Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

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JoséMiguel
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by JoséMiguel »

JRibeiro, fiz-te uma pergunta e aguardo resposta, caso a pretendas dar:
(...)E já agora explica porque a Imprensa portuguesa ignora os candidatos americanos de Esquerda, e mais grave ainda, porque a Imprensa americana os ignora e foi preciso a Rússia intervir e ser o primeiro canal de TV (Russia Today) a mostrar o debate ao povo americano.



Em Portugal existe o direito de Antena, que já em 1982 me chateava quando em criança eu tentava ver os Estrumpfes e o Dartacão, mas como é possível que a imprensa americana faça blackout aos candidatos americanos de Esquerda (que depois a imprensa portuguesa copia) e têm de vir os russos ajudar o povo americano? A ajuda russa não é mais do que o direito de antena que eu via em criança na RTP, a seguir aos desenhos animados.
É muito giro e até infantil apontares o meu erro sobre o boletim de voto, quando te convém. Mas tenta ser um homenzinho crescido e responder a algo que não te convém.

Muito obrigado.
JRibeiro
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by JRibeiro »

Engraçado é colocares num pedestal um canal como o RT que não passa de megafone do kremlin e que tudo fez para eleger o Trump, aliás depois das eleições o RT fez uma série de reportagens para tentar provar que a Rússia não interferiu nas eleições, algo que toda a gente com o mínimo de inteligência sabe que aconteceu. Mas como usas esse canal de propaganda várias vezes mostra que não sabes do que falas e que és cego pelos teus preconceitos anti-EUA.
Quanto aos tempos de antena e debates, nos EUA não existem tempos de antena para todos partidos, o que eles fazem é comprar anúncios na TV nos canais que querem, qualquer candidato pode fazer isso, é impossível num país como os EUA com o tamanho que tem e com as centenas de canais que tem estabelecer tempos de antena obrigatórios, até porque os assuntos que interessam aos eleitores do Maine são muito diferentes dos assuntos mais prementes para os eleitores do Arizona. Os EUA são 50 países num só.
Quanto aos debates, as regras dizem que um candidato tem que ter um mínimo de % nas sondagens para aparecer nos debates principais, quanto ao facto de os canais não transmitirem os outros debates, isso é uma decisão deles, se acham que não dá audiência não são obrigados a fazer isso. Aqui também há partidos que não são convidados para os debates, como o MRPP, PNR, POUS, etc
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by Samwise »

JoséMiguel wrote: September 16th, 2018, 3:29 pm Em Portugal existe o direito de Antena, que já em 1982 me chateava quando em criança eu tentava ver os Estrumpfes e o Dartacão, mas como é possível que a imprensa americana faça blackout aos candidatos americanos de Esquerda (que depois a imprensa portuguesa copia) e têm de vir os russos ajudar o povo americano? A ajuda russa não é mais do que o direito de antena que eu via em criança na RTP, a seguir aos desenhos animados.
Acho deliciosa esta ideia de "ajuda russa ao povo americano". :badgrin:

O governo russo é muito solícito e preocupado com o bem-estar do povo americano. :-)))
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drakes
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by drakes »

Film review: [Censored] (2018)

"One of the most intriguing entries in this year's Sydney Film Festival was a documentary called [CENSORED]. It consists of 63 minutes of footage stitched together from bits cut out of films by the Australian censorship office from 1958 to 1971.

Director Sari Braithwaite rummaged through almost 2000 clips preserved and digitised at the National Film and Sound Archive to produce a portrait of everything the censors found unacceptable for the general public."

+ aka
https://www.afr.com/lifestyle/arts-and- ... 613-h11c3q
JoséMiguel
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by JoséMiguel »

drakes wrote: September 21st, 2018, 2:42 pm Film review: [Censored] (2018)

"One of the most intriguing entries in this year's Sydney Film Festival was a documentary called [CENSORED]. It consists of 63 minutes of footage stitched together from bits cut out of films by the Australian censorship office from 1958 to 1971.

Director Sari Braithwaite rummaged through almost 2000 clips preserved and digitised at the National Film and Sound Archive to produce a portrait of everything the censors found unacceptable for the general public."

+ aka
https://www.afr.com/lifestyle/arts-and- ... 613-h11c3q
Drakes, então isso é como a linda montagem do final do "Nuovo Cinema Paradiso", com todas as cenas cortadas pela censura italiana.

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drakes
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by drakes »

Twitch bloqueado na China

O governo chinês aparenta estar a querer controlar ao máximo os videojogos que são lançados naquele país e surge agora a notícia de que sem aviso prévio o Twitch foi bloqueado naquela nação e que a sua app desapareceu da App Store chinesa.

https://www.otakupt.com/jogos/twitch-bl ... -na-china/

O governo chinês me parece mais voltado para censura em jogos e animes do que cinema.
Samwise
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by Samwise »

Não é no cinema, é no museu, mas vai dar quase ao mesmo:

Mapplethorpe só para maiores de 18: "Censura” e “puritanismo” têm invadido as instituições culturais


(artigo no Público)
João Fernandes, director do Museu de Serralves entre 2003 e 2012, hoje subdirector do Museu Rainha Sofia, em Madrid, Emília Tavares, curadora de fotografia e multimédia do Museu do Chiado, e Delfim Sardo, programador de artes plásticas da Culturgest, reagem à sala reservada, onde não é permitida a entrada a menores de 18 anos, na exposição de Robert Mapplethorpe no Porto.

João Fernandes, director do Museu de Serralves entre 2003 e 2012, considera “inaceitável” que haja na exposição de Mapplethorpe uma sala reservada onde não é permitida a entrada a menores de 18 anos, como avançou o PÚBLICO. “No contexto adequado, como o de um museu, a nudez ou os conteúdos explícitos não serão nunca um problema. A história da arte está cheia deles. Custa-me a acreditar que isto esteja a acontecer em Serralves.”

E com “isto” o curador português que é desde 2012 subdirector do Museu Rainha Sofia, em Madrid, um dos mais importantes museus de arte contemporânea da Europa, refere-se à “censura” e “puritanismo galopante” que têm invadido as instituições culturais. Um puritanismo que, defende, se deve aos “totalitarismos que grassam por toda a parte” e que preferem proibir do que enfrentar o debate de ideias e o pluralismo de opiniões.

João Fernandes, que está neste momento no Brasil, diz que o país é cada vez mais um exemplo de como museus e galerias estão a ser afectados por este “retrocesso preocupante”, evocando o que sucedeu em exposições como Histórias da Sexualidade, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), e Queermuseum, em Porto Alegre. “É uma realidade que me entristece, no Brasil, em Portugal, em qualquer lado”, reitera.

Criar numa exposição de Serralves uma sala reservada resulta, na opinião de Fernandes, de uma “decisão censória” que, em última análise, se traduz num uso indevido do museu. “Trata-se, simplesmente, de uma questão de cidadania, de direitos cívicos. O pai ou a mãe de um menor devem ter o direito de levar os filhos a qualquer exposição, de decidir com eles a que imagens vão expô-los, que imagens querem discutir. Não deve ser o museu – não pode ser o museu – a decidir por eles. O que um adolescente pode ver nesta exposição é mais explícito do que viu já, sem filtro, na Internet ou na televisão?”

O subdirector do Rainha Sofia defende, no entanto, que o museu deve advertir para a existência de conteúdos explícitos para que as pessoas possam decidir o que querem ver e dar a ver. “Não acho que um museu deva alertar para a nudez, não faz sentido, mas se com ela vierem conteúdos sexualmente explícitos acho que as pessoas não devem ser surpreendidas.”

Nos anos em que ocupou o cargo de director artístico em Serralves, João Fernandes nunca criou qualquer área interdita no museu, embora tivesse programado performances e exposições com conteúdos sexualmente explícitos, como no caso da fotógrafa norte-americana Nan Goldin. “Fizemos os avisos que achámos que tínhamos de fazer, mas nunca sofri qualquer pressão da administração para não mostrar algo por causa do seu conteúdo. As pessoas têm de poder escolher.”

Ainda que a obra de Robert Mapplethorpe continue a alimentar o debate sobre o que é ou não pornografia, não tem qualquer dúvida quanto à sua posição: “É bom que as pessoas discutam, mas não há qualquer conteúdo pornográfico na obra de Mapplethorpe. Na pornografia há uma exploração do corpo que lhe retira dignidade, em Mapplethorpe há um enobrecimento do corpo. O que é verdadeiramente pornográfico é o falso puritanismo.”

Emília Tavares, curadora de fotografia e multimédia do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, em Lisboa, concorda com o antigo director de Serralves – condicionar o acesso ao criar uma “sala reservada” é um desrespeito pelas liberdades individuais e ajuda a “agudizar um clima de moralismo falso e démodé”.

No Museu do Chiado, a prática resume-se a avisar o visitante. “Isto não aconteceria aqui. Nós não barramos a entrada, não definimos limites etários. O que fazemos é dizer às pessoas que, devido a conteúdos de natureza sexual ou de grande violência, o que se preparam para ver é susceptível de chocar. A partir daí a pessoa decide por si – ver ou não ver é uma questão do foro particular. Não cabe aos museus fazer qualquer tipo de proibição.”

Este tipo de censura não é, no entanto, inédito nos últimos anos em Portugal. Lembra Tavares que a exposição P-Town, com trabalhos do artista João Pedro Vale e prevista em 2011 para o Espaço Arte Tranquilidade, acabou por ser cancelada pela seguradora devido aos seus conteúdos. “Apesar de tudo, a galeria da Tranquilidade é um espaço privado que não tem as responsabilidades de Serralves”. E, para esta investigadora de História da Fotografia, as “responsabilidades” de Serralves estão ligadas ao seu passado e às expectativas que a sua programação criou e alimentou, justificadamente, junto dos seus públicos: “Serralves habituou-nos a uma grande abertura, mostrando artistas de ruptura, capazes de enunciar novas linguagens… E agora parece que estamos a voltar aos Estados Unidos no final dos anos 80 [quando a obra do artista foi pela primeira vez censurada].”

E este retrocesso é ainda mais questionável quando, sublinha, estes conteúdos estão disponíveis noutras plataformas. Para que fique claro, diz, a associação entre algumas das fotografias de Mapplethorpe e a pornografia só não é um “debate estafado” nos meios mais conservadores. “A capacidade que certos objectos artísticos têm de chocar até é um debate interessante, mas no que diz respeito ao Mapplethorpe está, para a maioria das pessoas, fechado. Agora, com esta sala [reservada], ficámos a saber que a administração de Serralves é muito conservadora.”

A autodeterminação do espectador

Delfim Sardo, programador de artes plásticas da Culturgest, não viu ainda a exposição inaugurada esta quinta-feira à noite, mas conhece bem a obra do norte-americano, um artista que, defende, “continua a ter uma energia e uma potência de desassossego” que se tornam evidentes na atitude das instituições em relação ao seu trabalho.

Numa época de “moralismo perigosíssimo” na sociedade em geral e no sector cultural em particular é fundamental que as instituições compreendam que têm um papel a desempenhar, acrescenta o curador, um papel que não passa por criar “salas reservadas”. “O espectador é autodeterminado – decide por si. O que está a acontecer em Serralves é uma instituição a substituir-se à autodeterminação do espectador.”

Se a obra de Mapplethorpe é ou não pornografia é o que menos interessa neste debate – “a arte sempre namorou com a pornografia. O que interessa é discutir a questão do espectador, a quem já foi outorgada a maioridade”. Uma maioridade que não tem a ver com idade, mas com maturidade intelectual. “Precisamos de estar atentos se queremos continuar a ter museus e outras instituições culturais que sejam espaços de liberdade, de verdade, complexos e não consensuais.”
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No Angel
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by No Angel »

Eu sou a favor do museu informar os visitantes sobre as obras mais explícitas, acho que devem avisar ou pôr um aviso para obras mais explicitas. Isso não é censura, é apenas informação e classificação etária.
JoséMiguel
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by JoséMiguel »

JRibeiro wrote: September 21st, 2018, 10:23 am Engraçado é colocares num pedestal um canal como o RT que não passa de megafone do kremlin e que tudo fez para eleger o Trump, aliás depois das eleições o RT fez uma série de reportagens para tentar provar que a Rússia não interferiu nas eleições, algo que toda a gente com o mínimo de inteligência sabe que aconteceu. Mas como usas esse canal de propaganda várias vezes mostra que não sabes do que falas e que és cego pelos teus preconceitos anti-EUA.
Quanto aos tempos de antena e debates, nos EUA não existem tempos de antena para todos partidos, o que eles fazem é comprar anúncios na TV nos canais que querem, qualquer candidato pode fazer isso, é impossível num país como os EUA com o tamanho que tem e com as centenas de canais que tem estabelecer tempos de antena obrigatórios, até porque os assuntos que interessam aos eleitores do Maine são muito diferentes dos assuntos mais prementes para os eleitores do Arizona. Os EUA são 50 países num só.
Quanto aos debates, as regras dizem que um candidato tem que ter um mínimo de % nas sondagens para aparecer nos debates principais, quanto ao facto de os canais não transmitirem os outros debates, isso é uma decisão deles, se acham que não dá audiência não são obrigados a fazer isso. Aqui também há partidos que não são convidados para os debates, como o MRPP, PNR, POUS, etc
Ribeiro, eu tenho imenso respeito por ti, e não tenho intenções de debater ideologias pessoais, que são contrárias e incompatíveis entre nós os dois. Somos como os membros malucos da Juventude Leonina e dos Diabos Vermelhos, com matracas e correntes na mão aos urros que nem animais psicóticos, de repente cruzarem-se numa rua de Lisboa e irem tomar um café de forma civilizada. Eu não gosto de futebol, mas em criança tinha de fugir a correr sempre que um grupo da Juve Leo ou Diabos Vermelhos, aparecia de correntes, matracas e barras de ferro na mão, a urrarem que nem animais saídos do apocalipse do Mad Max.

A analogia aqui é que a claque do Sporting de matracas na mão, quando se cruza a urrar que nem um porco a guinchar com a claque do Benfica, com barras de ferro na mão, aquilo termina no hospital, e não vão conversar e tomar um cafézinho de forma civilizada. Não há forma de um membro de uma claque convencer o outro a mudar de equipa. Era o comportamento triste do Mad Max na Lisboa dos anos 80.


Como eu não gosto de futebol, também não tenho nenhum clube, e por isso nunca me chateei até hoje com nenhum adepto de futebol. Sou aquele gajo que não gosta de bola e o pessoal deixa-me em paz.

A nível político eu também não voto em nenhum partido e nenhum partido político português me agrada, por exemplo o PCP era um partido muito perigoso, financiado e comandado pelo KGB até ao ano de 1980, quando o governo soviético cortou o financiamento e a influências dos PC's pelo mundo fora. Mas eu posso não ter nenhum partido em política e ao mesmo tempo ficar lixado com quem defenda partidos de direita e ataque partidos de esquerda, mais lixado ainda ficarei com quem faz pouco da Democracia.

Existe uma secção do fórum sobre televisão, cujo moderador é um senhor chamado JRibeiro. Há muitos anos atrás, do dia 2 de Novembro de 2013, eu criei um tópico nessa secção, moderada pelo senhor JRibeiro.

O tópico era este: viewtopic.php?f=40&t=48654&p=595278

Eu sou um defensor do streaming gratuito, quer seja na RTP, TVE, ou Russia Today, e no meu tópico apresentei documentários, que nada tinham de político.

O 1º documentário era sobre um deficiente motor profundo (cabeça de homem, em corpo de bebé atrofiado).

O 2º documentário era acerca de bebés trocados à nascença.

Foi apenas isso que mostrei no tópico, e tive grande trabalho para criar screenshots no Photobucket.

Em 2013 ainda nem sequer existia o Tópico de Política do DVD Mania, e nem eu tinha discutido política

A meio da escrita do meu tópico, entre o 1º e o 2º documentário, o moderador da secção de TV, um senhor chamado JRibeiro, escreve esta bela merda, armado em fanático político de extrema-direita, a fazer pouco da minha contribuição para o fórum:
Re: Documentários (em inglês) do Russia Today

Mensagem por JRibeiro » sábado nov 02, 2013 12:33 pm
Russia Today, essa máquina de propaganda do Putin, lol
Antes de eu começar a arreliar muita gente no fórum, fui proposto para moderador do DVD Mania (na altura eu era um gajo sossegado, que não falava de política), eu recusei e expliquei que era para poder continuar a ter o direito de mandar à merda um estúdio, uma ideologia, ou o que for, aceitando a consequência de ser castigado e banido do fórum.

A outra razão foi para nunca fazer a asneira que o JRibeiro fez à 5 anos atrás no meu tópico sobre os documentários da RT.

Eu só me queixo após 5 anos, pois foi agora que te vejo a fazer desinformação sobre o sistema eleitoral dos EUA, a enganar os leitores do fórum, sem sequer um link da Wikipedia.

Ficam aqui links fidedignos e neutros sobre o sistema político norte-americano, é que o JRibeiro tentou enganar o pessoal a sugerir que o candidato do Partido Comunista Americano, surge no boletim de voto, na 2ª ronda de eleições quando isso é contrário ao que o wikipedia explica:

https://en.wikipedia.org/wiki/Ballot_access

A OSCE (The Organization for Security and Co-operation in Europe) critica duramente o sistema eleitoral americano e estes dois caramelos do JRibeiro e do Samwise ainda têm o descaramento de atirar areia para os olhos aos outros membros do DVD Mania, sem qualquer link do wikipédia, armados em Doutor Gobbels, ministro da propaganda do 3ª Reich? Eu ao menos mostro um link do Wikipedia e faço cair a máscara a essa gente fanática de direita política.

Peço desculpa pelo meu tom, mas não gosto de chicos-espertos a defenderem a falta de democracia americana, através de mentiras. Para isso bastou o Dr. Gobbels, ministro da Propaganda do Afolfo Hitler. Se querem discutir algo comigo, têm de o provar com um link do wikipedia, como eu estou a fazer agora. Não basta aparecer o Samwise a escrever que o Zé Miguel é mentiroso "porque sim, porque o samwise é um deus omnisciente e um ditador e o que o samwise diz, é lei". O próximo caramelo que se atreva a chamar-me de mentiroso, tem de o demonstrar com um link do wikipedia, caso contrário será visto pelo resto do fórum, como um palhaço.

EDIT/ Observações

Quando eu digo palhaço, não é para ofender ninguém, se for eu a enganar-me, então o palhaço serei eu, não tem grande mal. Toda a gente de engana e umas vezes o palhaço sou eu, noutras vezes o palhaço é o outro.

Não tenho nada contra o JRibeiro, mas obviamente eu e ele temos ideologias não compatíveis e nunca nos poderemos entender, por isso o melhor é nem sequer trocarmos ideias sobre política. No entanto existem casos onde eu fico "melindrado" e tenho a necessidade de barafustar e protestar. Quando eu refilo não tenho papas na língua e "que seja o que deus quiser".
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by JRibeiro »

Mas negas que a RT é uma máquina de propaganda do Putin? Quanto ao resto que escreveste sem comentários, em 14 anos de fórum é das coisas mais ridículas que já li aqui, oque é dizer muito, ainda mais dirigidas a alguém que nunca votou à direita do PS.
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by Samwise »

Boa noite, José Miguel.

Eu não te chamo mentiroso "porque sim". Chamo-te mentiroso porque de facto espalhas mentiras. Nesta última semana, em cada post que escreveste, leio mais mentiras sobre mim. Começam agora a ser repetitivas - são as mesmas que eram no início da semana - mas não deixam de ser mentiras.

São, aliás, duplas-mentiras (é como aquele conceito do Orwell do "duplo-pensar" - no teu caso é um "duplo-mentir"): mentes sobre um assunto, e a seguir baseia-te nessa mentira para suportares outras mentiras.

Para dar um exemplo que tem sido recorrente: dizes que eu sou de extrema-direita, e a seguir usas esse "facto" para dizer que é por isso que eu te critico e te ataco.

Tal como o JRibeiro, não tenho nem nunca tive qualquer orientação política "à direita", ou a ver com políticos de direita, considerando o panorâma político português. Não sou uma pessoa neutra, e identifico-me maioritariamente com ideias de esquerda (não tenho partido e não quero ter - nem ser de). Mas não sou é "extremista". Qualquer ideia de extremismo, quer à direita, quer à esquerda, me repele logo à partida.

Eu não "te ataco" por questões políticas ou por questões religiosas - "ataco-te" antes por considerar que mentes e falseias nas tuas exposições de ideias. Falas sem conhecimento de causa. Até podes suportar grandes e longos posts com links para a wiki, mas se no meio de 90% de supostos factos (supostos, porque nem tudo na wiki é exactamente verdadeiro ou completo ou imparcial) metes uma mentira aqui e outra ali (sobre coisas que não conheces), então esses links não te servem de nada, não é? E não é só isso, mas não vou agora estar a repetir o que já disse no infeliz "tópico da cinemateca", e que é o exemplo cabal e a súmula da tua atitude em relação a "desinformação".

Agora, em relação a mim, que não tenho página na wiki e não tenho nenhuma biografia publicada em lado nenhum, como te atreves a escrever que eu sou de "extrema-direita", "nazi", "católico", etc, etc? Não é que isso me atinja (também podias dizer que eu sou um elefante cor-de-rosa e vivo em Marte, que era igual, é falso e estou-me nas tintas), mas gostava de saber que princípios (aqueles que dizes que tens) orientam esta tua abordagem? Como te atreves a dizer que isso não são mentiras? Como te atreves a dizer que és uma pessoa de princípios e depois espalhas uma dezena de mentiras seguidas sobre mim? Na mesma mensagem.

Sobre mim foi só recentemente que decidiste "abrir o livro", mas sobre outros assunto não foi. É por causa dessas falsidades, que têm alguma recorrência (e que eu sei que de volta e meia vão aparecer), que eu te critico. Mas na tua cabeça sou "nazi" (já agora, outra mentira tua: nunca te chamei nazi, podes procurar) e comparável ao Eichmann e ao Goebbels (estamos a falar de pessoas que mandaram outras pessoas para câmaras de gás). O No Angel não achou piada, mas a mim dá-me uma vontade enorme de rir. É delirante.

--
O próximo caramelo que se atreva a chamar-me de mentiroso, tem de o demonstrar com um link do wikipedia, caso contrário será visto pelo resto do fórum, como um palhaço.
Há muitos exemplos que posso ir buscar para trás, um trabalho fastidioso, mas possível. Agora, não dá para demonstrar coisas que não existem com links da wikipedia. O princípio parece-me errado. Se és tu que publicas essas ideias, és tu que tens de provar que são verdade. Como por exemplo (um pequeno exemplo): como é que eu provo que o Coppola não admitiu que não realizou o Dracula? Quer dizer - se és tu que afirmas que ele diz isso, és tu que tens de mostrar onde é que ele disse isso. Certo?
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by Samwise »

Um desenvolvimento triste no caso Serralves/Mapplethorpe:

(link para o Público)
Director do Museu de Serralves apresentou a demissão

João Ribas garantira ao PÚBLICO que não ia haver “salas especiais” na exposição dedicada ao fotógrafo Robert Mapplethorpe que inaugurou na quinta-feira no Porto. Director ter-se-á sentido desautorizado.

O director artístico do Museu de Arte Contemporânea de Serralves apresentou nesta sexta-feira a sua demissão à administração da Fundação de Serralves. João Ribas disse ao PÚBLICO que “já não tinha condições para continuar à frente da instituição” portuense, mas reservou para mais tarde a justificação da sua demissão.

A demissão do director vem na sequência da administração da Fundação de Serralves ter interditado a menores de 18 anos uma parte da exposição por si comissariada dedicada ao fotógrafo norte-americano Robert Mapplethorpe e ter imposto a retirada de algumas obras com conteúdo sexualmente explícito.

A exposição Robert Mapplethorpe: Pictures, que foi inaugurada quinta-feira em Serralves, abriu com menos 20 fotografias do que as 179 inicialmente anunciadas por João Ribas, também curador da mostra, e pela própria instituição num comunicado de imprensa enviado às redacções esta sexta-feira.

A exposição “é composta por 159 obras do autor, escolhidas pelo curador desta apresentação”, respondeu o gabinete de imprensa da Fundação de Serralves à pergunta do PÚBLICO sobre se a administração, presidida por Ana Pinho, pedira a retirada de alguma foto. Se num primeiro momento o gabinete não revelou quem tomara a decisão de excluir fotografias da lista inicial, numa segunda resposta a administração de Serralves avançou que as fotografias tinham sido retiradas por João Ribas: “Por uma questão de layout expositivo, o curador desta exposição retirou um conjunto de 20 obras, correspondentes a várias fases do trabalho de Robert Mapplethorpe, apenas e só por uma questão de uniformidade desta mostra e não baseada em qualquer outro factor.” Terá sido esta afirmação que levou Ribas a apresentar a sua demissão ainda esta sexta-feira à noite.

De facto, inesperadamente, a exposição inaugurada inclui uma zona reservada à qual os menores de 18 anos não têm acesso, mesmo que estejam acompanhados por adultos. Uma opção desconcertante, tendo em conta que João Ribas assegurara há uma semana ao PÚBLICO que nesta retrospectiva não haveria “censura, obras tapadas, salas especiais ou qualquer tipo de restrição a visitantes de acordo com a faixa etária”.

As declarações de Ribas, que o PÚBLICO reproduziu num artigo justamente intitulado Nesta exposição não há salas escondidas, parecem inequivocamente contraditórias com a opção que acabou por ser seguida de colocar cerca de 30 obras, consideradas “de carácter eventualmente chocante”, em duas salas interditas a menores de 18 anos. Uma contradição que o PÚBLICO tinha tentado esclarecer com o director artístico desde a manhã desta sexta-feira.

Sobre este espaço interdito a menores de 18 anos, a Fundação de Serralves disse ao PÚBLICO na primeira resposta por escrito que “a sinalização existente na exposição foi colocada de acordo com a legislação em vigor”, remetendo para o decreto-lei 23/2014. Na segunda resposta, no entanto, Serralves contradiz-se e diz tomou “medidas que permitem ao visitante a liberdade de escolha”, não justificando a existência de uma zona interdita a menores de 18 anos.

Entre a entrevista da semana passada e os últimos dias, João Ribas parece ter sido desautorizado, no que poderá ser a primeira manifestação pública de um ambiente de tensão entre a administração e a direcção artística que o PÚBLICO soube que existirá há já algum tempo.

O PÚBLICO não conseguiu obter junto da Fundação de Serralves um comentário à demissão apresentada pelo director de Serralves junto da fundação.

Entrada barrada

“Não será reservada uma sala à parte para as fotografias de teor mais sexual”, designadamente as da série X Portfolio, que mostram práticas sexuais com alusões explícitas a parafilias várias, incluindo o masoquismo, afirmara Ribas nessa entrevista ao Ípsilon. Mas foi precisamente isso que aconteceu. Uma opção tanto mais surpreendente quanto o director artístico não se limitara a garantir que não seguiria as práticas censórias de outros museus, designadamente nos Estados Unidos, onde exposições de Robert Mapplethorpe (1946-1989) chegaram a ser canceladas já depois da morte do fotógrafo.

O sucessor de Suzanne Cotter na direcção argumentara que as obras da série X Portfolio não eram “imagens violentas”, mas testemunho de “versões não normativas de prazer, de sedução, de dar e receber prazer”, e apenas podiam “não se enquadrar na sensibilidade dominante do que é um corpo normativo, ou de um corpo masculino que sai dos padrões de experiência heteronormativa e branca.”

E explicando que estas imagens, que datam maioritariamente dos anos 70, iriam integrar-se naturalmente na organização cronológica da exposição, defendeu: “um museu não pode condicionar, separar ou delimitar o acesso às obras, de dizer o que as pessoas podem ver ou não”. Que parece ter sido exactamente o que Serralves fez.

Consciente de que “as sensibilidades são múltiplas e reais”, Ribas já então adiantara, é certo, que os visitantes iriam encontrar “um aviso sensato e informativo, colocado à entrada da primeira sala”, referindo a “existência de certos conteúdos”. E assim acontece, de facto, não apenas no início do percurso expositivo, mas também num placard colocado junto à bilheteira, onde se pode ler: “Algumas obras da exposição Robert Mapplethorpe: Pictures contêm imagens de natureza explicitamente sexual. A admissão de menores de 18 anos está condicionada à companhia de um adulto”.

Mas a porta que dá acesso à zona reservada não diz exactamente a mesma coisa. Aí lê-se: “Aviso. Alertamos para a dimensão provocatória e o carácter eventualmente chocante da sexualidade contida em algumas obras expostas. A admissão nesta sala está reservada a maiores de 18 anos”. E o PÚBLICO confirmou com a funcionária de plantão à porta que as instruções são mesmo para não deixar entrar menores de 18 anos, mesmo que acompanhados. Esta sexta-feira ao final da manhã ainda não tivera de barrar a entrada a ninguém, mas explicou que, em caso de dúvida, perceberia pelo bilhete, já que o dos menores de 18 anos é mais barato e tem uma aparência diferente.

Como esta discrepância entre os avisos poderia gerar equívocos, levando, por exemplo, a que um adulto que acompanhasse um menor comprasse bilhetes na convicção de que ambos poderiam ver a exposição toda, e só depois descobrisse quer afinal não era bem assim, o PÚBLICO colocou esta questão aos funcionários da bilheteira, que asseguraram que os visitantes que traziam menores eram verbalmente avisados de que parte das obras expostas era estritamente reservada a maiores de 18 anos.

"Nunca vi nada assim"

O decreto-lei 23/2014, invocado pela Fundação Serralves como estando na base da sua decisão, define o “regime de funcionamento dos espectáculos de natureza artística” bem como a sua classificação. A classificação é estabelecida pela Comissão de Classificação e entre os seus escalões está o “para maiores de 18 anos”, sendo que o artigo 25.º acrescenta que “os espectáculos e divertimentos públicos são ainda classificados ‘Para maiores de 18 anos – Pornográfico’ sempre que possuam conteúdos considerados pornográficos, de acordo com os critérios fixados pela comissão”. Em Serralves, a indicação à porta da sala de acesso condicionado indica apenas: “Aviso. Alertamos para a dimensão provocatória e o carácter eventualmente chocante da sexualidade contida em algumas obras expostas. A admissão nesta sala está reservada a maiores de 18 anos”, e não tem apensa a classificação com a categorização “pornográfico”.

No diploma constam ainda as obrigações dos promotores, que passam pela “comunicação prévia à Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC)” com fim ao registo da existência destes eventos, mas também a definição dos vários limites etários que constam da classificação das obras. A classificação etária é obrigatória e “consiste em aconselhar a idade a partir da qual se considera que o conteúdo não é susceptível de provocar dano prejudicial ao desenvolvimento psíquico ou de influir negativamente na formação da personalidade dos menores”, lê-se no artigo 22.º. Também detalha que a idade dos menores deve ser atestada por documento “ou suprida pela responsabilização dos pais ou de um adulto identificado que os acompanhe”. O PÚBLICO não conseguiu esclarecer junto de Serralves se a comissão de classificação do IGAC tinha sido classificada.

Não deixa também de ser um tanto paradoxal que, ao mesmo tempo que proíbe a menores as imagens de sexualidade explícita de Mapplethorpe, Serralves se limite a aconselhar “acompanhamento por um familiar ou adulto” aos menores que queiram ver, na segunda parte da exposição dedicada à colecção Sonnabend, igualmente patente no museu, uma peça como Red Doggy (Canzana), que consiste numa imagem deveras explícita, em grande formato e a cores, do artista Jeff Koons a penetrar por trás a artista porno Cicciolina.

"Nunca vi nada assim. Não me lembro de nenhuma exposição que barrasse a entrada a menores de idade em determinadas salas por causa dos conteúdos", disse ao PÚBLICO um ex-dirigente do Ministério da Cultura ligado aos museus que pediu para não ser identificado. Como Serralves é uma fundação privada (embora tenha fundos públicos), "também não há nada que a impeça de tomar essa decisão", embora a mesma fonte não conheça legislação específica sobre a limitação aplicada às exposições.
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by drakes »

Em declarações aos jornalistas, à margem da visita guiada à exposição de Robert Mapplethorpe que decorreu este sábado no Museu de Serralves, no Porto, o presidente da fundação revelou ter "ficado completamente chocado" quando soube da demissão de João Ribas.

"O João ligou-me e avisou que se ia demitir, mas provavelmente apenas quando acabasse a exposição, ou seja, daqui a alguns meses. Conversei hoje e ontem com a direção, que realmente tentou resolver com ele o problema. Mas, tudo isto aconteceu tão rápido, de forma tão dramática, que devo confessar que o facto de ter anunciado a sua demissão aos meios de comunicação antes de anunciar à direção, representa uma atitude muito egoísta da parte dele", sublinhou Michael Ward Stout.

Questionado sobre o acesso restrito a menores de 18 anos, a duas salas da exposição, o diretor da Fundação frisou que a administração "apenas não queria que as fotografias mais desafiantes e 'chocantes' estivessem na galeria principal".

"Muitos museus por onde a exposição já passou pegaram nestas desafiantes fotografias e puseram-nas em diferentes espaços, colocando avisos semelhantes a estes. Nós [fundação] nunca impusemos a visão que temos sobre esta exposição a nenhuma entidade", salientou.

Quanto à retirada de cerca de 20 fotografias que pertenciam à exposição, Michael Ward Stout desmentiu o número, admitindo que as fotografias "mais desafiantes estão presentes" no museu e que João Ribas "apenas removeu duas".

"Não sei porque é que o João retirou as fotografias, não faz sentido nenhum. Não sei porque o fez, e porque o fez desta forma", acrescentou.

https://www.jn.pt/artes/interior/presid ... 91808.html
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by Samwise »

JRibeiro wrote: September 21st, 2018, 10:23 am Engraçado é colocares num pedestal um canal como o RT que não passa de megafone do kremlin e que tudo fez para eleger o Trump, aliás depois das eleições o RT fez uma série de reportagens para tentar provar que a Rússia não interferiu nas eleições, algo que toda a gente com o mínimo de inteligência sabe que aconteceu. Mas como usas esse canal de propaganda várias vezes mostra que não sabes do que falas e que és cego pelos teus preconceitos anti-EUA.
Há uma resposta "não oficial" a isto tudo, no formato de um documentário, e que expõe as ligações entre o Trump e o Putin e explica, de forma ao mesmo tempo sucinta e detalhada, como chagámos a este "estado das coisas" (começa com a ascenção do Putin ao poder...).

Chama-se Active Measures, e aconselho sem reservas a todos os que se interessem minimamente sobre o balanço de forças EUA-Russia, e sobre as pesonalidades da pessoas que os dirigem.

https://en.wikipedia.org/wiki/Active_Measures_(film)

(quando terminar de digerir com mais ponderação o que vi, colocarei um comentário mais extenso no tópico dos documentários)

---

Como complemento indispensável, e também para quem se interesse por estas coisas, para contrabalançar a ideia que tenham do canal RT, sugiro que espreitem esta entidade:

https://en.wikipedia.org/wiki/Internet_Research_Agency

EDIT:

O New York Times, jornal com reputação e tradição editorial no que respeita à exposição de "artimanhas" dos governos e do presidentes americanos, publicou há uns dias uma extensa reportagem que sobre a interferência russa nas eleições americanas - e que vai largamente ao encontro do que é apresentado no doc Active Measures.

The Plot to Subvert an Election

Estava aqui a pensar para os meus botões: toda a guerra e guerrilha que o Trump tem vindo a mover contra os Orgãos de Comunicação Social nos EUA, tentando descredibilizá-los, não tem estado a dar grandes resultados, porque a liberdade de imprensa é assegurada pela Constituição Americana (liberdade de imprensa essa que possibilita a passagem de um canal de propaganda como o Russian Today nas televisões americanas, por exemplo). Na Rússia, o Putin fez de outra forma: assassinou os jornalistas que representavam as ameaças maiores à sua consolidação de poder.
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Re: Censura no Cinema e TV: Antes e agora...

Post by drakes »

Christopher Robin, denied Chinese release, is the latest victim in China’s war on Winnie the Pooh

https://www.vox.com/2018/8/4/17651630/c ... china-pooh

Só reafirmando não é apenas os desenhos do Pooh são censurados, mas o filme live action também na China.
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