Jogo - Descobrir em que país o filme foi banido e porquê? - Resposta em spoiler.
Comentário: Portugal acaba por ser um bom exemplo da liberdade no cinema.
Moderators: waltsouza, mansildv
A China?JoséMiguel wrote:No Angel, pois eu também fico mais assustado quando um filme é banido actualmente na Europa, porque na Ásia e Médio Oriente, isso já seria expectável e não surpreende.
Atenção que existem diversas situações em que um filme pode ser banido em toda a europa, por diversas razões lógicas, por ser um crime. Eu concordo com isso, porque são situações que ou resultam de um crime, ou o seu propósito é o incitamento à criminalidade. Obviamente este tópico não defende actos criminosos, e a minha ideia é falar por exemplo de um filme de terror que foi banido no Reino Unido, mas pode ser visto em Portugal; ou dos momentos históricos e decisivos, em que a censura caíu em diversos países europeus.
Já o meu pai dizia: "A nossa liberdade começa onde a dos outros acaba."
Liberdade no cinema sim, mas sem causar mal a outrém.
Já agora naquele link do wikipédia existe um país que proibiu literalmente TODOS os filmes do mundo inteiro, durante um período de 5 anos. Vejam se conseguem descobrir que país foi esse...
E assim, isso do incentive a criminalidade e claro que e subjetivo, mas eu farto-me de ver isso, principalmente em series de tv. Se formos por ai as series Breaking Bad e Dexter eram proibidas, e muitas outras! Quer dizer, nao so glamorizam o crime/violencia como ainda ensinam a fazer as coisas! Que tal? Deve haver pessoas a aprender a "arte" do trafico de droga e dos assassinos em serie com essas seriesJoséMiguel wrote:
Atenção que existem diversas situações em que um filme pode ser banido em toda a europa, por diversas razões lógicas, por ser um crime. Eu concordo com isso, porque são situações que ou resultam de um crime, ou o seu propósito é o incitamento à criminalidade. Obviamente este tópico não defende actos criminosos, e a minha ideia é falar por exemplo de um filme de terror que foi banido no Reino Unido, mas pode ser visto em Portugal; ou dos momentos históricos e decisivos, em que a censura caíu em diversos países europeus.
Nem em fales nisso, que so de me lembrar de toda a hipocrisia da-me enjoos!Samwise wrote:--- Charlie Hebdo ---
Nao vi, o que que o filme tem de especial?Hellz7 wrote:nao sei se alguem aqui viu o filme brasileiro Amor estranho Amor , com a Vera Fischer e a Xuxa , versao uncut ? aquele filme nao passou dos limites ?
http://www.imdb.com/title/tt0063508/?ref_=fn_al_tt_1Em 1968, Ettore Scola rodou um filme, estreado entre nós apenas depois do 25 de Abril, intitulado "Um italiano em Angola". Alberto Sordi representava um homem de negócios que partia para África em busca de um amigo que se tornara, entretanto, chefe de uma tribo remota - e vivia rodeado de mulheres. O realizador recorda esses tempos. "Foi uma experiência inesquecível, porque África é sempre inesquecível. Fiz seis meses de pesquisa só para decidir em que país africano iria rodar. Mas umas regiões eram já muito turísticas, outras estavam já libertadas, outras eram demasiado 'à americana'. Gostei muito de Angola, sobretudo por causa das suas contradições", diz Scola.
Quanto ao objectivo do filme, o nostálgico cineasta diz-nos: "A personagem, à época, era como um Berlusconi que ia para África. Muito seguro de si, do seu dinheiro, do seu poder, mas também da sua ignorância. África ajudou-o a compreender algo e no fim este Berlusconi diz que já não tem as ideias muito claras. Pelo menos, África confundiu as ideias a uma personagem como o Berlusconi. Essa foi a vitória de África", entende o cineasta.
Ciente das complicações que Portugal atravessou enquanto potência colonizadora, o realizador italiano fala-nos então do que encontrou no território: "Em Angola, descobri um país com muitos problemas, porque havia um colonizador que nem sempre era muito democrata ou gentil para com os negros", começa por referir. "Mas havia de tudo em Angola: grandes cidades como Luanda, com os seus grandes edifícios, mas também o mato, com as suas tribos, que nunca tinham visto um avião. Havia uma que eu gostava muito, ao norte de Moçâmedes e de Sá da Bandeira. Eram pessoas muito simples; tinham passado ao lado da civilização. Era isso que eu procurava em África e que só encontrei em Angola.
Perguntámos então a Scola se não teve problemas em filmar num território então marcado pela guerra. "Também mostrei um pouco disso no meu filme. Tive um encontro com Agostinho Neto, porque filmámos muito perto de onde estava a guerrilha. Expliquei-lhe o tipo de filme que queria fazer e não tive qualquer problema". Quanto à forma como conseguiu chegar junto do líder histórico do MPLA, explicou-nos: "Foi através de intermediários locais. Também havia um militar. E tínhamos um director de produção que estava há muito tempo em Angola e sabia bem como é que se podia chegar ao Agostinho Neto". Mas não foi de cinema que Scola falou com Agostinho Neto. "Ele não me conhecia, mas teve confiança em mim. Alguém lhe deve ter dito que eu era um grande realizador italiano - talvez tenha sido isso. Mas não acredito que alguma vez tenha visto um dos meus filmes".