Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

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neotheone
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Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by neotheone »

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- Data de estreia: 15 de Dezembro de 2022

- Titulo português: Avatar: O Caminho da Água
"Avatar - O Caminho da Água" decorre uma década após os acontecimentos do primeiro filme e conta a história da família Sully (Jake, Neytiri e os seus filhos), os seus problemas, as longas distâncias que vão percorrer para se manterem a salvo, as batalhas que lutam para se manterem vivos, e as tragédias que suportam.


Tópico do filme original:
Avatar (2009) - James Cameron
Last edited by neotheone on December 15th, 2022, 5:46 pm, edited 3 times in total.
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Cabeças
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Re: Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by Cabeças »

Sei que o Cameron não brinca em serviço, mas acho sinceramente que passou demasiado tempo. O primeiro filme foi há 13 anos! E o impacto não vai ser o mesmo.

Mas também sei que há uma gigantesca máquina de marketing prestes a começar a funcionar. Vamos a ver, mas temo que o sucesso não se possa comparar com o que já aconteceu antes. nails-)
Cabeças
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Scarecrow
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Re: Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by Scarecrow »

Cabeças wrote: May 12th, 2022, 4:21 pm Sei que o Cameron não brinca em serviço, mas acho sinceramente que passou demasiado tempo. O primeiro filme foi há 13 anos! E o impacto não vai ser o mesmo.

Mas também sei que há uma gigantesca máquina de marketing prestes a começar a funcionar. Vamos a ver, mas temo que o sucesso não se possa comparar com o que já aconteceu antes. nails-)
O trailer atingiu níveis record com perto de 150 milhões de visualizações em apenas 24h.

Pessoalmente nunca fui grande fã do original, no entanto estou curioso para ver o que James Cameron irá apresentar a nível técnico :-)
Luis.Manuel
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Re: Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by Luis.Manuel »

Eu gostei do explendor visual do primeiro Avatar, lembra-me as capas do Roger Dean para os álbuns (LPs) dos Yes e dos Asia, mas do argumento, tirando a parte do apelo ecológico não me agradou muito. No entanto reconheço o expoente técnico que há 13 anos o filme representou. É claro que pelas mesmas razões também estou disposto a ir ver este a uma boa sala ( Imax?) até porque neste espaço de tempo a tecnologia 3D utilizada para a realização do filme a nível de capacidade de processamento de rendering de imagens puramente digitais, quer em termos de software quer de poder das máquinas, evoluiu muito. Dá para perceber no trailer mais realismo nas texturas, nas transparências, nos nevoeiros, nos cabelos e sobretudo na iluminação.
Last edited by Luis.Manuel on January 23rd, 2023, 3:06 am, edited 1 time in total.
Samwise
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Re: Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by Samwise »

Para mim um projecto do Cameron no cinema, seja ele qual for, é sempre razão para "estar atento", no mínimo, e para uma deslocação à sala de modo a poder apreciá-lo de acordo com as "condições ideais" segundo o autor..

Não fiquei verdadeiramente entusiasmado com este trailer (parece uma montra hi-tech que não consegue, no limite, fazer-me esquecer que é uma simulação - a ideia de realismo nunca me chega ao paladar), mas sei por outro lado que no filme vai haver muito mais, e muito melhor, para além daquilo que nos está aqui a ser mostrado.

No aspecto técnico, o Cameron tem funcionado ao longo dos anos como uma espécide de medidor do "state-of-the-art" da tecnologia e do progresso audio-visual - a ponta da lança dentro do melhor que se faz e que está disponível, funcionando com frequência como O inovador que arrasta depois a indústria atrás de si. Dito isto, e julgando apenas pelo que vejo no trailer, não parece haver pistas para nada de revolucionário, "apenas" se notando algumas melhorias em várias vertentes sobre o que já existia e já foi feito. Parece que aposta grande desta vez é o "debaixo de água" - há um salpicos disso no trailer, mas o banquete só nos vai ser servido durante o filme.

Bottom line: não estou com "aquela vontade" que já tive perante outros projectos, mas reservo as sentenças para depois do repasto.
Last edited by Samwise on May 24th, 2022, 3:51 pm, edited 1 time in total.
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Helder Fialho
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Re: Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by Helder Fialho »

O Avatar na altura enganou-me bem... Foi uma das decepções mais monumentais que tive com filmes. Um embrulho muito bonito mas com pouquíssimo "sumo"... Mas era no tempo em que eu ainda me deixava levar pelos trailers. Como fiquei escaldado, agora desta 'water' tenho medo.
José
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Re: Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by José »

James Cameron é alguém que terá sempre a minha atenção, não há grande volta a dar. No entanto, Avatar é uma empreitada que nunca me disse grande coisa.

Como diz o outro, a ver vamos.
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neotheone
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Re: Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by neotheone »

Luis.Manuel
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Re: Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by Luis.Manuel »

Um novo episódio da saga Avatar com uma importante mensagem ecológica no seu fulcro; no primeiro foi a importância das florestas, neste será a importância da água e dos oceanos... mensagem exposta de forma algo "simplista" (...quiçá propopositadamente?) para que a sua abrangência seja a maior possível e só isso já será suficiente para que esta obra fique na história do cinema mundial.
O avanço tecnológico e o esforço que a concretização deste projecto representa é outro aspecto que é um marco significativo na evolução das técnicas de produção https://rendernow.net/computing-rendering-behind-avatar
É expectável que no que refere aos movimentos dos personagens, às texturas, e à iluminação (o triângulo crítico deste método/tipo de produção) os resultados tenham melhorado significativamente (sejam mais realistas) dado o avanço que entretanto aconteceu na capacidade processadores usados para renderização dos frames, nas redes de comunicações que suportam as "render farms" e na capacidade de armazenamento do trabalho produzido.



Para qualquer cinéfilo que compreenda isso, o filme é
obviamente incontornável. Qual franquia SW qual treta...
Last edited by Luis.Manuel on January 28th, 2023, 7:03 pm, edited 3 times in total.
Luis.Manuel
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Re: Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by Luis.Manuel »

Cameron apreensivo com possível recepção negativa do público a Avatar 2 nas salas, redefine o projecto inicial de 5 filmes.
https://www.google.com/amp/s/www.indiew ... 64758/amp/
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neotheone
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Re: Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by neotheone »

drakes
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Re: Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by drakes »



analise em espanhol do cgi
Luis.Manuel
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Re: Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by Luis.Manuel »

Mais (muito mais) sobre Avatar 2.

>>> https://mag.sapo.pt/cinema/atualidade-c ... ho-da-agua


Making off

>>>https://youtu.be/WrKL432F86Q


Entrevista de Cameron à BBC após a estreia em Londres.

>>>https://youtu.be/WOaCG2r47-A



:twisted: TREMENDO SPOILER na Nit.pt by Ricardo Farinha
SPOILER mau-)
SPOILER nails-) Não, não prossigam!!!

teimoso-) teimoso-) teimoso-) eu já sabia grr-)
Jake Sully e Neytiri têm vivido felizes na floresta. Construíram uma família e têm agora quatro filhos que criaram à sua imagem — com o pulso firme da veia militar de Sully, com a determinação de Neytiri, mas também com os valores de compaixão, honra e lealdade por que regem a sua vida. O mais velho é Neteyam, o filho pródigo; Kiri é a rapariga adotada, diferente dos outros, mas com uma sensibilidade e talentos muito próprios; Lo’ak é aquele igualmente corajoso e audaz que sente que tem algo a provar; e há ainda a pequena Tuk.

Obviamente, aquilo que volta para os assolar — e que espoleta a narrativa — é uma nova expedição de humanos colonizadores. Chegam com as suas grandes máquinas, que destroem e incendeiam tudo quando aterram, e constroem uma cidade naquela lua — uma vez que a Terra está cada vez mais inabitável. Quem também está de regresso é uma figura que representa Quaritch, o oficial militar responsável pela operação do primeiro filme. A sua personalidade e memórias foram implantadas num novo avatar — que embarca numa jornada pela floresta dos Na’vi com a missão de capturar Jake Sully, o novo líder da tribo, que tem minado os objetivos dos colonizadores.

Além de Jake Sully, Neytiri e os filhos, há um rapaz humano que acolheu os Na’vi como o seu povo que vive entre a floresta e as instalações onde dois outros homens — cientistas, antigos colegas de Sully — moram. Chama-se Spider e, basicamente, sente-se como um Na’vi. Fala a sua língua, pinta riscas de azul na sua pele, anda de um lado para outro com as mesmas vestes. Só tem é de usar uma máscara de oxigénio, já que o ar de Pandora não é respirável para humanos. Um pormenor importante é que Spider é filho de Quaritch. Apesar de o militar ter morrido no primeiro filme, a sua personalidade e memórias vagueiam por aí, na pele do tal novo avatar. O que, obviamente, terá implicações.


Para tentar salvar a sua comunidade e família, Jake Sully abdica da posição de líder e remete-se — com a mulher e os filhos — a uma espécie de exílio noutra comunidade Na’vi. Só que, em vez de viverem numa floresta, estes Na’vi são aquáticos. Daí “O Caminho da Água” no título do filme.

A sua pele é ligeiramente mais esverdeada, têm mãos e caudas mais parecidas com barbatanas e, apesar de viverem em terra, passam metade do tempo (ou mais) dentro de água. É aqui que Jake Sully e os filhos Na’vi das florestas terão de se ambientar a uma nova vida, onde as habilidades mais importantes são outras, onde se deparam com diversos desafios para se adaptarem. Inevitavelmente, o rastro de destruição atrás de Jake Sully acabará por atingir também aquela comunidade, uma vez que o novo Quaritch (e companhia) não desistem da caça ao homem. Mas a família protagonista também irá formar ligações fortes com os seus novos vizinhos.


Editado:

13 anos depois o regresso a Pandora não desiludiu.
Este Avatar 2 é realmente um espectáculo visual espantoso, artisticamente e tecnicamente mais apurado devido ao avanço da tecnologia e do know how; de destacar, as expressões dos rostos nos vários grandes planos que são mesmo muito realistas, os movimentos extremamente fluidos dos personagens, a interacção perfeita entre personagens reais e virtuais, as cenas no mar absolutamente fantásticas e os efeitos 3D ainda melhores e criando uma sensação de imersão e envolvência.
Longe vão os tempos em que uma simples cena de um "terminator" a transformar-se em metal líquido para atravessar uma grade nos deixou de boca aberta.

O argumento esse mantém-se ao nível do primeiro filme, básico e na linha característica dos blockbusters made in Hollywood agora talvez com um toque mais juvenil (e/ou familiar?). A duração de 3:12h não a achei excessiva, mas sem intervalo pode obrigar a uma saída da sala para ir ao wc. Previnam-se! :mrgreen:

Este é efectivamente o "campeão" dos blockbusters! Cameron jogou todos os trunfos, arriscou um budget que nem quis revelar (o IMDb estima um valor de 350 milhões de dólares) e continua a liderar em inovação tecnológica na sua actividade, arriscaria a dizer que a nível mundial (porque não?)

Aspecto negativo (da sessão), apenas as legendas, enormes, a mudar de lugar constantemente, talvez a tentar não estragar o belo visual do filme (mas estragam mesmo e que pena). E, claro, as pipocagem do costume, mas é normal num filme deste tipo.

Acredito que a nível do home cinema será um título que poderá dar um belo empurrão no segmento 4K UHD (poderia mesmo ser o primeiro filme comercial a chegar a patamar 8K a nível doméstico), mas edição nacional, não creio (e uma mera edição DVD não me parece minimamente adequada, mas...). Quanto a poder revitalizar o hábito do grande público em voltar a frequentar salas cinema tenho algumas dúvidas, não tenho dúvidas é que é este o caminho certo para sobrevivência das salas: inovação tecnológica que o streaming não consegue oferecer.

O preço da sessão Imax 3D subiu (€ 12,50) mas enfim, um dia não são dias.

Oscars, bom isso talvez só mesmo nalguma categoria técnica.

Para finalizar.
A crítica em Portugal (ainda não li a do João Lopes nem a do Rui Alves de Sousa) é mais ou menos consensual: Avatar 2 é um belo filme de entretenimento, muito à frente tecnologicamente, com uma mensagem positiva, e sobretudo uma "máquina" de fazer dinheiro; nas salas, no home cinema, no merchandising, nos parques temáticos, etc. portanto meus caros nada de equívocos :wink:


Secção Off topic:
E sem querer tirar mérito a ninguém, apenas por curiosidade, quero partilhar algumas ilustrações do designer inglês Roger Dean feitas nos anos 70/80 excepto uma que está datada dd 2012.

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https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Roger_Dean

Uma análise científica sobre a verosimilhança dos Avatares de Cameron


(original em inglês na revista Sience Focus)
https://www.google.com/amp/s/www.scienc ... tar-2/amp/

Tradução para Pt Green Savers 18:00 - 16 Dezembro 2022
A principal razão pela qual a tecnologia do Avatar é impossível, explicada por um neurocientista

“Avatar: O Caminho da Água”, a sequela do filme mais impressionante de todos os tempos, levanta muitas questões. Em primeiro lugar, será que alguém se lembra do que aconteceu no primeiro Avatar? E porque é que James Cameron está aparentemente a dedicar o resto da sua vida a fazer estes filmes?

Mas para efeitos deste artigo, a questão mais importante diz respeito à ideia central do filme: quão viável é a transferência da sua consciência para outro corpo?

Segundo a “Science Focus”, Guillaume Thierry, um professor de neurociência cognitiva na Universidade de Bangor, não está convencido. “Há uma ideia popular de que o cérebro é como um computador, mas não é”, explica.

“Não é composto de dados que possam ser transferidos de um cérebro para outro. Está vivo, e não sabemos porquê nem como. Se eu quisesse transferir as minhas memórias para uma máquina, precisaria de saber de que são feitas as minhas memórias. Mas ninguém sabe”, acrescenta.

Para explicar a complexidade do cérebro, Thierry cita um estudo do Allen Institute For Brain Science em Seattle, que conseguiu mapear todos os neurónios em 1mm3 do cérebro de um rato.

“Era uma quantidade minúscula de tecido”, afirma o neurocientista. “Mas dentro dele havia mais de 100.000 neurónios e mais de um bilião de ligações entre eles. Se aumentarmos isso para o tamanho do cérebro humano, é espantoso. Está muito para além do que as pessoas pensam”.

Para armazenar esse 1 milímetro cúbico do cérebro de um rato, foram necessários dois milhões de gigabytes (2000 Tb aprox.?) Isto levou a uma das maiores preocupações de Thierry: nenhum disco rígido conseguia sustentar o cérebro humano. (Os "sapiens" modernos são dotados de um cérebro com dimensões de 1200 a 1400 centímetros cúbicos)

“Está muito além da capacidade do maior computador de uma só memória”, continua. “Não só isso, mas nenhum cérebro artificial pode simular a velocidade de um cérebro real. Um é puramente sequencial. O outro é totalmente paralelo”

“A diferença de velocidade é hipnotizante. O que quer que esteja a acontecer no cérebro, está a acontecer em tempo real. Todos os neurónios podem comunicar através de padrões de oscilação em tempo real. Um computador não pode fazer isso para sempre”, explica o professor.

Uma ideia que Thierry acha mais viável é o conceito do primeiro filme Avatar que usa o seu cérebro para receber o input sensorial de outro corpo.

“Poderia ter um sistema que lesse, de alguma forma, todo o input dos sentidos no segundo corpo e os enviasse, em tempo real, para o seu cérebro”, diz, acrescentando que, “então, tudo o que o seu cérebro quiser fazer pode ser enviado de volta para o segundo corpo para o fazer reagir. O cérebro é basicamente uma interface de entrada/saída. Recebe alguma entrada sensorial, e produz uma saída e ação motora”.

Mas, sublinha Thierry, o ponto em que se torna “completamente delirante” é quando o personagem principal, Jake Sully, tem a sua mente transferida permanentemente para o seu avatar Na’vi.

“Pode-se provavelmente ler o input e output para algum nível, mas o grande problema é o resto da função cerebral. Não se pode transferir isso. Simplesmente não é possível. Não temos acesso a ele”.

É óbvio porque é que as pessoas querem transferir a sua mente para outra coisa, diz Thierry. “Porque não haveria de querer ser um guerreiro azul num planeta fantástico com muitas mulheres bonitas e dragões?” Mas é um desejo baseado numa falsa crença: a de que a mente está separada do corpo.

“A grande maioria dos cientistas acredita que a mente é encarnada”, diz ainda Thierry. “Ela emerge da interação entre neurónios e moléculas. Assim que estes neurónios mudam na sua estrutura, ou as moléculas mudam na sua natureza, a sua mente desaparece”.

“E se quiser testar isso, beba quatro copos de vinho e olhe-se ao espelho. Verá que a sua perceção de si mesmo mudou. Porquê? Porque o estado químico da sua mente define quem você é – uma entidade holística, um sistema cérebro-mente”, afirma.

“Veredicto: Não, não há qualquer hipótese de ligares a tua mente a outro corpo. Não há avatares na’vi para si”, conclui a “Science Focus”.
Curiosidade:
A quantidade total de informação digital gerada durante a produção deste Avatar 2 (incluindo backups) foi de aproximadamente... 8 Petabytes = +/- 8000 Terabytes. Comparativamente a capacidade total do Data Center da Altice na Covilhã, um dos maiores da Europa, é de 30 Petabytes.
Last edited by Luis.Manuel on January 23rd, 2023, 3:12 am, edited 10 times in total.
José
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Re: Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by José »

Sabem aquela altura em que uma pessoa que muito prezamos está desejosa de partilhar connosco uma história?

Essa pessoa tem o entusiasmo todo do Mundo, está a fervilhar de emoção no seu relato e nós ficamos mesmo felizes por ver alguém tão contente nessa dádiva comunicacional. Mesmo considerando que o que está a ser contado não é nada de especial, sentimos compaixão pela entrega, já que sabemos que vem de um lugar de verdade e de boas intenções.

Foi o que senti perante este novo Avatar. Transborda amor, sacrifício, suor e lágrimas. Nunca conseguirei imaginar o trabalho aqui envolvido. Nunca. É mais um avanço por parte de Cameron a nível tecnológico e industrial, e dou-lhe muito mérito por isso. A ele e a toda a sua vasta equipa, claro. O realizador criou algo lindo para os olhos e com mensagens que nos convocam a maior das simpatias. Mas não há muito mais a que me agarrar.

Gosto muito de Cameron, sempre gostei, não o nego. Só que este filme é uma pobreza dramatúrgica, com diálogos confrangedores, uma montagem caótica (esqueçam lá qualquer noção de percepção espacial), um ritmo desigual e tudo desaguando numa sucessão interminável, extenuante e entediante de cenas ditas de acção (?!?) (com o devido know how técnico, é certo, típico dos objectos mais recentes de filmes de super-heróis). É clímax atrás de clímax, êxtase atrás de êxtase, como que a querer disfarçar o facto de não ter nada de substancial para dizer. E isso, meus amigos, não há visuais estarrecedores e eco-friendly que suavizem a experiência em si.

Custa-me dizer isto, juro, mas tenho medo que James Cameron esteja a tornar-se um Avatar de si próprio.
Samwise
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Re: Avatar: The Way of Water (2022) - James Cameron

Post by Samwise »

José wrote: December 16th, 2022, 8:22 pm Sabem aquela altura em que uma pessoa que muito prezamos está desejosa de partilhar connosco uma história?

Essa pessoa tem o entusiasmo todo do Mundo, está a fervilhar de emoção no seu relato e nós ficamos mesmo felizes por ver alguém tão contente nessa dádiva comunicacional. Mesmo considerando que o que está a ser contado não é nada de especial, sentimos compaixão pela entrega, já que sabemos que vem de um lugar de verdade e de boas intenções.

Foi o que senti perante este novo Avatar. Transborda amor, sacrifício, suor e lágrimas. Nunca conseguirei imaginar o trabalho aqui envolvido. Nunca. É mais um avanço por parte de Cameron a nível tecnológico e industrial, e dou-lhe muito mérito por isso. A ele e a toda a sua vasta equipa, claro. O realizador criou algo lindo para os olhos e com mensagens que nos convocam a maior das simpatias. Mas não há muito mais a que me agarrar.

Gosto muito de Cameron, sempre gostei, não o nego. Só que este filme é uma pobreza dramatúrgica, com diálogos confrangedores, uma montagem caótica (esqueçam lá qualquer noção de percepção espacial), um ritmo desigual e tudo desaguando numa sucessão interminável, extenuante e entediante de cenas ditas de acção (?!?) (com o devido know how técnico, é certo, típico dos objectos mais recentes de filmes de super-heróis). É clímax atrás de clímax, êxtase atrás de êxtase, como que a querer disfarçar o facto de não ter nada de substancial para dizer. E isso, meus amigos, não há visuais estarrecedores e eco-friendly que suavizem a experiência em si.

Custa-me dizer isto, juro, mas tenho medo que James Cameron esteja a tornar-se um Avatar de si próprio.
Estava a ver quando é que ia aparecer o "mas" no teu texto... :mrgreen:

Bom, duas críticas mais ou menos opostas para começar. A denominada "crítica" também anda algo dividida entre a vacuidade da estória, a espectacularidade da acção e o empurrão tecnológico de que já estamos à espera por parte do Cameron.

Para a semana que vem devo ir ver. Vai ser 3D, mas ainda estou a ponderar se é Imax ou não.
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