Ex Machina (2015) - Alex Garland

[THX]

IMDb > http://www.imdb.com/title/tt0470752/?ref_=nv_sr_1

Trailer




Tenho a certeza que na temática de robots/seres cibernéticos, este filme vai ser bem melhor do que o recente "Autómata" e do que o "Chappie" que vem aí do Neill Blomkamp.

Gostei do trailer, mas gostei mais por saber quem é o homem que está por detrás deste projecto.
Não é nada mais nada menos do que o mesmo homem que esteve envolvido nos argumentos e nas produções de "The Beach", "28 Days Later", "Sunshine" e do ultimo "Dredd", todos filmes que gostei muito.

Já demonstrou ter muito talento para escrever histórias e para produzir bons filmes, agora vai-se lançar finalmente na realização. Estou ,por isso, muito confiante com este filme.

P.s - Lorde X era este o filme de que te falei quando fomos ver o "Birdman", e como sei que é o teu género preferido de filme já sabes...estamos lá batidinhos na estreia .

[paupau]

E uma adaptacao da BD do Brian K. Vaughn?

[JoséMiguel]

O trailer é bom e surpreendentemente está dirigido para adultos e fãs de ficção científica séria, pois foca o diálogo e questões existenciais.

Se for representativo do filme, estarei interessado em vê-lo.

Estou farto de ser inundado com trailers e pósters de sci-fi/acção para crianças e frustrado por não ver os meus gostos pessoais representados no cinema actual.

[THX]

E uma adaptacao da BD do Brian K. Vaughn?

Não, apenas o titulo é igual, mas a história é completamente diferente.
Este filme é, como o José refere, um filme "existencialista", logo um filme adulto.
Dentro do género diria, assim de repente, que a temática tem mais a ver com o "A.I." (aka Inteligência Artificial) do Spielberg ou um "Blade Runner".

Só acho é que o trailer já mostra a premissa demais.

[waltsouza]

Hum... Parece-me que vou ao cinema antes de ir ver o novo Mad Max. Gostei do trailer e o "hype" ajuda.

http://www.rottentomatoes.com/m/ex_machina/

Ver se aproveito a festa do cinema e o vejo a 2,5€.

[BurnCycle]

Hum... Parece-me que vou ao cinema antes de ir ver o novo Mad Max. Gostei do trailer e o "hype" ajuda.

http://www.rottentomatoes.com/m/ex_machina/

Ver se aproveito a festa do cinema e o vejo a 2,5€.

Ainda é um mês de espera...

[waltsouza]

Ainda é um mês de espera...

O filme estreia a 23 de Abril (para a semana), a festa do cinema é nos dias 10, 11 e 12 de Maio. Não chega a 3 semanas. Eu conto a partir da estreia.

[waltsouza]

«Ex Machina» por Hugo Gomes



Pelos vistos, a ficção científica não tem que ser apenas uma panóplia de efeitos visuais servidos em prol da ação. Tal temática pode bem funcionar como uma "bandeja" para reflexões filosóficas ou até sociais. Dentro do cinema recente, Ex Machina é um dos exemplares que usufrui desse artifício em benefício do debate, neste caso o "velhinho" dilema da inteligência artificial, retirado das entranhas dos autores Isaac Asimov e Phillip K. Dick, os quais condicionam algo mais que somente uma feira de vaidades de tecnologias futuristas ou sofisticação robótica, preferindo antes o desenvolvimento de questões do foro humano, como a consciência e a ilusão como característica irreconhecível dos mesmos.

Alex Garland, produtor e argumentista de inúmeros filmes de Danny Boyle, constrói uma fita a partir dessa ideia, mas não limita a mesma, aprofundando as ramificações que tal sugestão poderá gerar. Curioso que num tempo em que a ficção científica parece ter adquirido espetacularidade - veja-se os casos dos recentes Transcendence e Autómata, que também questionavam as limitações da inteligência artificial, mas que cederam aos códigos do espalhafato cinematográfico - Ex Machina seja um protótipo discreto, astuto nos seus diálogos e concentrado em criar química entre as suas personagens.

Verdade é que a química existe entre humanos e máquinas, com Alicia Vikander (Um Caso Real) a mimetizar de forma convincente esse andróide perfeito, apenas apelidado de Ava (evidente alusão à bíblica Eva). Ava é uma obra ainda em fase experimental, submetida a um questionário-teste que desafia as suas limitações como máquina camaleónica, ou por outro lado, confirmar a possibilidade de ter consciência.

O registo narrativo sugerido por Alex Garland, descrito como outro ponto a seu favor, é um autêntico quid pro quo digno dos contos de Thomas Harris, onde os diálogos perceptíveis e agradavelmente bem construídos salientam essa cumplicidade entre as duas oposições de matéria (a carne e o sintético). Aliás, poderíamos aclamar que Ex Machina tem mais contornos de thriller psicológico do que propriamente do "what if" de ficção científica. Albergado por um caprichoso trio de atores, Garland coordena aqui uma das mais gratificantes obras do género presenteada nos últimos anos por Hollywood. Quanto às questões de inteligência artificial (cada vez mais em uso), talvez este seja dos melhores exemplares desde o subestimado Eu, Robô, de Alex Proyas.

O melhor – A proposta ficcional com espaço para reflexões quanto aos limites da integridade humana e os efeitos visuais que condizem com o argumento, ao invés de salientarem-se como espetáculo meramente visual.
O pior - Apesar de satisfatório, existe um ligeiro sentimento de que poderia ir muito mais longe

**** em *****

Hugo Gomes

[rmm]

Um filme maravilhoso que se arrisca a ser mais um Ovni nas salas de cinemas em tempos em que poucos querem ser mais do que velozes e furiosos.
5*****
Cult movie imediato que merece ser visto em Sala. Banda sonora hipnótica.
São poucas as vezes que me senti tão esmagado a ver os créditos finais. A primeira vez, talvez, após Fight Club.
O que é dizer imenso.

[paupau]

Filme de culto imediato!

Mostra ter substrato mais que suficiente para aguentar mais que uma visualização, pois assenta quase que exclusivamente em diálogos bem construídos, com largas implicações filosóficas e éticas.Neste aspeto o filme surge como um bom candidato a sucessor do Ghost in the Shell. Esqueçam exemplos como Eu, Robot e semelhantes. Vou cometer um exagero, mas sendo um filme em torno do tema da consciência, aproxima-se mais de um Solyaris do que um Eu,Robot ou. Não inventa a roda, mas tem conteúdo suficiente para dar boa food for tought.

Outro aspeto positivo é ser um filme bastante sci fi low profile, como já não via desde o Moon (há muitos dos último anos que não vi). É uma casa onde três seres conversam. Não quer dizer que não tenha efeitos de encher o olho e pela primeira vez talvez desde que me lembro que os efeitos estão verdadeiramente ao serviço da história e não para explodir prédios e as merdas do costume. Tenho desde já sérias dúvidas que em 2015 veja um momento tão marcante como

a AI a cobrir-se de pele usando um modelo anterior. Um momento chave extremamente bem executado, essencial para o desenlace do filme e contudo, sem "encher o olho". O mesmo para o aspeto geral da Ava.

Podem vir Avengers e SW e o raio que os parta, um momento de ficar de boca aberta com a execução.

Este "não encher o olho" assume-se como uma filosofia do filme, desde a OST hipnótica e atmosférica em pano de fundo, até uma casa de sonho inserida numa paisagem de sonho, mas filmadas de modo não pornográfico mas como algo que está lá como pano de fundo.

Gostei também da direção da história, filosófica 2/3 e

thriller psicológico na parte final. O filme procura deliberadamente enganar-nos e confesso que caí completamente. O momento antes da quinta sessão desmontou o que estava a pensar e daí ficar espantado até ao desenlace final

AVISO IMPORTANTE: para a história fazer o devido efeito, convém NÃO LER a tagline do poster e do trailer, que aponta claramente para o finale e é um spoiler. Não vou avançar mais para não começar a descobrir falhas. Primeira visualização quase perfeita. Essencial para os fãs de Sci fi, uma absoluta pérola que vai passar despercebida até aparecer no top de 2015 de muita gente.

[waltsouza]

Alex Garland May Direct 'Annihilation,' Says There's No Plans For An 'Ex Machina' Sequel




"Ex Machina" is perhaps one of the unlikeliest hit movies of the year. An original sci-fi film, with nothing in the name of A-list stars, and certainly no prospect for toys or lunchboxes. And yet, great reviews, a savvy campaign by A24, and audiences once again proving if you give them a decent movie, they'll show up -- all of these factors have contributed to Alex Garland's picture becoming a sleeper sensation. And while the plot might obviously not lend itself to a followup, the director has made clear he has no desire to try and invent one.

“I imagined it as a completely self-contained story and I still feel that way about it,” he told Deadline. “It has become reflexive for people to imagine this movie was made to set up a sequel and that the plan was built into the structure of the film. But it was not that way, at all.”

So, case closed, and Garland is already figuring out what he might do next. And his eyeballs are on an adaptation of Jeff VanderMeer's "Annihilation." “This group of women enter a sealed park to see what is going on inside, and it becomes this surreal sci-fi story, that reminded me of this J.G. Ballard sub-genre I had grown up reading," Garland said about the story. "We are literally in the process of setting it up, it’s definitely spinning in the air at the moment.” The project is set up at Paramount with producer Scott Rudin, and unlike "Ex Machina," this has franchise potential as the first book in a trilogy. Here's the synopsis from the novel:

Area X has been cut off from the rest of the continent for decades. Nature has reclaimed the last vestiges of human civilization. The first expedition returned with reports of a pristine, Edenic landscape; the second expedition ended in mass suicide, the third expedition in a hail of gunfire as its members turned on one another. The members of the eleventh expedition returned as shadows of their former selves, and within weeks, all had died of cancer. In Annihilation, the first volume of Jeff VanderMeer's Southern Reach trilogy, we join the twelfth expedition.

The group is made up of four women: an anthropologist; a surveyor; a psychologist, the de facto leader; and our narrator, a biologist. Their mission is to map the terrain, record all observations of their surroundings and of one anotioner, and, above all, avoid being contaminated by Area X itself.

They arrive expecting the unexpected, and Area X delivers--they discover a massive topographic anomaly and life forms that surpass understanding--but it's the surprises that came across the border with them and the secrets the expedition members are keeping from one another that change everything.

"Ex Machina" goes wide to two thousand screens this weekend. And if you haven't seen it yet, support original movies and buy a ticket.

http://blogs.indiewire.com/theplaylist/ ... l-20150507

[PanterA]

É verdade que o tema já foi esmiuçado em milhentos filmes, mas execução deste e a maneira como dão a volta por cima, foi qualquer coisa. Ele é apenas de 1h40, mas da maneira como o filme também estava a desenvolver acho que ficava ali 4 horas só com com aquele tipo de conversa existencialista da IA vs Homem. Por acaso a parte do xadrez e a relação que o computador tem com o jogo, dando como exemplo uma das variáveis a explorar na AVA, rachou-me ao meio. E quem diz este momento, diz outros mais. O filme está cheio deles. Mas é aquele típico pedaço de obra que adorava que tivesse passado numas das minhas aulas de filosofia quaisquer e estar horas e horas a discuto-lo.

Como já disseram, podia era ter acabado um pouco mais cedo. Mesmo aquilo que ela foi fazer, ter o seu sentido.

PS: Um pormenor delicioso: https://www.reddit.com/r/movies/comment ... x_machina/
PS2: Outra coisa curiosa foi que o actor que faz de Caleb já tinha estado na situação de máquina num episódio de Black Mirror, que neste caso abordava mais a viciação das pessoas à tecnologia e o perigo que esta lhes trazia.

8/10

[João Ferreira]

Muito bom filme mesmo!, do melhor que tenho visto ultimamente, grandes personagens, argumento excelente com um grande final, é o tipo de sci-fi que eu mais gosto, aquele que nos faz pensar.

8/10

[THX]

Já está na minha lista dos 200 filmes!!!
Foi automático.

Pena haver poucos filmes assim hoje em dia.
Agora espero ansioso pelo próximo filme deste brilhante realizador, que sabe muito bem o que quer e como o fazer.

Nota para o filme :
8.5/10

[JoséMiguel]

Ora bem...

O filme até tem maturidade e está livre do género acção que eu pessoalmente odeio desde os meus 20 anitos.

O que eu noto nos comentários é o pessoal sedento de filmes com maturidade e inteligência a abraçarem de imediato este filme, mas eu interrogo-me se apreciam e viram todos os 154 episódios da série canadiana "The Outer Limits" que esteve sete anos no ar?

https://en.wikipedia.org/wiki/The_Outer ... _series%29

"Em terra de cegos, quem tem um olho é Rei!" Este filme pode estar muito acima da qualidade média do Cinema, mas quando entramos no domínio da televisão, e perante a referida série canadiana, isto é muito superficial e fraquinho... É um bocado "para inglês ver" e não é o artigo genuíno de ficção científica filosófica/pensativa/profunda.

A mim não me convenceu...

"Close... but no cigar!"

Pessoalmente gostei mais do "Chappie", que é um filme de comédia e fantasia romântica e que de sci-fi não tem nada.