Começou mal, quando a LNK decidiu lançar Sopranos em 300 volumes e todos caros, e depois engrenou quando a Warner dava atenção ao nosso País e começavam a surgir mais séries nas lojas e variedade de títulos e temporadas.
Depois quando houve a explosão na TV e Internet (pessoal com downloads diários/semanais de x série) com séries como Lost, House e Prison Break todas as editoras começaram a apostar em grande neste mercado sendo que algumas começavam a abusar. A Universal abusava a lançar a 50€ coisas antigas sem qualidade de imagem, e a Lusomundo começou a ficar fã de partir as temporadas em 2 volumes cobrando quase o mesmo que cobrava só por um.
Neste momento há alguma procura mas tanto as editoras como as lojas deixaram o mercado um pouco de lado. Em algumas Fnac's o espaço foi reduzido ou então as mesmas são expostas à videoclube (todas só com a lombada à mostra) e em algumas Wortens também com um espaço reduzido a x séries apenas e outras negociadas para topos específicos. Mediamarkt ainda é a única a dar um espaço valente às séries e as ter em grande variedade.
O mercado está semi-morto? Necessita de algum abanão? O que acham?
Mercado das séries em Portugal
Moderator: JRibeiro
Re: Mercado das séries em Portugal
Como sempre, preços. Quando baixam (a sério), voa tudo. Em termos de lançamentos menos mal, os principais títulos vão saindo e vão aparecendo umas surpresas, o mercado está maduro, os preços é que voltaram aos promórdios, as séries já foram mais baratas, temos packs de 4 discos a preços de 6 antigamente.
Raras as que são lançadas a menos de €30, lembro Friends a 20 quase até ao fim, hoje já não aconteceria. E séries em BD é risível, só mesmo a Worten que colocou Sobrenatural s3 a €20.
Raras as que são lançadas a menos de €30, lembro Friends a 20 quase até ao fim, hoje já não aconteceria. E séries em BD é risível, só mesmo a Worten que colocou Sobrenatural s3 a €20.
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Musicslave
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Re: Mercado das séries em Portugal
o mercado está tudo isso que referis-te e talvez ainda mais.
tal como dizes à uns 4 anos +- deu-se o boom de series e foi lançar ate se cansarem, isto com os preços abusivos (ver edição de 3 discos a 30 ou 35€ é de rir) do costume
se o pessoal ao inicio ainda comprava, começou a se aperceber dos preços, isto claro aliado ao que se encontra na net e ás tretas de dividir uma temporada em 2 partes
isto certamente fez cair e bem as vendas, o que elevou ao ja tipico tuga de não acabarem as colecção, Buffy, stargate, etc
ver fringe a 50€ é de rir, e não é só na fnac, porque noutros lados a preço é idêntico.
posto isto, muitas series que ja deveriam ter sido lançadas a muito ficam na gaveta, como Breaking Bad.
posto isto acho que o mercado de series está a caminhar para o negro, talvez não chegue ao ponto de à 7 anos +- mas devera andar la perto
tal como dizes à uns 4 anos +- deu-se o boom de series e foi lançar ate se cansarem, isto com os preços abusivos (ver edição de 3 discos a 30 ou 35€ é de rir) do costume
se o pessoal ao inicio ainda comprava, começou a se aperceber dos preços, isto claro aliado ao que se encontra na net e ás tretas de dividir uma temporada em 2 partes
isto certamente fez cair e bem as vendas, o que elevou ao ja tipico tuga de não acabarem as colecção, Buffy, stargate, etc
ver fringe a 50€ é de rir, e não é só na fnac, porque noutros lados a preço é idêntico.
posto isto, muitas series que ja deveriam ter sido lançadas a muito ficam na gaveta, como Breaking Bad.
posto isto acho que o mercado de series está a caminhar para o negro, talvez não chegue ao ponto de à 7 anos +- mas devera andar la perto
Re: Mercado das séries em Portugal
O futuro das séries é o conteúdo digital, hoje em dia é nisso que aposto, com o advento das redes domésticas e media players as edições físicas das séries são apenas para os mais aficionados.
"You're not your Facebook status. You're not how many friends you have. You're not the smart phone you own. You're not the apps of your phone. You're not your fucking iPad. You're the all-planking, e-consuming crap of the world."
Re: Mercado das séries em Portugal
O filão secou. Enquanto houve arquivo para ir buscar tudo o que era saudosismo, lançavam-se séries. Agora só restam os novos títulos.
Ainda para mais, a venda de séries sempre foi marginal em Portugal. Se olharem para os selos do IGAC, notam que o número anda sempre nas casas do primeiro milhar, segundo milhar, na maioria dos títulos. Se pensarem bem, isso equivale a dizer que são 1 ou 2 portugueses em cada 10.000 que compraram aquela série específica. O que, sejamos realistas, também não permite que se lancem produtos a preços mais convidativos.
Até porque nem existe muita cultura de séries em Portugal. Se virmos as grelhas dos canais generalistas, ou são chutadas para a madrugada, ou para as tardes de sábado ou para o canal 2. E as audiências são baixas. Mas é uma questão cultural. O tuga gosta mais de novelas e de programas de pseudo-famosos a cantar/dançar, e os operadores não são a Santa Casa e têm de ter audiência.
Juntemos o facto do público-alvo destes produtos sobrepor-se aos subscritores de cabo com "boxes" de gravação, que permitem hoje em dia seguir de forma fácil um série. O que não acontecia no boom do fenómeno. Quantas séries eu comprei porque simplesmente não as conseguia apanhar na tv, ou porque não tinha tempo, ou porque adormecia ou porque o horário nunca era respeitado.
Por fim, a questão das edições nacionais. Perdi a conta ao número de séries que deixei a meio, ou que optei por comprar lá fora. Bem sei que se não se vende, não se edita. Mas a incerteza de se completar uma colecção, também inibe a compra. Talvez devesse existir uma regulação legislativa análoga há que existe para aquelas tretas da planeta agostini, em que é garantido ao consumidor a entrega de todos os números, por pior que sejam as vendas. Mas isso tem de partir dos próprios distribuidores, e não me parece que a Zon (o maior no burgo) embarque nisso.
Mais do que o preço, o que para mim, avido consumidor de séries, me inibe de comprar mais edições nacionais, é não ter a certeza que completo a colecção. E se ainda entendo que os lançamentos parem, perante as baixas vendas da primeira temporada de uma série, custa-me a aceitar que não se editem as últimas temporadas de uma série completa. É um desrespeito pelas expectativas criadas. Assim de memória, Arrested Development, Lois & Clark ou Stargate SG-1, ficaram penduradas a uma série do fim. Neste último caso então, lançaram 9 seasons de 10.
Juntem a isso trapalhadas como, séries que forem editadas fora de ordem, porque as edições internacionais não tinham legendas em PT e não bastava fazer a capa e meter-lhe um selo do IGAC (Sexo e a Cidade - em que foram precisos passar anos para editarem a versão nacional da season 1; Foi assim que aconteceu - em que a 2ª temporada saiu depois da 4ª; Serviço de urgência (ER) - em que nunca saíram as 14ª e 15ªs temporadas, curiosamente as mesmas que não tinham legendagem PT nas edições inglesas; ...).
Por tudo isto, o mercado nacional de séries está parado. Ele já era pequeno. Não existem muitas séries apelativas para o típico português para lançar, e não respeitam os poucos consumidores dedicados que têm...
Ainda para mais, a venda de séries sempre foi marginal em Portugal. Se olharem para os selos do IGAC, notam que o número anda sempre nas casas do primeiro milhar, segundo milhar, na maioria dos títulos. Se pensarem bem, isso equivale a dizer que são 1 ou 2 portugueses em cada 10.000 que compraram aquela série específica. O que, sejamos realistas, também não permite que se lancem produtos a preços mais convidativos.
Até porque nem existe muita cultura de séries em Portugal. Se virmos as grelhas dos canais generalistas, ou são chutadas para a madrugada, ou para as tardes de sábado ou para o canal 2. E as audiências são baixas. Mas é uma questão cultural. O tuga gosta mais de novelas e de programas de pseudo-famosos a cantar/dançar, e os operadores não são a Santa Casa e têm de ter audiência.
Juntemos o facto do público-alvo destes produtos sobrepor-se aos subscritores de cabo com "boxes" de gravação, que permitem hoje em dia seguir de forma fácil um série. O que não acontecia no boom do fenómeno. Quantas séries eu comprei porque simplesmente não as conseguia apanhar na tv, ou porque não tinha tempo, ou porque adormecia ou porque o horário nunca era respeitado.
Por fim, a questão das edições nacionais. Perdi a conta ao número de séries que deixei a meio, ou que optei por comprar lá fora. Bem sei que se não se vende, não se edita. Mas a incerteza de se completar uma colecção, também inibe a compra. Talvez devesse existir uma regulação legislativa análoga há que existe para aquelas tretas da planeta agostini, em que é garantido ao consumidor a entrega de todos os números, por pior que sejam as vendas. Mas isso tem de partir dos próprios distribuidores, e não me parece que a Zon (o maior no burgo) embarque nisso.
Mais do que o preço, o que para mim, avido consumidor de séries, me inibe de comprar mais edições nacionais, é não ter a certeza que completo a colecção. E se ainda entendo que os lançamentos parem, perante as baixas vendas da primeira temporada de uma série, custa-me a aceitar que não se editem as últimas temporadas de uma série completa. É um desrespeito pelas expectativas criadas. Assim de memória, Arrested Development, Lois & Clark ou Stargate SG-1, ficaram penduradas a uma série do fim. Neste último caso então, lançaram 9 seasons de 10.
Juntem a isso trapalhadas como, séries que forem editadas fora de ordem, porque as edições internacionais não tinham legendas em PT e não bastava fazer a capa e meter-lhe um selo do IGAC (Sexo e a Cidade - em que foram precisos passar anos para editarem a versão nacional da season 1; Foi assim que aconteceu - em que a 2ª temporada saiu depois da 4ª; Serviço de urgência (ER) - em que nunca saíram as 14ª e 15ªs temporadas, curiosamente as mesmas que não tinham legendagem PT nas edições inglesas; ...).
Por tudo isto, o mercado nacional de séries está parado. Ele já era pequeno. Não existem muitas séries apelativas para o típico português para lançar, e não respeitam os poucos consumidores dedicados que têm...
Re: Mercado das séries em Portugal
Assim de repente, lembro-me da segunda season do Twin Peaks, da terceira season da série Millennium, e da segunda season do Homem Rico, Homem Pobre. Fiquei a arder com todas e acabei por comprar as edições inglesas, aliás muito mais baratas.
Realmente para andarmos sempre a ser enganados, gozados e roubados e ainda por cima para deixarem as séries a meio... mais vale comprarmos lá fora. Sempre se melhora o inglês para quando o pessoal bazar todo daqui e deixar aqui apenas os bandidos dos políticos e dos empresários da alta finança que são os donos deles.
Já para não falar das edições cortadas como aconteceu recentemente com a Walking Dead. Enviei um email para a fnac e nem responderam. Porcos. Mais um aqui que vai acabar com o cartão.
Realmente para andarmos sempre a ser enganados, gozados e roubados e ainda por cima para deixarem as séries a meio... mais vale comprarmos lá fora. Sempre se melhora o inglês para quando o pessoal bazar todo daqui e deixar aqui apenas os bandidos dos políticos e dos empresários da alta finança que são os donos deles.
Já para não falar das edições cortadas como aconteceu recentemente com a Walking Dead. Enviei um email para a fnac e nem responderam. Porcos. Mais um aqui que vai acabar com o cartão.
Cabeças
