visionar esta fita!

Nota: ****1/2

Concordo plenamente com tudo o que foi dito, destacando o enorme agrado que fiquei ao ver que na versão original, em Inglês, fizeram a tradução do nome de algumas personagens, para o nome das utilizadas cá, nas Bd´s. Caso disso foi terem traduzido o nome dos irmãos dupond e dupont, que nalguns paises tem nomes diferentes e mesmo no filme são utilizados esses nomes. Tambem fiquei muito contente por terem traduzido o nome do milu, que no filme e em vários paises se chama Snowy (floco de neve). Acho que foi uma bonita homenagem a quem como eu que já li todos os albuns. Fiquei muito contente. O unico ponto menos bons é não ter sido posto a musica que tantos nos conheçemos dos desenhos animados, aquela musica que tantos de nos ouvimos enquanto crianças no inicio de cada episódio de banda desenhada. Mas, já que não foi colocada no filme, e em tom de homenagem aos excelentes desenhos animados do tintim, que passaram cá no nosso pais nos anos 80 e 90, vou colocar eu neste post, para quem quiser recordar um momento da sua juventude.

[Wickedbug]

Uma óptima sessão de cinema. Um belo filme de aventuras que consegue prestar devido tributo não sáo ao Tintin e ao Hergé como ao Spielberg e a alguns dos seus filmes anteriores.

É justo distribuir o mérito não só pelo Spielberg (que continua a filmar acção e aventura de forma clara sem nunca fazer o espectador perder a noção do espaço) mas também pela a restante equipa que é um verdadeiro concentrado de talento: Peter Jackson na produção e realizador de 2ª unidade, e argumento de Edgar Wright (Shaun of the Dead) e Joe Cornish (Attack the Block). Qualquer uma destas pessoas era suficiente para me interessar num filme quanto mais todas juntas!

[butterfly swimmer]

Acabei de vir agora do cinema e queria deixar desde já o meu desagrado por este pedaço de merda de filme.

Começando pela historia (que seria o aspecto mais importante deste filme), só tenho uma palavra para a descrever: HORRIVEL. É tão mas tão vazia que acho que até um bebé a conseguia perceber. Focaram-se tanto nas cenas de acção (tão absurdas que ja nem tinham mais graça nenhuma) que acabaram por se esquecer do mais importante. Há tantas cenas de acção e poucas de reflexão que a certa altura o filme torna-se cansativo.

Quanto às personagens.... há muito que não via um filme com tanta falta de character development como este! É suposto ter lido as BDs antes de ver o filme??? É que pensei que sim!! A única coisa que sabemos da personagem principal é que ele é um REPORTER! E as outras personagens (como os gémeos) pareciam que estavam lá só porque sim!

Quanto à animação não consegui acha-la o espectáculo visual que alguns já disseram. Ok os cenários estavam bacanos, mas as personagens estavam tão reais que se tornavam assustadoras por nunca se aleijarem com uma explosão à frente da cara ou não morrerem electrocutados... resumindo, este filme não resultou mesmo nada comigo.

3/10

[Net_Holer]

Fui ver ontem...

Entretenimento ao mais alto nível!

Costumo fugir um bocado aos filmes 3D, mas este resolvi dar uma oportunidade e lá fui eu, escolhi a língua inglesa mas acredito que a dobragem para Português esteja boa como já é hábito nos filmes de animação.

Na minha opinião vale bem os 1,5€ que o bilhete 3D custa a mais em relação ao normal. O 3D está de facto muito bem aplicado e como tão depressa não iria ter oportunidade de o ver em 3D, já que a minha TV não tem essa tecnologia, tenho a certeza que o dinheiro foi bem gasto e recomendo que o vejam em 3D caso não sejam haters dessa tecnologia.
Na minha opinião ao ver-se em 3D só se perde um pouco as cores, mas isso não tem a ver com o filme e sim com a tecnologia em si.

Visualmente está espectacular, algo único mesmo. Tanto a nível de movimentos, feições... as passagens de plano muito bem pensadas.

O filme consegue manter a "inocência" própria da série (não que seja um admirador de tin tin mas lembro-me de folhear os livros na biblioteca da escola há muitos anos e corresponde às minhas memórias), mesmo envolvendo alguma violência como armas e cenas de pancada, o que pensei que não fosse fácil, mas foi bem conseguido.

Vale bem a pena ver no cinema, é uma grande aventura que faz o tempo passar sem que notemos, mesmo para quem não é propriamente um apreciador do Tin Tin (como eu). Durante todo o tempo do filme encarnamos a antiga criança que outrora fomos, mesmo sem que notemos, pois ficamos mesmo envolvidos na aventura que é este filme.

Mesmo não sendo um conhecedor da obra de Hergé, tenho a sensação que ele iria orgulhar-se deste filme.

Estava indeciso entre 8 e 8,5/10 mas pendo mais para os 8.5 (ainda que no IMDB tenha votado 8 em vez de 9) devido ao facto do 3D corresponder às expectativas e sobretudo por ter levado a animação para um novo patarmar. Nos outros aspectos não é tão bom assim, mas julgo que muito dificilmente vos desiludirá.

Que venha o próximo!

Resumindo e concluindo: Vão ver e levem a família!

PS: Só não gostei do facto dos portugueses do avião falarem inglês...

[elfaria]

Acabei de vir agora do cinema e queria deixar desde já o meu desagrado por este pedaço de merda de filme.

Começando pela historia (que seria o aspecto mais importante deste filme), só tenho uma palavra para a descrever: HORRIVEL. É tão mas tão vazia que acho que até um bebé a conseguia perceber. Focaram-se tanto nas cenas de acção (tão absurdas que ja nem tinham mais graça nenhuma) que acabaram por se esquecer do mais importante. Há tantas cenas de acção e poucas de reflexão que a certa altura o filme torna-se cansativo.

Quanto às personagens.... há muito que não via um filme com tanta falta de character development como este! É suposto ter lido as BDs antes de ver o filme??? É que pensei que sim!! A única coisa que sabemos da personagem principal é que ele é um REPORTER! E as outras personagens (como os gémeos) pareciam que estavam lá só porque sim!

Quanto à animação não consegui acha-la o espectáculo visual que alguns já disseram. Ok os cenários estavam bacanos, mas as personagens estavam tão reais que se tornavam assustadoras por nunca se aleijarem com uma explosão à frente da cara ou não morrerem electrocutados... resumindo, este filme não resultou mesmo nada comigo.

Pessoalmente concordo parcialmente contigo: falta algo ao filme para ser um bom filme. Está longe de causar o impacto de ET ou Encontros Imediatos ou mesmo Os Salteadores da Arca Perdida. Técnicamente está bem resolvido mas dramáticamente não me convenceu. É um bom filme pipoca e nada mais. Mas apesar de já o ter visto há uns dias não tive a coragem de vir aqui contrariar todos os louvores anteriormente escritos. Acho que vais levar aqui muita porrada por teres tido a coragem de falar mal de um filme do Spielberg com todo o seu séquito de fanáticos a dizer amém amém

[Samwise]

Acho que vais levar aqui muita porrada por teres tido a coragem de falar mal de um filme do Spielberg com todo o seu séquito de fanáticos a dizer amém amém

Não é "Amén", é "Deus vos perdoe...".

[Rui Santos]

@butterfly swimmer

Apesar de não ter nada contra a tua opinião, parece-me claramente um excesso de linguagem a forma como te expressas no primeiro parágrafo. Existem milhentas maneiras de dizer o mesmo sem recorrer ao calão. Por isso agradecia alguma moderação no uso deste tipo de linguagem.

Acabei de vir agora do cinema e queria deixar desde já o meu desagrado por este pedaço de merda de filme.

[butterfly swimmer]

Eu sei, eu sei... grande parte do meu desagrado foi mais pelo dinheiro gasto.. enfim, rapidamente não me apanham no cinema outra vez, este tipo de filmes não me diz absolutamente NADA.

[elfaria]

Eu fui ver o filme em versão 2D como recomendado a uma sala que uma semana após a estreia numa sessão das 21h tinha contando comigo 6 pessoas ( a 6 euros cada). Será que isto não dirá tudo do filme? A receita não dá nem para a electricidade!!! Com nomes como SSpielberg e PJackson a expectativa era muito mas muito elevada mesmo e quanto a mim não corresponde. É daqueles fimes que sinceramente não me apetece muito rever ao contrário de Os Sateadores da Arca Perdida que já vi umas 10 vezes e ainda quero comprar em BD. Mas nem sempre se pode ser genial. Spielberg deveria abrandar um bocadinho o ritmo e trabalhar melhor os projectos em que se envolve. Qualidade em vez de quantidade agora que já está a aproximar-se dos sessenta. E este projeto tinha tudo para ser uma óptima obra cinematográfica. É pena

[Argaroth01]

Acabei de vir agora do cinema e queria deixar desde já o meu desagrado por este pedaço de merda de filme.

Começando pela historia (que seria o aspecto mais importante deste filme), só tenho uma palavra para a descrever: HORRIVEL. É tão mas tão vazia que acho que até um bebé a conseguia perceber. Focaram-se tanto nas cenas de acção (tão absurdas que ja nem tinham mais graça nenhuma) que acabaram por se esquecer do mais importante. Há tantas cenas de acção e poucas de reflexão que a certa altura o filme torna-se cansativo.

Quanto às personagens.... há muito que não via um filme com tanta falta de character development como este! É suposto ter lido as BDs antes de ver o filme??? É que pensei que sim!! A única coisa que sabemos da personagem principal é que ele é um REPORTER! E as outras personagens (como os gémeos) pareciam que estavam lá só porque sim!

Quanto à animação não consegui acha-la o espectáculo visual que alguns já disseram. Ok os cenários estavam bacanos, mas as personagens estavam tão reais que se tornavam assustadoras por nunca se aleijarem com uma explosão à frente da cara ou não morrerem electrocutados... resumindo, este filme não resultou mesmo nada comigo.

3/10

Bem-vindo ao mundo de Tintim. É que todos esses "problemas" fazem parte do próprio personagem, mesmo na BD. Sim, ele é um repórter mas, se não me falha a memória, nunca se sabe para qual ele trabalha e muito menos se vê o personagem a agir como tal. Não há "character development" praticamente nenhum nas histórias. Tintim é aventura pura.

Se calhar, esta consideração do escritor Philip Pullman, na página da Wikipedia do personagem, dá uma ideia:

Philip Pullman, author of His Dark Materials, commented that Tintin was one of his favourite characters due to "his blankness" and "lack of depth" as it makes him "an empty page on which adventures can be drawn"

[Snider]

Espero que saia uma edição muito porreira deste filme ca em Portugal...

[Ludovico]

É verdade que "O Segredo do Licorne" é uma obra-prima mas é,para mim,por pouco.A segunda parte da argumento é demasiado apressada,devia ser mais pausado,tem inumeras informações que são passadas a correr com um ritmo frenético demais,isso é o pior de tudo.O filme devia durar mais tempo e Spielberg devia deixar de respirar a narrativa.
Talvez o melhor Tintin ainda esteja para vir.Como introdução acho magnifico mas nunca se sabe se os outros se se fizerem sejam melhores do que este.
Curiosamente este filme consigo admitir que não seja para toda a gente.Ao vê-lo,entendo as criticas que se fazem a ele.Acho que as criticas que se fazem a ele é mais das pessoas que não estão familiarizadas com a obra de Hergé.Porque o filme é,de facto,segundo me informei o mais fiel possivel à BD mesmo não sendo eu um fã do personagem nem de banda desenhada em geral.
Para mim,contudo,está completamente ao nivel dos "Salteadores da Arca Perdida" só que não é para a faxa étaria dos 30 é para faxa dos 20,essa é que é a diferença,para além de ser em animação,claro.
Comentei isto um bocado a quente,por isso,achei que não era uma obra prima.Agora contudo,pensado mais friamente,acho que é um filme prodigioso.
Também espero que a edição do filme em DVD seja muito boa,não duvido disso.