Qual foi o último filme que viram ?

[p_alucinado]

Pessoal, não sei nada sobre essa história e nem entendi direito. Sou brasileiro, natural do Rio de Janeiro e descobri este fórum pesquisando no google. Qdo me registrei nem sabia que era de Portugal.

Meu único interesse é conhecer pessoas que gostem da mesma coisa que eu: cinema e séries de televisão. Quando perguntei se todos eram de Portugal foi pq traduziram The GodFather para O Padrinho. Nem sei do que houve antes de chegar aqui.

É isso, espero que acreditem mas caso eu esteja atrapalhando, posso me retirar, ok?

Forte abraço!

Se vens por bem, és bem vindo! :D O que queremos é pessoal com quem partilhar as nossas opiniões. ;)

[Cabeças]

Pessoal, não sei nada sobre essa história e nem entendi direito. Sou brasileiro, natural do Rio de Janeiro e descobri este fórum pesquisando no google. Qdo me registrei nem sabia que era de Portugal.

Meu único interesse é conhecer pessoas que gostem da mesma coisa que eu: cinema e séries de televisão. Quando perguntei se todos eram de Portugal foi pq traduziram The GodFather para O Padrinho. Nem sei do que houve antes de chegar aqui.

É isso, espero que acreditem mas caso eu esteja atrapalhando, posso me retirar, ok?

Forte abraço!

Bem vindo, pá!

Não ligues, há aqui pessoal esquentado, como em todo lugar, mas o taxman não quis de certeza personalizar a coisa.

Estive a dar uma olhada no seu blog, tem lá coisas bem engraçadas, gostei bastante. Ainda não vi tudo, mas do que vi, gostei especialmente daquele vídeo dos actores referindo qual o seu actor/filme favorito.

Abraço

[superman]

Ja o tenho algum tempo mas ainda não o tinha visto
Por acaso gostei muito deste

[Wickedbug]

Este tornou-se automaticamente num dos meus all time favourites. Filme maduro e agri-doce sobre a adolescência, confronta os personagens com os dilemas próprios da idade mas sem nunca os reduzir a caricaturas. Greg Mottola, que já se saíra muito bem com Superbad, parece ser o John Hughes do século XXI. A forma como filma cenas que nos são familiares e nos faz rever naqueles personagens é reveladora de um talento especial, bem vincado neste filme que, concerteza, cruzará gerações de espectadores. Grande, GRANDE FILME, este. A não perder!

também o vi recentemente e tb me marcou.

Não sei se conheces Freaks ands Geeks (uma série de tv de 1999) p_alucinado mas se não conheceres vale a pena espreitares pq Adventureland é muito semelhante no tom.

[p_alucinado]

Este tornou-se automaticamente num dos meus all time favourites. Filme maduro e agri-doce sobre a adolescência, confronta os personagens com os dilemas próprios da idade mas sem nunca os reduzir a caricaturas. Greg Mottola, que já se saíra muito bem com Superbad, parece ser o John Hughes do século XXI. A forma como filma cenas que nos são familiares e nos faz rever naqueles personagens é reveladora de um talento especial, bem vincado neste filme que, concerteza, cruzará gerações de espectadores. Grande, GRANDE FILME, este. A não perder!

também o vi recentemente e tb me marcou.

Não sei se conheces Freaks ands Geeks (uma série de tv de 1999) p_alucinado mas se não conheceres vale a pena espreitares pq Adventureland é muito semelhante no tom.

Claro que vi. Não poderia deixar passar essa. Ainda não a comprei mas há coisa de ano e meio chegaram-me às mãos os eps e não pude perder. Desde essa altura, tenho andado sempre de olho no que o Apatow e os seus discípulos fazem. Nem sempre acertam, é verdade, mas o Greg Mottola tem sido um grande discípulo. Ah! E o Freeks & Geeks - que já passou na SIC Radical com o título "A Nova Geração" - é uma das séries que, sem dúvida, mais marcas me deixou até hoje. Sensacional!

[DarkPhoenix]

...e agora, para algum cinema xunga :




Hancock

Mas que salada tão indigesta...
O argumento esquizofrénico começa em tons de sátira e celebração ( mais uma ) do ego de Will Smith, mas "evolui" para um ainda pior final dramático e com pretensões a épico.
Acaba por falhar em tudo, inclusive como divertimento básico.
Consegue-o graças a uma fartura de momentos confrangedores, divididos entre as grosseiras aproximações à comédia ou as tentativas ridículas de sustentar um drama de dimensões "biblícas".
Quem estiver a pensar nos sfx, pode desligar o filme logo após a primeira cena de acção que abre as hostilidades.
O resto é banal e não justifica o sofrimento.

Uma verdadeira porcaria que não merece sequer a perda de tempo.





Death Race


Isto sim é entretenimento de primeira, com o distribuidor de porrada Jason Statham a garantir mais um festim de violência sem pudores ou moralismos.
És mau? Levas no focinho!
Nada de complexos ou traumas de infância, aqui é sempre a abrir, dentro e fora da pista(!?).
De salientar o uso e abuso da boa velha chaparia, a fazer lembrar o saudoso "Mad Max 2" ( dos tempos em que o Gibson ainda era suportável ).
A utilização de veículos reais nas corridas e acidentes confere uma benvinda verosimilhança às cenas de acção, limitando o uso de CG ao estritamente necessário.

Não vai ganhar prémios em festivais, mas é um filme que entretém quanto baste.
Andam por lá alguns clichés irritantes, os habitués do género série B xunga, mas faz tudo parte da mística deste tipo de produção.
Recomendável como escape!





300


Não conheço a graphic novel do Frank Miller, na qual este filme é inspirado.

O filme é graficamente intenso com um recurso constante à estilização nas imagens e ao slow motion nas elaboradas coreografias.
Parece de facto estarmos a ver um comic em movimento.

Infelizmente, o argumento básico do mais básico que existe, a premissa fascista de cariz duvidoso e sobretudo a caracterização primária e falaciosa ( pseudo-histórica ao estilo do Melinho das cruzes ) dos bons e maus, não estão ao nível do aparato visual e acabam por fazer ruir o próprio filme, ao ponto de raiar o insuportável.
Dei por mim a torcer pelo exército de Xerxes, que limpasse da face da terra aquela cambada de bestas arrogantes, homofóbicos maricões de ginásio.

Zack Snyder até pode ter sido fiel à visão de Frank Miller, não duvido.
Mas isso não faz de "300" um bom filme.
No máximo, será um interessante exercício de estilo visual, ainda que acabe por ser cansativo.

Na carreira do realizador, está bastante abaixo do exemplar "Watchmen", até do seu competente remake do clássico "Dawn Of The Dead".

[gladiator37]

uau que grandes criticas

[Arauja_Kodomo]

Um dos meus preferidos!!! Foi bom recordar, adoro o filme!!!

[DarkPhoenix]

Fast and Furious

Este "filme" marca o regresso do bad boy Vin Diesel a um dos franchises que mais sucesso comercial lhe rendeu.
Na minha opinião, ainda consegue ser pior do que o "Tokyo Drift", esse pelo menos tinha o encanto exótico da localização.

O argumento é a merda do costume, estava o Vin Diesel descansadinho a roubar gasolina num país qualquer do terceiro mundo, quando aqueles gajos chatos da polícia dão novamente com ele e o obrigam a fugir outra vez.
Uns milhares de kms a norte, o bonitinho e acéfalo Paul Walker continua na indecisão entre ser polícia ( FBI, co, cof!!! ) ou conduzir de forma assassina pelas ruas de LA.
A morte misteriosa de alguém querido dá o pontapé de saída para uma história banal, recheada dos clichés habituais, onde a ambiguidade moral das personagens e respectivas acções e motivações é marca registada de um tipo de mentalidade que me enoja.
Abomino toda esta "cultura" street-racer misturada com hip-hop, lixo envernizado que apenas polui e confunde a mente de adolescentes desequilibrados e inseguros.

Acerca das cenas de acção, eu fiz um esforço enorme para não adormecer a meio das mesmas,...
A banda sonora é um autêntico atentado aos ouvidos, mas diga-se em abono da verdade que complementa as cenas na perfeição, transformando o mau em péssimo.

Já deu para perceber que eu não faço parte do público alvo desta coisa.
E só por isso, vou fazer de conta que acredito que alguém possa encontrar algum elemento redentor neste monte de esterco.






Pathfinder


Abordagem nua e crua ao género hack&slash, um filme que respeita a lei do metal sem olhar a comic-relief ou outras manobras manhosas.
Sangrento quanto baste, tensão constante em quase todo o filme, como manda a lei do bom cinema de acção.

Infelizmente, várias secções são altamente penalizadas por uma montagem pobre e confusa, que parece revelar problemas no orçamento e consequente incapacidade de filmar determinadas cenas.
Até se assiste ao recurso constante a imagens de arquivo ( porventura de documentários?!? ), nitidamente à margem do estilo visual do filme.

Uma pena porque a realização tem os seus momentos, e as interpretações do elenco transpiram garra, empenho e competência.
O argumento é aceitável, previsível até ao tutano mas honesto e consciente.
A banda sonora não desilude, embora o recurso constante ao som como forma de intensificar os sustos se torne maçador.

Em suma, um filme para os amantes do género, dá tudo o que tem...
O problema reside quando quer dar mais do que pode.

[Arauja_Kodomo]

Eu gostei bastante!!! Em algumas partes do filme notasse perfeitamente a mãozinha do Burton, mas não é o melhor trabalho dele...
Em relação ao 3D digo o mesmo quando fui ver o Avatar: estraga um pouco em relação à fotografia e cor...
7/10.

[Gollum]

Willy Wonka and the chocolate factory

Um filme com coração que ganha novos contornos quando visionado na idade adulta, mas que mantém sempre a magia e a comédia.
Entre este e o do Burton, a escolha é fácil.

[p_alucinado]

Eis os que vi nos últimos tempos...


Comédia adolescente que começa muito bem e promete muito nos primeiros 20 minutos. Quer parecer um filme sensível mas descamba rotundamente no mais vulgar logo à entrada para o 2º acto. Um desperdício total de uma premissa com potencial. Ainda assim, vale a banda-sonora.



Exemplo acabado de filme cujo remake seria bem-vindo, The Running Man (O Gladiador, em pt), peca pela falta de um subtexto mais relevante. Como filme de acção é um produto do seu tempo - datado, portanto - que diverte mas rapidamente se esquece. Podia ser pior, though...



Este é um daqueles filmes que nos inspira, na onda de um Before Sunrise ou de um Into the Wild. Apesar de tudo, não chega ao nível de excelência dos referidos. A história é a de dois amigos que invadem casas, baralham tudo o que lá está dentro mas não roubam nada. A intenção deles é apenas criar medo nas pessoas mais ricas. Até que algo não corre tão bem. Grandes interpretações num filme que, embora não perfeito, dá que pensar. Aconselho vivamente.


Atirei-me a este a medo. Não que estivesse à espera de um mau filme, mas soava-me muito a Rocky Balboa e, apesar de ter adorado o último tomo da saga do pugilista de Filadélfia, não me apetecia estar a ver outro filme igual. A verdade é que The Wrestler é um filme muito próprio, que evita clichés e não tem medo de arriscar ser amargo, não tem medo de si mesmo. É um filme sobre pessoas, sobre a vida e sobre ter um lugar onde se pertence. Pode não ser o ideal, pode não ser bom, mas é aquele onde nos sentimos verdadeiramente em casa. Rourke e Tomei estão assombrosos sob a direcção de um Darren Aronofsky que não abdica de um estilo muito próprio. Para ver e rever.



Ainda não vi o Paris, Je T'aime, onde este filme foi buscar inspiração, mas posso desde já dizer que, de certeza, o filme terá buscado o seu tom à fita francesa. New York, I Love You beneficia em muito do facto de grande parte dos realizadores envolvidos no projecto não serem americanos nem se terem tentado americanizar. As situações são tão reais quanto plausíveis e sim, são românticas e são quotidianas. É a vida de uma cidade e das pessoas que a fazem e dos pequenos momentos que todos esperamos ter mas aos quais nem sempre damos o devido valor. Nos antípodas de Valentine's Day, New York I Love You não pede para que gostem dele, mas antes leva-nos consigo numa viagem muito própria. Um belo filme.



Cruzei-me com este na TV e tenho de vos dizer que é um dos meus guilty pleasures. Sim, a fórmula é mais do que conhecida e tudo mais, mas todos os elementos resultam tão bem que não há como não gostar. Eu cá gosto!



As coisas que acontecem a um gajo! Uma noite destas fui com um colega meu a um bar/disco muito fraquinho e quase vazio. Acabei a ver esta pérola que, não sei bem dizer-vos, talvez fosse pior que o bar. Até o Sleeping With the Enemy, que não era nada de estrondoso, era bem melhor que este. A história do costume contada sem chama nem brilho. Pobre!



Um filme tocante que me acompanhará para sempre. Um prodígio de sensibilidade e criatividade na forma como se conta a história de um homem passando por várias épocas marcantes da história americana do século XX. O filme-chave da carreira de Robin Wright e mais uma obra-prima no rico curriculum de Robert Zemeckis.



Esperava um pouco mais desta interessante ode à poesia, ao amor e à vida. As interpretações são muito boas mas faltou a Jane Campion outra subtileza na forma de tratar o tema. Vê-se bem e aconselha-se mas não é a obra-prima que muitos apregoam.



Apanhei este há dias na TV e é exactamente aquilo que se espera dele. Cliché atrás de cliché comuns aos filmes de dança. Ainda assim, não envergonha ninguém.



É muito interessante constatar que este filme não perdeu nenhuma da graça e do charme que fez dele um sucesso há já mais de duas décadas. Filme-família de aventuras perfeito, conta a história de quatro miúdos vizinhos que são encolhidos graças a uma máquina invenção do pai de dois deles. Pelo meio, aventuras com formigas gigantes, abelhas e cinzas de tabaco. Foi um prazer enorme revisitar este clássico.



Soberbo retrato da vida de um casal toxicodependente, na Nova York dos anos 70. Jerry Schatzberg dirige uma história aparentemente banal com olhar documental, a fazer lembrar o Kids, de Larry Clark. Tudo é normal, tudo é quotidiano e, no final de tudo, para quê trocar a "nossa casa" pelo desconhecido. Panico em Needle Park será sempre um clássico mais não seja por mostrar um outro lado do ser toxicodependente, aquele que ninguém gosta de ver. Para ver e rever.

[Argaroth01]

300

(...)

Infelizmente, o argumento básico do mais básico que existe, a premissa fascista de cariz duvidoso e sobretudo a caracterização primária e falaciosa ( pseudo-histórica ao estilo do Melinho das cruzes ) dos bons e maus, não estão ao nível do aparato visual e acabam por fazer ruir o próprio filme, ao ponto de raiar o insuportável.
Dei por mim a torcer pelo exército de Xerxes, que limpasse da face da terra aquela cambada de bestas arrogantes, homofóbicos maricões de ginásio.

Não sou grande apreciador deste Frank Miller e também não morro de amores por este filme, mas há uma leitura que se pode fazer, tanto da graphic novel como desta adaptação, que diz muito mais da História em si do que qualquer recriação ultra-minuciosa. Todo o filme é narrado do ponto de vista de um dos soldados espartanos que teve que regressar antes do final do confronto. Da mesma forma que em investigação de fontes históricas, os documentos têm que ser encarados com um certo graú de cepticismo, o relato do filme é claramente uma deturpação do inimigo. Todos eles apresentam alguma deformação ou exagero. Todos eles são demónios. É assim uma parte da lógica da guerra: desumanizar o inimigo a um ponto onde abater alguém seja algo simples e inquestionável. E é nessa lógica que tanto o filme como a graphic novel se passeiam. É uma desconstrução da propaganda de guerra, ainda que muito dificilmente tenha sido a intenção de Frank Miller. Só por isso o filme vale.

[DarkPhoenix]

Essa leitura exige uma grande dose de condescendência...
Na forma clara e simples como se apresenta, é uma ode à intolerância, um filme-grunho visualmente apurado e estimulante.
Tem os seus méritos.

[Argaroth01]

Essa leitura exige uma grande dose de condescendência...
Na forma clara e simples como se apresenta, é uma ode à intolerância, um filme-grunho visualmente apurado e estimulante.
Tem os seus méritos.

Não será condescendência, até porque, historicamente falando, há pouco de redentor na própria sociedade espartana (uma analogia muito comum é associa-la a uma espécie de proto-fascismo). Acho que na sua forma muito deturpada é um exemplo de como funciona a propaganda na guerra. O outro problema da questão para mim, é a "contemporização" da Batalha das Termópilas em termos de discurso. Entende-se hoje em dia, por alguns círculos, que se não fosse este conflito a civilização ocidental, tal como a conhecemos, não teria existido. Apesar disto poder ser verdade (até que ponto determinadas alterações podem ser drásticas) incorre em dois erros: 1) Não seria possível lamentar a civilização ocidental pois esta, tal como a conhecemos (segundo dizem), nunca teria existido, logo é um paradoxo; 2) Esta ideia está muito enraizada no preconceito e no estereótipo associado a parte do Médio-Oriente, fomentada ao longo do século XX: em suma, seriamos todos uns muçulmanos tementes a Alá, submissos a estados teocráticos. O problema desta assumpção é que, se estamos dispostos a aceitar que a nossa realidade poderia mudar se tal acontecimento sucedesse de forma distinta (as Termópilas vencidas pelos Persas), também teremos que encarar que as alterações no campo adversário, também ocorreriam e, possivelmente, para algo distinto (e quem sabe, melhor) do que presentemente verificamos. E convém relembrar, por exemplo, que se não fossem exponentes da ocidentalidade como os EUA e a Grã-Bretanha a interferirem com um governo democraticamente eleito no Irão, em 1953, não haveria Ayatollahs para ninguém.