Far Cry 3

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DarkPhoenix
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Far Cry 3

Post by DarkPhoenix »

Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo..........................
o-( %-) o-( teimoso-) :| nails-) grr-) :-( :arrow: :-?
That's because Far Cry 3 is all the best things about open-world gaming. It's a glorious anecdote factory, where you manufacture brilliant new memories every time you wake up in a safehouse and head out into the jungle. It's an astonishing technical achievement, as comfortable revealing incredible landscapes over the brow of a hill as it is when the setting sun winks at you through a canopy, or when the heavens open as you stalk wildlife through the trees and long grass. And it always lets you play, but it also controls the tempo - sometimes a little heavy-handedly, but always with good intentions.

In the past, Far Cry's vision of a first-person shooter RPG where you explore, master and then control your environment has always been more seductive on paper than any of its developers have managed to deliver on disc. Far Cry 3 changes all that. For me, this is the new apex predator of open-world shooters. Hunt it down as soon as you can.


10/10
http://www.eurogamer.net/articles/2012- ... y-3-review
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dozer
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Re: Far Cry 3

Post by dozer »

O FC3 vai ser grande jogaço, o melhor da saga muito de certeza :)

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Musicslave
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Re: Far Cry 3

Post by Musicslave »

é por essas e outras palavras que a pre-order esta feita.. can't wait pato-)
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DarkPhoenix
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Re: Far Cry 3

Post by DarkPhoenix »

Acabei este ontem, versão X360.
50 horas, muito calmas...
...e já sinto saudades do Jason Brody e da divertida esquizofrenia à solta no gigantesco mapa deste jogo.

"Far Cry 3" é o resultado de uma cuidada mistura de influências, meticulosamente destilado para não frustrar o mais incompetente dos jogadores.
Basicamente, os programadores criaram aqui o derradeiro FPS sandbox desta geração, "roubando" o que de melhor ofereceram uma série de jogos anteriores.

À primeira vista, é o regresso às ilhas paradisíacas - desta vez no Pacífico - onde as palmeiras enfeitam as escarpas rochosas, e as ondulação suave acaricia as praias de areia imaculada.
Mas FC3 é um jogo muito diferente do original, e ainda mais afastado de "Far Cry 2", embora mantenha características de ambos.

No seu leque de influências, encontram-se "Metal Gear Solid", "Far Cry Instincts", "Assassin's Creed", "Red Dead Redemption" e um cheirinho a "Just Cause".

Se em FC2, "Hearts Of Darkness" era o pano de fundo, aqui é declaradamente "Alice In Wonderland", na sua visão mais negra.
Quando um grupo de amigos decide fazer skydive numa ilha bela, mas desconhecida, estavam longe de pensar no horror que lhes estava destinado.

Jason Brody é o actor principal, um jovem que se vê rapidamente sozinho, perseguido e com a difícil missão de salvar o que resta dos seus amigos.
A ilha está bem viva, animais selvagens que espreitam e emboscam por todo o lado, os piratas armados percorrem as estradas e caminhos com uma regularidade inverosímel.
Só com a ajuda de um punhado de estranhos "amigos" Jason poderá aumentar as suas hipóteses contra os alucinados líderes piratas e os seus milhares de mercenários.


O frenesim é grande em FC3.
Longe do realismo negro, opressivo, assustador de FC2, nesta sequela acontece de tudo em escassos minutos.
Somos atacados por espécies animais dos quatro cantos do planeta ( que se juntaram todos de forma "inexplicável" :lol: nesta ilha ), os carros armados patrulham as estradas com a frequência de segundos. Nem os comboios em Tokyo são tão competentes.
Sendo assim, a confusão é uma constante, explosões e tiros por todo o lado, animais a caçarem tudo o que se mexa, numa rixa hilariante e surpreendente, dada a variedade de situações que podem surgir.

Mas apesar de todo este festim, "Far Cry 3" é muito fácil, por vezes demasiado condescendente com o jogador.
Ao fim de 20 minutos no jogo, eu já possuia a "mãe de todas as armas" nos FPS sandbox: uma sniper rifle.
Isto, além de granadas, metralhadoras, pistolas, cocktails molotov, etc.......
Ou seja, qualquer sensação de real perigo ou desafio é imediatamente desfeita pela generosidade do jogo.

Não é a experiência "Far Cry 2", com certeza, onde as armas só ficavam disponíveis depois de completar missões específicas ( atacar os camiões ), as armas emperravam, avariavam, explodiam nas nossas mãos, eram caras e só podiam ser trocadas pelos diamantes, aliás a única moeda de troca em FC2.
Só para conseguir ter acesso à sniper Dragunov, era preciso suar muito... refiro esta arma porque a partir daí, as coisas ficavam bem mais fáceis.

Mas apesar de muito diferente na abordagem e na dificuldade, "Far Cry 3" não é melhor nem pior do que o seu antecessor.
Apenas totalmente diferente, muito mais relaxado e destinado a divertir sem se levar a sério.

Não há segredos aqui, os mapas com os tesouros, relíquias e demais coleccionáveis, estão à venda a partir do momento em que - ao bom estilo Assassin's Creed - subimos às torres de comunicações e restabelecemos a ligação para a zona respectiva.
Os waypoints são omnipresentes e conduzem-nos com precisão milimétrica até ao destino, não existe melhor GPS. :|
O divertido detector de diamantes de FC2 foi mandado às urtigas ( aparece em jeito de homenagem numa sub-quest do jogo ), pois todos eles estão marcados no mapa e podem ser marcados com o sinalizador, que indica a proximidade e altitude do objecto...

A forma como abordaram a procura dos coleccionáveis é um exemplo de preguiça e condescendência contra-producente para o próprio jogo.
Ao indicarem com precisão o seu local reduziram a sensação de conquista, resumindo-os a um frete necessário para obter aquele achievement ou determinada arma especial.
Uma ou outra relíquia exige uma investigação das redondezas, de forma a descobrir a entrada, mas em 90% dos casos o waypoint leva-nos direitinho ao seu encontro.

No que toca à inteligência artificial dos npcs, em particular os inimigos, as mudanças em relação a FC2 são radicais.
Se no jogo anterior, os inimigos tinham uma super-visão que nos distinguia da vegetação a 1 km de distância, em "Far Cry 3" o seu ângulo de visão não ultrapassa os 30 metros, sem qualquer objecto entre nós e eles.
Ao estilo MGS.
E as influências do clássico da Konami estão presentes na parte mais divertida de FC3, a abordagem às dezenas de bases inimigas espalhadas pela ilha.
A uma distância segura, utilizamos a DSLR para visualizar e marcar os alvos - muito bem assinalados segundo o tipo - e a partir daí traçamos a estratégia mais adequada de forma a tomar a base, eliminando sorrateiramente os inimigos.
Aqui, a IA de "Far Cry 3" mostra a sua graça, já que os piratas agem exactamente como os genome soldiers de MGS.
Assim que avistam um possível corpo, aproximam-se para investigar, e em caso de certeza, podem ou não activar de imediato o alarme da base ( activam com certeza se nos avistarem claramente, ou seja a 5 metros :-))) ), o que tornará as coisas mais complicadas e nos fará perder um considerável bónus ( 1500xp se a base for conquistada sem sermos detectados ).
O ataque às bases inimigas é o ponto forte deste jogo, já que nos dá total liberdade de optar pela abordagem que pretendermos, e cada uma delas tem as suas particularidades muito engraçadas.

O problema é que - mais uma vez - a extrema generosidade do jogo acaba por banalizar o cerco e retoma das bases, já que no início do jogo a recompensa pela abordagem stealth são os benvindos experience points ( xp ) que utilizamos para desbloquear habilidades, algumas delas bastante úteis e espectaculares, mas é com tristeza que depressa conseguimos todas as habilidades e depois... depois o ataque às bases é mais um frete para conseguir o respectivo achievement.

Para além da óbvia luta contra os piratas, Jason Brody tem uma série de tarefas secundárias ( algumas delas essenciais ) , como missões de assassínio ( Assassin's Creed ), caçar um animal específico com uma arma pré-determinada ( Red Dead Redemption ), ajudar alguns dos locais em tarefas mais ou menos idiotas, jogar poker ( RDR e todos os que se lhe seguiram ), provas de tiro ao alvo ( RDR ), provocar o máximo possível de carnificina em desafios específicos ( GTA ), Time-trials alucinados através da selva,... tudo e mais alguma coisa!
"Far Cry 3" é uma sopa de referências, não tem medo de as assumir, e oferece todo o tipo de actividades para todos os gostos.

Em termos gráficos, embora a framerate esteja limitada aos 30FPS, o jogo é absolutamente deslumbrante.
Como é possível hardware com 7 anos conseguir apresentar tal proeza......
As set-pieces, sequências pré-determinadas em ambientes controlados e onde os movimentos são limitados, ostentam um grafismo de tal forma rico, que custa a crer que seja uma velhinha X360 a produzir semelhante beleza!
Para além dos gráficos, referência obrigatória à excelente realização dessas sequências, pontos de viragem em que a história assume a liderança, onde as emoções fortes são uma constante surpresa.

Comparativamente a "Far Cry 2", os gráficos não são melhores, apenas diferentes.
A física dos elementos foi reduzida, já não é possível ( por exemplo ) abater individualmente os ramos de uma árvore, os efeitos de luz são muito menos variados, bem como a iluminação dos vários ambientes no mapa, o ciclo dia/noite está menos realista...
Em contrapartida, o grafismo das armas, personagens, variedade de vida animal, a riqueza dos ambientes aquáticos e a diversidade de veículos e inimigos são um justo contraponto.
Mais uma vez, "Far Cry 3" opta pela quantidade, enquanto o seu predecessor primou pela qualidade.

Ligado a um sistema de som, o Dolby Digital não deixa ninguém indiferente.
O som é poderoso e aumenta a sensação de perigo, nomeadamente os efeitos ambientais que nos transportam de imediato para o interior de selvas infestadas de ameaças. nails-)

A história do jogo não desilude, não chega aos pés da de "Far Cry 2", mas.... nenhum outro FPS o conseguiu.
Jason Brody é tão esquizofrénico como os seus inimigos e a ilha em geral, um local onde se encontram dragões de Komodo, pumas, tigres, mantas gigantes, dingos,..... :mrgreen: É tudo ao monte!
Num momento, Jason está desesperado e em pânico pelo horror que ele e os amigos sofrem, no minuto seguinte é um espertalhão com piadinhas parvas.
Num dos comentários no Eurogamer.net, alguém o caracterizou como "douchebag in paradise". Perfeito! :lol:


Resumindo, "Far Cry 3" é um excelente FPS sandbox, oferece uma liberdade sem igual nas abordagens ao sistema de combate e nas tarefas que podemos desempenhar.
É também vítima de querer agradar tanto, depois dos meninos chorões terem sido espezinhados pela crueza genial e recompensadora de "Far Cry 2", pois o jogo oferece todas as recompensas a uma velocidade ridícula, tornando-se repetitivo e banal assim que desaparece a possibilidade de evolução.
Em suma, FC3 falha na questão do ritmo, o que revela alguma incompetência dos programadores.
Culpado apenas de querer dar tudo cedo e fácil demais, tentar agradar também aos meninos chorês e impacientes.

Grande jogo, literalmente em todos os aspectos, o que perdeu em qualidade em relação a FC2, recompensou em imensa quantidade e variedade.
A Ubisoft está novamente de parabéns!



9.5/10
PanterA
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Re: Far Cry 3

Post by PanterA »

Este foi um daqueles jogos que me deu um prazer enorme de o passar a 100%. Só peca mesmo em a historia ser super curta, e não acompanhar um mundo tão gigantesco como o que foi criado.
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DarkPhoenix
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Re: Far Cry 3

Post by DarkPhoenix »

Sim, PanterA, muitos sandbox com mapas imensos acabam por não utilizar o potencial dos mesmos.

Há pouco, li um comentário muito interessante no Eurogamer.
Referia um momento chave na história recente dos videojogos, um ponto de viragem: a falência de "Shenmue" e o sucesso esmagador de "GTA III".
O primeiro foi um jogo de detalhes com uma história e personagens bem delineadas e um scope mais humano e próximo do protagonista, o segundo optou pela abordagem generalista das missões repetitivas, num mapa gigante que funcionava como parque de diversões.
Infelizmente, são poucos os jogos que conseguem conciliar ambas as vertentes, "Red Dead Redemption" será talvez o melhor exemplo, "Far Cry 2" também foi excelente.
Dos piores exemplos, "Rage" é o que mais sobressai.

Só me faltam acabar as missões co-op do "Far Cry 3".
Se alguém estiver disposto para a brincadeira, eu compro um mês de Live Gold.
São missões divertidas, até quatro jogadores.
Fica o convite.
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