Aquele Querido Mês de Agosto (2008) - Miguel Gomes

[siroco]

«Aquele querido mês de Agosto», de Miguel Gomes, já foi visto por 10.000 espectadores, «contabilizando todas as salas onde o filme continua em cartaz e todos os cinemas por onde tem passado», informou a produtora, O som e a fúria.
Com Sónia Bandeira, Fábio Oliveira, Joaquim Carvalho, Andreia Santos, Armando Nunes, Manuel Soares, Emmanuelle Fèvre, Paulo Moleiro e Luís Marante no elenco, o filme foi rodado durante os verões de 2006 e 2007, em concelhos da região centro - Arganil, Góis, Pampilhosa da Serra, Oliveira do Hospital e Tábua.

«Aquele querido mês de Agosto» é a segunda longa-metragem do realizador português Miguel Gomes. Teve estreia nacional a 23 de Agosto e foi apresentado em antestreia em Cannes, na Quinzena dos Realizadores, em Maio passado.

O filme centra-se num triângulo de pai, filha e sobrinho, músicos de uma banda de música popular que percorre em Agosto várias festas populares do norte do país. O filme foi rodado em aldeias da região com actores não profissionais.

Foi seleccionado para o Festival de Cinema do Rio de Janeiro - Competição Internacional,que vai acontecer de 25 de Setembro a 9 de Outubro. Este mês foi escolhido também para o 13.º Festival Internacional de Cine de Valdivia, no Chile, que decorre entre 3 e 8 de Outubro.

O ano passado, o filme português «Suicídio Encomendado», primeira obra do realizador Artur Serra Araújo, venceu o prémio do júri deste festival.

Diário Digital / Lusa

[Thanatos]

Mas esses 10000 poucos devem ser frequentadores aqui do fórum. Vem ao encontro dum outro tópico que andava por aí em que todos se queixam dos blockbusters mas o certo é que tópicos dedicados a filmes off the beaten path tem uma, duas, vá lá, três participações, e os dedicados ao babylon A.D. vão nas dezenas de páginas. Coisas.

Quanto ao filme... bem, penso que é daqueles filmes que para ser devidamente apreciado tem de ser vistos com olhos de documentário mais do que obra de ficção. tem momentos de humor (involuntário, admito) mas passa por ali muito de nostalgia e da nossa maneira de ser tão típica da zona mediterrânica.

[jimmy]

Mas esses 10000 poucos devem ser frequentadores aqui do fórum. Vem ao encontro dum outro tópico que andava por aí em que todos se queixam dos blockbusters mas o certo é que tópicos dedicados a filmes off the beaten path tem uma, duas, vá lá, três participações, e os dedicados ao babylon A.D. vão nas dezenas de páginas. Coisas.

Tens razao , mas muitas vezes acaba por ser género "pescadinha de rabo na boca" pois aqueles que vêm nao colocam posts sobre determinados filmes pois sabem que depois nao existem quaisquer outros comentários. Falo por mim , que nao gosto de foruns onde nao exista discussao dos posts dos outros , e ir abrir tópicos e escrever sobre filmes que ninguem diz e comenta nao vale a pena. Claro que isto nao justifica tudo , e é interessante ver que aquilo que por vezes mais se critica , ao mesmo tempo , é realmente o que interessa para determinados espectadores. (a própria industra cinematográfica faz isso)

Em relacao ao filme ...nao vi Mas no futuro acabarei por ver , como acontece com qualquer filme que tenha estreia em Portugal .

[p_alucinado]

Amigos, nem toda a gente vive em Lisboa onde estreia tudo o que é filme. Aqui em Braga duvido que o filme sequer tenha estreado, senão seria uma prioridade p'ra mim, já que achava o Miguel Gomes bastante interessante como crítico de cinema em tempos idos na extinta Première. Fico contente que um filme com tão pouca promoção esteja a ter a adesão que este está a ter. Agora, é como o Jimmy diz, quanto mais participações há, maiores são as hipóteses de haver mais participações, pois há mais tema de discussão. E há que não esquecer que, muitas vezes, certas questões laterais são bastante mais discutidas - e até mais interessantes - que os próprios filmes em questão.

[siroco]

Tens razao , mas muitas vezes acaba por ser género "pescadinha de rabo na boca" pois aqueles que vêm nao colocam posts sobre determinados filmes pois sabem que depois nao existem quaisquer outros comentários. Falo por mim , que nao gosto de foruns onde nao exista discussao dos posts dos outros , e ir abrir tópicos e escrever sobre filmes que ninguem diz e comenta nao vale a pena.

Como te compreendo, no entanto não desisto, e se fizeres uma pesquisa vais encontrar dezenas de tópicos abertos por mim em Cinema e Filmes com 0 (zero) participações. Mas lá vou fazendo a travessia do deserto, e às vezes, raras, até aparece alguém a comentar. E há sempre aqueles que lêm sem participar e ficam a conhecer um filme que se calhar doutra forma nunca veriam.

Há coisas piores, como ler 40 páginas de um tópico sobre um filme Marvel...

[Rui Santos]

Existem também outros (eu por exemplo) que os leio muito atentamente sem participar a não ser que tenha visto o filme.
Por isso muitas vezes vêm posts meu por aqui em tópicos antigos.

Mas tenho ouvido boas opiniões deste filme... o único comentário quase unânime é a sua excessiva duração. Mas todos o retratam com um filme quase documentário e que de certa forma retracta muito bem o ambiente de Agosto em muitas aldeias deste pais.
Por acaso também estou curioso de o ver (até porque não sendo de uma aldeia, já fui a algumas festas de verão) e sempre me senti de certa maneira um corpo estranho nas mesmas por quase não conhecer ninguém que não a minha família. Mas espero pelo dvd.

@Siroco
0 participações, mas bastantes mais a ler.

[siroco]

@Siroco
0 participações, mas bastantes mais a ler.

É isso que me anima, e não sou só eu, outros como o nosso excelso moderador Shivers também vão divulgando algumas obras menos conhecidas mas interessantes, pelo menos para alguns.

E também já beneficiei dessa divulgação, por exemplo, foi graças a um tópico do Alquimista que descobri o excelente Ainda há Pastores ?

[Thanatos]

Como te compreendo, no entanto não desisto, e se fizeres uma pesquisa vais encontrar dezenas de tópicos abertos por mim em Cinema e Filmes com 0 (zero) participações. Mas lá vou fazendo a travessia do deserto, e às vezes, raras, até aparece alguém a comentar.

E fazes tu muito bem. Água mole em pedra dura. É de aplaudir a preserverança e o tentar manter a cabeça à tona dos blockbusters e derivados.

Também por vezes me sinto um pouco Simão no Deserto quando num outro fórum onde participo lanço ideias para discussão (e lá ainda é pior por se fala de livros) mas a vida é mesmo assim e quem sabe o tempo dará razão a uns enquanto outros ficam pela poeira.

Aliás do que mais me diverte é ler as adjectivações a certos filmes já com dois ou três anos, coisas do género "fenomenal", "obra-prima" etc. e hoje essas mesmas pessoas já dizem o mesmo doutro qualquer e quando fazem listas dos melhores já nem se recordam daquelas «obras-primas».

Mas o Cinema é isto tudo. O bom, o menos bom, o mau e o péssimo. Pelo meio vão aprecendo as verdadeiras obras-primas que geralmente passam sempre debaixo dos radares dos consumidores até uns anos depois surgirem à atenção do público mais vasto.

A questão da territorialidade também é muito importante e de facto não deve ser descartada. Tive de morar dois anos numa terreola, onde o cinema ficava a 15 kms (eu não uso carro) e fechava para férias em Agosto e Setembro! Alternativa era o multiplex da Guia com... exacto, adivinharam, os bons e batidos blockbusters. Quando regressei a Almada foi como se me dessem uma segunda vida.

A minha proposta era que a Cinemateca Portuguesa (sim, portuguesa, não lisboeta) abrisse pólos no rresto do país e levasse a sua programação a esses locais. Não custa muito dar o primeiro passo.

Outra proposta: mais Festivais e mais descentralizados. Dar a conhecer outras cinematografias passa muito pelos festivais.

[jimmy]

Como te compreendo, no entanto não desisto, e se fizeres uma pesquisa vais encontrar dezenas de tópicos abertos por mim em Cinema e Filmes com 0 (zero) participações. Mas lá vou fazendo a travessia do deserto, e às vezes, raras, até aparece alguém a comentar.

E fazes tu muito bem. Água mole em pedra dura. É de aplaudir a preserverança e o tentar manter a cabeça à tona dos blockbusters e derivados.

Também por vezes me sinto um pouco Simão no Deserto quando num outro fórum onde participo lanço ideias para discussão (e lá ainda é pior por se fala de livros) mas a vida é mesmo assim e quem sabe o tempo dará razão a uns enquanto outros ficam pela poeira.

Eu também aplaudo a perseverança , sendo que eu tenho o meu próprio exemplo que nao tenho paciencia para isso , e entendo o esforco . Além do mais , como participo em diversos foruns (estrangeiros) , nomeadamente de cinema de género , acabo por nao sentir essa necessidade aqui. E sendo justo , desde que me lembro a dvdmania sempre foi um espaco onde as contribuicoes dos foristas sao de bom nivel mas quase sempre viradas para um cinema mais mainstream O meu registo é de 2003 mas já lia o forum quase 2 anos antes e sabia bem qual era o funcionamento do forum , e aquilo que era mais comentado.

A minha proposta era que a Cinemateca Portuguesa (sim, portuguesa, não lisboeta) abrisse pólos no rresto do país e levasse a sua programação a esses locais. Não custa muito dar o primeiro passo.

Como antigo espectador muito assiduo na Cinemateca (agora a falta de tempo só o permite muito raramente) tenho duvidas que um projecto desses seja sequer viável fora de grandes centro urbanos (se a situacao em lisboa nao é feliz...). Eu sei que o interesse nao seria fazer dinheiro , mas os custos associados a essas mudanças provavelmente teriam consequencias (graves prejuizos) que podia ser danosas para o futuro da instituicao.

[Thanatos]

(...)Como antigo espectador muito assiduo na Cinemateca (agora a falta de tempo só o permite muito raramente) tenho duvidas que um projecto desses seja sequer viável fora de grandes centro urbanos (se a situacao em lisboa nao é feliz...). Eu sei que o interesse nao seria fazer dinheiro , mas os custos associados a essas mudanças provavelmente teriam consequencias (graves prejuizos) que podia ser danosas para o futuro da instituicao.

Não digo que não. Mas penso que as autarquias também deviam por intermédio do seu pelouro da cultura de ter uma participação mais activa na ideia duma cinemateca itinerante. Ninguém vive isolado e com contribuições de todos penso que havia lugar para uma maior divulgação do Cinema além dos filmes-pipoca. Sem serem dadas alternativas aos jovens e menos jovens como é que é possível que eles «eduquem» o gosto?

A questão dos custos, no meu entender, não deveria ser razão para logo à partida excluir este tipo de intervenções. Afinal de contas quanto gasta a autarquia no fogo-de-artíficio da festa de final de ano lá do burgo?

Gostava que o pessoal pusesse os olhos nos exemplos que andam por essa Europa fora onde vilórias com 1500 habitantes têm bibliotecas (e audio- e video- tecas) que envergonham muito boa biblioteca municipal de capitais de distrito por cá. Sem vontade nada surge.

[Ao Leo]

Pois que gostei bastante. Não é comum em mim sair da sala satisfeito quando vejo um filme português, mas a verdade é que este conseguiu esse feito. As críticas extremamente positivas fizeram-me vencer a inércia e lá fui.

É um filme que é completamente invulgar, sendo a sua originalidade um dos seus pontos fortes. A certa altura não sabemos se o que vemos é ou não encenado, havendo ali uma mistura de documentário com ficção que resulta na perfeição. Ok, na perfeição não será, dado que a parte ficcionada é um bocado pobre. É aqui que o filme patina um pouco, sendo esses os minutos que eu retiraria ao filme para não ser tão longo. Recorda-se em alguns diálogos das personagens aquele cinema português tão pouco realista e convicente que agrada a poucos.

Mas não é isso que estraga o filme, ainda que faça duvidar das capacidades do realizador Miguel Gomes quando tiver de orientar actores num filme de ficção. Só num filme nestes moldes se podem aceitar algumas cenas.

Destaco ainda a excelente montagem, um dos fortes do filme. O ritmo só fraqueja na tal parte final ficcionada, mas tudo o resto é muito bom. Diga-se que a chamada música pimba, um elemento fulcral do filme, nunca terá sido elevada tão alto. Torna-se agradável naquele contexto e - acreditem - somos levado a simpatizar com o que ouvimos (não censurem o pé se ele começar a acompanhar o ritmo).

Resumindo: um filme com uma boa dose de sentido de humor, que nos mostra uma realidade portuguesa com a qual facilmente nos identificamos. Aquela gente existe mesmo e não é difícil sentir alguma emoção em algumas cenas. Para algo completamente diferente... vejam.

[siroco]

Óscares: «Aquele querido mês de Agosto» escolhido


O filme «Aquele querido mês de Agosto», segunda longa-metragem do realizador Miguel Gomes, é o candidato de Portugal a uma nomeação para o Óscar de melhor filme estrangeiro, anunciou hoje o Instituto do Cinema e Audiovisual.

«Demonstração de fulgor que Miguel Gomes retrata através da simbiose dos géneros documentário e ficção», o filme foi escolhido pela qualidade e consistência, afirma o júri de selecção em comunicado.

Em seis semanas em cartaz, o filme de Miguel Gomes ultrapassou os 15 mil espectadores.

«Aquele querido mês de Agosto« passou por diversos festivais internacionais, entre os quais o de Cannes, na Quinzena dos Realizadores.

Produzido pela O Som e a Fúria, o filme centra-se num triângulo amoroso entre pai, filha e sobrinho, músicos de uma banda de música popular que percorre em Agosto várias festas populares do norte do país.

Misto de documentário e ficção, »Aquele querido mês de Agosto« adopta o título de uma canção do cantor Dino Meira e foi rodado em aldeias de Arganil, Oliveira do Hospital, Góis e Tábua durante as festas de Verão e com actores não profissionais.

O filme acompanha a banda de baile nos palcos e as várias situações amorosas que acontecem entre aquelas personagens. Tudo isto tendo em pano de fundo uma banda sonora feita de canções comummente apelidadas de »música pimba«.

O argumento é de Miguel Gomes, de Mariana Ricardo (ex-vocalista dos Pinhead Society) e de Telmo Churro.

Do elenco fazem parte Sónia Bandeira, Fábio Oliveira, Joaquim Carvalho, Andreia Santos, Armando Nunes, Manuel Soares, Emmanuelle Fèvre, Paulo Moleiro e Luís Marante.

Esta é a segunda longa-metragem de Miguel Gomes, 35 anos, depois de »A cara que mereces« (2004) e de várias curtas-metragens como »Entretanto«, »Inventário de Natal«, »Kalkitos« e »Cântico das criaturas«.

O júri que escolheu »Aquele querido mês de Agosto« foi presidido por José Pedro Ribeiro, director do ICA, e integrou ainda Margarida Gil, Maria Antónia Seabra, José Carlos Oliveira, Pedro Mexia e Pedro Ribeiro.

Da lista de filmes estreados entre 01 de Outubro de 2007 e 30 de Setembro de 2008 fazem parte, por exemplo, »Fados« (Carlos Saura), »O Julgamento« (Leonel Vieira), »A outra margem« (Luís Filipe Rocha), »Call Girl« (António-Pedro Vasconcelos), »The Lovebirds« (Bruno de Almeida) e »Goodnight Irene« (Paolo Marinou-Blanco).

«Corrupção», realizado e posteriormente renegado por João Botelho, «Cristóvão Colombo - o Enigma», de Manoel de Oliveira, «Floripes», de Miguel Gonçalves Mendes, «Daqui p´ra frente», de Catarina Ruivo, «Lobos», de José Nascimento, «A ilha dos escravos», de Francisco Manso, e «terra Sonâmbula», de Teresa Prata, também integraram a lista.

Esta semana, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos receberá as propostas para o Óscar de melhor filme estrangeiro e da lista total seleccionará os nomeados.

Sabe-se já que França candidata-se com «A Turma», de Laurent Cantet, o Brasil propõe «Última parada 174», de Bruno Barreto, e a Itália «Gomorra», de Mateo Garrone.

As nomeações para a 81ª edição dos Óscares, um dos mais importantes prémios do cinema, serão conhecidas em Janeiro e a entrega dos prémios ocorrerá a 22 de Fevereiro em Los Angeles, Califórnia.

Diário Digital / Lusa

[Bodyboard]

Li há pouco no rodapé das notícias este filme para os Oscares.

[siroco]

«Aquele querido mês de Agosto» premiado no Chile

O filme «Aquele querido mês de Agosto», do realizador Miguel Gomes, foi eleito a melhor longa-metragem internacional no Festival de Cinema de Valdivia, que terminou quarta-feira no Chile, anunciou hoje a produtora Som e a Fúria.

A segunda longa-metragem de Miguel Gomes recebeu ainda o prémio internacional da crítica neste festival chileno, cuja 15ª edição decorreu de 03 a 08 de Outubro.

Apresentado em antestreia em Cannes, na Quinzena dos Realizadores, em Maio passado, «Aquele querido mês de Agosto» cruza ficção e documentário para contar uma história sobre uma família de anima várias festas populares do norte do país durante o mês de Agosto.

O filme, ainda em exibição em Portugal, contabilizando cerca de 17.000 espectadores, é o candidato de Portugal a uma nomeação para um Óscar de melhor filme estrangeiro.

Diário Digital / Lusa

[siroco]

«Aquele querido mês de Agosto» distinguido no Festival Viena

O filme «Aquele Querido Mês de Agosto», do realizador Miguel Gomes, ganhou o Prémio FIPRESCI (Federação Internacional da Crítica Cinematográfica) atribuído durante o Festival Internacional de Cinema (Viennale) a decorrer em Viena, informou hoje a produtora O som e a fúria.

Na edição deste ano, que termina quarta-feira, a Viennale dedicou a Miguel Gomes um programa especial, exibindo todos os oito filmes que até agora realizou.

«Aquele Querido Mês de Agosto», a segunda longa-metragem do realizador, venceu recentemente o Festival de Valdivia, Chile, onde foi galardoado com o Grande Prémio Longa-Metragem Internacional e o Prémio Internacional da Crítica.

No total, o festival de Viena exibiu cerca de 300 filmes, 130 dos quais de produção recente.

Entre outros, foram projectoados «A Turma», de Laurent Cantet, «Un conte de Noel», de Arnaud Desplechin, «Man Jeuk», de Johnnie To, e «Le Silence de Lorna», de Jean-Pierre e Luc Dardenne.

Diário Digital / Lusa